fbpx

Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Notícias

Mercedes EQS já disponível para encomenda

A Mercedes-EQ anunciou a abertura das encomendas na Europa do seu primeiro SUV totalmente elétrico, o EQS. A gama engloba três versões: EQS 450+ e EQS 450 4MATIC, ambos com potência de 265 kW; e o EQS 580 4MATIC, com 400 kW.

O EQS será produzido na fábrica da Mercedes-Benz em Tuscaloosa, nos Estados Unidos, de forma neutra em carbono, e as primeiras entregas estão agendadas para dezembro.

Para além das três motorizações disponíveis, existem também duas linhas de design, que diferem em vários detalhes no exterior e interior do veículo: Electric Art (de série) e AMG.

Estas linhas são complementadas pelos diferentes conjuntos de equipamentos – Advanced Plus, Premium, Premium Plus e Business Class – mas estão também disponíveis vários equipamentos opcionais individuais.

Entre estes equipamentos, a Mercedes-EQ destaca a Realidade Aumentada MBUX no head-up display, a grelha frontal com o padrão Mercedes-Benz, os airbags laterais no banco traseiro, o sistema de filtragem de ar do habitáculo Energizing Air Control Plus, a assistência de manobras com reboque acoplado (controla automaticamente o ângulo da direção do veículo até uma velocidade de 5 km/h e um gradiente de 15%), e o assistente interior MBUX, que reconhece a direção da cabeça, os movimentos das mãos e a linguagem corporal, reagindo com as funções correspondentes do veículo.

De acordo com a marca germânica, o EQS SUV “oferece amplo espaço, conforto e conectividade”. Os bancos da segunda fila estão equipados de série com regulação elétrica e, como equipamento opcional, está disponível uma terceira fila de bancos com dois bancos individuais adicionais, alojados no piso do compartimento de carga e colocados mecanicamente – i.e., manualmente – na posição de utilização. Com os bancos rebatidos, o piso do compartimento de carga fica plano. Em combinação com a terceira fila de bancos, uma função designada por Easy Entry é fornecida de série na segunda fila de bancos.

Os preços do EQS iniciam-se em 129.200 euros, para o EQS 450+. As versões EQS 450 4MATIC e EQS 580 4MATIC têm um preço de 134.350 e 165.450 euros respetivamente.

Mercedes me Charge

Desde junho de 2022, o serviço Mercedes me Charge disponibiliza três novos tarifários na Europa. Todos os clientes de adquiram o EQS SUV que tenham registado o veículo no Mercedes me Charge aderem inicialmente ao tarifário Mercedes me Charge L, destinado aos condutores que percorrem longas distâncias com os seus veículos. No primeiro ano, estes clientes não pagam a tarifa básica, com uma mensalidade de 16,90 euros a partir do segundo ano.

De acordo com a Mercedes-Benz, os preços por kWh são particularmente interessantes para carregamentos frequentes. Um carregamento AC custa 0,30€/kWh, acrescido de uma “taxa de bloqueio” de 0,04€ por minuto. O carregamento DC tem um custo de 0,30€/kWh, estando sujeito a uma taxa de bloqueio de 0,29€ por minuto.

Com o IONITY Unlimited, os condutores dos EQS podem utilizar gratuitamente os postos de carregamento Ionity durante um ano após a data de ativação através do Mercedes me Charge.

Para permitir a utilização do Mercedes me Charge dos serviços Mercedes me connect, é necessário estabelecer um contrato de carregamento separado com um fornecedor terceiro selecionado, para fins de pagamento e emissão de fatura do carregamento. Para a utilização dos serviços Mercedes me connect, será necessário criar uma conta de utilizador Mercedes me e aceitar os respetivos Termos de Utilização.

Novo DS 7 já pode ser encomendado em Portugal

A DS Automobiles anunciou a abertura das encomendas do novo DS 7, que será lançado no mercado no próximo mês de outubro. Oficialmente revelado em junho, a nova geração do DS 7 abandona a designação ‘Crossback’ e inclui novos acabamentos exteriores, novos interiores, novos equipamentos e três motorizações E-Tense híbridas plug-in.

Exteriormente, o novo DS 7 apresenta uma frente completamente nova, de traços mais angulares, com novos faróis DS Pixel LED Vision 3.0 e luzes diurnas LS Light Veil. As ‘asas’ laterais e a grelha cresceram e o painel inferior foi redesenhado.

