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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Em Cascais, reciclar já dá prémios

Encontram-se já em funcionamento, em Cascais, as dez máquinas onde os cidadãos podem depositar as embalagens de bebidas em troca de prémios.

evento de lançamento decorreu a 14 de janeiro, e contou com a participação de Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Inês Costa, Secretária de Estado do Ambiente, e Joana Balsemão, Vereadora da Qualificação Ambiental e Estrutura Verde, Alterações Climáticas, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Cidadania e Participação.

Em cada máquina, por embalagem devolvida, seja de vidro, plástico ou metal, é emitido automaticamente um talão QR Code, com a atribuição de pontos que deverão ser convertidos na aplicação CityPoints Cascais. Quantas mais embalagens depositadas, maior o número de pontos adquiridos, que podem ser trocados, via CityPoints Cascais, em prémios ou experiências oferecidas pelo município. Batismo de cavalo ou de segway, passeio de burro com guia, visita a museu, pista de arborismo, palhinhas de aço inoxidável e escovas de dentes em bambu são alguns dos exemplos. 

Os cidadãos podem encontrar as máquinas no emblemático Mercado da Vila de Cascais e também em algumas superfícies comerciais do concelho (mapa).

Para Joana Balsemão, Vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Cascais, “é preciso aumentar a taxa de reciclagem em Portugal. Não só para cumprir as metas nacionais e europeias como as que são necessárias para bem do planeta. Em Cascais, do ponto de vista das infraestruturas, as nossas metas estão cumpridas (temos 893 pontos de recolha seletiva) mas, mesmo assim, estamos aquém das metas de reciclagem. Por isso apostámos no projeto iREC – Inovar na Reciclagem para ir mais longe e temos como objetivo recolher, por mês, um milhão de embalagens para a reciclagem”.

Segundo Luís Capão, Presidente do Conselho de Administração da Cascais Ambiente, “O projeto iREC – Inovar na Reciclagem pretende promover a economia circular, uma vez que os resíduos têm valor e podem ser reintroduzidos na cadeia económica como novos produtos, evitando assim o consumo de mais recursos naturais. Tem também a pretensão de promover uma mudança de comportamentos em relação ao consumo de bebidas em recipiente de uso único devido ao impacto que estes têm para o planeta e, em particular, para a redução da pegada ecológica coletiva e individual”. 

Financiado pelos EEA Grants, e com o apoio do Ministério do Ambiente, este projeto pioneiro irá recolher dados que serão objeto de análise por parte da Faculdade Nova SBE. Os estudos têm como objetivo avaliar o impacto ambiental e económico do projeto e contribuir com informação detalhada para a futura obrigatoriedade da implementação destes sistemas em Portugal já em 2022.

Fonte: Cascais Ambiente

Em Gotemburgo, Volvo testa tecnologias de mobilidade em ambiente real

A Volvo Cars anunciou recentemente o estabelecimento de uma nova parceria com a cidade de Gotemburgo. A segunda maior cidade da Suécia pretende neutralizar o seu impacto ambiental até 2030 e, com este objetivo, criou a iniciativa Gothenburg Green City Zone, na qual a Volvo Cars é parceiro. 

A Gothenburg Green City Zone pretende estabelecer uma área totalmente livre de emissões dentro da maior cidade portuária da Escandinávia, com uma variedade de meios de transporte ambientalmente neutros e com uma infraestrutura conectada.

Ao utilizar uma cidade real como campo de testes, a Volvo espera acelerar o desenvolvimento de tecnologias e serviços nas áreas da eletrificação, mobilidade partilhada, condução autónoma, conectividade e segurança. Como parte do teste, a Volvo pretende operar táxis-robot dentro desta zona, que serão monitorizados pela solução de mobilidade M. 

