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Repsol incorpora mais de 100.000 m3 de biocombustíveis em 2022

A Repsol anunciou que terminou o ano de 2022 com mais de 100.000 m3 de biocombustíveis incorporados nos combustíveis líquidos rodoviários da marca em Portugal, o que permitiu reduzir cerca de 264 quilotoneladas de CO2.

A empresa avança que a sua instalação no Terminal de Líquidos de Banática, no Porto de Lisboa, tem tido um papel crescente na introdução de biocombustíveis no mercado nacional. É nesta unidade, que conta com mais de um século de atividade, que é feita a incorporação de biocombustíveis, que se distinguem dos convencionais pela utilização de resíduos como óleos alimentares usados, gorduras animais e resíduos urbanos, entre outros.

A Repsol afirma acreditar que, no futuro, a utilização de biocombustíveis e combustíveis sintéticos vai ser capaz de reduzir a pegada de carbono em 90% e 100%, respetivamente. Atualmente, são alternativas fundamentais para a redução de emissões de CO2 nos veículos de transporte de passageiros, nos veículos pesados de mercadorias, nos aviões e nas embarcações. De acordo com a empresa, a incorporação de biocombustíveis “está a permitir reduzir as emissões gradualmente, aproveitando a eficiência das soluções, o conhecimento já desenvolvido e o aproveitamento de infraestruturas existentes”. 

“Na Repsol, acreditamos que a transição energética deverá ser gradual, inclusiva e criteriosa. Somos uma empresa multienergética e temos de ser capazes de fornecer os meios necessários para que a sociedade faça essa transição, através de inovação e de várias fontes de energia”, afirma Armando Oliveira, administrador-delegado da Repsol Portuguesa.

A Repsol esclarece que, ao longo desta transição, já analisou mais de 40 tipos de resíduos e tecnologias para promover a produção de biocombustíveis avançados e materiais petroquímicos circulares. A empresa pretende produzir 2 milhões de toneladas de combustíveis com baixo teor de carbono até 2030. 

O ano de 2022 ficou também marcado pelo empréstimo de 120 milhões de euros à Repsol, concedido pelo Banco de Investimento Europeu (BEI), no passado mês de dezembro, para apoiar a construção e operação da primeira fábrica de produção de biocombustíveis avançados nas instalações da empresa em Cartagena, na região de Múrcia, em Espanha. A fábrica irá produzir biocombustíveis avançados e de segunda geração, através de vários tipos de resíduos, principalmente provenientes da indústria agroalimentar, tais como óleos alimentares usados. A construção deverá estar concluída na segunda metade de 2023. 

Segundo a Repsol, o seu Plano Estratégico 2021-2025, apresentado em novembro de 2020, reflete a sua estratégia de multienergia e de redução gradual das emissões. “A mobilidade sustentável requer múltiplas soluções. Temos o dever de continuar a trabalhar na criação de alternativas multienergéticas para uma mobilidade mais amiga do ambiente, inovadora e eficiente”, remata Armando Oliveira.

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