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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Volvo multiplica por 10 capacidade de produção de elétricos

A Volvo Cars anunciou um aumento significativo da sua capacidade produtiva para os modelos 100% elétricos. A capacidade atuaI de produção atual, proveniente da fábrica de Ghent, na Bélgica, e da fábrica de Taizhou, na China, irá multiplicar-se por dez vezes. Assim, a partir da segunda metade de 2022, a Volvo passará a ter capacidade para produzir 150.000 veículos eletrificados por ano, ao invés dos atuais 15.000 automóveis.

A marca sueca dá assim resposta ao contínuo aumente das vendas da gama de automóveis Recharge, o seu conjunto de modelos híbridos plug-in e 100% elétricos. As vendas mundiais da marca, relativas ao terceiro trimestre de 2021, apresentam uma taxa de penetração destes modelos de 26% em relação às vendas totais (com 22% de modelos plug-in e 4% de modelos 100% elétricos).

Em Portugal, esta taxa de eletrificação é ainda superior. No mesmo período, o peso dos modelos Recharge foi mais de metade dos números nacionais da Volvo Cars nacional, tendo alcançado os 57% (51% em modelos plug-in e 6% em modelos totalmente elétricos). 

Mercadona inicia teste com novo camião 100% elétrico

A Mercadona, em colaboração com os seus fornecedores Scania, Acotral, Frigicoll e ThermoKing, iniciou um teste laboratorial nos seus processos logísticos com a incorporação na sua frota de um novo modelo de camião 100% elétrico. Este novo projeto permitirá à Mercadona reduzir o impacto da sua atividade nas diferentes cidades onde a empresa está presente e, desta forma, reforçar o seu compromisso para com os objetivos do Pacto Verde Europeu e para com a Lei sobre Alterações Climáticas (Espanha).

Dotado de um motor Scania de 300 kWh, o novo camião é multitemperatura, dispõe de um motor elétrico alimentado por bateria de ião-lítio com uma autonomia máxima de 220 km e de um tempo de carregamento completo a 230 kW em corrente contínua de 90 minutos. Durante o período de testes, que será realizado com a unidade já incorporada na frota da Acotral, a Mercadona prevê otimizar os processos de carregamento, que realizará num dos cais do seu bloco logístico de Ciempozuelos (Madrid), com o objetivo de aproveitar ao máximo os tempos de descanso dos condutores e os horários de carga de mercadorias.

Concebido para âmbitos urbanos, tanto para descargas diurnas como noturnas, trata-se de um camião rígido com capacidade para 21 paletes e uma Massa Máxima Autorizada de 26 toneladas. O seu equipamento de frio, também 100% elétrico e ligado à mesma bateria que o motor, é a versão Frigoblock da ThermoKing e permite-nos não só eliminar as emissões de gases do equipamento de frio, mas também poder circular com o equipamento ligado nos núcleos urbanos, graças a uma importante redução da poluição acústica.

O novo veículo sem emissões de gases com efeito de estufa (GEE) durante o transporte traz óbvias consequências positivas para a proteção e conservação do meio ambiente. O novo motor contribui tambºem para melhorar a qualidade do ar das cidades, ao eliminar igualmente os gases mais prejudiciais para a saúde das pessoas. Este projeto da Mercadona e dos seus fornecedores também contribui para reduzir a contaminação acústica, com uma diminuição muito relevante do ruído..

De acordo com o comunicado, este novo projeto de transporte urbano com motores 100% elétricos e livres de emissões reitera o compromisso que a Mercadona e os seus fornecedores logísticos têm com o transporte sustentável e a convivência com os vizinhos. Há vários anos que a empresa aposta não só em transportar mais com menos recursos e otimizar cada rota, como também em reduzir ao máximo o impacto da sua atividade com iniciativas como a que está a testar atualmente, alinhada com os objetivos ambientais estabelecidos pela Europa.

