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Fraca penetração de veículos elétricos em Espanha preocupa indústria

A indústria automóvel espanhola precisa urgentemente de uma revisão para acelerar o processo de eletrificação e alcançar os seus pares europeus, numa fase em que os fabricantes lutam para recuperar da crise induzida pela pandemia de COVID-19, disse a maior associação de fabricantes automóveis de Espanha.

“Não podemos perder mais tempo”, afirmou Wayne Griffiths, o diretor executivo da Seat que também preside à Associação de Fabricantes de Automóveis e Camiões (ANFAC) do país vizinho, na apresentação da estratégia do grupo. “Não podemos deixar passar 2023 sem tomar decisões ambiciosas”, acrescentou. “Medidas cosméticas já não são suficientes”.

A produção de automóveis em Espanha, tal como em outros países europeus, foi prejudicada pela escassez de semicondutores, problemas nas cadeias de fornecimento e encerramentos temporários de fábricas, em virtude da pandemia.

A ANFAC alerta agora para o baixo ritmo da recuperação. De acordo com Wayne Griffiths, a indústria automóvel espanhola enfrenta vários desafios, entre os quais as vendas de veículos elétricos abaixo das previsões, uma infraestrutura de carregamento incipiente e uma frota de automóveis envelhecida, que compromete as metas de redução de emissões e de segurança.

Em 2022, foram vendidos em Espanha cerca de 78.000 veículos híbridos plug-in (PHEV) e elétricos a bateria (BEV), um número muito aquém dos 120.000 necessários ao cumprimento das metas anuais de emissões. Os veículos elétricos representam 9,2% das vendas totais de automóveis no país vizinho, muito abaixo da média da União Europeia, que supera 20%.

“A Europa está a dividir-se em duas, e a Espanha está a ficar cada vez mais atrás de países líderes”, como Alemanha ou Portugal, afirmou Griffiths.

A ANFAC propões várias medidas para impulsionar o setor, incluindo a reformulação dos subsídios à compra de veículos elétricos, de forma a que sejam aplicados diretamente no preço de compra, e metas obrigatórias para a implementação da infraestrutura pública de carregamento, nomedamente a nível de ligações de potência elevada.

De acordo com Griffiths, é necessário encorajar os consumidores espanhóis a optarem por automóveis elétricos, apesar dos preços mais elevados deste tipo de veículos poderem afastar alguns potenciais compradores. Mas é opinião do diretor da Seat e presidente da ANFAC que haverá uma gradual democratização da mobilidade elétrica: “Em 2024 e 2025, sairão novos modelos com preços mais acessíveis”.

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