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Green Future-AutoMagazine

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Alemanha aprova passe de 49 euros para todos os transportes públicos

A câmara baixa do parlamento alemão aprovou os planos do governo para a introdução de um passe mensal de 49 euros, que dá acesso a viagens ilimitadas em comboios regionais, sistemas de metro, elétricos e autocarros regionais em todo o país.

O passe de 49 euros continua o esquema introduzido entre junho e agosto de 2022, que possibilitava aos alemães adquirirem um passe mensal para todos os transportes públicos por 9 euros. Este esquema tornou-se altamente popular, estimando-se que cerca de metade da população adulta do país tenha aderido.

A votação no Busdestag abriu assim caminho para o governo federal suportar metade do custo anual do novo passe mensal, no valor de 3 mil milhões de euros, durante os próximos três anos. Os restantes 50% serão suportados pelos 16 estados federados.

Espera-se agora que a proposta receba a aprovação do Bundesrat, a câmara alta do parlamento, no dia 31 de março, de forma a permitir que o esquema entre em vigor no primeiro dia de maio.

O ministro dos Transportes da Alemanha, Volker Wissing, do FDP, referiu o novo passe mensal – chamado de ‘bilhete da Alemanha’ pelo governo do país – como um “modelo para toda a Europa” impulsionar a utilização dos transportes públicos.

O passe, disponível em formato digital através de uma aplicação para smartphone ou num cartão físico, funcionará em regime de subscrição, cancelável até ao dia 10 de cada mês. Dá acesso a todos os transportes públicos do país, excepto autocarros e comboios de longa distância, nomeadamente a rede de alta-velocidade.

Em virtude das diferenças entre os regulamentos dos vários estados, os passes comprados em diferentes cidades ou regiões têm regras e complementos distintos. Por exemplo, em Schleswig-Holstein, no norte do país, o passe permite aos passageiros o transporte gratuito de uma bicicleta ou de um animal de estimação pequeno. Já no sul, na cidade de Estugarda, os detentores do passe podem transferi-lo para terceiros, como parentes ou amigos, por 9,90 euros adicionais; e na Baviera, os estudantes terão apenas de desembolsar 29 euros por mês.

Renováveis batem recorde de crescimento apesar da crise energética

Em 2022, a capacidade global de produção de energia renovável cresceu 295 GW (9,6%), para um total de 3.372 GW. No mix energético global, as energias renováveis representaram 83% da capacidade adicionada no ano passado.

Embora a energia hidroelétrica, com 1.250 GW, detenha a maior quota de capacidade global de geração de energia renovável, as energias solar e eólica continuaram a dominar a nova capacidade de geração. Juntas, as duas tecnologias contribuíram com 90% do total de capacidade renovável adicionada em 2022. A capacidade solar liderou com um crescimento de 22%, seguida da energia eólica, que aumentou a sua capacidade de geração em 9%.

Os dados são avançados pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), no relatório Renewable Energy Capacity Statistics 2023, mostrando que a energia renovável continua a crescer a níveis recorde, apesar das incertezas globais, confirmando a tendência de queda da produção de energia a partir de combustíveis fósseis.

“Este crescimento recorde contínuo mostra a resiliência da energia renovável no meio da persistente crise energética”, afirmou o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera. “O forte argumento comercial das energias renováveis, juntamente com as políticas de facilitação, tem sustentado uma tendência ascendente da sua quota na matriz energética global, ano após ano. Porém, se quisermos manter-nos na via de limitar o aquecimento global a 1,5°C, as adições anuais de capacidade de energia renovável têm de crescer três vezes face ao nível atual até 2030”.

A Agência afirma que, apesar de muitos países terem aumentado a sua capacidade renovável em 2022, o crescimento significativo das energias renováveis está persistentemente concentrado em alguns países e regiões como a Ásia, os EUA e a Europa. Os dados da IRENA revelam que a Ásia foi responsável por quase metade do total de nova capacidade, resultando num total de 1,63 TW de capacidade renovável até 2022. A China destaca-se como o o maior contribuinte, adicionando 141 GW à nova capacidade do continente. 

