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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Notícias

NamX propõe SUV a hidrogénio com cápsulas de combustível amovíveis, entregues ao domicílio

Um novo SUV elétrico movido a pilha de combustível de hidrogénio, desenhado pela famosa casa de design italiana Pininfarina, fará a sua primeira aparição no Paris Motor Show deste ano, no outono. Denominado NamX HUV (High Utility Vehicle), o novo automóvel apresenta um sistema inovador patenteado, que integra um tanque de hidrogénio fixo e seis cápsulas amovíveis, para uma autonomia de cerca de 800 km. Os tanques são montados na traseira do veículo e podem ser trocados em minutos, com um serviço de entrega de cápsulas de combustível ao domicílio.

O primeiro veículo da start-up NamX chegará ao mercado em 2025 em duas versões: o modelo básico, com tração traseira, terá uma potência de 296 cv; aceleração de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos, e uma velocidade máxima de 200 km/h. A opção mais desportiva, denominada GTH, terá tração integral, uma potência de 552 cv, cumprirá a aceleração 0-100 km/h em 4,5 segundos, e terá uma velocidade máxima limitada a 250 km/h. Os preços anunciados deverão oscilar entre 65.000€ e 95.000€.

A start-up NamX, sediada em França, apresenta-se como um “empreendimento industrial e tecnológico afro-europeu” que visa acelerar o desenvolvimento de veículos de pilha de combustível de hidrogénio. De acordo com o comunicado, a NamX é administrada por um grupo de especialistas e veteranos da indústria automóvel, com experiência em marcas como, por exemplo, a Renault.

Segundo o comunicado da Pininfarina, “[f]ascinado pela ficção científica, [o fundador da NamX] Thomas de Lussac optou por dar ao veículo uma forma vanguardista e voltada para o futuro. A sua preferência pelo pelo design americano dos anos 50 e 60, a sua predileção pelo ‘Muscle Car’, inspiraram-no a criar um carro que vai contra o design atual, suave e convencional dos carros elétricos”.

Os clientes podem registrar seu interesse pelo novo modelo no site da NamX, antes do lançamento no último trimestre de 2025.

Polestar chega finalmente a Portugal

Tal como anunciado há alguns meses, a Polestar, a marca sueca de veículos elétricos do segmento premium, chegou finalmente a Portugal com o fastback elétrico Polestar 2.

Em Portugal, a gama de modelos Polestar 2 incluirá três versões, oferecendo variedade de desempenho e de autonomia. A versão de autonomia standard de motor único terá um motor elétrico de 170 kW e 330 Nm de binário e uma bateria de 69 kWh, para uma autonomia WLTP de até 474 km. A versão de autonomia longa de motor único aumentará a capacidade da bateria para 78 kWh ,com um salto correspondente na sua autonomia WLTP para até 542 km. Finalmente, a versão com motor duplo de autonomia longa vem equipada com dois motores elétricos e a bateria de 78 kWh, tendo uma potência total de 300 kW e 660 Nm, com uma autonomia WLTP de até 482 km.

Lançado internacionalmente em 2020, o Polestar 2 conquistou o coração dos clientes, dos fãs e da imprensa mundial logo no seu primeiro ano. Os prémios e distinções incluem os títulos de Carro do Ano na Noruega e na Suíça, de melhor EV da revista Top Gear, da BBC, Best of the Best, da Red Dot, e o cobiçado prémio Goldene Lenkrad (Volante Dourado), na Alemanha.

“O Polestar 2 é um carro muito atrativo e poderoso com um design vanguardista e moderno que realmente se destaca; os nossos clientes adoram-no”, diz o CEO da Polestar, Thomas Ingenlath. “É a combinação perfeita de características chave que o evidencia quando falamos do prazer de conduzir, da alegria e da diversão que é fazê-lo – o aspeto emocional”.

O Polestar 2 foi o primeiro carro no mundo a ter o Google incorporado. O sistema de infoentretenimento Android Automotive OS proporciona um ambiente digital estável e adaptável que permite a coexistência de aplicações e funções automóveis, que, pela primeira vez, fazem a sua incorporação com os serviços Google – incluindo o Google Assistant, o Google Maps com apoio para veículos elétricos e a Google Play Store. Os comandos de voz natural e o ecrã tátil de 11 polegadas facilitam o interface do utilizador. Destaque ainda para o interior totalmente vegan, feito com materiais sustentáveis.