Entre os esforços da empresa, destacam-se, por exemplo, o Plano de Redução de Emissões, apoiado na iniciativa Lean & Green, promovida em Espanha pela AECOC, Associação Espanhola de Fabricantes e Distribuidores, e garantindo uma redução superior a 20% nas emissões de CO2 nos seus processos logísticos, concretamente, de 27%, no período de 2016–2020.

A Mercadona continua a rever os seus processos logísticos e a introduzir melhorias que, no seu conjunto, permitiram otimizar a cadeia de abastecimento para a tornar cada vez mais sustentável. Para tal, incorporou soluções como, por exemplo, o uso de combustíveis menos contaminantes como o gás natural liquefeito (GNL) e o gás natural comprimido (GNC), melhorias nos gases utilizados nos equipamentos de refrigeração dos veículos, a renovação da frota com modelos de motor mais avançados e eficientes ou distribuição de última milha em núcleos urbanos realizadas por camiões com as normas de controlo de emissões mais restritivas do mercado. Continuou ainda a impulsionar a sua Estratégia do Oito, com diversas iniciativas combinadas que permitem melhorar o comportamento ambiental da sua frota, tais como a aposta nas ‘Compras sobre o cais’, que reduzem a pegada de carbono; o aproveitamento da ‘Logística Inversa’ para otimizar os trajetos de retorno; a utilização de um pool de embalagens reutilizáveis, facilmente reparáveis e recicláveis ou a promoção do ecodesign de embalagens para aproveitar ao máximo o espaço de carga e evitar assim o ‘transporte de ar’.

Graças a estes movimentos e ao esforço constante e conjunto do seu departamento de logística e dos Fornecedores Totaler com os quais colabora, no final de 2020, a empresa registou importantes avanços: 99% da sua frota responde ao padrão Euro VIc e Euro VId, dispõe de 103 camiões movidos a GNL e GNC, implementou a logística silenciosa fora das horas de ponta em mais de 700 lojas e alcançou uma taxa de enchimento de camiões de 85%, apesar da complexidade das alterações logísticas que teve de realizar em 2020 e 2021 devido à pandemia.

Em Espanha, no que diz respeito às frotas de Serviço ao Domicílio e Mercadona Online, estão a ser introduzidas carrinhas Bifuel e, em paralelo, estão a ser realizados testes com carrinhas elétricas.

Além disso, nos Blocos Logísticos da Mercadona estão a ser realizadas importantes melhorias de poupança e eficiência energética, tais como a introdução da iluminação LED e a instalação de painéis solares fotovoltaicos em alguns deles, como Villadangos e Vitória.

Stellantis e Factorial vão desenvolver baterias de estado sólido

A Stellantis e a Factorial Energy anunciaram a assinatura de um acordo de desenvolvimento conjunto para fazer evoluir a tecnologia de baterias em estado sólido e de alta tensão da Factorial. O acordo inclui, também, um investimento estratégico por parte da Stellantis.

A Factorial desenvolveu uma tecnologia inovadora de estado sólido que remove os principais obstáculos à adoção em larga escala dos veículos elétricos pelos clientes: a autonomia e a segurança.

Os avanços da Factorial assentam no domínio FEST (Factorial Electrolyte System Technology), que utiliza um material de eletrólito sólido exclusivo, o qual permite um desempenho seguro e fiável das células com elétrodos de alta tensão e alta capacidade, tendo sido aplicado em células de 40 Ah que funcionam à temperatura ambiente. A tecnologia FEST é mais segura do que a tecnologia convencional de ião-lítio, aumenta a autonomia das baterias e é facilmente integrada nas infraestruturas de fabrico de baterias de atualmente existentes.

“O nosso investimento na Factorial e noutros parceiros altamente reconhecidos na área das baterias aumenta a rapidez e a agilidade necessárias para fornecer uma tecnologia ‘de ponta’ ao nosso portefólio de veículos elétricos”, afirmou Carlos Tavares, CEO da Stellantis. Iniciativas como esta permitirão a chegada mais rápida ao mercado e uma transição mais rentável para a tecnologia das baterias em estado sólido.” 

