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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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Kia EV6 já está em Portugal

O novo Kia EV6 é o primeiro modelo da marca com plataforma concebida especificamente para elétricos (Plataforma Modular Global Elétrica – E-GMP) e já chegou ao mercado português. 

A gama do EV6 em Portugal é constituída por duas versões: Air (com bateria de 58 kWh); e GT-line (77,4 kWh), sendo que este último só estará disponível no primeiro trimestre de 2023. 

No que toca à prestação, o EV6 está equipado com motores duplos de alta tecnologia e 430 kW (585 cv) de potência, enquanto o EV6 e-GT eleva as prestações elétricas para 77,4 kWh. O binário máximo de 740 Nm da versão e-GT proporciona-lhe uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,5 segundos, alcançando uma velocidade máxima de 260 km/h.

O conjunto de bateria de 77,4 kWh está equipado com um motor elétrico de 168 kW (229 cv) e tração traseira, enquanto o conjunto de bateria de 58 kWh é acompanhado por um motor elétrico de 125 kW (170 cv) e, igualmente, tração traseira.

A Kia promete elevar a fasquia no que toca a tempos de carregamento, oferecendo o EV6 capacidades de carregamento de 800 e 400 V, sem necessidade de componentes adicionais ou adaptadores. O cliente pode usufruir de carregamentos de alta velocidade dos 10 aos 80% em apenas 18 minutos para todas as versões, ou de abastecimentos de energia suficiente para uma autonomia de 100 km em menos de quatro minutos e meio.

Possui ainda uma Unidade de Comando de Carregamento Integrado (ICCU), que disponibiliza a função vehicle-to-load (V2L), capaz de fornecer 3,6 kW da bateria a dispositivos externos, bastando para tal utilizar um simples adaptador que transforma a ficha de carregamento exterior numa tomada elétrica. 

O condutor do novo EV6 terá ao seu dispor seis níveis de travagem regenerativa, permitindo ao condutor abrandar facilmente o veículo, de forma a recuperar energia cinética e aumentar não só a autonomia, mas também a eficiência energética.

Apesar das suas dimensões exteriores compactas, este modelo possui uma distância entre eixos de 2900 mm, que lhe permite oferecer um espaço no habitáculo ao nível do de muitos SUV médios. Sem necessidade de albergar um túnel central da transmissão, o piso plano do EV6 oferece aos ocupantes dos bancos traseiros 990 mm de espaço para as pernas, assegurando, assim, conforto aos passageiros.  

Um dos elementos centrais é o ecrã curvo duplo do infotainment, que se destaca pela sua alta tecnologia, surgindo integrado no tablier. O sistema de infotainment de alta tecnologia inclui dois amplos ecrãs de 12,3 polegadas, equipados com painéis de película muito fina que recorrem a uma nova estrutura e a tecnologias avançadas para reduzirem o impacto da luz. O painel de instrumentos e o sistema de infotainment apresentam-se ligados, como se estivessem fundidos num único elemento com vidro reforçado.

A Kia recorreu a materiais sustentáveis, como sejam os revestimentos em couro vegan, assim como os tecidos produzidos a partir de plástico reciclado, com o equivalente a 111 garrafas de água de 500 ml.

O KIA EV6 está ainda equipado com vários sistemas de segurança: Assistência à Condução em Autoestrada com apoio à mudança de faixa (HDA 2), Assistente de Fila de Trânsito (LFA) e Cruise Control Inteligente com Controlo de Curva (NSCC-C). Além disto, conta ainda com Monitor do Ângulo Morto e Assistência à Prevenção de Colisões pelo Ângulo Morto. O estacionamento também fica facilitado, devido ao Monitor do Espaço Circundante (SVM), que aproveita as câmaras do veículo para fornecer imagens de 360º em redor do veículo num mostrador incorporado no ecrã do infotainment.  

Os preços começam nos 43.950€ na versão Air, enquanto o GT-line surge por 49.950€. 