Os veículos da Polestar podem ser adquiridos online através de um processo simplificado e totalmente digital, o qual será complementado pelas suas lojas físicas, conhecidas como Polestar Spaces e Polestar Destinations, para o que a marca sueca afirma ser uma completa experiência premium. Estes ambientes personalizados permitem aos clientes interagir fisicamente com a marca e falar com os Polestar Specialists, permitindo que o cliente explore o veículo com mais detalhe e, caso deseje, efectuar um test drive. O primeiro Polestar Destination em Portugal está previsto abrir ao público durante o quarto trimestre de 2022 na zona do Porto, seguindo-se-lhe Lisboa.

Miguel Pinto, Director Geral da Polestar Portugal, comenta: “o mercado de automóveis eléctricos em Portugal está em crescimento, trazer a Polestar para o país foi um passo lógico para a marca. Estamos entusiasmados por trazer uma opção genuinamente atrativa para o segmento premium compacto e por oferecer aos portugueses um automóvel eléctrico inovador e sustentável que se apresenta como uma alternativa aos atuais automóveis a gasolina ou diesel”.

O Polestar 2 estará disponível em Portugal com preços a partir dos 49.900 euros. Os test drives podem ser marcados a partir do site e o Polestar 2 poderá ser encomendado em https://www.polestar.com/pt/.

Renault antecipa o futuro no ‘concept’ Scénic Vision

A Renault anunciou o regresso do Scénic. Depois de quatro gerações – entre 1991 e 2022 – a minivan familiar da marca francesa vai transformar-se num SUV 100% elétrico com chegada ao mercado prevista para 2024.

No ChangeNOW Summit, em Paris, a marca francesa revelou o concept que estará na base do novo automóvel. O Scénic Vision, “resultado de um exaustivo exercício de design e escolhas estéticas arrojadas” reúne, no mesmo conceito, diferentes horizontes temporais para a gama de veículos Renault: no exterior, as formas e o estilo do novo modelo familiar que se estreará daqui a dois anos; o design interior, um estudo sobre diferentes possibilidades para os interiores dos futuros modelos da marca.

O diretor de Design da Renault, Gilles Vidal, afirma que, tal como no Mégane E-Tech, o design exterior do novo Scénic evoluirá, mantendo cerca de 90% da aparência do conceito. No entanto, muitos detalhes do projeto Vision acabarão por desaparecer na versão de produção.

O Renault Scénic Vision mede 4.490 mm de comprimento, 1.900 mm de largura e 1.590 mm de altura. É 280 mm mais comprido, 120 mm mais largo e 85 mm mais alto que o Mégane E-Tech, que também supera na distância entre eixos, com 2.820 mm – mais 135 mm. Com linhas mais angulares do que o Mégane, o novo Scénic Vision omite o pilar B, entre as portas dianteiras e traseiras, para facilitar o acesso ao interior. A abertura é feita através de um logotipo Renault sensível ao toque.

A Renault integrou ainda uma série de recursos destinados a aumentar a eficiência, incluindo, por exemplo, as abas das jantes de 21 polegadas, que fecham em velocidades acima de 10 km/h para melhorar a aerodinâmica e abrem novamente a velocidades inferiores, para arrefecer os travões.

O Renault Scénic Vision integra 70% de materiais reciclados, dos quais 95% também são recicláveis, incluindo a bateria. Esta abordagem materializa-se num interior minimalista presidido, segundo a Renault, por uma visão ecológica: os materiais reciclados e recicláveis ​​desempenham um papel central na estratégia de transformação da marca francesa, e representarão entre 25% e 35% do Scénic elétrico de 2024.

Tanto o piso quanto os assentos são construídos em plástico 100% reciclado e não tingido. O forro do tejadilho é feito de partículas geradas pela poluição urbana. A Renault garante que cada elemento tecnológico é facilmente intercambiável para garantir que o carro sempre contenha a tecnologia mais recente e, assim, evitar a necessidade de os proprietários terem de mudar para um novo modelo para usufruir das últimas inovações tecnológicas.

Um sistema de câmeras integrado na frente do veículo amplia o campo de visão do motorista em 24%, transmitindo para um ecrã no topo do painel frontal. Desta forma, o capô parece transparente e o pára-brisas é estendido em 180° para oferecer uma visão completa. Ao lado do volante estão várias telas de widgets configuráveis com diferentes funções.