As energias renováveis na Europa e América do Norte cresceram 57,3 GW e 29,1 GW, respetivamente. A África continuou a expandir-se de forma constante, com um aumento de 2,7 GW, ligeiramente acima do ano passado. A Oceânia continuou o seu crescimento de dois dígitos com uma expansão de 5,2 GW e a América do Sul continuou uma tendência ascendente, com uma expansão de capacidade de 18,2 GW. O Médio Oriente registou o seu maior aumento de energias renováveis, com 3,2 GW de nova capacidade comissionada em 2022, um aumento de 12,8%.

Francesco La Camera concluiu: “Uma vez que se espera que a procura de energia aumente em muitas regiões do mundo, a transição energética requer uma alteração radical, que ofereça uma mudança estratégica, além da descarbonização do lado da oferta. Qualquer expansão de novas capacidades de energias não renováveis, à luz dos recentes acontecimentos globais, deve estar ligada aos esforços para acelerar a transição energética, de modo a tornar o sistema mais resiliente, inclusivo e resistente às alterações climáticas”.

Stellantis investe 130 milhões na fábrica que produzirá o próximo elétrico da Opel

A Stellantis anunciou hoje que irá investir mais de 130 milhões de euros na Fábrica de Montagem de Eisenach, na Alemanha, para preparar esta unidade para a produção do próximo veículo elétrico a bateria da Opel, que será construído sobre a nova plataforma STLA Medium.

O novo modelo, cujo início de produção está agendado para o segundo semestre de 2024, sucederá ao SUV compacto Opel Grandland, que é atualmente produzido nesta mesma fábrica de Eisenach, incluindo as variantes híbridas plug-in.

Inaugurada em setembro de 1992 com a produção do Opel Astra, a Fábrica de Montagem de Eisenach situa-se no estado da Turíngia, no centro da Alemanha. Em 2022, a fábrica comemorou o seu trigésimo aniversário, em que celebrou a produção de 3,7 milhões de veículos.

“Eisenach, a nossa fábrica mais compacta na Alemanha, demonstrou um forte impulso em termos de melhorias de qualidade”, disse Arnaud Deboeuf, Chief Manufacturing Officer da Stellantis. “Com esta alocação da nova plataforma totalmente BEV da Stellantis, a STLA Medium, os trabalhadores altamente qualificados da fábrica de Eisenach continuarão a melhorar o custo e a qualidade dos veículos que produzem, para satisfação dos nossos clientes”, continuou.

De acordo com a Stellantis, o investimento em Eisenach é “um passo fundamental” para o cumprimento do plano estratégico ‘Dare Forward 2030’, que prevê a redução em 50% das emissões de CO2 até 2030, em comparação com as métricas de 2021, e a neutralidade carbónica até 2038, com uma compensação percentual de um dígito para as restantes emissões.

As principais metas do plano ‘Dare Forward 2030’ também incluem que 100% das vendas de automóveis de passageiros na Europa e 50% das vendas de automóveis de passageiros e camiões ligeiros nos EUA sejam de elétricos a bateria até ao final da década, e o objetivo de duplicar as receitas líquidas até 2030 (vs. 2021) e de manter margens de Lucro Operacional Ajustado de dois dígitos ao longo da década.

O futuro dos carregamentos elétricos segundo a Hyundai

O Hyundai Motor Group apresentou um robô de carregamento automático (ACR – Automatic Charging Robot) para veículos elétricos, desenvolvido com o propósito de tornar a tarefa de carregamento mais fácil e conveniente.

O ACR é um robô com um braço capaz de conectar um cabo à porta de carregamento de um veículos elétrico e removê-lo novamente quando o carregamento estiver concluído.

Quando o veículo está parado, recebe instruções do ACR para abrir a tampa da porta de carregamento. O robô calcula então a localização e o ângulo exato de entrada através de uma câmara, ligando depois o carregador à porta de carregamento do veículo para iniciar o processo. Após a conclusão do carregamento, o robô remove o carregador e fecha a tampa da porta de carregamento.