A Kia tenciona aumentar as suas vendas de BEV para as 920.000 unidades em 2030. O EV6 é o primeiro dos 11 novos BEV que a Kia planeia lançar até 2026, numa estratégia de reforço da sua gama de veículos elétricos.

O lendário Moke vai ser elétrico

A marca britânica Moke, famosa pelo buggy lançado nos anos 60 que se tornou ibíquo nas praias europeias, anunciou que irá deixar de produzir veículos equipados com motores de combustão, fazendo a transição completa para a propulsão elétrica.

O Moke foi criado pelo mesmo designer que concebeu o Mini, Sir Alec Issigonis, com o objetivo de criar um veículo suficientemente robusto para ser lançado de paraquedas atrás das linhas do inimigas. Em vez da utilização militar, chamou a atenção dos consumidores e das celebridades dos anos 60, que o usaram para chegar à praia com estilo. A marca ressucitou em 2017 com vários modelos limitados, e converte-se agora à mobilidade a bateria.

O novo Moke foi concebido de raiz como veículo elétrico, de forma a melhorar significativamente a experiência de condução. A utilização de painéis de alumínio reduziu significativamente o peso e isto, aliado à aceleração instantânea, permite melhorar drasticamente a agilidade e capacidade de condução, de acordo com a marca. Outras atualizações incluem um novo sistema de travagem e melhorias a nível de segurança, tanto para os ocupantes como para os peões. Conta ainda com direção assistida, travagem regenerativa e para-brisas aquecido.

O sistema propulsor consiste numa configuração de transmissão direta, com dois motores síncronos trifásicos CA alimentados por uma bateria de 33 kW. Tem uma autonomia de 144 km, uma velocidade máxima de 100 km/h e pode ser carregado em quatro horas com um carregador de Tipo 2.

Os Moke totalmente elétricos serão construídos manualmente nas instalações da marca em Northamptonshire, no Reino Unido. Podem ser encomendados com volante à esquerda ou à direita e as primeiras entregas acontecerão a tempo do verão europeu de 2022.

Prémio Gulbenkian para a Humanidade  distingue maior aliança global de cidades

O júri da 2ª edição do Prémio Gulbenkian para a Humanidade distinguiu, entre 113 candidatos provenientes de 48 países, o esforço concertado da Global Covenant of Mayors for Climate & Energy para promover a transição das cidades para uma economia de baixo carbono.

O Global Covenant of Mayors for Climate & Energy – GCoM é a maior aliança global para a liderança climática das cidades, sendo constituída por mais de 10 600 cidades e governos locais de 140 países, incluindo Portugal. 

O GCoM é copresidido por Frans Timmermans, vice-Presidente Executivo da Comissão Europeia para o Pacto Ecológico Europeu, e por Michael Bloomberg, antigo presidente de Câmara de Nova Iorque e enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Ambições e Soluções Climáticas.

O montante de 1 milhão de euros do Prémio Gulbenkian vai financiar projetos de grande dimensão em cinco cidades no Senegal (fornecimento de água potável) e numa cidade nos Camarões (desenvolvimento de soluções de eficiência energética). Estes projetos, de elevada ambição climática, foram identificados pela Fundação Gulbenkian, em conjunto com a equipa técnica da organização premiada.  (vídeo de projeto no Senegal)

O apoio aos projetos selecionados será realizado em estreita colaboração com o Pacto de Autarcas Regional na África Subsariana, a Cooperação Internacional Alemã e o Banco Europeu de Investimento. 

O júri do Prémio refere que a atribuição do Prémio Gulbenkian para a Humanidade “não podia ser mais oportuna e apropriada, já que mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas, sendo as cidades responsáveis por mais de 70% das emissões globais de CO2.” Salientando “o papel determinante dos municípios para lutar eficazmente contra as mudanças climáticas e o alcance global desta organização”, o júri frisou o facto de o montante do Prémio “se destinar a apoiar a sua ação concreta na criação de cidades descarbonizadas e resilientes, com um foco especial em dois projetos em África”.  