“Basicamente, iniciamos um projeto que pretende limitar o número de automóveis na cidade – o que está totalmente alinhado com o propósito da nossa empresa. Isso já é comprovado pelo nosso investimento no serviço de mobilidade proporcionado pela M, que desenvolveu inteligência artificial capaz de melhorar a eficiência e a utilização. Queremos estar envolvidos na criação das cidades do futuro e mantê-las habitáveis. Esta iniciativa dá a oportunidade de fazer isso e, ao mesmo tempo, assumir responsabilidades na nossa própria cidade”, afirmou Håkan Samuelsson, diretor executivo da Volvo Cars.

Entre as tecnologias que serão testadas na Gothenburg Green City Zone, destacam-se soluções e serviços de geo-habilitação, garantindo que os automóveis na zona operam apenas no modo elétrico e permanecem dentro dos limites de velocidade, e uma infraestrutura de tráfego capaz de se conectar a recursos de segurança ativa em automóveis e compartilhar informações entre os utilizadaores das estradas

O diretor tecnológico da Volvo Cars, Henrik Green, declaroU: “Queremos usar o nosso conhecimento e tecnologia para ajudar a criar uma cidade do futuro que seja eletrificada, conectada, compartilhada e neutra para o clima. Esta é uma oportunidade de dar o exemplo, testando novas tecnologias e serviços num ambiente real em grande escala, onde podemos mostrar que se é possível aqui, é possível em qualquer lugar”.

Outros exemplos incluem hubs de mobilidade totalmente elétricos, uma rede de carregamento completa e de fácil utilização para viaturas elétricas.

A transição climática requer uma abordagem holística para promover a inovação e uma colaboração profunda e contínua entre todas as partes, de forma a implementar as tecnologias existentes. Ao integrar esta iniciativa desde o início, a Volvo pretende garantir que os seus serviços de mobilidade eletrificada estejam presentes, de forma a serem desenvolvidos em ambiente real, aumentando assim o seu impacto nos objetivos de sustentabilidade.

A iniciativa Gothenburg Green City Zone arranca na primavera de 2021, sendo gradualmente aprofundada.

Fonte: Volvo Cars

Aeronave elétrica promete revolucionar a mobilidade nas grandes metrópoles

A Autonomous Flight anunciou recentemente o Y6SPlus, uma aeronave VTOL totalmente elétrica, de seis lugares, pretendendo iniciar os testes de voo do protótipo antes do final de 2023. A startup britânica lançou uma ronda de financiamento com o objetivo de arrecadar os cerca de 20 milhões de euros que estima necessários para colocar o Y6SPlus em produção.

Este VTOL – Vertical Take-Off and Landing, aeronave que descola e aterra verticalmente – 100% elétrico tem uma autonomia de cerca de 80 milhas náuticas, com velocidades até 125 mph, destinando-se essencialmente a serviços de transporte ponto-a-ponto programados, de 30 ou 40 minutos de duração.

O eVTOL tem uma configuração em Y, com uma asa principal fixa e um canard dianteiro. Dois conjuntos de dois rotores estão posicionados no canard e o terceiro conjunto na cauda, ​​com redundância tripla do sistema de propulsão, alimentado por seis motores. O Y6SPlus estará equipado com pára-quedas balísticos e terá uma fuselagem em materiais compósitos, incorporando ainda uma célula para proteger o cockpit.

Alimentado por baterias de iões de lítio, o Y6SPlus será, inicialmente, operado por um único piloto, mas será, eventualmente, um eVTOL totalmente autónomo. Michael Warner, fundador da Autonomous Flights, afirma que, tecnicamente, poderia ser operado de forma autónoma desde o primeiro dia, mas ainda não existe processo de certificação e subsistem dúvidas sobre a aceitação dos consumidores.

Será usado, numa primeira fase, para serviços de táxi aéreo, mas a startup britânica espera que tenha vários tipos de aplicação no futuro, como, por exemplo, serviços médicos de emergência. Warner que o início das operações passe por redes de, pelo menos, oito a dez rotas programadas em grandes cidades.

