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Green Future-AutoMagazine

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Dacia Spring Confort: um elétrico para a cidade

Comentário de Jorge Farromba

A Dacia sempre nos surpreendeu pelo seu posicionamento no mercado, fruto de uma estratégia que aposta na rentabilização de todos os componentes do grupo automóvel onde se insere, mas também com uma estética reconhecidamente apelativa que tem ganho adeptos no mercado nacional e internacional.

Por isso, esta aposta num veículo totalmente elétrico de baixo custo e assumidamente citadino vem no seguimento dessa mesma forma da DACIA olhar o mercado

A estética exterior segue muito da filosofia da marca e que acaba por ganhar dividendos, dado que é quase uma recriação do bem-sucedido DUSTER, com traços característicos, joviais e dinâmicos e, nalguns detalhes a “tocar” o desportivo, onde “menos é mais” e, no seu minimalismo recolhe adeptos, com formas que perpetua uma vida longa em termos de imagem

No interior de modo a conter os custos, obviamente que não encontramos plásticos moles, e algumas soluções de ergonomia e usabilidade não são as mais atuais, mas tal é compreensível quando a marca pretende oferecer o veículo mais económico do mercado, totalmente elétrico que não ultrapasse os €20.000, mesmo nesta versão de topo que é a versão confort. Nesta versão encontramos bancos confortáveis, posição de condução interessante, pele sintética, ecrã central prático e com toda a informação habitual, seja em matéria de conetividade como de segurança. 

Sabemos que a autonomia pode ir até uns interessantes 305 km em ciclo urbano WLTP e 230 km em ciclo combinado WLTP e que consegue 80% de carregamento em 50 minutos num posto de carregamento rápido graças ao carregador DC. O motor que o equipa possui 44 cv que lhe permitem atingir os 125 km/h de velocidade máxima ou 100km/h quando selecionamos o modo ECO. 

De resto, em matéria de segurança conta com os habituais airbags, ABS, ESP, luzes automáticas, sistema de travagem de emergência.

E em estrada?

O Spring é um veículo simples e prático, desenhado para cidade com uma curta distância entre eixos, confortável, com uma condução minimalista, mas que não receia estrada. 

O espaço interior é mais que suficiente para 4 adultos sendo que na traseira estão mais condicionados face ao espaço disponível para pernas. A capacidade da bagageira é mais que suficiente para as compras de cidade. A utilização de sistemas como o limitador de velocidade e cruise control, são interessantes para estrada e um deles revela-se particularmente útil em cidade –  limitador de velocidade para 50km/hora – dado o número elevado de radares nas cidades.

A simplicidade da sua utilização leva a que seja prático e cómodo levá-lo para qualquer lado. A informação do painel de instrumentos ajuda-nos a compreender o consumo de eletricidade e, nos vários dias que o utilizei, em nenhum momento me preocupei com a bateria, com a intensa chuva (somente com o aquaplaning) e com o trânsito intenso de Lisboa, o que significa que a marca criou um produto interessante, onde o comportamento e conforto se encontram dentro do que outras marcas oferecem, dentro do mesmo segmento, em termos de produto, ou seja, seguro, prático e previsível.

Uma palavra face aos últimos resultados de vendas de veículos, pois nunca como agora se venderam tantos automóveis elétricos, demonstrativo da convergência dos vários públicos – jovens e menos jovens – para a eletrificação, para as preocupações com o meio ambiente, uma melhor qualidade de vida e diminuição do ruído nas cidades. Esta re-educação do consumidor acabou ainda por ser mais potencializada pela pandemia onde o publico sabe que as suas ações têm relação direta com a qualidade de vida do planeta que habitam., com reflexo direto no setor automóvel que teve de se adaptar e de investir fortemente em I&D para oferecer produtos novos e convergentes com a sociedade atual.

Jorge Farromba é IT Project Manager na TAP Air Portugal

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