Na secção traseira, as luzes LED, foram também redesenhadas com um acabamento metálico escuro. O portão da bagageira e o símbolo foram redesenhados e ‘DS Automobiles’ passa a figurar na traseira em substituição da expressão ‘Crossback’, agora abandonada.

A DS Automobiles afirma que, o interior do novo DS 7 é “o espelho das maiores casas de moda parisienses”, com atenção especial para a escolha e tratamento dos materiais. A marca destaca os bancos em couro nappa inspirados nas braceletes de um relógio de luxo e criados a partir de uma peça única de couro, abdicando de costuras para maior conforto.

O sistema de infotainment é uma das maiores alterações no novo DS 7, com a inclusão do DS Iris System, uma solução que introduz uma interface totalmente renovada, configurável e suportada por reconhecimento de voz natural.

O ecrã tátil de 12 polegadas de alta resolução foi redesenhado e apresenta um menu constituído por widgets para aceder às diferentes funções: navegação conectada, ventilação, áudio digital e a informação de viagem. O novo painel de instrumentos digital, também de 12 polegadas, inclui ecrãs que podem ser alterados e personalizados.

Três motorizações híbridas plug-in

A gama do novo DS 7 inclui – além de uma versão térmica – três motorizações híbridas plug-in com 225, 300 ou 360 cavalos.

O DS 7 E-Tense 225, de tração dianteira, dispõe de um motor a gasolina PureTech 180 e de um motor elétrico de 110 cavalos, acoplados a uma caixa automática de oito velocidades,

O DS 7 E-Tense 4×4 300 e o novo DS 7 E-Tense 4×4 360 introduzem tração integral, com um motor PureTech 200 combinados, respetivamente, com motores elétricos de 110 e 112 cavalos em cada um dos eixos.

A DS Automobiles afirma que a versão topo-de-gama DS 7 E-Tense 4×4 360 goza de uma afinação especial da DS Performance e da otimização da gestão da energia. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 5,6 segundos e percorre os 1.000 metros em 25,4 segundos.

A bateria de 14,2 kWh permite uma autonomia elétrica de 65 quilómetros no ciclo misto WLTP e até 81 quilómetros no ciclo urbano. O tempo de carregamento é de cerca de duas horas num carregador de 7,4 kW.

As versões E-Tense do novo DS 7 têm preços a partir de 56.130€.

Primeiros aerogeradores com pás recicláveis já produzem energia

A Siemens Gamesa instalou as primeiras pás recicláveis em aerogeradores do parque eólico offshore de Kaskasi, na Alemanha, naquela que é a primeira instalação comercial do mundo da tecnologia.

Simplificadamente, as pás dos aerogeradores são construídas com diversos materiais – fibra de vidro, madeira, entre outros – agregados através de resina, para formar uma estrutura leve e flexível, capaz de suportar a força dos ventos a que estão sujeitas.

Vários componentes de uma aerogerador, como os componentes da torre e da nacele, são já reciclados no final do ciclo de vida. Contudo, para os materiais compósitos usados nas pás das turbinas eólicas, o processo era, até agora, mais complexo.

A RecyclableBlade da Siemens Gamesa, anunciada inicialmente em setembro de 2021, utiliza um tipo de resina com uma estrutura química que torna possível separá-la eficientemente dos restantes elementos através de uma solução ácida suave, que protege as propriedades destes últimos.

Os materiais das pás dos aerogeradores podem assim entrar num ciclo de economia circular, sendo reaproveitados para fabricar novos produtos e assim evitar a utilização de novos recursos.

A tecnologia RecyclableBlade foi desenvolvida em Aalborg, Dinamarca, e as pás de 81 metros foram fabricadas manualmente em Hull, no Reino Unido. As naceles, por sua vez, foram produzidas em Cuxhaven, na Alemanha.

Os aerogeradoes fazem parte do parque eólico offshore Kaskasi, de 342 megawatts, detido pela empresa alemã de energia RWE, que está localizado cerca de 35 km a norte da ilha de Helgoland, no Mar do Norte alemão.

A Siemens Gamesa pretende tornar todas as suas pás de aerogeradores recicláveis ​​até 2030 e todas as suas turbinas eólicas totalmente recicláveis ​​até 2040.