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade será entregue no dia 9 de novembro na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26),que se realiza em Glasgow, na Escócia.

Relembrando que no ano passado o Prémio distinguiu uma “icónica ativista” como Greta Thunberg, “fundamental para a defesa das causas climáticas”, a presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, sublinha que, ao ser atribuído este ano a uma organização como o Global Covenant, este Prémio demonstra “a elevada importância da descarbonização e resiliência das cidades no combate à crise climática e na recuperação económica coesa e sustentável, bem como do impacto da ação local a nível global”. Isabel Mota considera que “o Prémio vai, seguramente, alavancar as ambições climáticas e os planos de ação de diversas cidades africanas em zonas vulneráveis e que necessitam de toda a atenção.” 

Em nome da Global Covenant of Mayors e da Comissão Europeia, Frans Timmermans diz-se “verdadeiramente honrado pela atribuição deste prestigiado prémio, que vem reconhecer o papel pioneiro das cidades na transição para uma economia com emissões zero de carbono e também a urgência em combater a crise climática em todo o mundo. Iremos impulsionar o reconhecimento que nos foi conferido pela Fundação Calouste Gulbenkian apoiando os Presidentes de Câmara que se encontram a liderar a implementação de ações climáticas ambiciosas”.

Michael Bloomberg sublinha também que as cidades “são a chave para vencer a batalha contra as alterações climáticas” e que “apoiando-as e ajudando-as a trabalhar em conjunto, podemos fazer muito para acelerar o progresso global”. Bloomberg afirma ainda que “o valor do prémio irá, através do Global Covenant of Mayors, ajudar as cidades da África subsariana a enfrentar as alterações climáticas, de modo que possam também recuperar dos impactos económicos provocados pela pandemia.

Mohamed Sefiani, presidente da Câmara de Chefchaouen, em Marrocos, e membro da GCoM, confirma que o valor do Prémio Gulbenkian para a Humanidade “será usado para apoiar as cidades subsarianas nos planos e estratégias de ação climática e na preparação de projetos para investimentos futuros”. Acrescenta ainda que “graças ao generoso apoio da Fundação, estamos a trabalhar em direção a uma recuperação verde e justa, o que significa mais emprego, melhor saúde pública, menor desigualdade e um planeta mais saudável para nós e para as gerações vindouras”. 

Finalmente, Werner Hoyer, presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) afirmaque “o BEI trabalha muito de perto com cidades de todo o mundo para enfrentar as alterações climáticas através de projetos transformadores. Estamos encantados com esta distinção da Fundação Gulbenkian à Global Covenant que vai permitir desenvolver projetos do BEI com os nossos parceiros do SONES (empresa pública de abastecimento de água), para proporcionar água potável a cinco cidades do Senegal, ajudando a responder aos efeitos das alterações climáticas e a criar resiliência contra a doença”. 

As cidades africanas enfrentam grandes desafios associados às alterações climáticas, pois além das múltiplas vulnerabilidades, deparam-se ainda com lacunas de financiamento críticas. 

Os projetos identificados no Senegal e nos Camarões têm um elevado potencial de impacto, estando numa fase inicial de planeamento, dependentes de financiamento para avançar. Integram o pipeline do Fundo Gap, que se destina a ajudar cidades de médio e baixo rendimento a fazer a transição para economias de baixo carbono resilientes ao clima, por meio de uma parceria entre entidades financiadoras 

A disponibilização de pontos de abastecimento de água para uso doméstico em cinco cidades do Senegal vai beneficiar famílias desfavorecidas e terá um elevado impacto na saúde pública, na economia e na redução das desigualdades de género. Já nos Camarõeso foco será na renovação da rede de iluminação pública na cidade de Garoua, recorrendo a tecnologias mais eficientes e à instalação de novos equipamentos, e prevê o alargamento da rede a locais remotos ou não servidos pela rede pública de eletricidade. A instalação de iluminação pública trará benefícios em termos de segurança, sobretudo de mulheres e raparigas jovens, além da redução de emissões e também de despesa pública. 