“Isto será o necessário para um modelo de negócio viável, e temos de ter, pelo menos, seis ou sete assentos”. Na opinião de Warner, aeronaves menores não trarão retorno suficiente sobre o investimento. “Nunca veremos operações puras de táxi aéreo nos próximos 15 anos”, prevê.

Os desenvolvimentos da tecnologia de baterias deverão permitir que o eVTOL tenha maiores níveis de desempenho. Mas, por enquanto, a Autonomous Flight procura obter o máximo das atuais baterias de iões de lítio, que representam até um terço do peso da aeronave. A necessidade de trocar baterias para maximizar o número diário de voos é a razão que justifica o establecimento de uma rede de bases, que Warner acredita poder ser desenvolvida em edifícios já existentes.

Empresa bracarense Volt-e lança tecnologia inovadora para carregadores

A Volt-e acaba de lançar no mercado a V2 SYNC, uma nova tecnologia de balanceamento de carga em carregadores de automóveis elétricos.

Este sistema de carregamento – uma solução orientada sobretudo para empresas com frotas elétricas – distribui automaticamente a energia disponível de forma eficiente e proporcional, permitindo até duas cargas em simultâneo, sendo inovador por permitir a rentabilização do tempo e máxima customização, potenciando a energia disponível num determinado local.

A V2 SYNC permite o carregamento simultâneo em DC de duas viaturas na mesma estação, reduzindo os tempos de espera da segunda viatura. Além de fazer o balanceamento entre a própria estação, permite ainda ter até 90 estações ligadas em grupo, numa rede inteligente de carregamento de mais de 10.000 kW.

A V2 SYNC, já incorporada nas estações de 40, 60 e 120 kW da Volt-e, permite ainda configurar conectores diferentes – CHAdeMO, CCS e GB/T –, e até mesmo dois conectores iguais, como, por exemplo, dois CCS.

A Volt-e é uma empresa criada em 2018, sediada em Braga, que disponibiliza atualmente diversas soluções de carregamento DC de baixa e alta potência para empresas, frotas e rede pública, estando presente em vários mercados, como Espanha, Suíça, Irlanda, Alemanha, Kuwait ou Emirados Árabes Unidos.

Fonte: Volt-e

Toyota apresenta o RAV4 Hybrid Black Edition

A Toyota apresentou recentemente o RAV4 Hybrid Black Edition, versão exclusiva de um dos SUV com mais sucesso no mercado, que, como o nome indica, tem o preto como cor dominante. Estará disponível em Portugal a partir do final do mês de janeiro.

De acordo com a marca nipónica, o novo RAV4 Hybrid Black Edition, disponível na versão 4×2, “reforça o posicionamento diferenciador e distinto do modelo no Segmento D-SUV”.

Na realidade, os únicos elementos que não são na cor preta são as óticas e o emblema cromado da Toyota, na frente e na traseira. A cor exterior Preto Atitude e as jantes em liga leve de 19 polegadas, em preto brilhante, “destacam o design arrojado do RAV4”. Outros detalhes exteriores desta versão Black Edition são a grelha dianteira, os pára-choques, os retrovisores e proteções inferiores, na mesma cor.

No habitáculo, o preto também domina, presente nos os bancos em pele sintética com costuras cinza e no forro do tejadilho. Esta versão conta ainda com teto panorâmico com abertura elétrica, sistema de som JBL, câmara panorâmica 360º, sistema de navegação e carregador sem fios para smartphones. Permite ainda a integração com estes dispositivos via Apple CarPlay e Android Auto e, tal como a restante gama, apresenta-se de série com o conjunto de sistemas de segurança ativa Toyota Safety Sense.

Lançado no Japão e na Europa em 1994, RAV4 foi um dos primeiros modelos a surgir no mercado de Sport Utility Vehicles compactos e urbanos, e é um best-seller internacional desde a primeira geração. A geração atual – a quinta – disponibiliza apenas motorizações híbridas.