“É uma grande honra estabelecer esta parceria com a Stellantis, um dos principais operadores de mobilidade a nível mundial, e detentora de algumas das marcas de automóveis mais emblemáticas do mundo”, afirmou Siyu Huang, Cofundador e CEO da Factorial Energy. “É uma oportunidade incrível para nós avançarmos na adoção e na comercialização em massa da nossa tecnologia de baterias de estado sólido, limpa, eficiente e segura.”

A Stellantis havia anunciado, durante o seu evento EV Day, em julho de 2021, o objetivo de contar com uma tecnologia competitiva para as primeiras baterias em estado sólido, até 2026.

Holanda recebe primeiros autocarros a hidrogénio

A partir do final de 2021, a Connexxion, subsidiária da Transdev na Holanda, irá operar 20 autocarros movidos a hidrogénio na área de Zuid-Holland, na Holanda.

A chegada destes autocarros a hidrogénio evidencia o compromisso da região de Zuid-Holland com a melhoria da qualidade e a transição energética no transporte público.

Além de já não emitirem emissões nocivas, os autocarros estão equipados com entradas baixas, pontos de carregamento USB, ar condicionado, ecrãs de informação claros e sempre com lugar para cadeira de rodas. Em vez de espelhos terão câmaras, para que sejam eliminados os pontos cegos e os motoristas tenham uma melhor visibilidade ao redor dos seus veículos.

Dois dos novos autocarros, fabricados pela Solaris, já chegaram ao entreposto em Heinenoord e entrarão em operação imediatamente.

Segundo o Ministro do Meio Ambiente e Habitação da Holanda, Stientje van Veldhoven, o hidrogénio é o futuro quando se trata de meios de transporte pesados, como autocarros e camiões: “Têm um grande raio de ação, sem prejudicar o clima e a qualidade do ar. Ainda existem poucos postos de abastecimento de hidrogénio, mas essa é, obviamente, uma história do ovo e da galinha. Todos esses autocarros serão reabastecidos, brevemente. Isto pode ser o impulso que os veículos movidos a hidrogénio precisam”.

CZ Loko desenvolve locomotiva a hidrogénio

A fabricante checa de locomotivas CZ Loko iniciou o desenvolvimento de uma locomotiva movida a hidrogénio. Por enquanto, o projeto ainda está em fase de estudo de viabilidade, que determinará se será construído um protótipo. 

A informação foi dada por Jan Kutálek, diretor de vendas da CZ Loko, num seminário a 22 de novembro que contou com a presença de importantes representantes da indústria ferroviária e transportadoras. A locomotiva com potência máxima de até 800 kW deve usar células de hidrogénio para carregar as baterias.

Jan Kutálek afirmou ainda que o Acordo Verde Europeu é um desafio para a empresa, mas estão a “desenvolver 2 tipos de locomotivas duplas e 2 tipos de locomotivas híbridas. Continuamos a monitorizar e a analisar detalhadamente as vantagens e desvantagens destas soluções não convencionais. E o hidrogénio é outro deles, porque o Acordo Verde acarreta uma mudança fundamental no comportamento de todo o mercado da UE. Infelizmente, a dinâmica da mudança é mais considerável do que a capacidade do mercado de se adaptar a essas mudanças”, acrescentou.

Kutálek sublinhou ainda que as “inovações verdes” custam muito dinheiro e só podem ser compradas pelas empresas mais poderosas. Porém, as inovações também têm becos sem saída, por isso a empresa preza muito pela adequação operacional e sustentabilidade da solução escolhida. Essa também foi a razão pela qual a CZ Loko abandonou o desenvolvimento de locomotivas a gás natural comprimido (GNC) há alguns anos atrás. A empresa concluiu o projeto técnico e chegou a construir protótipos, mas após consultar os transportadores ferroviários, a produção em massa foi avaliada como irreal pela empresa e o projeto foi encerrado.

O mesmo aconteceu com outros projetos que, depois de terminados os protótipos e testados, as características de condução e sistemas foram verificadas e determinadas como projetos inviáveis. 