Cortiça portuguesa no novo MINI Strip

A cortiça da Corticeira Amorim é utilizada no interior do novo MINI Strip e estará integrada no tampo do tabliê, palas de sol e portas.

Enquanto matéria-prima natural, contribui para reduzir a pegada ambiental deste exemplar único feito à medida pelo construtor germânico, que conta com a assinatura do estilista britânico Paul Smith. A cortiça é fornecida pela Amorim Cork Composites, unidade de negócio da Corticeira Amorim, conferindo ao carro, de acordo com a empresa portuguesa, conforto, impermeabilidade, isolamento térmico, acústico e antivibrático.

O Presidente e CEO da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim, afirma que “a utilização de cortiça num icónico modelo automóvel como o MINI é a premissa de uma mudança no setor da mobilidade que está já em curso”. 

A integração da cortiça no interior do novo MINI Strip é mais uma conquista alinhada com a missão da Corticeira Amorim de acrescentar valor à cortiça de forma competitiva, diferenciada e inovadora, fomentando o desenvolvimento de produtos, práticas e soluções sustentáveis.

Canoo escolhe baterias Panasonic para o seu modelo Lifestyle

A Canoo, uma start-up americana de veículos elétricos, anunciou que chegou a acordo com a Panasonic para que o fornecer baterias para o seu modelo Lifestyle. Programado para produção no quarto trimestre de 2022, o Lifestyle será fabricado pela VDL Nedcar e será comercializado nos EUA e na UE.

A empresa americana desenvolveu tecnologias de sistema de bateria próprias para a sua plataforma multifuncional, que inclui um módulo de bateria estruturalmente integrado com recursos de segurança incorporados. A equipa de engenharia focou-se também na redução de custo por unidade de energia armazenada, mantendo o alto desempenho, segurança, fiabilidade e durabilidade das mesmas, de acordo com o comunicado.

Segundo a empresa norte-americana, os módulos de bateria nos veículos Canoo estarão diretamente integrados na estrutura da plataforma, permitindo melhor desempenho, otimização de custos e economia de espaço que permite um nível mais alto de integração funcional de componentes na plataforma.

Está ainda integrada na arquitetura da plataforma uma estrutura de aço de alta resistência e recursos inovadores de colisão, como uma zona de deformação oca exclusiva projetada para proteger a bateria durante eventos de colisão lateral, protegendo melhor os passageiros e a integridade da bateria. O design exclusivo do compartimento da bateria nos veículos Canoo também torna possível realizar facilmente reparações técnicos e atualizações, permitindo aos proprietários economizarem nos custos associados. 

Alemanha dá mais €300 milhões para wallboxes residenciais

O governo alemão aumentou o financiamento para instalação pontos de carregamento privados para carros elétricos em edifícios residenciais em mais de 300 milhões de euros, perfazendo um total de 800 milhões de euros em fundos governamentais disponíveis para este efeito. 

A compra e instalação das wallbox são apoiadas com um subsídio de 900 euros. O financiamento é fornecido para a compra e instalação de uma estação de carregamento totalmente nova e não acessível ao público, incluindo a conexão à rede, bem como quaisquer trabalhos auxiliares necessários.

O financiamento assume a forma de uma bolsa de investimento, que será transferida para a conta bancária do candidato após a conclusão do projeto. O apoio fixo de 900 euros por ponto de carregamento é concedido apenas se os custos totais do projeto superarem este montante.

Em julho de 2021, foram solicitados apoios para mais de 620.000 pontos de carregamento, o que corresponde a uma média de 2.500 inscrições enviadas diariamente.

Os particulares, associações de proprietários de apartamentos, empresas de habitação, associações de habitação e promotores imobiliários podem candidatar-se ao financiamento para instalar uma estação de carregamento para carros elétricos em áreas de edifícios residenciais.

A estação de carregamento deve ter uma potência de carregamento normal de 11 kW, sendo que 100% da eletricidade deverá provir de energias renováveis e a estação de carregamento deve ser inteligente e controlável (com vista a servir a rede).

