Para um projetista desenhar uma viatura que seja consensual não é uma tarefa fácil embora a marca já tivesse experiência neste segmento com o lançamento do I10 há muitos anos e curiosamente, já nessa altura, incluindo também um modelo elétrico
Da apresentação estática do modelo foi nos ressalvado que se tratava de um modelo com muita tecnologia, conectividade, espaço interior, comportamento acima da média e um modelo confortável.
E neste ensaio de maior duração fiquei a gostar ainda mais do Inster porque tudo aquilo que foi referido encaixa no perfil deste modelo que se distingue no trânsito precisamente pelo seu aspeto mais quadrado e jovial, pela assinatura luminosa pixelizada, pelos faróis redondos, numa imagem distintiva bastante interessante
O interior é diametralmente oposto aos primeiros modelos do segmento A de há uns anos. O consumidor exige mais, o mercado mudou e a tecnologia evoluiu e os automóveis hoje “são mais completos”
O Inster tem o cuidado em oferecer um produto atraente, que contém o painel de instrumentos totalmente digital com o software bem concebida e com toda a informação disponível; um painel central intuitivo e depois vários botões físicos espalhados ao longo do interior para nos permitir ajustar algumas funções. Como modelo urbano tem também espaço para guardar vários objetos
Uma característica que achei interessante porque nunca tinha visto, foi o banco do condutor conter parte da consola central, nomeadamente os porta copos e, ao longe, dá a sensação de termos um banco corrido na frente
O espaço interior é bom, mas sobressai e de que maneira atrás, onde é possível com a minha altura de 1.71 ir sentado confortavelmente atrás e ter ainda um palmo de distância para o banco da frente, sendo certo que também posso alterar longitudinalmente os bancos traseiros garantindo ainda maior espaço
Muito importante quando entramos no automóvel é rapidamente nos sentirmos acolhidos por ele, ou seja, não existir um período de aprendizagem e de ser fácil de conduzir; e isso é mérito neste modelo
Na estrada o Inster conduz-se com extrema facilidade; é rápido e dinâmico na cidade e encaixa, em todos os lugares.
No marketing costumamos identificar as várias personas para um determinado produto ou serviço e aqui identifiquei várias: desde o jovem que acabou de tirar a carta, a famílias que pretendem um segundo automóvel citadino, fácil de estacionar e de circular pela cidade, mas com tudo aquilo que os “grandes” oferecem em termos de conectividade, segurança e tecnologia. Ma também serve aquele público mais sénior que já não tem filhos em casa e que pretende uma viatura para o seu dia-a-dia que lhe permita ser fácil de manobrar e conduzir.
Existem duas versões com diferentes baterias sendo que no modelo de ensaio com115 cavalos e 49kwh, nos garante uma autonomia real muito próxima dos 400km em cidade
Mesmo correndo o risco de me repetir o Inster é o modelo que tem tudo concorrer no concorrido segmento A, pois apresenta-se com a tecnologia e conectividade necessárias nos dias de hoje, tem espaço interior para quatro pessoas, autonomia muito interessante e um comportamento previsível e correto com uma direção comunicativa
Em termos de preço esta viatura começa nos €24.000 podendo ir até aos 31.000 diversões errada €31.000 da versão ensaiada com o topo da equipamento.