Segundo o estudo ‘Sustainable IT: Why it’s time for a Green revolution for your organization’s IT’, levado a cabo pelo Capgemini Research Institute junto de 1.000 organizações, as empresas de TI ainda não consideram a computação verde como uma prioridade no âmbito dos seus programas de desenvolvimento sustentável, no que diz respeito à redução das emissões de carbono.
O estudo mostrou existir uma lacuna no que diz respeito ao conhecimento do nível de impacto ambiental das TI, com 57% dos inquiridos a afirmarem desconhecer qual a pegada das suas empresas neste contexto. Os setores da banca e dos produtos de consumo, são aqueles onde o nível de conhecimento nesta matéria é mais elevado (52% e 51%, respetivamente). Já a indústria apresenta os valores mais baixos (28%), com 34% dos inquiridos que pertencem a este setor a desconhecerem que a produção de telemóveis e de computadores portáteis tem um impacto ambiental superior ao provocado pela sua utilização ao longo de toda a sua vida útil.
Esta lacuna de conhecimento é agravada pelo facto de as tecnologias verdes não beneficiarem atualmente da mesma atenção e alocação de recursos que as outras iniciativas ambientais nas empresas. No que diz respeito à estratégia, metade das empresas já definiram uma abordagem de sustentabilidade a nível empresarial, mas só 18% (menos de uma em cada cinco) possui uma estratégia sustentável de TI que seja abrangente, com objetivos bem definidos e prazos específicos e devidamente estabelecidos para a concretização das várias metas a alcançar: apenas 22% prevê reduzir em mais de um quarto a sua pegada ambiental através do recurso a tecnologias verdes nos próximos três anos.
A maioria das organizações não dispõe de ferramentas ou de standards partilhados que sejam adequados para aferir o impacto ambiental das suas TI. Apenas 29% utilizam ferramentas de avaliação do impacto ambiental. A fixação de um valor/custo para as emissões de carbono advindas das operações de TI pode ajudar as empresas a tomarem consciência do impacto da pegada ambiental da sua computação, mas só 27% das organizações adotaram esta prática.