A Renault também adicionou o sistema Safety Coach, que analisa o comportamento do condutor, atribui uma pontuação e sugere depois formas de o melhorar. O sistema é capaz de detetar comportamentos de risco e incentiva práticas de condução mais seguras, reduzindo as colisões fatais em 30%, de acordo com a Renault.

A maior inovação do Scénic Vision é, no entanto, o sistema propulsor. Uma plataforma experimental permite incluir um extensor composto por uma célula de combustível e um tanque de hidrogénio no sistema de propulsão elétrica. A Renault está convencida de que, a partir de 2030, o hidrogénio será uma tecnologia viável e amplamente utilizada em veículos comerciais leves. A partir dessa data, a rede de abastecimento de hidrogénio deverá estar suficientemente alargada para que o Scénic percorra 800 quilómetros sem precisar de recarregar o tanque ou a bateria. Quando isto for necessário, serão necessários apenas cinco minutos para recuperar a totalidade da autonomia.

O Scénic Vision está assim equipado com um motor elétrico de 160 kW (218 cv), localizado transversalmente sob o capô dianteiro. A bateria que o alimenta tem uma capacidade de 40 kWh. A pilha de combustível de hidrogénio de 15 kW, recarrega a bateria quando o carro está em funcionamento. Este extensor de autonomia permite reduzir a capacidade da bateria e, assim, o peso, que é utilizado para adicionar os novos elementos.

Os engenheiros do Groupe Renault estão a desenvolver uma arquitetura nova para veículos elétricos a hidrogénio. Embora ainda em fase de protótipo, a Renault diz que este esforço faz parte do seu “compromisso contínuo com o desenvolvimento de grupos propulsores alternativos”. A nova plataforma é projetada especificamente para albergar uma bateria, motor, célula de combustível e tanque de hidrogénio.

Gilles Vidal explica que, inicialmente, a marca francesa considerou utilizar a plataforma CMF-B EV, que será apresentada brevemente, aquando o lançamento do novo Renault 5 elétrico. No entanto, esta ideia foi rejeitada em favor da nova plataforma experimental, que permite a implementação de uma motorização completa como a que este modelo vai estrear.

Inicialmente, em 2024, a versão de produção do Scénic contará com a plataforma CMF-EV do Mégane E-Tech. Nessa data, a nova plataforma de hidrogénio ainda estará em fase de desenvolvimento, pelo que é improvável que seja implementada em modelos de produção antes de 2030.

Portuguesa Power Dot capta 150 milhões de euros para expandir rede de carregadores

A Power Dot anunciou a captação de 150 milhões de euros da Antin Infrastructure Partner, uma empresa de private equity que efetua investimentos nos setores de energia e meio ambiente, telecomunicações, transporte e infraestrutura social.

Este reforço de capital vai permitir à Power Dot continuar a sua expansão nacional e internacional, bem como o reforçar da sua equipa, desenvolver software para otimizar as operações e continuar a instalar gratuitamente carregadores para veículos elétricos em parques de estacionamento.

Em comunicado, a empresa refere que este investimento representa uma das principais transações no setor a nível mundial, com o objetivo de tornar a Power Dot líder de mercado no setor dos carregadores para veículos elétricos.

Três anos depois do início da operação a empresa portuguesa está presente em seis mercados: Portugal, Espanha, França, Polónia, Luxemburgo e Bélgica. Conta atualmente com uma rede total de cerca de 5.000 pontos de carregamento, instalados e em fase de instalação. O objetivo da empresa passa por alcançar 14.000 pontos de carregamento até 2025 e atingir os 27.500, nestes seis mercados, em 2030.

Luís Santiago Pinto, fundador e CEO da Power Dot, justifica este investimento: “Três anos depois do início de atividade e com presença em seis mercados distintos, o objetivo da Power Dot é continuar a expandir a rede a nível nacional e reforçar a rede internacional, uma vez que existe um grande potencial de crescimento nestes mercados”.

A empresa portuguesa desenvolve um modelo de negócio em que instala, de forma gratuita, carregadores para veículos elétricos em parques de estacionamento e assegura a sua gestão e manutenção sem quaisquer custos para os proprietários. A Power Dot afirma que cria assim uma experiência de carregamento integrada na vida dos utilizadores, uma vez que os carregadores são instalados em locais de elevado tráfego – centros comerciais, restaurantes, ginásios, hospitais ou hotéis, entre outros.

