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Vendas de veículos elétricos na Europa superam diesel pela primeira vez

Os europeus compraram mais automóveis elétricos do que automóveis a diesel em dezembro, uma imagem clara do declínio do diesel, outrora a opção mais popular na Europa, e da crescente popularidade dos elétricos a bateria.

De acordo com o analista Matthias Schmidt, mais de 20% dos carros novos vendidos na Europa e no Reino Unido em dezembro são movidos exclusivamente a eletricidade. As vendas de veículos a diesel, que em 2015 representavam mais da metade dos carros novos na União Europeia, caíram abaixo de 19%.

Estes números ilustram a popularidade que os veículos elétricos estão a ganhar, rapidamente, com as vendas de elétricos a bateria (BEV) a dispararem na Europa, nos Estados Unidos e na China, no ano passado, enquanto as vendas de veículos convencionais estagnaram. Entre as razões apontadas para esta diferença encontram-se os incentivos governamentais que tornaram os veículos elétricos mais acessíveis, o crescimento da variedade de carros elétricos e a consciência do custo ambiental dos veículos movidos a motores de combustão interna por parte dos consumidores. 

O aumento de vendas de veículos elétricos acentua-se ainda mais com a atual crise que o setor automóvel enfrenta, com uma queda superior a 20% nas vendas de veículos novos na União Europeia, em novembro. 

A Tesla foi a marca de veículos elétricos mais vendida em 2021, seguida pela Volkswagen. De acordo com o New York Times, a empresa americana conseguirá expandir ainda mais a sua liderança quando abrir a fábrica na Alemanha para, desta forma, ser mais eficiente no mercado europeu que, para já, importa os seus veículos da China.

Se durante muito tempo, o diesel foi o combustível mais popular na Europa devido às políticas fiscais que o tornavam menos caro do que a gasolina (mas mais poluente), desde 2015 iniciou uma fase de declínio, após a Volkswagen admitir que havia vendido milhões de carros a diesel equipados com software que produzia emissões artificialmente baixas durante os testes oficiais. O software ilegal fez os veículos parecerem muito mais limpos do que realmente eram. 

O escândalo chamou a atenção para a poluição causada pelos carros a diesel, responsáveis ​​por dezenas de milhares de mortes prematuras. Cidades como Hamburgo e Berlim já proibiram carros a diesel em algumas áreas e a União Europeia reforçou as suas regras sobre poluição automóvel. Os fabricantes devem pagar multas substanciais se não reduzirem as emissões de dióxido de carbono aos níveis prescritos.

Os regulamentos incentivaram, assim, os fabricantes a desenvolverem veículos elétricos, que não produzam emissões na sua utilização. Os veículos a gasolina ainda são mais populares, representando 40% dos carros novos, mas também se encontram numa tendência de declínio a longo prazo.

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