“É nossa aspiração produzir aerogeradores que possam gerar eletricidade renovável durante 20 a 30 anos. Quando chegam ao final da sua vida útil, podemos separar os materiais e utilizá-los para novas aplicações relevantes. A RecyclableBlade é um grande passo nessa direção e muito antes da nossa meta de 2040”, disse Gregorio Acero, diretor de Gestão de Qualidade e Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Siemens Gamesa.

Volvo vai construir fábrica de baterias para os seus camiões elétricos

O Volvo Group anunciou o início do processo para construir uma fábrica de células de bateria em grande escala, na Suécia, para satisfazer a crescente procura por veículos e máquinas pesadas com bateria elétrica.

“O nosso objetivo é liderar a transição para um sistema de transporte descarbonizado e temos a ambição de, a longo prazo, oferecer aos nossos clientes soluções 100% livres de combustíveis fósseis. Já existe uma procura forte, por parte dos nossos clientes e, para 2030, é nossa ambição que pelo menos 35 % dos produtos que vendemos sejam elétricos. Este aumento requererá grandes volumes de baterias de alto rendimento, produzidas com energia livre de combustíveis fósseis e é um próximo passo lógico, para nós, incluir a produção de baterias no nosso futuro plano industrial”, explicou Martin Lundstedt, presidente e diretor executivo do Volvo Group.

De acordo com o comunicado, estudos indicam que a região sueca de Skaraborg é a “localização ideal” para a nova fábrica, beneficiando da proximidade da fábrica de grupos propulsores do Volvo Group em Skövde e do acesso a energia de fontes renováveis. Os centros de Investigação & Desenvolvimento do Grupo, em Gotemburgo, estão também a duas horas de distância.

O projeto está sujeito à aprovação das autoridades relevantes, e a localização final da fábrica será determinada após consulta pública e obtenção das necessárias autorizações de cariz ambiental.

Os planos do Volvo Group para o novo centro prevêem um aumento gradual da capacidade para alcançar a produção em grande escala em 2030. As células de bateria aí produzidas serão especificamente desenvolvidas para aplicações em veículos comerciais, de forma a apoiar o fornecimento global de camiões, autocarros e equipamentos de construção elétricos, bem como sistemas de transmissão elétricos para diferentes aplicações.

Sete empresas alemãs começam a operar camiões a hidrogénio da Hyundai

A Hyundai acaba de anunciar a chegada dos seus camiões de mercadorias pesadas XCIENT Fuel Cell à Alemanha, o maior mercado de veículos comerciais da Europa. 

Sete empresas alemãs de logística, indústria e retalho vão incorporar os 27 camiões movidos a hidrogénio nas suas frotas, usufruindo do financiamento para veículos comerciais ecológicos aprovado pelo Governo alemão.

Lançado em 2020, o Hyundai XCIENT Fuel Cell é o primeiro camião pesado de mercadorias movido a hidrogénio a ser produzido em série no mundo. A empresa já tinha disponibilizado 47 unidades na Suíça, que até à data percorreram mais de 4 milhões de quilómetros ao serviço de 45 clientes e 23 marcas.

O XCIENT Fuel Cell está equipado com um sistema fuel cell de 190 kW, com duas pilhas de 90 kW. Tem uma potência de 350 kW, com binário máximo de 2.237 Nm.

Sete tanques de hidrogénio proporcionam uma capacidade de armazenamento de 31 kg de combustível, e três baterias de alta voltagem de 72 kWh proporcionam uma fonte adicional de energia. A autonomia máxima é de aproximadamente 400 quilómetros. 

“Com a entrada no mercado alemão de veículos pesados queremos aproveitar esta oportunidade para expandir o nosso negócio para o mercado europeu de uma forma mais alargada, apoiando os esforços da Alemanha para atingir os seus objetivos de neutralidade carbónica”, afirmou Mark Freymueller, vice- presidente e diretor da Divisão de Inovação Empresarial de Veículos Comerciais da Hyundai Motor Company. 