José Maria Sacadura, fundador e General Manager para o mercado português, justifica a aposta: “A grande maioria das nossas necessidades de deslocação acontecem perto da área de residência e/ou de trabalho. Nos centros urbanos, a percentagem de casas com estacionamento dedicado é relativamente baixa, pelo que com os nossos carregadores e parcerias os utilizadores podem fazer a sua vida e carregar o veículo sempre que param o seu carro”. Adianta ainda: “Em cada local, é sempre feito um estudo exaustivo de mercado, pelo que os carregadores que instalamos estão adaptados ao tempo médio de permanência num local, para um elevado nível de conforto e comodidade na experiência de carregamento”.

Sobre o fundo Antin, Luís Santiago Pinto afirmou: “Para nos ajudar neste caminho, precisávamos de um investidor com experiência em infraestruturas e tecnologia e a Antin Infrastructure Partners procurava uma empresa sólida que atuasse no desenvolvimento de infraestruturas de futuro, para investir. Foi assim que surgiu a oportunidade, uma vez que os carregadores para veículos elétricos são cada vez mais uma infraestrutura essencial para os milhões de utilizadores diários em todo o mundo”.

Peugeot Sport e Marelli estabelecem parceria técnica para o sistema de propulsão híbrido do 9X8 Hypercar

Um dia depois de a Lamborghini ter anunciado a sua entrada no Campeonato do Mundo de Resistência, hoje é a vez da Peugeot Sport ser notícia nesta categoria do desporto automóvel. A marca de competição do fabricante francês assinou uma parceria a vários anos com a Marelli, fornecedor para o setor automóvel com extensa experiência no campo dos desportos motorizados e tecnologias de elevado desempenho, para o desenvolvimento da solução elétrica destinada a satisfazer os requisitos de desempenho do sistema de propulsão híbrido do Peugeot 9X8 Hypercar.

A Marelli providencia a engenharia e fornece o motor elétrico específico de elevado desempenho, bem como o inversor à base de carboneto de silício, que fazem parte do sistema de tração elétrica do eixo dianteiro. O foco do desenvolvimento aponta à maximização da eficiência e da fiabilidade do sistema, adaptando, ao mesmo tempo, o motor e a tecnologia do inversor para fazer um uso eficaz do peso e do volume definidos pela equipa.

O contributo da Marelli baseia-se na estabelecida experiência ao nível da conceção, fabrico e implementação de sistemas híbridos e elétricos de elevado desempenho e nos seus conhecimentos no campo dos Sistemas de Recuperação de Energia e Sistemas de Tração Elétrica, resultantes de experiências e aplicações nos mais importantes campeonatos mundiais de motorsport.

A parceria marca um novo capítulo na longa história de colaborações entre a Marelli e a Peugeot, tanto no campo do desporto automóvel como no da produção de automóveis de estrada, abrangendo o fornecimento de componentes eletrónicos e de telemetria para os Peugeot 905 e Peugeot 908 em competições de resistência. Este novo caminho de colaboração a nível tecnológic visa, uma vez mais, conduzir a evolução do propulsor e da mobilidade para soluções inteligentes de eletrificação.

Com esta parceria, a Marelli obterá, também, o estatuto exclusivo de “Parceiro Oficial Peugeot Sport”, que, para além da parceria tecnológica, prevê ainda a colaboração e benefícios mútuos nos campos dos patrocínios, branding e marketing. Recordando novamente a tradição do Peugeot 905, que venceu a jornada de resistência das 24 Horas de Le Mans e o World Sportscar Championship nos anos 90 (na altura denominado Campeonato do Mundo de Sport-Protótipos), a Marelli voltará a estar novamente presente com o seu logótipo na carroçaria do Peugeot 9X8 Hypercar. O logótipo estará igualmente no fato de competição dos pilotos, no vestuário da equipa, nas áreas oficiais dos parceiros e noutras ferramentas de comunicação.

“Temos o prazer de acolher a Marelli a bordo do projeto Peugeot 9X8”, comentou Olivier Janssonie, Diretor Técnico do Programa WEC da Peugeot Sport. “Temos vindo a colaborar com a Marelli há muitos anos e as nossas equipas partilham a mesma paixão e dedicação à excelência. Este projeto é uma oportunidade fantástica para combinar as nossas competências e conceber, testar e correr juntos em pista com um novo motor elétrico inovador e de elevada performance que conduzirá o 9X8 ao sucesso”.