“O ACR ajudará a tornar o carregamento de veículos elétricos mais fácil e conveniente, especialmente em ambientes escuros. Também melhorará a acessibilidade, principalmente para pessoas com barreiras à mobilidade, pois os cabos de carregamento tornam-se mais grossos e pesados para permitir o carregamento de alta velocidade”, disse Dong Jin Hyun, diretor do laboratório de robótica do Hyundai Motor Group. “Continuaremos a desenvolver o ACR para maior segurança e conveniência, para que todos os clientes de veículos elétricos possam, em breve, beneficiar da sua utilização nas estações de carregamento”.

A Hyundai apresenta o ACR como “um exemplo da tecnologia avançada de robôs do Grupo”, explicando que o seu laboratório de robótica considerou diversas variáveis no desenvolvimento do robô, como o local de estacionamento do veículo, o formato da porta de carregamento, as condições meteorológicas, eventuais obstáculos e o peso do cabo de carregamento.

Para que o ACR consiga prender, em segurança, um carregador à porta de carregamento de um veículo, o Grupo desenvolveu um algoritmo que aplica a tecnologia de Inteligência Artificial, baseada em câmaras 3D, com sistemas de controlo “de última geração” capazes de manipular com precisão carregadores pesados.

Uma vez que a maioria dos carregadores de veículos elétricos são instalados ao ar livre, sem cobertura, os engenheiros da Hyundai construíram uma estação de carregamento de veículos elétricos ao ar livre no centro de I&D da empresa, para avaliarem o desempenho do robô em diferentes condições. A empresa garante que o ACR atingiu um Índice de Proteção IP65, com proteção total contra água (a baixa pressão), pó e resíduos, estando assim preparado para operar de forma estável em todas as condições, mesmo em ambientes extremos.

Os engenheiros da empresa coreana instalaram ainda um sistema de sensores laser em torno do robô, que lhe permite detetar obstáculos, estacionários e móveis, de forma a evitar acidentes.

O Grupo espera que os robôs de carregamento automático aumentem significativamente a conveniência do carregamento de veículos elétricos. Por exemplo, no futuro, quando combinados com sistemas de controle de estacionamento autónomo, este robôs podem melhorar a eficiência de utilização, carregando sequencialmente vários veículos estacionados.

A Hyundai vai mostrar o ACR ao vivo pela primeira vez no início de abril, durante a edição de 2023 do Seoul Mobility Show.

Volkswagen ID.2all: um elétrico por menos de 25.000 euros

A Volkswagen apresentou o ID.2all, um automóvel totalmente elétrico que a marca alemã pretende lançar no mercado europeu em 2025 com um preço inferior a 25.000 euros.

“Estamos a transformar a empresa de uma forma rápida e fundamental – com o objetivo claro de fazer da Volkswagen uma verdadeira marca de paixão. O ID. 2all mostra até onde queremos levar a marca: para perto do cliente, com tecnologias de ponta e um design fantástico. Estamos a implementar a transformação a bom ritmo para levar a mobilidade elétrica às massas”, afirmou Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen.

O ID.2all é um dos dez modelos elétricos que a marca alemã pretende lançar nos próximos três anos. Será baseado na “mais recente” evolução da plataforma modular de propulsão elétrica do Grupo Volkswagen (MEB), conforme explica Kai Grünitz, membro do Conselho de Administração responsável pelo Desenvolvimento: “O ID. 2all será o primeiro veículo MEB com tração às rodas dianteiras. Estamos a explorar a grande flexibilidade oferecida pela nossa plataforma modular de propulsão elétrica e iremos estabelecer novos padrões em termos de tecnologia e usabilidade no quotidiano com a plataforma MEB Entry”.

Com esta versão evoluída MEB Entry da plataforma, o ID. 2all está equipado com tecnologias de propulsão, bateria e de carregamento “particularmente eficientes”, nas palavras da marca. Inclui um motor elétrico com uma potência de 166 kW (226 cv), capaz de acelerar o automóvel dos 0 aos 100 km/h em menos de 7 segundos. Terá ainda uma autonomia WLTP de cerca de 450 km, com possibilidade de carregar a bateria dos 10% aos 80% da capacidade total em cerca de 20 minutos.

O ID.2all marca também uma mudança da linguagem de design dos veículos elétricos da marca, conforme explica Andreas Mint, diretor de Design da divisão de automóveis de passageiros da Volkswagen: “O ID. 2all proporciona uma antevisão da nova linguagem de design da Volkswagen, a qual se baseia nos três pilares da estabilidade, agradabilidade e entusiasmo”.

