Green Future-AutoMagazine

Fabricantes de VE têm de agir como ‘startups’ para aproveitar benefícios da inovação

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A StoreDot, empresa israelita que desenvolve tecnologia de carregamento ultrarrápido para baterias de veículos elétricos, afirma que os fabricantes de automóveis elétricos devem adotar uma “mentalidade de startup” para incorporarem as inovações tecnológicas nos seus produtos de forma mais rápida e assim aumentarem as vendas de elétricos.

A StoreDot diz que os OEMs (Original Equipment Manufacturer, ou Fabricante de Equipamento Original) estão tradicionalmente presos a processos sequenciais de prototipagem e teste com escalas de tempo longas, adaptadas aos familiares ciclos de desenvolvimento de veículos de combustão interna. No entanto, os principais fabricantes de automóveis podem adotar novas práticas e alavancar um modo de desenvolvimento mais rápido, acelerando a introdução e comercialização das tecnologias mais recentes através de colaborações com startups, de acordo com a empresa israelita.

Doron Myersdorf, o CEO da Storedot, afirma: “Estamos a trabalhar com muitos OEMs globais e torna-se claro que alguns estão já a mudar a sua mentalidade para adotar mais rapidamente tecnologias avançadas de baterias. Mas nem todos os OEMs se comportam assim, e acredito que toda a indústria de veículos elétricos vai beneficiar da aceleração dos seus processos e cronogramas, se queremos implementar coletivamente a mudança fundamental para a eletrificação de que o mundo precisa”

“Com um ciclo típico de 5 anos para implementar qualquer nova tecnologia de bateria, estamos a incentivar os fabricantes globais de automóveis que seguem processos tradicionais a ajustarem os seus métodos e mentalidade para práticas comerciais mais ágeis na avaliação e implementação de tecnologias inovadoras. Os testes de novas tecnologias, como as céluas de carga ultrarrápida da StoreDot (XFC – eXtreme Fast Charge) podem ser um processo rigoroso, sequencial e trabalhoso, que assume um certo nível de maturidade da tecnologia. O resultado é que nossas baterias revolucionárias podem não chegar às mãos dos compradores de automóveis em tempo útil. Como a ansiedade de carregamento é uma das principais barreiras à adoção de veículos elétricos, estes processos conservadores podem ter consequências para todo o ecossistema de baterias e veículos, e a sua capacidade de melhorar muito e rapidamente o mundo em que vivemos”, continuou Myersdorf.

“É claro que os fabricantes de automóveis não devem ignorar elementos cruciais, como testes de segurança e fiabilidade, que são incontornáveis. Mas, na minha experiência, alguns OEMs ainda se mantêm em regimes rígidos de testes que dificultam a capacidade de aproveitar os avanços das baterias. Atualmente, algumas partes da indústria automóvel estão a ser retidas, e continuarão a sê-lo, a menos que todos adotemos a agilidade das práticas de engenharia das startups“, conclui.

As declarações do CEO da StoreDot surgem numa altura em que a empresa israelita – participada por fabricantes como a Volvo, Daimler e VinGroup, bem como por empresas como BP, Samsung e TDK – ultima os preparativos para começar a produção em escala da sua bateria ‘100in5’, que deverá permitir carregar energia para 160 km (100 milhas) em 5 minutos, resolvendo assim a ‘ansiedade de carregamento’ referida por Meyersdorf como um dos maiores obstáculos à adoção generalizada de veículos elétricos.

A StoreDot afirma que as suas células de bateria XFC estão a ser avaliadas por quinze fabricantes globais de automóveis, e que pediu a alguns dos fabricantes de automóveis com quem colabora para reavaliarem os seus cronogramas tradicionais de introdução de novas tecnologias, com o objetivo de acelerar a sua adoção.

Além da produção das baterias ‘100in5’, com ânodo de silício, a partir do próximo ano, o plano estratégico ‘100inx’ da StoreDot prevê a introdução de duas novas gerações de baterias XFC na próxima década: a bateria de estado semi-sólido ‘100in3’ em 2028, e a bateria pós-lítio ‘100in2’ até 2032.