Por sua vez, Riccardo De Filippi, responsável da Magnetti Motorsport, afirmou: “Estamos entusiasmados com esta nova colaboração com a Peugeot Sport. Contamos com uma longa e gloriosa tradição de colaboração na história das corridas de resistência e ambos partilhamos uma grande herança e tradição técnica em competições de desporto automóvel. Juntámos, uma vez mais, todas as nossas competências para elevar o desempenho de um automóvel tão único e extremo ao limite, de uma forma sustentável, com a adoção da mais avançada tecnologia de propulsão elétrica Marelli”.

Lamborghini entra no Campeonato do Mundo de Resistência para testar tecnologias híbridas

A Lamborghini Squadra Corse anunciou que está a desenvolver o seu primeiro protótipo LMDh, que se estreará em 2024 no Campeonato Mundial de Resistência da FIA (classe Hypercar) e no Campeonato IMSA WeatherTech (classe GTP).

A Lamborghini compete nas corridas de GT desde 2015, tendo conquistado mais de 40 títulos, entre as quais a vitória tripla da classe GTD nas 24 Horas de Daytona entre 2018 e 2020, a primeira vez que um fabricante venceu a prova três vezes consecutivas. A entrada na classe LMDh é, segundo a Lamborghini, o passo para o nível superior da competição automóvel, permitindo-lhe competir por vitórias nas corridas de resistência mais prestigiadas do mundo, como as 24 Horas de Le Mans, 24 Horas em Daytona e 12 Horas de Sebring.

“Este passo para o escalão mais alto da competição automóvel marca um marco importante para nossa empresa”, afirmou Stephan Winkelmann, presidente e CEO da Lamborghini. “Estaremos a comparar-nos com os melhores, nas arenas mais exigentes. Por um lado, dará ainda mais visibilidade ao nosso bem-sucedido programa de automobilismo, mas também nos permitirá testar tecnologias futuras: os nossos protótipos LMDh tornar-se-ão o nosso laboratório aberto mais sofisticado sobre quatro rodas”.

A Lamborghini Squadra Corse vai entrar na classe Hypercar do FIA WEC num cenário marcado pela propulsão híbrida. O LMDh é portanto, segundo a marca, o veículo perfeito para efetuar a transição para tecnologias híbridas: até o final de 2024, toda a linha Lamborghini será hibridizada.

LMDh significa ‘Le Mans Daytona hybrid’ e dá o nome à nova categoria de protótipos desportivos de carros de corrida que se estreará nas pistas em 2023. Para a Lamborghini, o programa LMDh será executado em conjunto com a plataforma GT da Squadra Corse, composta por Super Trofeo e GT3, que continuará a ser o núcleo das operações dos seus clientes.

A propósito da entrada da Lamborghini na LMDh, o diretor de Automobilismo da empresa, Giorgio Sanna, declara: “Estou absolutamente satisfeito por a Lamborghini estar a dar o próximo passo na nossa viagem no automobilismo, o passo para a LMDh e o para o nível superior das competição automóvel. A LMDh desempenhará um papel especial na estratégia de competição da Lamborghini, dando-nos a oportunidade única de expandir as atividades de corrida dos nossos clientes para novas plataformas e reforçar nossa parceria de longo prazo com equipas e pilotos”.

Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest, que organiza as 24 Horas de Le Mans, comentou: “A entrada de uma marca tão prestigiada como a Lamborghini é fantástico para as corridas de resistência. O Hypercar, o novo nível superior da disciplina, atraiu fabricantes de todo o mundo. Estamos prestes a comemorar o centenário das 24 Horas de Le Mans, e outra era de ouro na resistência está apenas a começar. Eu, pelo menos, estou pronto para aproveitá-la ao máximo”.

Citroën fornece 580 AMI a três empresas portuguesas

A Citroën assinou três contratos de fornecimento de unidades AMI e My AMI Cargo, as suas duas novas soluções de mobilidade 100% elétricas, num volume que, no seu conjunto, se aproxima das seis centenas de unidades.

O primeiro destes três acordos foi estabelecido com a Portway, envolvendo o fornecimento de 11 unidades My AMI Cargo e 2 AMI de passageiros, destinados às operações desta empresa de ground handling, a primeira certificada para operar em infraestruturas aeroportuárias nacionais. Adaptados às necessidades de operação da empresa, os AMI foram alvo da aplicação de elementos extra – designadamente um painel solar para alimentação de diversos materiais de suporte às operações da Portway – e estão já ativos, numa primeira fase, no Aeroporto de Lisboa, passando também a circular muito em breve nos runways do Porto, de Faro e do Funchal.