Em agosto de 2021, o Governo alemão divulgou as suas diretrizes de financiamento para veículos comerciais com sistemas de condução alternativos, após aprovação da Comissão Europeia. O financiamento está disponível para veículos elétricos a bateria, fuel cell (hidrogénio) e híbridos, correspondendo a infraestruturas de reabastecimento/carregamento e estudos de viabilidade relacionados. O Governo alemão terá um orçamento de 1.6 mil milhões de euros disponíveis até 2024 para a aquisição de veículos comerciais amigos do ambiente. 

O Governo alemão disponibilizará até 15 milhões de euros a cada uma das empresas elegíveis durante os próximos quatro anos para promover a mudança para veículos comerciais amigos do ambiente. Adicionalmente, serão disponibilizados cerca de 7 mil milhões até 2025 para a construção de infraestruturas de reabastecimento e carregamento de veículos de passageiros e veículos comerciais. 

Para o primeiro programa de financiamento, a Hyundai entregará 27 camiões XCIENT Fuel Cell até à segunda metade de 2023. 

A empresa sul-coreana, juntamente com a H2 Energy, criou a Hyundai Hydrogen Mobility Germany GmbH (HHMG) para expandir a sua entrada no mercado de veículos comerciais movidos a hidrogénio na Alemanha.

De acordo com o comunicado da Hyundai, a HHMG irá operar no mercado local de vendas, estações de reabastecimento de hidrogénio e serviço ao cliente, bem como estabelecer parcerias especiais de veículos no mercado. A empresa planeia também participar ativamente no segundo programa de financiamento previsto para o segundo semestre deste ano.

Tesla Model S e Model X voltam finalmente à Europa

A Tesla começou a aceitar encomendas na Europa para os seus modelos Model S Plaid e Model X Plaid. As primeiras entregas dos topo-de-gama da marca norte-americana deverão acontecer entre os meses de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.

As versões ‘base’ dos dois modelos chegarão um pouco mais tarde, durante o próximo ano. Para já, pode ser efetuada apenas uma reserva; a marca comunica que o período de encomendas abrirá “numa data posterior”.

A Tesla deixou de produzir o Model S e Model X em janeiro de 2021, para efetuar uma série de atualizações aos dois modelos, nomeadamente a nível de design, interiores, grupo propulsor, sistemas térmicos, eletrónica e chassis.

As primeiras entregas do novo Model S aos clientes norte-americanos começaram em junho de 2021, seguindo-se o Model X em outubro. As primeiras entregas na Europa deveriam acontecer na segunda metade de 2022, mas vários problemas não permitiram aumentar a escala de produção de acordo com as previsões iniciais. Consequentemente, em dezembro do ano passado, a Tesla decidiu fechar as encomendas dos dois modelos fora da América do Norte.

Depois de quase dois anos de espera, os novos Model S e Model X voltam a estar disponíveis para os clientes europeus, começando pela versão Plaid, com os seus três motores elétricos – no eixo dianteiro e em cada uma das rodas traseiras – com rotores envoltos em carbono, que debitam uma potência combinada de 760 kW, ou 1.020 cv.

O Model S Plaid torna-se assim um dos carros de produção mais rápidos do mundo, acelerando dos 0 aos 100 km/h em 2,1 segundos e atingindo uma velocidade máxima de 322 km/h. A autonomia estimada (WLTP) é de 600 km.

O SUV crossover Model X Plaid, por sua vez, acelera dos 0 aos 100 km/h em 2,6 segundos e atinge 262 km/h de velocidade máxima. A autonomia (WLTP) é de 528 km.

As versões ‘base’, com dois motores elétricos, um em cada eixo, têm níveis de performance ligeiramente mais modestos, mas maior autonomia. O Tesla Model S cumpre o sprint clássico em 3,2 segundos, mas é o automóvel da marca norte-americana que maior distância percorre entre carregamentos: 634 km (WLTP).

Já o Tesla Model X acelera dos 0 aos 100 km/h em 3,9 segundos e tem uma autonomia (WLTP) de 560 km.

Vendas de elétricos continuam tendência de crescimento em julho

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal) divulgou os dados sobre as vendas de veículos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos (HEV) relativos ao mês de julho.

Nesse período, foram matriculados em Portugal 4.614 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos, mais 17,9% do em julho de 2021.

As matrículas de veículos ligeiros de passageiros eletrificados somam assim, desde o início do ano, 31.655 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 17,3% relativamente ao período homólogo de 2021.