O designer responsável pelas linhas do ID.2all acredita que um Volkswagen deve ter uma “postura poderosa” na estrada, e uma frente com “expressão humana”. Destaca ainda a importância do pilar C do automóvel, desenvolvido originalmente para o Golf, como reflexo da referida estabilidade. Este elemento tornar-se-à, no futuro, uma caracterísitica comum a todos os Volkswagen compactos.

No interior, a marca alemã aposta na simplicidade. Existe um touchscreen central de 12,9 polegadas para o sistema de infoentretenimento, com uma nova estrutura de menus, e um painel do condutor digital de 10,9 polegadas.

O ar condicionado e o volume do sistema de som são controlados através de comandos físicos, colocados logo abaixo do ecrã central. As restantes funções podem ser manuseadas pelo condutor através do volante, que apresenta dois seletores e dois botões em cada um dos lados, “e nada mais”.

Todos os bancos, inclusive o assento do ‘pendura’ são rebatíveis, permitindo criar um espaço de carga de 2,20 metros de comprimento. A bagageira tem um volume de 490 litros, que podem ser estendidos até 1.330 litros rebatendo os bancos traseiros.

Existem várias tomadas USB-C espalhadas pelo habitáculo, pontos de carregamento de smartphones por indução – incluindo nas costas dos assentos dianteiros com fixação magnética – e uma tomada de 230 V para ligação de utensílios elétricos de maior dimensão.

A versão de produção do ID. 2all está prevista para 2025. É um dos dez novos modelos elétricos que serão lançados pela Volkswagen até 2026. Este ano será introduzido o novo ID.3, o ID. Buzz com longa distância entre eixos e a berlina ID.7, seguindo-se um SUV elétrico compacto em 2026. A Volkswagen afirma estar também a trabalhar num automóvel elétrico com um preço inferior a 20.000 euros.

Com esta ‘ofensiva’, o fabricante germânico pretende apresentar “a mais vasta gama de veículos elétricos”, em comparação com os concorrentes, atingindo uma quota de 80% deste tipo de veículos na Europa, uma subida de 10% face às projeções anteriores.

Porsche Panamera foi o Melhor Híbrido Plug-in do SAHE

O público da sexta edição do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico (SAHE) elegeu o Porsche Panamera 4S E-Hybrid como o Melhor Híbrido Plug-in do evento.

O prémio anual, atribuído pelo SAHE e pela Green Future AutoMagazine, a revista oficial do evento, resulta da votação direta dos visitantes que marcaram presença no evento. A última edição do SAHE acolheu mais de 20.000 pessoas, durante três dias do passado mês de outubro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

A distinção de Melhor Híbrido Plug-in da sexta edição do SAHE foi entregue a Hugo Ribeiro da Silva, diretor do Centro Porsche Porto, entidade responsável pela presença dos automóveis da marca germânica no evento.

Os novos modelos Panamera 4S E-Hybrid usam a arquitetura de acionamento centrada num motor elétrico integrado na transmissão de embraiagem dupla com oito velocidades (PDK), que contribui com 100 kW (136 cv) de potência e 400 Nm de binário para o trabalho desenvolvido pelo motor térmico biturbo V6 de 2,9 litros com 324 kW (440 cv) de potência. Desta forma, o Panamera 4S E-Hybrid gera uma potência do sistema de 412 kW (560 cv) e um binário do sistema até 750 Nm. O sprint padrão de 0 a 100 km/h acontece em 3,7 segundos e a velocidade máxima é de 298 km/h.

Kia mostra imagens do EV9 antes da apresentação mundial

A Kia revelou finalmente as imagens do seu próximo SUV totalmente elétrico, o EV9, antes da apresentação oficial agendada para o final de março.

Inspirado na filosofia de design “Opposites United“, que procura uma “combinação entre elementos do mundo natural e do mundo material”, o Kia EV9 é, de acordo com a marca coreana, um automóvel que conjuga uma “aura inquestionável de robustez” com “a tranquilidade característica de um veículo elétrico sofisticado”.