Fonte: Toyota

Opel apresenta o novo Combo 100% elétrico

A Opel anunciou recentemente o lançamento da versão elétrica do comercial ligeiro Combo. Destinada aos profissionais que procurem um veículo zero emissões de características urbanas, especialmente para áreas metropolitanas onde as restrições podem limitar o acesso aos centros das cidades apenas a veículos de emissões zero, o modelo chega aos concessionários no outono de 2021.

O novo comercial elétrico da marca germânica encontra-se disponível em dois versões de carroçaria: o Combo-e de 4,40 metros de comprimento, com uma distância entre eixos de 2.785 mm (possibilidade de transportar objetos com um comprimento máximo de 3.090 mm); e a variante XL, com 4,75 metros, uma distância entre eixos de 2.975 mm e um volume máximo de carga de 4,4 m3 (pode carregar objetos com um máximo de 3.440 mm de comprimento e conta com seis olhais de fixação no piso de carga, com a opção de quatro adicionais a meia altura.

Além das versões de transporte de mercadorias, com volumes e capacidades de carga líderes na sua classe, o furgão compacto 100% elétrico do fabricante alemão também possui uma versão mista, com cinco lugares.

Registando uma potência de 100 kW (136 cavalos) e 260 Nm de binário, o Combo-e foi idealizado para circuitos urbanos. Consoante a versão, este furgão elétrico acelera os 0 aos 100 km/h em 11,2 segundos, atingindo uma velocidade máxima (limitada eletronicamente) de 130 km/h.

Dependendo do perfil e condições de condução, o novo Combo-e pode alcançar uma autonomia máxima de 275 quilómetros (ciclo WLTP) com uma carga da bateria de iões de lítio de 50 kWh. Esta encontra-se localizada no piso do automóvel – entre os eixos dianteiro e traseiro – de modo a não comprometer a utilização da área de carga ou o habitáculo.

O Combo-e está preparado para uma variedade de infraestruturas e de opções de carregamento. Recorrendo a uma estação de carregamento pública DC de 100 kW, a carga da bateria atinge 80% em cerca de 30 minutos.

De acordo com Michael Lohscheller, CEO da Opel, “o Combo-e totalmente elétrico permitirá aos utilizadores de furgões compactos operar em áreas urbanas, com eles transportando a maior carga útil e rebocando o máximo de peso da sua classe. O Combo-e dá continuidade à expansão da nossa oferta de veículos comerciais ligeiros de emissões zero iniciada no final do ano passado com o Vivaro-e. Até ao final deste ano de 2021, com o lançamento do Movano-e, teremos toda a nossa gama de veículos comerciais eletrificada”.

Até 2024, a Opel pretende disponibilizar, pelo menos, uma versão eletrificada de cada modelo da sua gama de passageiros e de comerciais ligeiros.

Fonte: Opel

Europa testa o futuro da mobilidade aérea urbana

A mobilidade aérea urbana é uma das novas formas de mobilidade que está a ser explorada para a criação de cidades mais sustentáveis e inteligentes. Dentro de poucos anos, táxis aéreos, drones para entregas ou serviços de emergência não tripulados poderão ser uma presença comum nos céus dos centros urbanos.

Com esta nova realidade no horizonte, o projeto AMU-LED é uma iniciativa integrada no programa H2020 da União Europeia, que tem como objetivo demonstrar a integração segura de vários tipos de operações com drones.

Além da everis, reponsável pela coordenação do projeto, o consórcio envolve também entidades da Europa e dos Estados Unidos: Airbus, AirHub, Altitude Angel, ANRA Technologies, Boeing Research & Technology-Europe, FADA-CATEC, Cranfield University, EHang, ENAIRE, Gemeente Amsterdam , INECO, ITG, Jeppesen, NLR, Space53 e Tecnalia.

O projeto estará em desenvolvimento nos próximos dois anos, com o objetivo final de apresentar uma das maiores demonstrações de serviços de mobilidade com veículos aéreos em meio urbano até 2022. Santiago de Compostela (Espanha), Cranfield (Reino Unido) e Amesterdão e Roterdão (Holanda) são as cidades escolhidas para a demonstração do piloto.

