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Portugueses usam apps de mobilidade em 73% das viagens profissionais pós-pandemia

Quando viajam em trabalho, os portugueses optam por utilizar, para as deslocações no destino, uma app móvel de serviço de transporte de passageiros em 73% dos casos, menos 2 pontos percentuais do que antes da pandemia, de acordo com o ‘Inquérito Transporte Terrestre na Europa: as políticas de viagem adaptam-se a um cenário em mudança’, levado a cabo pela GTBA Europa e pela Free Now for Business.

Os portugueses são os quartos, entre os viajantes dos sete países analisados, que usam com maior frequência as plataformas de táxi e TVDE nas viagens profissionais após a pandemia, atrás dos espanhóis (87%), polacos (78%) e italianos (74%). 

O estudo, cuja recolha de dados ocorreu entre os dias 3 e 20 de setembro de 2020, foi realizado em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Polónia. Analisa a situação atual da mobilidade urbana e as suas implicações nas viagens de negócios após a pandemia de COVID-19. 

O inquérito conclui que os viajantes de negócios europeus utilizam as apps de serviço de transporte de passageiros com frequência idêntica para viagens profissionais e viagens a título pessoal. Apenas na Polónia e Alemanha estes serviços são usados mais vezes nas viagens particulares do que nas deslocações de trabalho.  

Antes da pandemia, os veículos privados (TVDE)/condutores independentes solicitados através de app móvel eram já os preferidos dos portugueses nas viagens de trabalho (75%), seguindo-se os veículos de aluguer (73%) e o comboio/linha ferroviária de transporte de passageiros de longa duração (71%). Em ambiente normal (pré-pandemia), os viajantes de negócios europeus privilegiavam, por esta ordem, o uso da linha ferroviária de longa distância, veículos de aluguer, táxis tradicionais e os veículos privados (TVDE) ou condutores independentes.

Estes resultados demonstram que o serviço de transporte de passageiros através de plataformas online está enraizado como opção de transporte entre os viajantes de negócios na Europa, uma dinâmica que, nalguns casos, se veio acentuar com a pandemia, devido essencialmente a três fatores: segurança, conforto e facilidade de reserva. 

Após o surto de COVID-19, as principais prioridades na escolha do transporte terrestre nas viagens de negócios dos portugueses são a segurança (71%), o conforto (56%) e a facilidade de reserva (41%), em linha com os demais viajantes europeus.

As empresas de transporte terrestre responderam à pandemia com a introdução de novas medidas de segurança, como a obrigatoriedade de uso de máscara, limpezas mais frequente, ou a instalação de painéis divisórios nos veículos.  Apesar de estas medidas serem decisivas, também é importante que os gestores de viagens implementem as suas próprias ações. Um dos principais objetivos deste estudo foi explorar precisamente a forma como os programas de viagem se adaptaram à pandemia. No ambiente atual, a grande maioria dos gestores de viagens procura utilizar fornecedores de transporte terrestre ‘preferenciais’, capazes de garantir o cumprimento dos padrões de segurança/sanitários (88%) e o rastreamento dos dados das viagens de transporte terrestre – os destinos ou os nomes de condutores – para ajudar a rastrear os contactos (79%). 

A preocupação com as medidas de segurança relacionadas com o coronavírus é também comum aos próprios viajantes de negócios. A maioria dos viajantes europeus – 82% no caso dos portugueses – prefere utilizar os fornecedores de transporte terrestre ‘preferenciais’ que a sua empresa considera garantirem o cumprimento dos padrões de segurança/sanitários e o rastreamento dos dados das viagens.

Fonte: Free Now; Fotografia: Sérgio Teixeira