O Grupo Renault está a impulsionar ativos tecnológicos e industriais, para fazer escolhas ousadas e oferecer veículos elétricos competitivos, sustentáveis e populares, acelerando, assim, a sua estratégia de VE.
Seguindo os princípios da competitividade e sustentabilidade, a oferta de gama mais verde do mercado europeu está prevista para 2025, com mais de 65% de vendas de veículos elétricos e eletrificados e até 90% de veículos elétricos no seio da marca Renault, em 2030.
Num prazo mais curto, até 2022, o Grupo Renault pretende juntar-se à start-up francesa Verkor, para codesenvolver uma bateria de alto desempenho, de origem local e sustentável.
A nova gama de produtos passará a ser mais equilibrada e rentável, com 10 novos veículos elétricos, entre os quais dois ícones como o Renault 5, com um custo reduzido de 33% face ao ZOE, e um novo modelo intemporal com a mística “4ever”. Pode contar-se, ainda, com um segmento C totalmente elétrico e “musculado”, com o novo MéganE, em 2022.
Com química baseada em NMC (Níquel, Manganês e cobalto) e uma pegada de célula única, o Grupo cobrirá 100% dos futuros lançamentos BEV em todos os segmentos. Abrangerá todas as gamas com até um milhão de veículos elétricos da Aliança, até 2030. Esta escolha química oferece uma relação muito competitiva de custo por quilómetro, com até 20% a mais de autonomia, em comparação com outras soluções químicas e um desempenho de reciclagem muito melhor.

Segundo a marca, o Grupo Renault é o primeiro OEM a desenvolver o seu próprio e-motor – sem “rare-earth” (magnetos não permanentes) e baseado na tecnologia do motor síncrono acionado eletricamente (EESM), com o seu próprio redutor. Tendo já feito a maior parte do investimento, o Grupo conseguiu, nos últimos dez anos, reduzir, para metade, o custo da bateria, pretendendo repetir essa redução, na próxima década. O Grupo irá incorporar, gradualmente, novas melhorias tecnológicas, a partir de 2024, no seu EESM, reduzindo custos e melhorando a eficiência do motor.
O Grupo também assinou uma parceria com a Start-up francesa Whylot para um inovador e-motor automóvel com fluxo axial. Esta tecnologia será aplicada, primeiramente, nas motorizações híbridas, com o objetivo de reduzir 5% os custos, enquanto economiza até 2,5g de CO2 em WLTP (para automóveis de passageiros do segmento B / C). O Grupo Renault será o primeiro OEM a produzir e-motores de fluxo axial (e-motor automóvel de fluxo axial), em grande escala, a partir de 2025.
Além dessas novas tecnologias, o Grupo também está a trabalhar numa e-motorização mais compacta, chamado Sistema” tudo-em-um”. Esta e-motorização consiste em integrar o e-motor, o redutor e a eletrónica de potência (One Box Project) num único pacote: permitindo -45% do volume total, -30% do custo total de uma unidade motriz e -45% de energia desperdiçada em WLTP, permitindo uma autonomia VE extra de até 20km.
Durante a primeira vida da bateria do automóvel, o Grupo está a desenvolver soluções de Veículo-para-a-Rede (também chamado V2G), que permitem que a energia seja devolvida à rede elétrica, a partir da bateria de um automóvel elétrico. Um automóvel ligado 8 horas por dia poderia gerar um valor potencial de até 400 euros por ano, através das soluções V2G, permitindo aos condutores de automóveis elétricos compensar parte do seu custo anual de financiamento e, à Renault, captar lucros recorrentes relacionados com as frotas de automóveis.
No final da sua primeira vida ao serviço do automóvel, as baterias podem ainda conter cerca de 2/3 da sua capacidade e podem ser reutilizadas numa segunda vida. A Mobilize encontra novas aplicações para estas, em torno do armazenamento estacionário, seja para gerir as necessidades pontuais de energia, para armazenamento móvel de eletricidade ou em geradores para utilização noutras indústrias.
O Grupo planeia colaborar com as agências de avaliação automóvel para que o valor residual das baterias seja tido em linha de conta nas transações do mercado de automóveis usados, por um valor de até 500 euros por automóvel. Nesta perspetiva, a Mobilize oferecerá um “certificado de saúde” (para monitorização do estado de saúde das baterias), contratos de extensão da garantia das baterias, e ofertas de trade-in tornadas possíveis pelo automóvel conectado, para tranquilizar os proprietários de automóveis elétricos, em segunda mão.
Na fase de fim de vida das baterias, o Grupo está a implementar instalações de reequipamento, reutilização, desmantelamento e reciclagem de baterias, através do seu projeto Re-Factory, em Flins, com o objetivo de gerar mais de mil milhões de euros de volume de negócio nas atividades de fim-de-vida e reciclagem. Avançando ainda mais na reciclagem, o consórcio recentemente anunciado com a Solvay e a Veolia permite a recuperação de materiais estratégicos de baterias, como o cobalto, o níquel e o lítio, com uma eficiência muito elevada e com qualidade “de bateria”, para que possam ser reutilizados na produção de baterias de automóveis novas.
O objetivo do Grupo é chegar ao mix mais “verde” do mercado europeu em 2025, com mais de 65% de automóveis elétricos e eletrificados no seu mix de vendas e até 90% de automóveis elétricos a bateria no mix de vendas da marca Renault, em 2030.