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Vendas de elétricos nos EUA superam ponto de inflexão e devem crescer acima do previsto

De acordo com a BloombergNEF, que monitoriza das taxas de adoção de veículos elétricos nos vários países do mundo, os Estados Unidos são o membro mais recente do ‘clube’ em que os automóveis totalmente elétricos representam mais de 5% das vendas totais de novos automóveis.

No primeiro semestre de 2022, os EUA juntaram-se assim à Europa e China – em conjunto, os três maiores mercados – a ultrapassar a barreira dos 5%, que, de acordo com a análise da BloombergNEF, sinaliza o início da adoção em massa de veículos elétricos, por parte dos consumidores.

Assim, se os EUA seguirem a tendência que se verificou nos dezoito países – incluindo Portugal – que haviam já superado este limiar, 25% dos novos automóveis vendidos no mercado serão totalmente elétricos até ao final de 2025, entre um e dois anos antes da maioria das previsões anteriores.

Segundo a BloombergNEF, as mais bem-sucedidas novas tecnologias – a eletricidade, a televisão, os telemóveis, a internet ou as lâmpadas LED – seguem uma curva de adoção em forma de S: após uma fase inicial de crescimento lento e imprevisível, a tecnologia é adotada rapidamente depois de atingido um determinado limiar, à medida que se torna mais convencional. No final, quando a nova tecnologia está disseminada, a curva torna-se novamente menos pronunciada – os últimos ‘fiéis’ às antigas tecnologias.

No caso dos veículos elétricos, 5% parece ser o ponto de inflexão, no qual as vendas se generalizam além dos pioneiros, para os consumidores ‘convencionais’. A procura acelera rapidamente depois deste limiar, um padrão repetido em vários países, uma vez que a maioria das barreiras à adoção de elétricos são transversais aos vários mercados: oferta limitada de veículos, preços elevados, desconhecimento e desconfiança por parte dos consumidores e infaestrutura de carregamento insuficiente.

A curva de adoção de veículos elétricos é assim muito similar entre os vários países. De acordo com o modelo, os próximos grandes mercados que deverão superar este ponto de inflexão de 5% das vendas ainda este ano são Espanha, Austrália e Canadá.

A BloombergNEF lembra ainda que, sem exceção, todos os países que viram as vendas de elétricos superar a fasquia dos 5% fizeram-no apoiados em incentivos governamentais e de metas de emissões. Nos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden emitiu uma ordem executiva, no ano passado, que determina que os veículos elétricos (incluindo híbridos plug-in) representem 50% das vendas de automóveis novos até 2030.

O crescimento das vendas de elétricos também depende da capacidade da indústria para escalar a produção com rapidez suficiente. Segundo a BloombergNEF, também aqui existe um ponto de inflexão, resultante da necessidade de reconfigurar fábricas, equipamentos e cadeias de fornecimento. Assim, no mercado europeu, quando as vendas de elétricos, por parte de um fabricante, atinge 10% do total das vendas trimestrais, a quota deste tipo de veículos triplica em menos de dois anos.

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