Na secção frontal, a Kia destaca o ‘Rosto de Tigre Digital’ que também estará presente em futuros modelos da marca, formado pela ‘Grelha de Iluminação com Padrão Digital’, pelos faróis verticais e pelos dois conjuntos de lâmpadas cúbicas – que recordam as pixel lights da Hyundai –, adjacentes a cada farol.

A Kia afirma que a “linguagem de design poligonal” do perfil lateral do EV9 “combina uma identidade SUV forte e indiscutível com uma excecional eficácia aerodinâmica”, salientando os guarda-lamas triangulares, as cavas das rodas vincadas e a “carroçaria em forma de fuselagem”, bem como a “sensação de movimento suave e eficiente” conferida pelos puxadores das portas embutidos e pela “a linha de tejadilho afunilada para trás”.

Finalmente, as “linhas simples” da porta da bagageira são acentuadas pelas pelas luzes traseiras que refletem o design dos faróis dianteiros, para evidenciar “a postura forte e confiante do EV9”.

O Kia EV9 utiliza a mesma plataforma E-GMP de 800 V do EV6, permitindo aos engenheiros da marca coreana tirar partido da arquitetura totalmente plana para “dar prioridade ao espaço, ao conforto e à tecnologia para todos os passageiros”.

“O Kia EV9 abre novos caminhos, tendo como objetivo redefinir os padrões de design, conectividade, facilidade de utilização e responsabilidade ambiental”, afirma Karim Habib, vice-presidente executivo e diretor do Centro de Design Global da Kia. “O Kia EV9 é uma proposta de qualidade excecionalmente elevada e oferece uma nova perspetiva sobre os veículos elétricos no segmento dos SUV familiares. Esta nova tipologia de automóvel proporciona experiências instintivas e um excelente conforto, não apenas para o condutor, mas para todos os passageiros, graças a um aproveitamento inovador do espaço, da tecnologia e do design”.

O maior destaque no interior do EV9 vai para as três filas de assentos. Os passageiros sentados nos bancos das primeira e segunda filas podem recliná-los simultaneamente, e os bancos da segunda fila podem ser rodados 180º, ficando assim voltados para os bancos da terceira fila.

A Kia afirma ter ouvido as sugestões das famílias para avaliar as configurações – de seis ou sete lugares – e as características dos bancos, de forma a “garantir idêntico espaço, conforto e experiência para todos os ocupantes, em detrimento de colocar todo o foco no condutor”.

O habitáculo do EV9 apresenta, nas palavras da Kia, “um design simples mas sofisticado e de qualidade premium“. O painel de instrumentos panorâmico e flutuante estende-se do volante até o centro e existem dois ecrãs táteis de 12,3 polegadas, integrados com um visor segmentado de 5 polegadas, que a marca afirma permitir “comandar facilmente” as funções do veículo, congratulando-se com a redução “ao mínimo” dos botões físicos.

A consola central está equipada com várias opções de arrumação, nomeadamente um compartimento localizado na base. Existem também pontos de carregamento em todo o habitáculo, incluindo na terceira fila de assentos.

A apresentação mundial do novo SUV 100% elétrico da Kia terá lugar no final do mês corrente.

BMW prepara chegada do i5; versão M confirmada

A BMW realizou ontem a sua conferência anual, onde revelou alguns detalhes da nova gama do BMW Série 5, que incluirá, pela primeira vez, uma variante totalmente elétrica, a par de versões com tecnologia híbrida plug-in e mild-hybrid 48 V.

Lançado originalmente em 1972 e tendo já superado a marca de 10 milhões de unidades produzidas, esta será a oitava geração do modelo da marca alemã, que, com a inclusão da variante elétrica i5, continua a expandir a sua oferta de elétricos a bateria.

Oliver Zipse, presidente do Conselho de Administração da BMW AG, revelou ainda que o i5 estará também disponível numa versão com a assinatura da BMW M, a divisão de performance da marca, procurando replicar o sucesso do BMW i4 M50, “o modelo BMW M mais vendido em todo o mundo em 2022”.

O lançamento do BMW i5 Sedan está previsto para outubro de 2023, com a versão Touring agendada para o próximo ano.