“O AMI é um produto perfeitamente adequado às necessidades da Portway, designadamente nos pequenos trajetos que os nossos profissionais realizam todos os dias dentro do perímetro dos aeroportos, um local onde a velocidade de circulação é, também ela, controlada. O aspeto ambiental foi, no nosso caso, um fator importante, não só para o processo de descarbonização da nossa frota motorizada, como ao nível da adaptação dos nossos AMI pela colocação de um painel solar para alimentação de uma tomada interior, permitindo, por sua vez, a conexão de um PDA e de uma impressora, bem como das luzes de sinalização do próprio veículo. Também as suas dimensões o tornam muito interessante, pois no espaço das pistas dos aeroportos, a manobralidade é um aspeto importante”, referiu Helena França, CEO da Portway.

Já os CTT vão reforçar a frota de distribuição postal a nível nacional com 160 My AMI Cargo, que começarão a entrar ao serviço a partir deste mês. A empresa usará estes novos veículos, concebidos e dimensionados para operar no interior das localidades, para a distribuição de pequenas encomendas e do mais diverso tipo de correio postal.

“Os AMI serão utilizados para a distribuição postal eminentemente em zonas urbanas, nomeadamente nas principais cidades portuguesas” sublinhou João Bento, CEO dos CTT. “A versão My AMI Cargo responde à necessidade de poderem dispor de um espaço de carga adaptada a este serviço, efetuado num conjunto de pequenas deslocações – a sua autonomia é, por isso, mais do que adequada – mostrando-se perfeitamente adaptado à velocidade a que se circula nos centros urbanos. Também as suas dimensões lhe permitem um fácil acesso, inclusive circular nas ruas mais estreitas que caracterizam muitas cidades portuguesas, tornando-se fácil estacionar nas constantes paragens que os carteiros terão de efetuar. Gostaria de acrescentar o facto de que antes de termos avançado para este negócio, testámos um AMI em ambiente real, obtendo um ‘feedback’ muito positivo por parte os utilizadores, o que ajudou na tomada da decisão final”.

Finalmente, a Citroën celebrou um último acordo com a Habitat Invest, numa parceria que envolve a entrega das chaves de mais de 400 quadriciclos AMI 100% elétricos, e respetivos títulos de propriedade, aos clientes que assinem um contrato-promessa de compra e venda para a aquisição de um apartamento no futuro Empreendimento Aurya.

“Desde o início do projeto que temos como objetivo posicionar a oferta do empreendimento Aurya de uma forma diferenciadora, tendo em linha de conta, por um lado o aspeto ambiental e a sustentabilidade e, por outro, a oferta de serviços e funcionalidades complementares aos nossos potenciais clientes. Tendo estas premissas por base, o AMI encaixou perfeitamente, uma vez que integra uma solução de mobilidade urbana em cada apartamento, permitindo aos futuros moradores dispor de uma solução ambientalmente responsável para as suas pequenas deslocações quotidianas”, sublinhou Luis Corrêa de Barros, Fundador e CEO da Habitat Invest.

A aposta das três empresas no AMI como solução de micromobilidade elétrica esteve na origem de um encontro de Vincent Cobée, CEO da marca Citroën, com as administrações das três entidades envolvidas, que teve lugar ao final da tarde do passado domingo (15 de maio), no Palácio Benagazil, nas imediações do Aeroporto Humberto Delgado.

Helena França e Etienne Lefort, respetivamente CEO e COO da Portway, Luis Corrêa de Barros e Pedro Vicente, respetivamente Fundador/CEO e Administrador da Habitat Invest, e no negócio mais recente realizado em Portugal, João Bento, CEO dos CTT, e João Ventura Sousa, Administrador Executivo, foram recebidos pelo responsável máximo da marca Citroën. No encontro esteve também presente Thierry Ligonniére, CEO da ANA – Aeroportos de Portugal, acionista da Portway.

“No atual contexto em que a mobilidade urbana está em forte mudança, com a vertente ambiental a determinar fortemente a indústria automóvel e o comportamento dos consumidores, a Citroën volta a inovar, mantendo-se fiel ao seu princípio de disponibilizar soluções de mobilidade abrangentes e acessíveis”, afirmou Vincent Cobée, CEO da Citroën. “Destaco, naturalmente, os atributos do AMI, que permite um maior conforto, versatilidade e segurança aos utilizadores, quando comparado com outras soluções de mobilidade existentes no mercado (motos, bicicletas, etc.). No domínio do B2B, destaco que desde o início do projeto pensámos o AMI também para este tipo de clientes, com necessidades específicas, às quais o AMI dá uma resposta perfeitamente adequada”.