Destaque para as vendas de ligeiros de passageiros elétricos a bateria, que nestes primeiros sete meses de 2022 cresceram 60,6%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. De janeiro a julho, foram matriculados 8.892 novos automóveis de zero emissões.

Seguindo a tendência registada em vários países, os híbridos plug-in (PHEV) continuam a perder quota de mercado. Em julho, foram matriculados 1.212, um decréscimo de 13,1% face ao período homólogo. No acumulado no ano, este tipo de motorização regista uma quebra de 5%, relativamente aos primeiros sete meses do ano anterior, atingindo 8.792 unidades.

Finalmente, no caso dos híbridos elétricos, julho trouxe um aumento de 28,1% no número de matriculações, face ao mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros sete meses de 2022, o número de matrículas deste tipo de veículo cresceu 14,6%, totalizando 13.971 unidades.

Os veículos ligeiros de mercadorias eletrificados, por sua vez, cresceram 150%, em julho, relativamente ao mesmo mês do ano anterior, o que se traduz num total de 45 unidades – 43 elétricos a bateria, um híbrido plug-in e um híbrido elétrico.

No que diz respeito aos primeiros sete meses de 2022, o mercado deste tipo de veículos regista um crescimento de 213,5%, com um total de 395 unidades matriculadas, a maior parte das quais – 384 – elétricas a bateria.

Foi matriculado um pesado BEV, desde o início do ano, em Portugal.

Estudantes holandeses criam carro elétrico que captura CO2

Uma equipa de estudantes da Universidade Tecnológica de Eindhoven construiu o protótipo de um automóvel elétrico capaz de capturar e armazenar o dióxido de carbono da atmosfera quando circula.

Denominado Zem, o pequeno carro elétrico utiliza a tecnologia de captura direta de ar. Os estudantes explicam que o veículo está equipado com um sistema de filtros, desenvolvido e patenteado pela equipa, que retém e armazena CO2 quando o veículo avança pela estrada.

Além de ‘reduzir’ emissões quando é utilizado, o Zem foi desenvolvido com o objetivo de minimizar a pegada de carbono ao longo de todo o ciclo de vida. O monocoque e os painéis da carroçaria são construídos em impressoras 3D, de forma a obter exatamente as formas desejadas com o mínimo desperdício de material.

Estes componentes são impressos em plástico reciclado e podem ser reutilizados noutros processos. De facto, a maior parte dos materiais utilizados no Zem são sustentáveis, podendo ser reciclados ou reutilizados noutras aplicações, havendo somente uma pequena incorporação de novos materiais no ciclo de vida do automóvel.

Por exemplo, o diferencial foi reaproveitado de um velho Audi. As janelas são em policarbonato, material com menor impacto do que o vidro, e alguns dos revestimentos interiores são em couro sintético, obtido a partir de fibras de ananás. Os sistemas de infoentertenimento e iluminação são modulares, de forma a poderem ser reutilizados.

O Zem incorpora nove baterias modulares de 2,3 kWh, que alimentam um pequeno motor elétrico de 22 kW. O sistema de travagem regenerativa e os painéis fotovoltaicos montados no veículo ajudam a carregar as baterias. O automóvel incorpora ainda a tecnologia de carregamento bidirecional, podendo assim funcionar como unidade externa de armazenamento de energia de um edifício, por exemplo.

A equipa afirma que o Zem consegue eliminar 2 kg de CO2 por cada 20.600 km percorridos a uma velocidade média de 60 km/h. Uma quantidade mínima, mas mais do que construir um automóvel capaz de ‘limpar’ o ar, o objetivo primordial do projeto é o de “inspirar a indústria automóvel a olhar para a totalidade do ciclo de vida dos seus carros”. “Se é possível que 30 estudantes criem um carro sustentável num ano, porque é que a indústria não está a tomar nenhuma medida importante?”, questionam.

Fotos: Bart van Overbeeke

Novo Kia Niro chega ao mercado português

A nova geração do Kia Niro chegou ao mercado nacional com uma gama composta exclusivamente por versões eletrificadas – elétrico a bateria (BEV) e híbrido (HEV). Maior do que o antecessor, a Kia destaca ainda o nível tecnológico e o recurso a materiais sustentáveis.