Aço ‘verde’ para a BMW

A BMW anunciou que, a partir de 2025, passará a adquirir aço produzido com até 95% menos emissões de CO2 e sem a necessidade a recursos fósseis como o carvão. O grupo chegou a um acordo com a start-up sueca H2 Green Steel (H2GS), que usa hidrogénio e apenas energia verde de energias renováveis ​​para a produção de aço, de forma a cumprir os seus objetivos de redução de emissões de CO2 na cadeia de fornecimento.

Além da entrega de aço produzido com energia verde, a BMW e a H2 Green Steel também criaram uma economia circular para o material: a H2GS recuperará sobras de chapas metálicas e processá-las-á de forma a poderem ser enviadas de volta para as fábricas como novos rolos de aço, também conhecidos como bobinas de aço. Desta forma, as matérias-primas podem ser utilizadas múltiplas vezes e os recursos naturais são protegidos. Uma vez que requer menos energia para produzir, o aço secundário reduz, em média 50-80%, as emissões de CO2, em comparação com o material primário.

A BMW já usa entre 20% e 100% de aço secundário nos seus veículos e, de acordo com o comunicado, continuará a aumentar esse percentagem no futuro. 

A H2 Green Steel está a construir a sua unidade de produção de aço na província de Norrbotten, no norte da Suécia, perto do Círculo Polar Ártico. A região fornece acesso a minério de ferro de alta qualidade, energia abundante de fontes renováveis ​​como hidroelétrica e eólica, um importante porto marítimo e gerações de know-how na produção de aço.

Ao contrário dos processos convencionais que dependem de combustível fóssil para a produção do aço, a empresa utiliza o hidrogénio produzido a partir da energia verde para remover o oxigénio do óxido de ferro. Essa redução direta do minério de ferro quase não produz CO2, apenas água, evitando 95% das emissões de CO2 normalmente produzidas. A fábrica de hidrogénio, especialmente construída, que usa água e energia verde de toda a região, será integrada diretamente à fábrica de produção de aço. A empresa também usa energia verde local para o restante do processo de fabrico.

A empresa sueca Northvolt, que desenvolve e produz células de bateria para carros elétricos, também está a explorar o potencial da energia verde no norte da Suécia.

No ano passado, a BMW assinou também um contrato de fornecimento de células de bateria com a Northvolt. As células de bateria serão produzidas, a partir de 2024, na Europa, na gigafactory da Northvolt atualmente em construção no norte da Suécia. A empresa usará apenas eletricidade verde do vento local e energia hidroelétrica para produzir as células de bateria.

Galp entra no negócio das renováveis no Brasil

A Galp acordou a aquisição e desenvolvimento de projetos solares no Brasil com capacidade total de 594 MWp, cumprindo as ambições de expansão nas energias renováveis e dando um salto importante na transformação do seu perfil de negócio e na redução da sua pegada carbónica.

A operação envolve a aquisição de dois projetos solares em desenvolvimento nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte, com capacidades de 282 MWp e 312 MWp, respetivamente.

Com estas transações, a Galp ganha acesso a ativos de elevada qualidade num país onde está presente há mais de 20 anos e que se encontra entre os 10 países no mundo com maior procura de energia. A empresa tem a ambição de duplicar a sua capacidade instalada atual de geração de energia solar e eólica para 40 GW em 2030. Os projetos deverão atingir a Data de Operação Comercial antes de 2025.

Estes acordos inserem-se na estratégia da Galp que visa o crescimento de um portfólio competitivo de geração renovável bem como prosperar ao longo da transição energética, e estão alinhados com as orientações de alocação de capital e planos de diversificação geográfica apresentados em junho no Capital Markets Day, segundo o comunicado.

Com esta expansão de portefólio, a capacidade total a 100% de produção de energia renovável da Galp aumenta para cerca de 4,7 GW, em Portugal, Espanha e agora Brasil, o que representa mais um passo no objetivo da empresa de ter mais de 4 GW em operação até 2025 e 12 GW até 2030.