A equipa multidisciplinar que integra o projeto AMU-LED é constituída por especialistas em soluções de tráfego aéreo, simulação e operações de drones, centros de tecnologia e pesquisa avançada, legisladores e especialistas em testes e demonstrações.

Mais de 100 horas de voo em áreas urbanas

O plano de simulações do projeto AMU-LED inclui mais de 100 horas de voo, combinando diferentes sistemas aéreos não tripulados e prevendo vários cenários, modelos de utilização e aplicação: sistemas de operações de táxi aéreo, transporte de carga e entrega de mercadorias e equipamentos médicos, inspeção de infraestruturas, vigilância policial e apoio a serviços de emergência.

Neste âmbito, e através de diferentes exercícios de aplicabilidade em contexto real, o projeto visa explorar e demonstrar o contributo da mobilidade aérea urbana para descongestionar estradas, reduzir os acidentes de trânsito, reduzir o tempo das viagens, otimizar o transporte de pessoas e mercadorias, aumentar a flexibilidade e reduzir os níveis de poluição. 

Com os dados obtidos através das simulações, será possível compilar informações valiosas e distribuí-las a autoridades como a Agência Europeia para a Segurança da Aviação, contribuindo para desenvolver e implementar leis e regulamentação na área da mobilidade aérea urbana.

Além do programa Horizonte 2020 da União Europeia, o projeto AMU-LED enquadra-se no SESAR, um projeto colaborativo que visa assegurar a modernização da gestão do tráfego aéreo na Europa, e na qual a mobilidade aérea urbana é um elemento-chave. Neste âmbito, prevê a criação de novos conceitos e regulamentos para projetar, estruturar e operacionalizar um sistema sustentável e interoperável dentro do atual modelo de tráfego aéreo.

Fonte: everis

Ensaio com o Hyundai Kauai EV Premium EV 64kw MY20'5 - Minuto AutoMagazine

Minuto AutoMagazine: Hyundai Kauai EV

Ensaiámos o novo Hyundai Kauai EV Premium EV 64kw MY20’5 nas margens do rio Tejo.

Hyundai Kauai EV Premium EV 64kw MY20’5

Autonomia (WLTP): 484 km

Bateria: 64 kWh

Potência: 150 kW (204 cv) 

Velocidade máxima: 167 km/h

Aceleração 0-100 km/h: 7,9 segundos 

Tração: FWD

Carregamento:
Carregador AC (trifásico de 10,5 kW): 7h30
Carregamento rápido (50 kW; 100 kW): 75 minutos

Preço: A partir de 43.200 €

Do concessionário de automóveis 1.0 para o 3.0 em meses! - Opinião de José Carlos Pereira

Como vender automóveis no ‘novo hoje’!?

Opinião de José Carlos Pereira

Esta pandemia veio imprimir uma significativa transformação no processo de venda de automóveis. E agora? Como vender automóveis quando o cliente evita as visitas ao ponto de venda? 

Uma boa noticia: o comércio de automóveis, neste novo confinamento em Portugal, poderá continuar aberto!

Sem querer ser dramático logo à partida, como fica o planeamento em vendas? Poderíamos, há uns tempos atrás, discutir planos semestrais, anuais e mesmo a dois anos; e agora? Agora, temos um planeamento a semanas ou, em alguns casos, dias. E com uma dinâmica que obriga a ler os dados e o enquadramento diariamente. Ou seja, nunca o medir e os indicadores foram tão relevantes, em gestão de equipas de vendas automóveis, como o são hoje.

Temos de ter um novo modelo de abordagem comercial. Novos canais de venda. A transformação digital terá de ser abrupta. O estar em vários canais e no online é um caminho – trabalhar o virtual selling e o social selling. E nada de lentidão: a velocidade de adaptação é muito importante. O que não fizermos na reformulação de processos comerciais, hoje, pode provocar resultados dramáticos amanhã. Pois estes tempos incertos e voláteis vão continuar por muitos meses.