O novo modelo recorre à terceira geração da plataforma ‘K’ do construtor sul-coreano, concebida para receber diferentes grupos propulsores eletrificados e oferecer elevados níveis de rigidez torsional. Por exemplo, no Niro HEV, a bateria está montada sob os bancos traseiros; e no Niro EV está alojada na secção central do piso. Nas palavras da Kia, esta base eficiente é a grande responsável “pelo elevado conforto, pelo comportamento dinâmico de elevados padrões e pela alta confiança induzida pela experiência de condução”.

Na versão HEV, o motor a gasolina de quatro cilindros 1.6 GDI Smartstream, conjugado com o motor elétrico síncrono de ímanes permanentes de 32 kW, permite uma potência máxima combinada de 141 cv. O consumo médio situa-se em 4,7 l/100 (norma WLTP) e as emissões de CO2 em 107 g/km.

Esta unidade está acoplada de série à caixa automática de 6 velocidades com dupla embraiagem, de segunda geração, com engrenagens otimizadas para maior eficiência de transmissão. Esta caixa tem a particularidade de não incluir marcha-atrás – assegurada pelo motor elétrico –, opção que permitiu poupar 2,3 kg e, por esta via, melhorar o consumo médio em 0,62%.

Esta versão HEV está equipada com o modo de condução inteligente Green Zone, que liga automaticamente a propulsão elétrica quando o veículo percorre determinadas zonas – por exemplo, zonas com forte densidade populacional ou estradas próximas de escolas e hospitais –, identificadas a partir do sistema de navegação e dos padrões de condução. O condutor pode também registar endereços para definir Green Zones, junto das quais as emissões do veículo são reduzidas.

O novo Niro EV, por sua vez, dispõe de uma unidade motriz com 150 kW de potência (204 cv) e 255 Nm de binário, para uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 7,8 segundos. A velocidade máxima é de 167 km/h. A autonomia atinge 460 km em ciclo combinado ou 604 km em ciclo urbano (norma WLTP).

O carregamento dos 10 aos 80% da bateria de polímero de iões de lítio de 64,8 kWh da variante 100% elétrica é realizado em 43 minutos, quando efetuado com um carregador de DC de alta potência em condições ótimas. Quando um ponto de carregamento de DC é selecionado como destino, ou a temperatura ambiente é baixa, o sistema do Niro EV usa o condicionamento da bateria com base na navegação para pré-aquecer esta última, contribuindo assim para encurtar os tempos de carregamento.

A bateria do novo Kia Niro EV inclui também a função V2D (Vehicle-to-Device). Com uma potência nominal de 3 kW e através de um conector externo, é possível utilizar a bateria (até um mínimo de 20% de carga) para alimentar pequenos dispositivos elétricos.

O novo Niro recebeu também aperfeiçoamentos na suspensão e na direção em relação ao seu antecessor. De acordo com a Kia, as suspensões tipo MacPherson, à frente, e multi-link, atrás, “foram afinadas de modo a tornarem a experiência ao volante mais reativa, estável e confortável, para a qual contribui também o novo desenho dos apoios da suspensão, em plano inclinado.

À exceção da altura, todas as dimensões exteriores do Niro aumentaram, relativamente à geração anterior: o comprimento cresceu 45 mm (para 4.420 mm), a largura 20 mm (para 1.825 mm) e a distância entre eixos 20 mm (para 2.720 mm). Segundo a Kia, este acréscimo teve reflexos positivos no espaço interior, quer para ocupantes quer para carga. Condutor e passageiro dispõem agora de mais espaço para os ombros e cabeça, enquanto nos lugares traseiros há mais espaço para a cabeça, pernas e ombros. Este aumento decorre também da nova estrutura dos bancos dianteiros, que é agora 30% mais estreita, traduzindo-se numa redução de 30 mm que liberta espaço para os passageiros dos bancos traseiros.

O espaço de carga subiu para 451 litros no Niro HEV (um aumento de 107 litros face à geração anterior) e de 475 litros no EV (mais 44). A versão 100% elétrica dispõe ainda de um espaço com uma capacidade de 20 litros debaixo do capô. A capacidade de carga máxima – com os bancos traseiros rebatidos– é de 1.445 litros na versão HEV e 1.392 litros no EV.

Não obstante o aumento das dimensões, a tara do Niro diminuiu 20 kg na variante HEV e 50 kg na EV. Quanto à capacidade máxima de reboque (atrelado com travões), esta é de 1.300 kg na versão HEV e 750 kg no Niro EV.

