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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Notícias

Camião de distribuição 100% elétrico inicia ensaios nos países nórdicos

A Volta Trucks, empresa sueca responsável pelo Volta Zero, o primeiro camião de distribuição 100% elétrico desenvolvido em plataforma própria, irá iniciar os ensaios do veículo no primeiro trimestre de 2021, em cidades da Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia.

O Volta Zero foi escolhido pela Posten Norge, a maior empresa de distribuição de correio e encomendas da região, para ser utilizado numa rede de pontos de recolha/entrega das suas duas marcas, Posten e Bring, localizados nos centros de várias cidades.

O camião 100% elétrico de 16 toneladas, com capacidade para transportar até 16 euro-paletes, tem uma autonomia de 150-200 km. Foi concebido para operar em ambiente urbano, reduzindo o impacto ambiental das entregas de mercadorias nos centros das cidades.

Este programa de ensaios do Volta Zero é o cenário ideal para a equipa de desenvolvimento adquirir dados obtidos em condições reais de utilização, no ambiente em que o veículo se destina a operar. Por seu lado, a Posten procura atingir o objetivo de ser uma empresa de emissões neutras até 2025, tendo aqui uma oportunidade para adquirir competências e experiência na gestão de frotas elétricas.

Os primeiros protótipos do Volta Zero estão atualmente em produção, estando a apresentação prevista para este Verão.

Instalação de pontos de carregamento no Allianz Arena

Bayern Munique instala pontos de carregamento para receber Audi e-tron

O centro de treinos do FC Bayern Munique prepara-se para receber o Audi e-tron, tendo a marca e o clube anunciado a construção de 38 pontos de carregamento que entrarão em funcionamento até ao final do Verão.

A instalação destes postos estará finalizada antes do início da próxima temporada da Bundesliga (2020-2021), quando os jogadores do clube germânico já conduzirem o primeiro SUV 100% elétrico da Audi.


No início do próximo ano, a marca quer também equipar a ‘casa’ do Bayern, a Allianz Arena, com pontos de carregamento de VE, para servir os adeptos do clube e os visitantes do estádio.

Por fim, em Janeiro deste ano, o FC Bayern Munique e a Audi anunciaram a extensão da sua parceria até 2029. Entre os objetivos desta associação, destaca-se a eletrificação, a partir do Outono, de mais da metade da frota Audi do Bayern, o que irá permitir reduzir as emissões de CO2 da frota para menos de 95 g/km, de forma a cumprir a regulamentação comunitária que vigora a partir de Janeiro de 2021.

Berlim mostra como será a vida urbana no futuro

Berlim recebe um novo projeto de cidade inteligente, desenvolvido pela Panasonic, que visa ajudar a descarbonizar a sociedade. O Future Living Berlin, que numa primeira fase se concentra na construção de apartamentos residenciais, é um projeto apoiado pela União Europeia e pretende ser uma demonstração de uma vida urbana ecológica, sustentável e conectada.

As 90 residências combinam várias tecnologias e soluções da marca nipónica, como bombas de calor e painéis fotovoltaicos, integradas e otimizadas por uma sistema de gestão inteligente de energia, desenvolvido pela Panasonic em parceria com várias universidades e instituições de I&D. De acordo com a marca, nas simulações em laboratório, a implementação do sistema permitiu atingir reduções dos consumos energéticos até 15%.

Para alcançar os objetivos de sustentabilidade do Future Living Berlin, os moradores fazem parte de um ambiente ecológico mais amplo, que integra soluções de economia de energia – por exemplo, a partilha de veículos de zero emissões ou de máquinas de lavar.

O sistema de gestão de energia integra-se numa infraestrutura geral de conectividade partilhada com outros equipamentos, através de um hub central com funções mais amplas, como segurança e comunicações.

Investigadores de Princeton criam algoritmo que permite aos automóveis ‘ver’ objetos ocultos

Um dos maiores desafios no desenvolvimento de sistemas de condução autónoma é dotar os veículos de capacidade para antecipar o movimento dos outros utilizadores da via pública e atuar de forma segura nas situações em que estes cruzam a rota programada do veículo, o que por vezes acontece de forma súbita.

Os obstáculos – veículos, edifícios, árvores, mobiliário urbano – limitam a ação dos sensores LIDAR e de movimento, sobretudo em ambiente urbano, havendo por isso várias iniciativas para aumentar a quantidade de informação sobre o meio circundante adquirida a cada instante pelo sistema de inteligência artificial que dirige o veículo autónomo.

Uma das soluções mais práticas e económicas é a utilização da antiga e testada tecnologia de radar Doppler. Investigadores da Universidade de Princeton e da Mercedes-Benz anunciaram a criação de um algoritmo de inteligência artificial que permite ao sistema de navegação detetar objetos ocultados por obstáculos, através da análise do ruído residual captado por radares montados no veículo.