A empresa admite não ter a certeza de qual rumo seguir, mas garante que a solução que procuram não pode ser “muito exigente em termos de construção de infraestruturas adicionais”, deverá permitir “soluções modulares e uma base de manutenção comum com os nossos outros veículos”, comentou Jan Kutálek sobre o desafiante processo de desenvolvimento do projeto. Modo de operação fácil, manutenção e serviço simples são também requisitos que pretendem preencher. O objetivo será a certificação e acessibilidade em toda a UE, embora uma locomotiva “limpa” seja sempre significativamente mais cara do que um veículo convencional com motor a diesel.

A empresa tem já projetos “verdes” prestes a entrar ao serviço, como é o caso da HybridShunter 1000, uma locomotiva híbrida plug-in para manobras. É alimentado por até três conjuntos de baterias com uma capacidade total de até 600 kWh. A empresa planeia o lançamento em 2026. 

Nas palavras de Jan Kutálek: “A nosso ver, a questão não é quem será o primeiro no mercado europeu, mas quem será o mais bem-sucedido e apresentará a solução mais eficaz. É principalmente nisso que estamos focados”.

Elon Musk não quer funcionários a “trabalhar como loucos”

O CEO da Tesla, Elon Musk, pediu a todos os funcionários, via email, em que não “corressem como loucos” para entregar carros, ressaltando que, embora a empresa faça um grande esforço, correr e gastar muito dinheiro na verdade não faz com que se entreguem mais carros.

No seu e-mail, enviado na sexta-feira e obtido pela CNBC, Musk incentivoa os trabalhadores a concentrarem-se na minimização do custo das entregas, em vez de gastarem “rios de dinheiro” em taxas de agilização, horas extra e trabalhadores temporários, apenas para garantir que os carros serão entregues no quarto trimestre do ano, contribuindo, assim, para as metas de vendas.

As entregas de veículos da Tesla são o mais próximo dos dados de vendas que a empresa divulga, já que suas vendas são globais e não são divulgadas informações regionais. No terceiro trimestre deste ano, a empresa produziu 237.823 carros e entregou cerca de 241.300 carros.

Musk escreveu ainda: “O que aconteceu é que corremos como loucos no final do trimestre para maximizar as entregas, mas as entregas caem massivamente nas primeiras semanas do próximo trimestre”. Adianta ainda que com este ritmo e, “analisado ao longo de um período de seis meses”, perdeu-se muito dinheiro, os trabalhadores ficaram mais desgastados pelo trabalho frenético e não foi entregue nenhum carro extra, nas últimas duas semanas de cada trimestre.

O CEO da Tesla acrescentou que a empresa tem uma “grande onda de entregas” a ser feita nas últimas semanas de dezembro, porque não foi alcançado um alto volume de produção de carros na Europa ou no Texas. Por exemplo, há muitos carros a serem transportados em barcos da China, onde a Tesla tem uma Gigafactory em Xangai com capacidade de produção de 450.000 veículos elétricos por ano, para a Europa.

Por sua vez, nos EUA, os carros estão a ser entregues em camiões e comboios da Califórnia até à costa leste. Em ambos os casos, esses carros chegarão no final do trimestre. Musk destacou que este é o momento certo para “começar a diminuir o tamanho da onda” para se focarem num ritmo de entregas mais estável e eficiente.

Musk escreveu que o melhor princípio é “adotar a atitude mais eficiente, como se não tivéssemos ações negociadas publicamente e como se o conceito de ‘fim do trimestre’ não existisse”.

Os clientes da Tesla que esperam entregas nas próximas semanas é que não deverão ficar muito felizes com esta iniciativa. Muitos clientes esperam pelos seus carros novos há meses e viram as datas de entrega repetidamente adiadas, o que faz com que alguns clientes gastem mais dinheiro em carros de aluguer ou outras soluções de transporte. 

Em outubro, a Tesla divulgou o seu maior resultado líquido trimestral, totalizando 1,62 mil milhões de dólares. Ao mesmo tempo, a empresa reconheceu os atrasos nas entregas, que atribuiu aos desafios globais das cadeias de fornecimento e logística. Em 2021 foram entregues, até ao momento, 627.572 novas unidades.