De acordo com o comunicado, os três contratos decorrem dos posicionamentos ambientais e compromissos de sustentabilidade assumidos pelas respetivas operações das empresas envolvidas. A adoção dos 100% elétricos AMI “permitirá responder de forma personalizada a praticamente todas as situações de utilização empresarial, com custos de utilização e exploração muito contidos”.

Mercedes-Benz vai estrear tecnologia de baterias inovadora no Classe G elétrico

A Mercedes-Benz anunciou hoje que trabalhará com a Sila, uma empresa de materiais de baterias de última geração, para incorporar a química de ânodo de silício em baterias que estarão disponíveis como opção, pela primeira vez, no próximo Mercedes-Benz Classe G elétrico.

O inovador material de ânodo de silício da Sila permite aumentar a densidade de energia das baterias sem comprometer a segurança ou outros parâmetros de desempenho, de acordo com a Mercedes-Benz. Em comparação com as células comercialmente disponíveis atualmente de formato comparável, a tecnologia da Sila permite um aumento de 20% a 40% na densidade de energia, atingindo mais de 800 Wh/l em nível de célula. Este desenvolvimento permite armazenar mais energia no mesmo espaço, aumentando significativamente a autonomia dos futuros veículos da marca germânica.

Os materiais avançados de ânodo de silício serão fabricados nas novas instalações da Sila, no estado norte-americano de Washington, utilizando exclusivamente energia renovável. Isto fará da Mercedes-Benz o primeiro cliente da indústria automóvel desta fábrica. As duas empresas estão planear uma versão de autonomia alargada do Classe G elétrico equipada com a nova opção de tecnologia de bateria, a ser lançada em meados da década.

A Mercedes-Benz investiu na Sila em 2019, financiando parte das atividades de Investigação & Desenvolvimento desta com vista a assegurar capacidade de baterias para os seus futuros veículos elétricos. O acordo de fornecimento anunciado hoje é, segundo o fabricante germânico, o passo natural seguinte na parceria e assinala outro marco importante na ambição da Mercedes-Benz de se tornar o principal fabricante de veículos elétricos.

“A Sila percorreu um longo caminho desde que estabelecemos a nossa parceria estratégica em 2019. Têm provado a sua capacidade, não apenas de fornecer inovação científica ao mais alto nível, mas também de fabricar material de alta qualidade. Estamos felizes em ter na Sila um parceiro líder que nos ajudará a alimentar a nossa geração futura de veículos elétricos de luxo com sua tecnologia de ânodo altamente inovadora. Fornecer uma densidade de energia tão alta é verdadeiramente revolucionário e permite-nos pensar em direções completamente novas quando desenvolvermos os automóveis elétricos futuros”, afirmou Markus Schäfer, membro do Conselho de Administração do Mercedes-Benz Group AG, CTO e responsável por Desenvolvimento e Procurement.

De acordo com o comunicado, a Sila foi a primeira empresa a disponibilizar comercialmente uma química de ião-lítio de última geração com uma densidade de energia substancialmente maior, após dez anos de pesquisa e 55.000 iterações. A Mercedes-Benz espera capitalizar esta experiência e a nova tecnologia no desenvolvimento dos seus veículos elétricos, no futuro.

Noruega inaugura maior fábrica de reciclagem de baterias da Europa

A maior fábrica de reciclagem de baterias da Europa, Hydrovolt, entrou recentemente em funcionamento. A nova central de reciclagem de baterias tem capacidade para processar 12.000 toneladas de baterias por ano, ou cerca de 25.000 baterias de veículos elétricos, o suficiente para cobrir a totalidade do atual mercado de baterias em fim de vida na Noruega.

A fábrica resulta uma joint-venture entre duas empresas norueguesas – a Hydro, um dos maiores fornecedores de alumínio do mundo, e o fabricante de baterias Northvolt, que tem atualmente fábricas de baterias na Suécia e na Alemanha.

A Hydrovolt afirma que pode recuperar 95% dos materiais usados ​​numa bateria de um veículo elétrico, incluindo plásticos, cobre, alumínio e ‘massa negra’, o pó resultante da reciclagem que contém vários elementos utilizados nas baterias de ião-lítio – níquel, manganês, cobalto e lítio.

