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ONGs criticam propostas climáticas da Alemanha

O acordo do novo governo alemão para impulsionar mudanças climáticas inclui uma eliminação acelerada do carvão “idealmente” até 2030 (oito anos antes do planeado). Apesar de constar a proibição das caldeiras a gás até 2035 e o fim da produção de energia a gás até 2040, nenhum desses compromissos parece ter sido anunciado no acordo.

Segundo várias organizações não-governamentais, uma eliminação acelerada do carvão em 2030 é inevitável para cumprir as metas ambientais, energéticas e climáticas da UE, bem como as metas do Acordo de Paris.

Para estas ONG, o colapso dos lucros do carvão tornou-o ‘antieconómico’, o que significa que subsidiar o carvão alemão seria um desperdício intolerável de dinheiro público. Ao mesmo tempo, a eliminação progressiva do carvão até 2030 no país, um dos maiores consumidores de carvão da UE, exerce pressão sobre outros estados-membros que estão atrasados ​​nos planos de abandono do carvão, nomeadamente a Bulgária, a República Checa e a Polónia.

O acordo anuncia também que “todos os sistemas de aquecimento recém-instalados devem funcionar com 65% de energia renovável até 2025”, uma medida dececionamente para estas ONG. Todas as novas habitações devem contar apenas com aquecimento renovável e as soluções híbridas devem ser usadas apenas em edifícios protegidos. Ainda segundo estas organizações, é urgente descarbonizar o setor do aquecimento, responsável por 12% das emissões totais de CO2 da UE, o equivalente às emissões de todos os carros da UE.

Além disso, o acordo parece deixar a porta aberta para o gás fóssil permanecer na matriz energética alemã com disposições sobre “fábricas de gás prontas para H2” e inclusão de H2 à base de metano a curto prazo, colocando em risco as metas climáticas e deixando cidadãos expostos à volatilidade de preços.

Num cenário de energia compatível com o Acordo de Paris prova que, ao reduzir a procura de produção de eletricidade, especialmente em edifícios, e ao aumentar o fornecimento de energia renovável, será possível a eliminação do gás fóssil até 2035.

Apesar das altas expectativas, o texto final do novo acordo do governo alemão é, segundo o European Environmental Bureau, dececionante e não corresponde à perspetiva de liderança climática da Alemanha.

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