Quando uma nova marca chega ao mercado o desconhecimento sobre a mesma pode tornar mais difícil a sua expansão. Mas se dissermos que estamos em presença de uma startup chinesa com 14 anos, reconhecida como uma das mais tecnológicas, cotada na bolsa de Nova Iorque e Hong Kong e apoiada por grupos como Alibaba, grupo Volkswagen através da Porsche e outros investidores fortes, percebemos muito provavelmente que estamos na presença de um bom produto
E foi isso mesmo que viemos perceber com o ensaio do P7 performance, um sedan com mais de 400 cavalos, tração integral e garantidamente com mais de 400kms de autonomia real em autoestrada (leram bem!)
Criar um sedan nos dias de hoje, que se distancie dos outros concorrentes não é tarefa fácil para os designers, mas creio que esta assinatura X-BOT Face da XPENG conseguiu atingir o objetivo. A linha de capô rebaixada e a silhueta aerodinâmica conjugam-se, com os puxadores de porta embutidos e com a parte inferior da carroçaria plana para criar um sedan elétrico e desportivo elegante e sofisticado.
A dianteira é dominada por uma assinatura luminosa horizontal que se prolonga a toda a largura do veículo com as luzes de presença colocadas mais abaixo, nas extremidades do veículo para terminar numa traseira dominada pela elegante porta da bagageira
No interior, a marca também quis deixar o seu cunho pessoal, diferente do usual, com um tablier situado num patamar mais baixo para o passageiro, mas que, para o condutor integra um único ecrã digital que integra o painel de instrumentos e o grande ecrã de infotainment
Ainda antes de arrancar percorro o habitáculo para analisar o interior do XPENG P7. Os bancos acolhem-me confortavelmente e a ergonomia está bem conseguida, ao nível do volante, apoio de braços, pedais e banco. O ecrã central concentra a totalidade das funções do P7 (ou seja, não temos botões no habitáculo) com um software próprio, intuitivo e de fácil navegação entre ecrãs. Surge no painel central, como outras marcas e sempre que se acionam os piscas um ecrã que mostra a lateral do carro (ângulo morto) mas também sinaliza no espelho do condutor (uma redundância bem pensada para servir todos os clientes)
Podíamos – e podemos – ainda referir que habitabilidade é boa, tanto na dianteira como na traseira, mas os pontos que mais gostava de destacar vão para a qualidade dos bancos, de construção e dos materiais.
Na análise dinâmica pudemos constatar que a insonorização está muito bem conseguida e o sistema de condução autónoma é muito prático e seguro de utilizar sem falsos positivos. O P7 possui também várias parametrizações para o modo de condução e também da direção e o sistema epedal. Em autoestrada, mas principalmente em estrada e cidade comprova-se o bom compromisso entre conforto e eficácia. Em cidade, por se tratar de uma viatura bastante grande devemos depositar confiança nos vários sensores.
A afinação do chassis garante um equilíbrio muito correto entre desportivo e confortável. Adicionalmente, com a tração integral o comportamento torna-se muito preciso e rigoroso, para não dizer despachado. Com facilidade atingimos velocidades muito acima do limite legal. Além das boas características que enunciei do P7, o outro recai sobre a autonomia onde é possível em autoestrada -e, portanto, sem regeneração das baterias-fazer mais de 400 quilômetros sem abastecer
Em resumo a XPGENG surge no mercado nacional exatamente como é reconhecida no resto do globo – um produto que aposta na tecnologia, bem construído com bons materiais e que compete de igual para igual com os outros concorrentes, apoiado por um grupo de referência como é o grupo Salvador Caetano
Preços do XPENG P7 Long Range, single motor no valor de 40.350€ + IVA, e P7 Performance (473cv e tração integral) a partir de 62.000€