Xiaomi planeia fábrica para produzir 300.000 carros por ano

A gigante chinesa de tecnologia Xiaomi Corp vai construir uma fábrica, em Pequim, para produzir 300 mil automóveis por ano para sua unidade de veículos elétricos.

Segundo a agência governamental de desenvolvimento económico Beijing E-Town, a fábrica será construída em duas fases e a Xiaomi também construirá a sede da sua unidade automóvel, escritórios de vendas e pesquisa na Área de Desenvolvimento Económico e Tecnológico de Pequim.

A Beijing E-Town antecipa que a fábrica atingirá a produção em massa em 2024, uma meta anunciada, em outubro, pelo presidente-executivo da Xiaomi, Lei Jun,

Em março, a Xiaomi disse que se comprometeria a investir 10 mil milhões de dólares, ao longo de 10 anos, numa nova divisão de carros elétricos. A empresa concluiu o registo comercial dessa mesma unidade no final de agosto.

A empresa tem aberto milhares de lojas para estimular o crescimento das vendas domésticas do seu negócio de smartphones, mas também pretende usar essas lojas como um canal para a venda de veículos elétricos.

bp investe em projeto de hidrogénio verde

A bp confirmou os planos para uma nova instalação de produção de hidrogénio verde em grande escala no Nordeste da Inglaterra, que pode fornecer até 500 MW de produção de hidrogénio até 2030.

O projeto HyGreen Teesside será desenvolvido em diferentes fases, esperando-se que os sucessivos níveis de produção respondam a uma procura crescente, e que a experiência adquirida permita reduzir gradualmente os custos de produção. A bp pretende iniciar a produção em 2025, com cerca de 60 MW de capacidade instalada na fase inicial. A decisão final de investimento no projeto será tomada em 2023.

Hygreen Teesside é a mais recente adição ao portfólio da bp no Reino Unido, que inclui 3 GW brutos de energia eólica offshore no Mar da Irlanda. A empresa pretende disponibilizar 16.000 postos de carregamento de veículos elétricos no Reino Unido até 2030. 

A bp está a trabalhar juntamente com a indústria, a administração local, como a Tees Valley Combined Authority (“TVCA”), assim como com o governo do Reino Unido para aumentar o ritmo da descarbonização dos transportes.

Espera-se que os projetos de hidrogénio azul e verde da bp em Teesside apoiem o desenvolvimento económico e a requalificação da região, criando empregos de alta qualidade nas fases de construção e operação. Os projetos apoiarão, ainda, a educação local e o desenvolvimento de competências, para estimular uma cadeia de abastecimento de hidrogénio altamente qualificada com base no Reino Unido.

Louise Jacobsen Plutt, vice-presidente sénior da bp, defende que “o hidrogénio de baixo carbono será essencial para a descarbonização de setores industriais difíceis de abater, incluindo o setor dos transportes pesados”. Para Plutt, os projetos HyGreen e H2Teesside “podem ajudar a transformar Teesside no coração verde do Reino Unido, fortalecendo a sua população, comunidades e negócios. Este é exatamente o tipo de energia que queremos criar e, mais importante, entregar”.

Espera-se que o HyGreen Teesside se torne o primeiro grande centro de transporte de hidrogénio do Reino Unido, abrindo caminho para a descarbonização em grande escala do transporte pesado, aeroportos, portos e ferrovias no país.

Kia revela o novo Niro

A Kia Corporation revelou, pela primeira vez, o novo Niro no Seoul Mobility Show de 2021, evento que pretende tornar a mobilidade sustentável um ativo acessível para todos.

Totalmente remodelado de cima a baixo, o novo Niro foi desenvolvido de acordo com a nova filosofia de design da Kia, “Opposites United”, adequando-se igualmente ao espírito “Joy for Reason”. A inspiração na natureza salta à vista, não apenas no design, mas também na escolha de cores, materiais e acabamentos, obtendo-se assim equilíbrio entre uma abordagem ambientalmente responsável e um aspeto direcionado para o futuro.

