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Renault garante cobalto para baterias até 2032

A Renault acaba de garantir o fornecimento de sulfato de cobalto para as baterias dos seus automóveis elétricos até 2032. O fabricante francês anunciou hoje a assinatura de um acordo com o grupo marroquino Managem, ativo nos setores extrativo e metalúrgico, para o fornecimento de 5.000 toneladas de sulfato de cobalto por ano, durante um período de sete anos. A primeira remessa acontecerá em 2025.

O Grupo Renault assegura assim uma capacidade anual de produção de baterias na ordem dos 15 GWh. A empresa francesa afirma que este acordo de cooperação direta entre um fabricante de automóveis e uma empresa do setor extrativo garante um sistema de rastreio a longo prazo nesta cadeia de fornecimento. O acordo inclui a possibilidade de o Managem Group, a Renault e seus parceiros da Alliance alargarem o seu âmbito, de forma a cooperarem no fornecimento de manganês e sulfato de cobre, bem como na reciclagem de materiais de baterias.

Este acordo com o Managem Group sucede outros acordos estabelecidos pela empresa francesa, no sentido de cumprir a meta da redução da pegada de carbono associada à produção de baterias em 20% até 2025, e 35% até 2030, relativamente aos valores de 2020. A Renault havia já firmado uma parceria com a Vulcan para garantir o fornecimento de lítio, e com a Terraframe para o sulfato de níquel. Estes acordos, tal como o agora celebrado, incluem disposições para assegurar que os processos de extração e refinação são efetuados com recurso a energias renováveis, de forma a manter a menor pegada de carbono possível em todo o ciclo de vida das baterias.

“Este acordo é mais um passo para alcançar o objetivo de reduzir a pegada de carbono das nossas baterias e alcançar a neutralidade carbónica para o Grupo Renault na Europa até 2040, e em todo o mundo até 2050. A rastreabilidade e a descarbonização das matérias-primas das nossas baterias são questões cruciais para a mobilidade elétrica e a transição energética. Assim, garantimos um fornecimento local de cobalto de baixo carbono mais próximo do nosso ecossistema europeu de produção de baterias elétricas”, declarou a propósito do acordo Gianluca De Ficchy, vice-presidente executivo de compras da Alliance.

No comunicado, a Renault avança ainda que o acordo vai apoiar o desenvolvimento da indústria automóvel marroquina e reforçar o posicionamento de Marrocos como plataforma de produção e exportação de equipamentos, veículos automóveis e, agora, materiais estratégicos e críticos de origem marroquina como cobalto, manganês e cobre para o fabrico de baterias.

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