Além de estrear uma variante elétrica, a nova gama BMW Série 5 incluirá o BMW Operating System 8.5 com BMW Curved Display, bem como “serviços digitais inovadores”. A marca alemã promete também “uma nova interpretação do seu design elegantemente desportivo”, bem como mais dinâmica e conforto “do que nunca”.

O novo BMW Série 5 Sedan será construído exclusivamente na fábrica da BMW em Dingolfing, na Alemanha, onde já é também produzido o BMW iX, e onde está também alojado o centro de competências da marca para a produção de motores elétricos e baterias.

Açores inaugura sistema inovador de baterias em redes isoladas

A EDA – Eletricidade dos Açores inaugurou na segunda-feira, 13 de março, um sistema de armazenamento de energia por baterias na ilha Terceira que, de acordo com a empresa, representa um novo paradigma de gestão das redes elétricas no arquipélago e um passo significativo na integração de mais energias renováveis nos Açores, reforçando a sua autonomia energética.

O projeto foi concebido e implementado pela EDA, e desenhado e construído pelo consórcio formado pela Siemens Portugal e pela Fluence, contando ainda com a colaboração da EDP como consultora principal de engenharia, e de outras entidades, como a Norma Açores, a EDP Labelec e a DIgSILENT Ibérica.

A nova infraestrutura tem uma potência instalada de 15 MW, distribuída por 6 inversores, e uma capacidade de armazenamento de 10,5 MWh (@EOF, End Of Live, isto é, no fim de vida útil). Inclui um software de gestão de micro-redes desenvolvido pela Siemens e instalado pela primeira vez em Portugal neste projeto, que permite monitorizar, em tempo real, todo o sistema elétrico da ilha e fazer estimativas mais aproximadas da produção e consumo de energia para vários dias e horas, com base em previsões meteorológicas e dados históricos. A EDA espera que isto permita maximizar a integração de energias renováveis, em especial a eólica, a geotérmica e, futuramente, a solar, mantendo níveis elevados de qualidade, fiabilidade e continuidade no abastecimento elétrico da ilha.

“Este projeto é um passo importante para o futuro sustentável da ilha Terceira e dos Açores”, afirma Nuno Pimentel, presidente do Conselho de Administração da EDA. “O projeto permite-nos mitigar a instabilidade causada pela flutuação dos recursos renováveis intermitentes, como a energia eólica, e pode substituir reserva girante diesel necessária para lidar com os desafios de garantir a estabilidade da rede elétrica bem como os requisitos de qualidade da energia de um sistema isolado, como o nosso”.

A EDA afirma que a nova infraestrutura formada por baterias, aliada ao sistema de gestão e monitorização das fontes de produção e do consumo de energia, soma um conjunto de vantagens que contribuem para reforçar a sustentabilidade a ilha Terceira. Em primeiro lugar, reduz a necessidade de utilização de grupos geradores térmicos e, em consequência, diminui o consumo de combustíveis fósseis importados – no total, estima-se uma redução de 1.152 toneladas de fuelóleo por ano, bem como da emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera em menos 3.636 toneladas de CO2 por ano.

Outra vantagem passa por reforçar a quota de produção de energia elétrica a partir de recursos renováveis e endógenos da ilha para mais de 50%, após a conclusão dos novos investimentos em curso e previstos para aproveitamento destas fontes de energia. Por fim, melhora a resiliência do sistema elétrico, ao conferir aos sistemas eletroprodutores uma maior flexibilidade e rapidez de atuação, contribuindo para a estabilidade do sistema e, como tal, para a fiabilidade de fornecimento de energia elétrica ao cliente final.

O investimento ascendeu aos 14 milhões de euros, cofinanciado em 85% pelo Programa Operacional dos Açores 2020, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Para a EDA, o projeto é marcante do ponto de vista tecnológico nos Açores, em Portugal e mesmo a nível europeu, pela dimensão da capacidade instalada e pelas tecnologias inovadoras que incorpora, sendo um exemplo do tipo de infraestrutura que será necessária para assegurar a integração estável nas redes elétricas de quotas cada vez mais elevadas de fontes intermitentes, como é o caso das energias renováveis.