Existe, então, uma clara oportunidade para repensar a estrutura, o controlo da operação, o que gera fluxos de caixa e liquidez (modelos, marcas, equilíbrio entre novos, combustão, elétricos, usados e seminovos), reestruturar a oferta por segmento ou rentabilidade, adaptar as condições comerciais… alterar o modelo de abordagem.

Aconselho a um grande foco naquilo que são variáveis passíveis de controlar e que só dependem da equipa e do concessionário, sem perspetiva de que tudo vai normalizar em semanas ou meses, pois não vai. Julgo que apostar fortemente no relacionamento passou a ser ainda mais importante do que era. O momento não é de vender a todo o custo e de atingir objetivos; é de criar relacionamentos, mais do que dar origem a clientes.

Alguns dados para quem anda nas vendas de automóveis e está atento ao novo contexto (fonte: HUBSPOT): 67% da viagem do comprador já é feita digitalmente; quem compra e entra num processo de decisão consome pelo menos cinco peças de conteúdo antes de se envolverem com um vendedor ou visitar um concessionário; 75% de quem quer comprar um automóvel usa redes sociais para tomar decisões de compra.

Outra fonte (Guy Schueller, Diretor da Indústria Automóvel no Google): 95% dos compradores de veículos utilizam o digital como fonte de informação; 60% de todas as pesquisas de automóveis vêm de um dispositivo móvel (e as principais delas relacionam-se a concessionários); cerca de 25% de todas as pesquisas automóveis são sobre peças, serviços e manutenção; mais de 40% dos compradores que assistiram a um vídeo sobre carros visitaram um concessionário como resultado.

E neste contexto mais difícil julgo que a revista Green Future, para além de informar, também educa, forma e deve influenciar comportamentos.

Deixo então estas perguntas para a sua equipa: já virtualiza o processo de vendas, com uma prospeção via live videos em várias plataformas ou webinars? Qualifica e desqualifica clientes com uma reunião no Whatsapp ou Zoom? Descobre preferências com um vídeo no Youtube/Instagram ou artigo no LinkedIn? E demonstrações virtuais (test drive) de novos lançamentos? E um caso de uma compra com testemunho de um cliente? Responde a um cliente com vídeo ou mensagem de voz? Coloca de imediato (por sugestão) o influenciador numa video call?

Todo o processo de venda sem estar fisicamente juntos, é possível? E quais as ferramentas que mais utiliza?

De uma coisa estou certo, com ou sem pandemia, o VIRTUAL SELLING já é um caminho e vai continuar a ser! – a criatividade na abordagem pode-nos diferenciar.

A nossa mensagem tem de chegar à pessoa certa, no contexto certo e com a informação certa, garantindo o melhor resultado para o negócio (oferecer a melhor experiência de compra de um automóvel). E reforço, convicto, que é apenas isso que conta na Era da Assistência!

Os drivers para os próximos tempos devem ser estes: redescobrir os clientes – manter proximidade e relevância; novo foco da força de vendas – novo caminho do comprador; reinventar a comunicação – novas narrativas e abordagens; alinhamento da equipa –indicadores e incentivos; muscular a equipa – simplificar, treinar e reorientar em tempo real.

Acima de tudo continue a ser um entusiasta e cuide da sua saúde mental no meio da tempestade, assim como da sua equipa. Em tempos normais, algumas das alterações a fazer poderiam levar meses a serem executadas, e que têm, hoje, de ser implementadas em apenas horas. 

Pode estar aqui uma oportunidade para fazer aquilo que sempre se pensou e nunca se fez. A urgência e o estado de emergência do nosso ecossistema empresarial a isso obrigam. O risco de não fazer nada, ou demorar nas decisões, pode ser dramático…

Novo Mercedes-Benz EQA

Mercedes-Benz apresenta o novo EQA totalmente elétrico

A Mercedes-Benz apresentou o novo EQA, o primeiro modelo compacto 100% elétrico da marca germânica. Com uma relação muito próxima ao GLA, o EQA estará disponível nos concessionários europeus na próxima primavera.