A forte influência do Habaniro Concept 2019 é evidente no design exterior deste modelo, com o seu aspeto de crossover, segundo a marca, elegante e ousado, acompanhado de uma carroçaria tecnologicamente avançada, de dois tons. Reforçando o aerodinamismo, os amplos pilares traseiros fundem-se nas luzes traseiras, em forma de bumerangue.

A Kia introduz neste modelo o ‘Greenzone Drive Mode’ que comuta automaticamente o sistema PHEV para o modo EV, de forma a satisfazer a procura por soluções de mobilidade sustentáveis. Na condução em zonas verdes (tais como áreas residenciais ou escolas e hospitais das proximidades), o veículo utiliza automaticamente a potência elétrica, com base em indicações do sistema de navegação e nos dados do histórico de condução. Além disso, reconhece os locais preferidos do condutor, nomeadamente a casa e o escritório, registados no sistema de navegação como zonas verdes.

Como afirmação clara do compromisso da Kia com a sustentabilidade, e indicação daquilo que virão a ser os futuros modelos da marca, o novo Niro apresenta materiais inovadores e reciclados no seu habitáculo. O forro do teto é produzido com papel de parede reciclado, os bancos são feitos de Bio PU com Tencel de folhas de eucalipto e os painéis laterais são pintados com tinta isenta de BTX (tinta à base de água, isenta de isómeros de benzeno, tolueno e xileno), diminuindo-se assim o impacto ambiental e o desperdício.

O novo Niro estará em exposição no Seoul Mobility Show, entre 25 de novembro e 5 de dezembro. A partir do próximo ano, será disponibilizado com motorizações HEV, PHEV e EV.

O novo Kia Niro chega a Portugal no segundo semestre de 2022.

ONGs criticam propostas climáticas da Alemanha

O acordo do novo governo alemão para impulsionar mudanças climáticas inclui uma eliminação acelerada do carvão “idealmente” até 2030 (oito anos antes do planeado). Apesar de constar a proibição das caldeiras a gás até 2035 e o fim da produção de energia a gás até 2040, nenhum desses compromissos parece ter sido anunciado no acordo.

Segundo várias organizações não-governamentais, uma eliminação acelerada do carvão em 2030 é inevitável para cumprir as metas ambientais, energéticas e climáticas da UE, bem como as metas do Acordo de Paris.

Para estas ONG, o colapso dos lucros do carvão tornou-o ‘antieconómico’, o que significa que subsidiar o carvão alemão seria um desperdício intolerável de dinheiro público. Ao mesmo tempo, a eliminação progressiva do carvão até 2030 no país, um dos maiores consumidores de carvão da UE, exerce pressão sobre outros estados-membros que estão atrasados ​​nos planos de abandono do carvão, nomeadamente a Bulgária, a República Checa e a Polónia.

O acordo anuncia também que “todos os sistemas de aquecimento recém-instalados devem funcionar com 65% de energia renovável até 2025”, uma medida dececionamente para estas ONG. Todas as novas habitações devem contar apenas com aquecimento renovável e as soluções híbridas devem ser usadas apenas em edifícios protegidos. Ainda segundo estas organizações, é urgente descarbonizar o setor do aquecimento, responsável por 12% das emissões totais de CO2 da UE, o equivalente às emissões de todos os carros da UE.

Além disso, o acordo parece deixar a porta aberta para o gás fóssil permanecer na matriz energética alemã com disposições sobre “fábricas de gás prontas para H2” e inclusão de H2 à base de metano a curto prazo, colocando em risco as metas climáticas e deixando cidadãos expostos à volatilidade de preços.

Num cenário de energia compatível com o Acordo de Paris prova que, ao reduzir a procura de produção de eletricidade, especialmente em edifícios, e ao aumentar o fornecimento de energia renovável, será possível a eliminação do gás fóssil até 2035.

Apesar das altas expectativas, o texto final do novo acordo do governo alemão é, segundo o European Environmental Bureau, dececionante e não corresponde à perspetiva de liderança climática da Alemanha.