“O sistema, facilmente integrável nos veículos atuais, utiliza radar Doppler para emitir ondas que atingem superfícies como edifícios e automóveis estacionados. O sinal de radar atinge a superfície num determinado ângulo, e o seu reflexo ressalta como uma bola que bate na parede de uma mesa de bilhar. O sinal prossegue e atinge os objetos ocultados. Parte desse sinal de radar é refletido de volta para os sensores montados no carro, permitindo ao sistema ver estes objetos e saber se estão em movimento ou estacionários”, de acordo com os autores deste trabalho.

O sistema de navegação autónoma desenvolvido pela Tesla também utiliza a tecnologia de radar, tendo capacidade para emitir um sinal sob o veículo que circula à frente do autónomo, mesmo um camião ou um SUV, de forma a ‘ver’ o movimento do carro imediatamente a seguir e atuar de forma apropriada. A marca norte-americana deverá lançar um novo software de condução autónoma nos próximos meses.

Williams Advanced Engineering desenvolverá as novas baterias da Fórmula E

A Williams Advanced Engineering (WAE) será o fornecedor do sistema de baterias que irá equipar os carros de Fórmula E, quando a campeonato introduzir os bólides Gen3, na temporada 2022-2023, a sua nona época.

A empresa britânica, spin-off da Williams Grand Prix, equipa histórica da Fórmula 1, volta assim a equipar os carros da Fórmula E, depois de ter sido também responsável pelos sistemas de baterias dos carros Gen1, durante as quatro primeiras temporadas, de 2014 a 2018.

As especificações do sistema para os carros Gen3 incluem vários desenvolvimentos relativamente aos atuais Gen2, nomeadamente a nível de densidade, capacidade e carregamento.

Os 24 carros do campeonato terão uma potência de 350 kW durante a qualificação e 300 kW em corrida. As especificações do sistema incluem um plano para carregamentos ultra-rápidos de 30 segundos, com potência até 800 kW. Esta maior capacidade de carregamento permitirá também aumentar a regeneração em travagem, que sobe para um máximo de 600 kW – 250 kW no eixo frontal e 350 kW no eixo traseiro.

A maior durabilidade e a maior capacidade de regeneração de energia permitirão corridas mais longas, em que as equipas poderão optar por uma maior variedade de estratégias. Simultaneamente, espera-se que os carregamentos ultra-rápidos tragam para a Fórmula E o ‘jogo’ das paragens na boxe, acrescentando uma outra dimensão tática às corridas.

A última prova de Fórmula E teve lugar em Marraquexe no dia 29 de Fevereiro, com vitória do piloto português António Félix da Costa, que agora lidera o campeonato 2019-2020 com 67 pontos, mais onze do que o australiano Mitch Evans. A pandemia de COVID-19 levou ao cancelamento das últimas sete corridas da época, que serão substituídas por seis provas em três traçados diferentes do circuito do aeroporto de Berlim-Tempelhof, entre os dias 5 e 13 de Agosto.

Os atuais Gen2 (fonte: WAE)

Na próxima temporada, a sétima, o campeonato de Formula E terá, pela primeira vez, o estatuto de Campeonato do Mundo atribuído pela FIA.

116 anos e 9.5 milhões de automóveis depois, fábrica da VW passa a produzir apenas elétricos

Em 1904, August Horch começou a produzir automóveis na cidade de Zwickau, à data um dos mais importantes centros industriais do reino da Saxónia. Seis anos mais tarde, afastado da marca que batizada com o seu nome, fundou no mesmo local a Audiwerke GmbH – audi é a correspondente latina do germânico antigo horch, um imperativo ‘ouve!’. Em 1932, a Horch e ‘esta’ Audi juntam-se à DKW e à Wanderer para formar a Auto Union, predecessora da atual Audi – os quatro anéis simbolizam precisamente a união dos quatro fabricantes originais.

Durante a guerra fria, a fábrica de Zwickau, agora na República Democrática Alemã, do lado oriental da ‘cortina de ferro’, continuou a produzir automóveis, nomeadamente modelos das marcas IFA, AWZ e Trabant. Finalmente, em 1990, após a queda do Muro de Berlim, foi adquirida pela Volkswagen.

No dia 26 de Junho de 2020, após 116 anos a produzir automóveis movidos a combustíveis fóssies, com um total de mais de 9.5 milhões de veículos de passageiros construídos, a fábrica de Zwickau-Mosel entregou o seu último carro com motor de combustão interna – o veículo número 6 049 207 sob a bandeira do Grupo Volkswagen.