Níveis de equipamento e interiores

A nova geração do Kia Niro disponibiliza dois níveis de equipamento – Drive e Tech – na versão EV, com o último a ser opção única na variante híbrida.

No habitáculo, encontram-se dois ecrãs de 10,25 polegadas, um dedicado à instrumentação e outro ao sistema multimédia com navegação – este apenas nas versões Tech. Na versão Drive, este dá lugar a um ecrã multimédia de 8 polegadas. Os dois sistemas são compatíveis com Android Auto e Apple Car Play.

Por debaixo deste segundo ecrã surge um painel tátil para comando dos sistemas de informação e entretenimento e da climatização e, entre os bancos, uma consola central com outro conjunto de comandos e uma zona para carregamento wireless de smartphones, exclusiva da versão Tech.

No interior, a Kia destaca também a utilização de materiais ecológicos, nomeadamente o forro do tejadilho produzido a partir de papel de parede reciclado, o acabamento dos painéis das portas com tintas isentas de compostos orgânicos voláteis (COV), os revestimentos dos bancos em pele de poliuretano (PU) vegan com Tencel (substância produzida a partir de madeira de eucalipto) e chapeleira fabricada em tecido de malha com 75% de fibras recicladas.

O novo Niro integra ainda a gama de sistemas de assistência à condução habituais nos automóveis atuais, entre as quais se destacam a Assistência à Prevenção de Colisões Frontais, a Assistência Inteligente à Limitação de Velocidade e o o sistema de Comando da Viatura por Voz.

O diretor-geral da Kia Portugal, João Seabra, sublinha que “o novo Kia Niro surge numa fase de grande expansão do segmento C-SUV, que tem uma perspetiva de crescimento na Europa de 4 pontos percentuais em 2023. A realidade em Portugal não deverá ser diferente, pelo que mantemos excelentes expectativas para esta nova geração de um modelo de grande importância para a Kia.”

“O novo modelo tem todos os argumentos para prosseguir e reforçar esta senda de sucesso, que se materializou em vendas de quase duas mil unidades desde o lançamento da primeira geração, das quais mais de 60% significaram a chegada de novos clientes à marca”, acrescentou João Seabra.

Simultaneamente ao lançamento do novo Niro em Portugal, a Kia anunciou também a retoma das vendas do 100% elétrico e-Soul, que se posiciona como o modelo mais acessível na oferta elétrica da marca.

miio entra em França com 55.000 postos de carregamento

Depois de, no início de julho, ter anunciado a sua entrada ao mercado espanhol, a miio anuncia hoje uma nova fase no seu processo de internacionalização com a chegada ao mercado francês, possibilitando o carregamento de veículos elétricos num total de 55.000 postos que cobrem a maioria do território daquele país.

A partir de hoje, os utilizadores da plataforma miio – atualmente, cerca de 88.000 – podem aceder aos produtos e serviços da start-up portuguesa de mobilidade elétrica, incluindo o carregamento digital e o pagamento automático, quando viajam em Portugal e também, através da conexão às plataformas de roaming europeias, em Espanha e França.

“Com esta expansão, o nosso grande objetivo é o de simplificar a mobilidade elétrica para cada vez mais utilizadores. Conseguimos cobrir a maior parte do território francês, eliminando assim mais um entrave à transição energética na mobilidade, declarou Daniela Simões, CEO e co-fundadora da miio, antes de concluir: “Queremos que a mobilidade elétrica seja tão ou mais prática e conveniente como a tradicional. Para isso, precisamos de simplificar todos os processos relacionados à condução de veículos elétricos, para todos os condutores”.

Os utilizadores devem instalar e consultar a app miio para encontrar e utilizar um dos 120.000 postos em Espanha e 55.000 postos de carregamento em França que admitem carregamentos com a empresa portuguesa.

A miio conta atualmente com uma equipa de dezanove elementos, estando a admitir novos recursos para apoiar o seu crescimento e o seu processo de internacionalização. De acordo com o comunicado, o objetivo é continuar a desenvolver produtos e serviços para utilizadores de veículos elétricos em Portugal e outros países, “tornando a utilização e carregamento de um veículo elétrico cada vez mais cómoda e conveniente para qualquer pessoa”.