Por CarAcademy
VE, VHE, PHEV, o que significam na verdade todas estas siglas? Neste primeiro de dois artigos, vamos começar por conhecer as categorias destes tipos de viaturas, bem como as suas designações mais comuns.
Convém desde já clarificar que em todos os artigos será utilizado o termo “híbrido” no seu sentido mais estrito, ou seja, considerando uma “hibridação eletrificada”, e não no sentido lato, onde híbrido é todo e qualquer veículo com duas ou mais fontes de alimentação (onde poderíamos incluir os GPL, GNV, entre outros).
Comecemos pelos termos frequentemente utilizados:
VE: Veículo (totalmente) elétrico, ou EV do inglês Electric Vehicle.
REx: Range Extender (extensor de autonomia), muitas vezes também chamado de EREV (Extended Range Electric Vehicle), ou veículo elétrico com extensor de autonomia.
VHE: Veículo Híbrido Elétrico, ou no inglês HEV (Hybrid Electric Vehicle).
PHEV: Plug In Hybrid Electric Vehicle, ou Veículo Híbrido Elétrico Plug In.
ICE: Internal Combustion Engine, ou motor de combustão interna.
Agora que estamos mais familiarizados com os termos, vamos agrupar estes veículos em duas categorias: a categoria dos veículos híbridos, e a categoria dos veículos elétricos.
Dentro da categoria dos veículos híbridos, podemos encontrar as seguintes subcategorias:
Micro Hybrid: São veículos que, apesar de não possuirem qualquer motorização elétrica, disponibilizam funcionalidades básicas de um veículo híbrido, nomeadamente o sistema Stop&Start e a travagem regenerativa por alternador reversível.
Mild Hybrid: Nestes modelos, para além de um sistema Stop&Start evoluído, encontramos um motor elétrico de alta tensão que permite disponibilizar a travagem regenerativa e o Torque Assist (assistência ao binário motor), permitindo ao veículo um maior aproveitamento do rendimento do motor de combustão. Esta sub categoria está associada às primeiras gerações de veículos híbridos, bem como à recente tecnologia híbrida de 48 V.
Strong Hybrid: Aos modelos “fortemente” híbridos é adicionada a possibilidade de condução totalmente elétrica (E-Drive) por alguns quilómetros, com recurso a motorizações mais potentes, bem como a baterias de maior capacidade de armazenamento.
Plug In Hybrid: A principal diferença de um PHEV para um Strong Hybrid está no facto de que o primeiro disponibiliza uma bateria de maior capacidade, conferindo-lhe maior autonomia em modo elétrico (normalmente a rondar os 50/60 km). A alimentação desta bateria é reforçada pela tomada de carregamento (como num VE), daí o termo Plug In (conectar).
EREV: Considerados por alguns como um VE, um “extensor de autonomia” é na verdade um modelo híbrido, visto que está dotado com duas fontes de alimentação: uma motorização elétrica, e um motor de combustão interna.
Na categoria de veículos elétricos encontramos apenas e só esta tipologia de veículos, que integram Stop&Start, Torque Assist, travagem regenerativa e modo E-Drive.