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Green Future-AutoMagazine

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Mais Potência, Mais Liberdade: Conheça o Ford Explorer AWD 340 cv

Nos meus tempos de adolescente habituei-me a olhar para a Ford como uma marca que lançava viaturas com bom comportamento, alguma desportividade e bastante competentes. A presença da marca  em provas desportivas também ajudava a essa perceção

Hoje, a marca redefiniu-se e acabou com modelos como o Fiesta, Sierra ou Escort, e teve de se posicionar no mercado elétrico. Lançou para isso o Ford Mustang e faltava um SUV – o Explorer – que foi buscar o seu nome ao mercado americano, do modelo com grandes dimensões e sete lugares. Aqui, o novo Explorer compete no segmento C-SUV e somente possui 5 lugares

 Juntamente com isso a marca resolveu fazer uma parceria com a Volkswagen para a utilização da plataforma e alguns componentes. Nada de mais, numa indústria cada vez mais globalizada e onde a tónica também passa pela poupança de custos e rapidez de presença no mercado.

Desenvolver uma plataforma ou alguns componentes demora tempo e tem custos exagerados; porque não optar por algo já com créditos firmados no mercado?

Esteticamente, o Explorer diverge, em minha opinião, um pouco da tradição. Trata-se de um modelo mais quadrado mas sem ser pesado, e isso é um elogio aos designers da marca que conseguiram estruturar um modelo jovial. A frente é bastante sobreelevada com a grelha completamente fechada e os faróis colocados no topo, numa configuração  “muito feliz”. A zona lateral mais convencional termina com as cavas das rodas traseiras mais pronunciadas que lhe dá um certo ar de desportivo. Já o portão traseiro está também bem conseguido, pois, mesmo sendo muito vertical, a assinatura luminosa quadrada dos extremos da carroçaria tornam o seu desenho muito elegante.

No interior encontramos um modelo bastante tradicional com os bancos envolventes em pele sintética, elétricos, com um tablier bastante convencional mas de onde sobressai uma coluna de som quase a ocupar 3/4 do tablier da Bang & Olufsen. Já o volante segue a tónica habitual- não é circular mas retangular na parte superior e inferior – que curiosamente, é prático. Contém os vários botões não físicos no volante para controle das várias funções o que tem detratores e apaixonados. Já o painel central de grandes dimensões, colocado em posiçã vertical incorpora todas as funções do modelo incluindo o ar condicionado e os vários modos de condução. Não há botões fisicos

A posição de condução é boa, a visibilidade também e ergonomia está num bom patamar. Não é um carro em que é necessário, antes de o conduzir, fazer um pequeno curso. O espaço interior é bom, tanto à frente como atrás e a bagageira é ampla

A Ford sempre foi reconhecida por construir modelos que prevalecem pela eficácia do seu comportamento e não tanto no conforto. Aqui nota-se esse compromisso com as afinações da suspensão a privilegiar a eficácia e o comportamento. E  isso significa que o Explorer com a sua tração total e 340cv não abdicou do seu ADN

Também por ser este modelo uma viatura de tração total a sua eficácia sobressai, não tanto em autoestrada, porque não se consegue percecionar mas quando andamos com ele por curvas  encadeadas e notamos o comportamento mais rigoroso do modelo

Em termos de autonomia ela aponta para perto dos 400 quilômetros no painel de instrumentos (do grupo Volkswagen)

O Explorer possui vários modos de condução, desde o eco ao sport, mas mesmo no modo Sport noto a direção algo leve e pouco comunicativa. Nada de relevante, mas pessoalmente prefiro uma direção mais pesada quando conduzo em modo Sport

No cômputo geral, o Explorer tem todos os elementos necessários para ser mais um produto interessante no extenso mercado de viaturas elétricas. Os pontos a favor são muitos e os pontos a melhorar não são extraordinariamente relevantes

Trata-se do modelo que prima pelo seu desenho algo fora do habitual o que joga a seu favor, possui um interior interessante, bem desenhado e construído com vários plásticos moles. Mesmo com a parceria com a VW mantém muitos dos atributos que fizeram da marca Ford um caso de sucesso no passado, na sua habilidade para construir viaturas com bom comportamento dinâmico e mesmo desportivas

Nesta versão topo de gama os preços começam nos €48.000 até perto dos €52.000

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