A fábrica, que emprega mais de 8 000 pessoas, passa agora a produzir exclusivamente automóveis elétricos de três marcas do grupo alemão, Volkswagen, Audi e Seat. Entre os seis modelos previstos para Zwickau contam-se o Volkswagen ID.3, o crossover ID.4 e o SEAT El-Born.

A capacidade de produção deverá aumentar para 330 000 veículos/ano já em 2021, num investimento de cerca de 1.2 mil milhões. Este investimento enquadra-se numa ofensiva do Grupo Volkswagen no segmento dos elétricos, com planos de produção em larga escala de VE. Além de Zwickau, o maior grupo automotivo do mundo prevê ter, em 2022, outras sete fábricas do grupo com linhas de produção de automóveis elétricos.

Hyundai demonstra soluções de mobilidade a hidrogénio

A Hyundai Motor Company demonstrou as suas soluções de mobilidade a hidrogénio no H2 Mobility + Energy Show 2020, na Coreia, que terminou ontem, 3 de Julho.

O concept HDC-6 NEPTUNE, um camião para serviços pesados de Classe 8 movido a hidrogénio, o gerador móvel ‘fuel cell’ e a sua maquete para ecossistema de mobilidade inteligente estiveram em exposição no stand da marca.

O primeiro H2 Mobility + Energy Show ofereceu uma visão abrangente do ecossistema da indústria global de hidrogénio, desde a produção e armazenamento, ao transporte e mobilidade. A Hyundai procurou criar oportunidades de negócio na área dos sistemas ‘fuel cell’, fortalecendo a posição de liderança da marca na mobilidade a hidrogénio.


Este evento marca a estreia do HDC-6 NEPTUNE na Coreia, o camião elétrico da Hyundai movido a hidrogénio que foi apresentado no North American Commercial Vehicle Show em outubro. A Hyundai planeia expandir a sua liderança na mobilidade a hidrogénio para o mercado dos veículos comerciais com o HDC-6 NEPTUNE, que incorpora a visão da marca para um camião com zero emissões movido a hidrogénio e liderar na transição de paradigma para veículos comerciais ecológicos.

O HDC-6 NEPTUNE irá, de acordo com a marca coreana, liderar a transição para uma era de veículos comerciais ecológicos. A Hyundai planeia lançar o HDC-6 NEPTUNE daqui a três ou quatro anos, desenvolvendo um sistema ‘fuel cell’ otimizado para camiões de serviços pesados, com maior potência e durabilidade.

A Hyundai apresentou em simultâneo o seu gerador móvel ‘fuel cell’, indiciando a possibilidade de ser utilizado em vários outros setores. Este gerador utiliza duas pilhas ‘fuel cell’, também colocadas no Hyundai NEXO, gerando uma potência máxima de 160 kW, que lhe permite ser utilizado em várias aplicações, como o carregamento de dois VE em simultâneo, ou autocarros elétricos ou camiões. O gerador móvel ‘fuel cell’ está a tornar-se numa alternativa ecológica aos geradores a diesel. 

Na exposição, a Hyundai mostrou também o NEXO, com uma autonomia de 609 quilómetros com uma única carga. Lançado em 2018, o NEXO registou cerca de 5 000 unidades vendidas em 2019, liderando as vendas globais de veículos ‘fuel cell’. 

Finalmente, a marca exibiu ainda a sua maquete de um ecossistema de mobilidade inteligente, com Urban Air Mobility (UAM), Purpose Built Vehicles (PBV) e Hub (Mobility Transit Base), que foram desvendados pela primeira vez no CES 2020. A maquete é uma miniatura que demonstra a visão da Hyundai para a mobilidade do futuro, onde o UAM, PBV e Hub estão integrados. 

A Hyundai planeia incorporar o sistema ‘fuel cell’ no ecossistema de mobilidade inteligente, particularmente para os UAMs. A empresa trabalhará na redução do peso do sistema ‘fuel cell’ enquanto aumenta a potência, de forma a ser utilizado em soluções de mobilidade. Isto permitirá que os sistemas ‘fuel cell’ possam ser utilizados além dos veículos comerciais e de passageiros, nomeadamente em comboios e navios.

A Hyundai colabora com um alargado conjunto de organizações nacionais e globais, tanto do setor público como do setor privado, para estabelecer e vitalizar uma economia global de hidrogénio, fornecendo veículos ‘fuel cell’, construindo mais postos de abastecimento e expandindo a aplicação de ‘fuel cell’ a vários setores. Em Setembro de 2019, a Hyundai associou-se com a Cummins, líder global de motores e geradores, para fornecer sistemas ‘fuel cell’ para o mercado de veículos comerciais da América do Norte. A marca coreana está também em conversações com empresas dos Estados Unidos e da Europa relativamente às aplicações do hidrogénio: a empresa planeia acelerar a sua entrada no mercado europeu de camiões movidos a hidrogénio com o Hyundai XCIENT, através de uma ‘joint venture’ com a empresa suíça H2 Energy, no final deste ano, tendo também assinado um memorando de entendimento com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, para inovação na área da tecnologia ‘fuel cell’ e expansão da sua aplicação.