A primeira versão a ser introduzida no mercado é o EQA 250, que regista uma potência de 140 kW (190 cavalos), acelera dos 0 aos 100 km/h em 8,9 segundos e atinge uma velocidade máxima de 160 km/h. A bateria de iões de lítio de duplo deck tem uma capacidade de armazenamento de energia de 66,5 kWh, que confere a este EQA uma autonomia máxima de 426 quilómetros (ciclo WLTP).

O EQA apresenta um coeficiente aerodinâmico Cd de 0,28. A secção frontal A tem uma área de 2,47 m2, e características aerodinâmicas como o sistema de controlo do ar de arrefecimento totalmente fechado na secção superior, os para-choques aerodinamicamente eficientes, uma secção inferior do chassis regular e praticamente fechada, as jantes Aero otimizadas e os guarda-lamas das rodas dianteiras e traseiras especificamente adaptados têm por função a maximização da eficência.

A bomba de calor, parte do equipamento de série, está integrada no sistema de gestão térmica. Alguns detalhes inovadores, como a reutilização do calor residual da cadeia cinemática elétrica, permitem também aumentar a eficiência, para máxima autonomia.

O EQA por base a estrutura do GLA, adaptada para cumprir os requisitos de um modelo elétrico. A bateria está instalada numa estrutura construída através de um processo de extrusão, assumindo uma função estrutural que até agora era desempenhada pelas travessas na secção inferior do piso. Uma proteção da bateria na secção dianteira da mesma consegue evitar que a unidade de armazenamento da bateria seja perfurada por objetos estranhos.

A nível de design, este SUV compacto apresenta uma grelha do radiador fechada, de cor preta com a estrela central, referência da marca Mercedes-EQ. A faixa de luz contínua nas secções dianteira e traseira, e uma faixa horizontal de fibra ótica que liga as luzes diurnas dos faróis full-LED, são elementos que reforçam o caráter ‘elétrico’ do EQA., “um indicador do luxo progressivo da marca Mercede-EQ”, de acordo com a marca germânica.

Este novo 100% elétrico disponibiliza várias funcionalidades e sistemas de apoio à condução, com destaque para o ENERGIZING Comfort e o MBUX (Mercedes-Benz User Experience). Através deste último – um equipamento de série que pode ser configurado individualmente – ou da aplicação da Mercedes, os condutores podem programar a climatização do interior do veículo antes de cada viagem. O sistema é apresentado em dois ecrãs de 7 polegadas ou, em alternativa, de 10,25 polegadas, e conta com navegador, head-up display e o assistente de voz ‘Olá Mercedes’.

Uma outra funcionalidade do EQA é o Electric Intelligence (de série), um sistema que calcula o percurso mais rápido até ao destino. Com base em simulações contínuas da distância, este sistema considera possíveis paragens para o carregamento do veículo, assim como vários outros fatores, nomeadamente a topografia do percurso e a meteorologia. O sistema pode também reagir de forma dinâmica, por exemplo, às condições do trânsito ou do estilo de condução do condutor.

Com a utilização de um carregador de 11 kW, o EQA 250 recarrega a bateria em corrente alternada em 5 horas e 45 minutos. Com os carregamentos rápidos (corrente contínua), até 100 kW, o EQA carrega 80% da bateria em 30 minutos.

O novo SUV elétrico da Mercedes é fabricado em Rastatt, na Alemanha, e em Pequim, na China. Os sistemas de bateria do EQA são fornecidos pela Accumotive, subsidiária da maeca germânica. A fábrica de baterias em Jawor, na Polónia, irá também produzir sistemas de baterias para os modelos compactos da Mercedes-EQ.

Fonte: Mercedes-Benz