O plano de investimentos da EDA prevê a implementação de projetos desta natureza, envolvendo sistemas de armazenamento de energia com baterias e de gestão de energia, nas restantes sete ilhas do arquipélago além das ilhas Graciosa e Terceira. A implementação do projeto na ilha de São Miguel, que também é apoiado pelo Programa Operacional dos Açores 2020, está em curso desde o final de 2021 e deverá ficar concluído até final de 2023. A execução dos projetos para as restantes seis ilhas, previstos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), irá arrancar em 2023 e 2024, estando prevista a sua conclusão até final de 2025.

Europeus querem conduzir de forma mais sustentável (se não for muito caro)

A Petronas Lubricants International (PLI) realizou recentemente um estudo, junto dos consumidores europeus, sobre a sustentabilidade no setor automóvel. A investigação mostra que existe um hiato entre o conhecimento dos consumidores sobre os fatores que têm impacto na pegada ecológica dos seus veículos e as ações que tomam para os tornarem mais sustentáveis.

A investigação da PLI envolveu 7.000 consumidores em seis países: Alemanha, Espanha, França, Itália, Polónia e Reino Unido. Os consumidores revelam entender os principais fatores que determinam o impacto ambiental dos seus veículos, destacando-se a utilização do combustível adequado (77%), idade do veículo (75%), hábitos de condução (73%), manutenção (72% e esolha do lubrificante (71%).

No entanto, o estudo identifica o risco de que alguns destes fatores sejam negligenciados para poupar dinheiro, a curto prazo, sobretudo num período em que o aumento do custo de vida e dos preços da energia estão a levar os consumidores a reduzir despesas, dificultando que optem por soluções mais sustentáveis.

Com efeito, entre as principais conclusões, destaca-se o facto de 80% dos inquiridos querer contribuir para uma indústria automóvel mais ecológica, mas mais de um terço (38%) não está disposto a pagar mais por produtos alternativos.

Neste ponto, a investigação descobriu algumas diferenças geracionais. Por exemplo, 46% dos inquiridos da chamada ‘Geração Z’ – normalmente definidos como nascidos entre meados dos anos 90 e 2010 – está disposto a pagar entre 11% e 20% mais por produtos mais ‘verdes’, mas para 62% dos inquiridos com mais de 55 anos, os preços deste tipo de produtos não devem ser superiores. De acordo com a PLI, isto reflete as diferenças da disponibilidade de rendimentos e das exigências nas diferentes fases da vida, e também “reforça as disparidades geracionais existentes no que toca a uma visão mais ampla sobre a sustentabilidade”.

A PLI descobriu ainda que 12% dos europeus não sabe o que pode ser feito para reduzir a pegada de carbono dos seus veículos. A empresa de lubrificantes vê aqui espaço para os líderes do setor ajudarem os condutores a fazerem opções mais informadas, dando o mote ao alertar para os vários elementos que devem ser considerados além da escolha de combustível – destacando naturalmente a escolha dos lubrificantes adequados: “os melhores fluidos podem levar a economias de combustível na ordem dos 3% e otimizar a eficiência térmica, contribuindo para a poupança geral e um melhor desempenho do veículo”.

A própria embalagem dos produtos utilizados pelo veículo também fazer a diferença na sua pegada ambiental.

“O aumento do custo de vida é algo que estamos a enfrentar em todos os cantos do mundo. Neste momento, o setor automóvel está a pressionar mais, e a inovar ainda mais, para fazer a transição para soluções que melhoram o nosso planeta. Cabe a empresas como a nossa mostrar aos condutores que existem soluções e passos económicos ao nosso alcance, como a manutenção regular dos veículos, escolher fluidos e lubrificantes que economizam combustível e melhoram o desempenho de carros ‘tradicionais’, híbridos e veículos elétricos, ou escolher embalagens feitas de feitas de plástico reciclado”, afirma Domenico Ciaglia, Managing Director EMEA da Petronas Lubricants International.

Por último, 40% dos inquiridos no estudo da Petronas acredita que a indústria automóvel pode fazer mais para tornar os veículos mais sustentáveis. Esta é uma área-alvo para muitos países para poderem reduzir as suas emissões de carbono, mas 83% dos participantes deseja que as empresas também se comprometam a fazer mais.