Green Future-AutoMagazine

Voos de 2020 com maior impacto ambiental do que os de 2019

Um estudo recente mostrou que os voos efetuados em 2020, o primeiro ano da pandemia de COVID-19, tiveram um maior impacto ambiental do que aqueles realizdos no ano anterior, nos Estados Unidos.

Segundo o estudo, a intensidade de energia de um modo de transporte é calculada dividindo a quantidade de combustível usado pelo número de milhas percorridas por passageiro e convertendo o resultado numa medida comum – Btu (British thermal unit, o equivalente a 1.055,05585 joules) – por milha percorrida. 

Até recentemente, a intensidade energética dos voo domésticos era maior do que a intensidade energética da condução de veículos ligeiros. No entanto, a partir de 1995, esta tendência inverteu-se e a intensidade energética do voo tornou-se mais baixa do que a dos veículos. 

Os dados analisados correspondem a operações domésticas de companhias aéreas certificadas nos EUA e foram fornecidos pelo Bureau of Transportation Statistics, exceto a entrada para 2020 que é uma estimativa da Energy Information Administration. 

O estudo concluiu que a intensidade energética de voar nos Estados Unidos duplicou de 2019 a 2020 e, em 2020, excedeu substancialmente a intensidade energética de conduzir. 

A principal razão para o aumento da intensidade energética dos voos em 2020 é a diminuição da taxa de ocupação de passageiros (a percentagem de assentos ocupados). O relatório mostra que o índice de carga de passageiros caiu de 85,1% em 2019 para 58,9% em 2020.  

O relatório concluiu, então, que a intensidade de energia por milha voada em 2020 duplicou em relação a 2019. Consequentemente, os passageiros que voaram em 2020 contribuíram com aproximadamente o dobro das emissões por milha voada do que em 2019.