A Opel como todas as marcas teve, como todas as outras, de se reinventar para se manter ativa neste novo mundo da eletrificação.
Inserida no grupo Stellantis recolhe dele muitos dos produtos que, por um lado permitem sinergias, redução de custos, mas sobretudo, um produto final com provas dadas no mercado.
A Opel como qualquer marca inserida num grande grupo – e no mercado – tem de se diferenciar em algo: pode ser no design, nas afinações da suspensão, no software; em algo; pois é, com “estes detalhes” que se constrói uma marca e se mantêm os clientes fiéis à mesma.
O novo Corsa mantém a identidade da família da marca com uma frente apelativa, com a nova grelha – aqui totalmente fechada por ser o elétrico – de cor negra, com a zona posterior do pára-choques com a grelha perfurada e que engloba os faróis Intelli-Lux que permitem, através dos vários feixes de leds funcionar sempre em máximos, desligando os necessários leds para não ofuscar o condutor que circula em sentido contrário, mantendo o lado direito sempre em máximos. Esta tecnologia ajuda a manter o campo visual sempre desafogado para uma condução mais segura.
O desenho compacto do Corsa, está também patente na zona lateral e na traseira, com a conjugação de cores em negro, seja na grelha, nas JLL, capas dos espelhos retrovisores, tecto e no lettering, que ajudam a dar alguma exclusividade ao modelo.
Para quem se recorda do primeiro Opel Corsa, os designers mantiveram aqui parte do seu traço original.
O interior possui nesta versão, bancos ergonómicos e acolhedores, num misto de pele sintética e alcântara; o do condutor com vários sistemas de massagens.
O painel de instrumentos de sete polegadas e o central de 10” são legíveis; na consola central possuímos ainda alguns botões físicos, assim como, os três modos de condução – Eco, Normal e Sport.
A autonomia WLTP aponta para os 400kms mas, como depende da temperatura exterior, do peso do pé direito, do relevo da estrada é preferível contar com autonomias a rondar os 300kms.
O Corsa arranca no modo Normal – o mais adequado – sendo possível mudar para o ECO onde perdemos vivacidade, e algumas funções, como o AC ficam menos intensas. Tanto no modo Normal como no Sport, o Corsa mantém-se fiel às origens da marca: comprometimento entre eficácia e desempenho; afinações das suspensões a privilegiar um comportamento mais desportivo.
Com preços a partir dos 29.900€ o Corsa não se assume como um citadino tradicional, mas como um automóvel que se aventura em viagens por todo o País. Para isso conta com espaço interior, comportamento e uma direção precisa que faz uma boa leitura da estrada.