Fonte: Hyundai

Automóveis plug-in representam 7,8% das vendas na Europa

Após um mês de Abril de quebra (-16% face a Abril de 2019), em virtude da pandemia de COVID-19, as vendas na Europa de automóveis plug-in – 100% elétricos e híbridos plug-in – voltou a números positivos, com 46 800 registos, o que representa um crescimento de 23%, em termos homólogos.

A quota de veículos plug-in no total das vendas de automóveis foi de 7,5% em Maio (3,8% nos elétricos puros), trazendo esta percentagem para 7,8% (4,3%) nas vendas registadas desde Janeiro.

O top 5 de vendas foi totalmente ocupados por veículos 100% elétricos: Renault ZOE, Volkswagen e-Golf, Tesla Model 3, Hyundai Kauai Electric e Audi e-tron.

China: primeiro projeto urbanístico centrado na mobilidade sustentável

O estúdio de arquitetura Ronald Lu & Partners (RLP) anunciou a conclusão da fase 1 da Tianhui TODTOWN, o primeiro projeto urbanístico centrado na mobilidade sustentável desenvolvido na China.

O modelo TOD (transit-oriented development) é um conceito de planeamento urbanístico que privilegia a criação de áreas em que coexistem harmoniosamente espaços residenciais, de trabalho e de lazer, a curta distância de sistemas de transporte público intermodais. É um modelo urbanístico compacto, que incentiva a vida em comunidade e utilização do transporte público, como forma de promover a sustentabilidade em áreas de alta densidade populacional.

Estima-se que, em 2050, mais de 70% da população mundial viva em cidades. Este tipo de modelos de desenvolvimento urbanístico é encarado como uma das soluções de futuro para dar resposta ao fenómeno da urbanização, sobretudo na gestão das megalópoles. Estes ‘subcentros’ urbanos, compactos e com várias opções para o transporte de pessoas e mercadorias, são capazes de reter talento e investimento, fazendo subir o valor imobiliário das áreas adjacentes e lançando assim as bases para a sua reabilitação, num ciclo virtuoso que se auto-reforça.

De acordo com Bryan Lu, vice-presidente da RLP, “[n]a Ásia, onde muitos países continuam a experimentar migrações das áreas rurais para as áreas urbanas, o planeamento urbano adota ainda, de forma inapropriada, uma parte das características do design norte-americano – em particular, o planeamento centrado no veículo. Se isto continuar, as cidades ‘tier 1’ e ‘tier 2’ na China vão provavelmente alargar-se até duas ou três vezes o seu tamanho atual, conduzindo a enormes pegadas energéticas e de carbono.”

A Tianhui TODTOWN, em Xangai, é o primeiro dos mais de sessenta projetos TOD da Ronald Lu & Partners na China, e a sua conclusão está prevista para 2024.

Renault ZOE estabelece recordes de vendas e encomendas

Em Maio, com o regresso da atividade comercial na maioria dos países europeus, a Renault registou um aumento de vendas do elétrico ZOE de 56%, comparativamente ao mesmo mês de 2019. 

O mês de Junho veio confirmar e reforçar essa tendência com um novo recorde: a marca francesa recebeu 11 158 novas encomendas para o ZOE, na Europa.

Em França, registaram-se 7 050 encomendas de ZOE num só mês, com um crescimento de 355% relativamente a Junho de 2019. No resto da Europa, o ritmo continua a acelerar: na Alemanha, por exemplo, as encomendas do ZOE cresceram 117%, para um total de 1 990 unidades.

Em Portugal, o Renault ZOE representou quase 6% do total de vendas de automóveis de passageiros da marca, no mês de Junho. No final do primeiro semestre de 2020, as vendas de automóveis elétricos Renault registaram um crescimento de 11,8%, num contexto de mercado (passageiros e comerciais ligeiros) extremamente negativo – quebra de 48,2%.

A este desempenho nas encomendas junta-se também um recorde de vendas, com 10 944 Renault ZOE matriculados na Europa em apenas um mês (dados provisórios), e um crescimento de 107% comparado com Junho de 2019.

Em virtude do sucesso comercial dos seus modelos 100% elétricos, e com a chegada, a breve prazo, da inovadora tecnologia híbrida E-TECH nos novos modelos Clio Hybrid, Captur Plug-In Hybrid e Mégane Sport Tourer Plug-In Hybrid, a Renault está numa posição confortável para atingir os objetivos relacionados com a norma CAFE (Corporate Average Fuel Economy).

Fonte: Renault