O projeto prevê que as empresas envolvidas na joint-venture obtenham benefícios dos fluxos de materiais resultantes. A Hydro ganha acesso ao alumínio reciclado, que necessita apenas de cerca de 5% da energia utilizada na produção de alumínio primário. A Northvolt, por sua vez, terá acesso aos restantes materiais resultantes do processo de reciclagem, que poderão ser extraídos da massa negra e utilizados novamente na produção de novas baterias nas fábricas da empresa na Europa.

A Northvolt pretende que, até 2030, 50% das matérias-primas utilizadas na produção de novas baterias sejam obtidas a partir de baterias recicladas até 2030. Por este motivo, a joint-venture planeia expandir a capacidade de reciclagem a toda a Europa. No entanto, a escolha da Noruega para dar início às operações não é despiciendo: por causa da liderança do país na adoção de veículos elétricos, mais baterias estão a chegar ao fim da sua vida útil lá do que em qualquer outro país.

A Hydrovolt espera que, com a expansão a toda a Europa, possam atingir uma capacidade de reciclagem de 70.000 toneladas de baterias até 2025, crescendo para 300.000 toneladas até 2030.

Renault estuda autonomização do negócio de veículos elétricos

Como parte de seu plano ‘Renaulution’, o Grupo Renault anunciou, a 18 de fevereiro, que havia lançado uma revisão estratégica de suas atividades e tecnologias de motores totalmente elétricos e de combustão, a fim de melhorar sua eficiência e desempenho operacional. O objetivo destas reflexões estratégicas passa por adaptar cada tecnologia, aproveitando os pontos fortes do grupo nos diferentes mercados.

O Grupo Renault afirma ter fortes ambições no domínio dos veículos elétricos, com o objetivo de apenas vender ligeiros de passageiros 100% elétricos até 2030 – também para ir de encontro às regulamentações ambientais da União Europeia. Para acelerar a transição e apoiar o mercado de veículos elétricos em rápido crescimento, o grupo está a avaliar a criação de uma entidade autónoma dedicada a Veículos Elétricos e Software, localizada em França.

A nova entidade poderá incluir atividades e tecnologias elétricas e de software em toda a cadeia de valor: engenharia (parte do Technocentre, Renault Software Lab, Lardy e outros locais em estudo na região de Paris), manufatura (Eletricidade, Cléon), bem como as funções de apoio ligadas a essas atividades. Esta entidade autónoma teria um modelo de negócio adaptado às especificidades dos veículos elétricos e seria capaz de forjar parcerias em novas tecnologias e serviços. Poderá ainda empregar mais de 10.000 funcionários até 2023.

Ao mesmo tempo, o Grupo Renault está também a estudar a possibilidade de combinar as suas atividades e tecnologias de combustão interna (ICE) e motores híbridos e transmissões instaladas fora de França dentro de uma entidade específica. O Grupo afirma estar convencido de que os veículos híbridos térmicos e híbridos plug-in têm perspectivas e saídas significativas a longo prazo na Europa e nos mercados internacionais em virtude das melhorias significativas na redução de emissões deste tipo de veículo, sendo que tecnologias como a E-Tech podem funcionar como alavancas de crescimento.

Ao reunir as suas atividades e tecnologias relacionadas com motores e transmissões térmicos e híbridos, o Grupo Renault pretende reforçar o potencial das suas tecnologias, mas também contribuir para o desenvolvimento de combustíveis de baixa emissão, GPL, etc., e assim criar um líder mundial em grupos propulsores para a indústria automóvel.

O âmbito do estudo inclui motores e transmissões ICE e híbridos – excluindo chassis – atualmente produzidos nas unidades de Motores e Sevilha (Espanha), Cacia (Portugal), Bursa (Turquia), Pitesti (Roménia), Curitiba (Brasil), CorMecanica (Chile), PFA (Argentina). Inclui ainda as atividades de Engenharia e R&D nas unidades RTS (Espanha), RTR (Roménia) e RTA (Brasil), bem como as funções de suporte relacionadas com estas atividades.

Similarmente, esta nova unidade teria capacidade para desenvolver parcerias industriais e tecnológicas, de forma a criar um líder mundial global e competitivo.

O comunicado avança ainda que estão a ser realizadas consultas aos órgãos representativos dos trabalhadores sobre estes planos nos países envolvidos, e o desenvolvimento destas reflexões estratégicas prosseguirá através do diálogo em sede de concertação social.

As conclusões do estudo deverão ser conhecidas no outono de 2022.