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Renault estuda autonomização do negócio de veículos elétricos

Como parte de seu plano ‘Renaulution’, o Grupo Renault anunciou, a 18 de fevereiro, que havia lançado uma revisão estratégica de suas atividades e tecnologias de motores totalmente elétricos e de combustão, a fim de melhorar sua eficiência e desempenho operacional. O objetivo destas reflexões estratégicas passa por adaptar cada tecnologia, aproveitando os pontos fortes do grupo nos diferentes mercados.

O Grupo Renault afirma ter fortes ambições no domínio dos veículos elétricos, com o objetivo de apenas vender ligeiros de passageiros 100% elétricos até 2030 – também para ir de encontro às regulamentações ambientais da União Europeia. Para acelerar a transição e apoiar o mercado de veículos elétricos em rápido crescimento, o grupo está a avaliar a criação de uma entidade autónoma dedicada a Veículos Elétricos e Software, localizada em França.

A nova entidade poderá incluir atividades e tecnologias elétricas e de software em toda a cadeia de valor: engenharia (parte do Technocentre, Renault Software Lab, Lardy e outros locais em estudo na região de Paris), manufatura (Eletricidade, Cléon), bem como as funções de apoio ligadas a essas atividades. Esta entidade autónoma teria um modelo de negócio adaptado às especificidades dos veículos elétricos e seria capaz de forjar parcerias em novas tecnologias e serviços. Poderá ainda empregar mais de 10.000 funcionários até 2023.

Ao mesmo tempo, o Grupo Renault está também a estudar a possibilidade de combinar as suas atividades e tecnologias de combustão interna (ICE) e motores híbridos e transmissões instaladas fora de França dentro de uma entidade específica. O Grupo afirma estar convencido de que os veículos híbridos térmicos e híbridos plug-in têm perspectivas e saídas significativas a longo prazo na Europa e nos mercados internacionais em virtude das melhorias significativas na redução de emissões deste tipo de veículo, sendo que tecnologias como a E-Tech podem funcionar como alavancas de crescimento.

Ao reunir as suas atividades e tecnologias relacionadas com motores e transmissões térmicos e híbridos, o Grupo Renault pretende reforçar o potencial das suas tecnologias, mas também contribuir para o desenvolvimento de combustíveis de baixa emissão, GPL, etc., e assim criar um líder mundial em grupos propulsores para a indústria automóvel.

O âmbito do estudo inclui motores e transmissões ICE e híbridos – excluindo chassis – atualmente produzidos nas unidades de Motores e Sevilha (Espanha), Cacia (Portugal), Bursa (Turquia), Pitesti (Roménia), Curitiba (Brasil), CorMecanica (Chile), PFA (Argentina). Inclui ainda as atividades de Engenharia e R&D nas unidades RTS (Espanha), RTR (Roménia) e RTA (Brasil), bem como as funções de suporte relacionadas com estas atividades.

Similarmente, esta nova unidade teria capacidade para desenvolver parcerias industriais e tecnológicas, de forma a criar um líder mundial global e competitivo.

O comunicado avança ainda que estão a ser realizadas consultas aos órgãos representativos dos trabalhadores sobre estes planos nos países envolvidos, e o desenvolvimento destas reflexões estratégicas prosseguirá através do diálogo em sede de concertação social.

As conclusões do estudo deverão ser conhecidas no outono de 2022.

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