Miio lança nova funcionalidade de classificação da rede de carregamento

A miio, empresa portuguesa que atua na área da mobilidade elétrica, anunciou o miio Score, uma nova funcionalidade na aplicação para os utilizadores de veículos elétricos. 

Os utilizadores da miio podem, a partir de agora, aceder a uma classificação da rede completa de postos de carregamento, criada através de um algoritmo desenvolvido pela empresa e que tem em conta diversos parâmetros de avaliação relevantes para o bom funcionamento do posto, proporcionando assim uma avaliação imparcial e fundamentada.

Cada posto receberá uma avaliação numa escala de 0 a 10, em que 0 se traduz num posto não fiável e não recomendado pela miio e 10 num posto totalmente fiável e de confiança para o utilizador de elétricos, recomendado pela miio.

“Para a miio, a fiabilidade de um posto de carregamento é algo muito importante, sendo que com o lançamento desta nova funcionalidade pretendemos ajudar o condutor de um elétrico a tomar decisões acertadas e rápidas. Tendo do seu lado informação sobre a qualidade do posto, o utilizador conseguirá distinguir um posto fiável, e que corresponda aos padrões esperados, de um posto com potenciais problemas, para que não perca tempo e evite frustração.”, explica Daniela Simões, CEO e co-fundadora da miio. 

Além do lançamento desta nova funcionalidade para os utilizadores de veículos elétricos, a miio está também a proporcionar aos operadores de postos de carregamento (OPCs) o acesso a uma plataforma que lhes permite ver e agir sobre os postos que necessitam de algum tipo de reparação. “Com esta plataforma dirigida aos operadores de postos de carregamento estamos também a trazê-los para mais perto da comunidade que conduz diariamente um veículo elétrico, e a tornar a mobilidade elétrica cada vez mais funcional e acessível a todos”, reforça Daniela Simões.  

Lançada há dois anos, a miio é atualmente a única aplicação que permite que o utilizador visualize o preço final e compare com tarifários de outros CEMEs (Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica). Através da aplicação é possível saber, com precisão, e com base no posto, hora do dia e veículo, quanto é que o utilizador vai pagar por esse carregamento, e sem recurso a nenhum cartão. A miio conta ainda com uma forte comunidade que permite não só que os utilizadores esclareçam dúvidas entre si, mas também que tornem a informação disponível na aplicação mais completa e fiável. 

Snam, Toyota e CaetanoBus unem-se para impulsionar hidrogénio

A Snam, a Toyota e a CaetanoBus assinaram um memorando de entendimento com o objetivo de iniciar uma colaboração para promover e acelerar a introdução da mobilidade baseada em hidrogénio.

Unidas pela crença de que o hidrogénio desempenha um papel fundamental na descarbonização do transporte, as empresas signatárias do acordo unem forças e know-how para explorar e desenvolver projetos voltados para a promoção, habilitação e aceleração da introdução de veículos a hidrogénio, tanto pesados como ligeiros, de acordo com o comunicado divulgado.

Alessio Torelli, diretor do Departamento de Mobilidade da Snam, vê nesta colaboração um impulso ao uso de hidrogénio como um vetor de energia chave para permitir a descarbonização generalizada no setor de mobilidade. Nas suas palavras, “com este acordo, pretendemos construir uma aliança entre operadoras nos setores de energia e transporte para oferecer aos utilizadores soluções competitivas de mobilidade sustentável de hidrogénio”.

O acordo pode levar à definição de projetos específicos de mobilidade de hidrogénio de ponta a ponta, para serem implementados em Itália e noutros países europeus, para, desta forma, apoiar e beneficiar as administrações públicas, comunidades locais, empresas e entidades privadas.

As iniciativas podem abranger toda a cadeia de valor: desde o hidrogénio, infraestruturas de distribuição e reabastecimento até à introdução de frotas de autocarros, veículos logísticos e automóveis. Isto também será possível, devido à disponibilidade dos serviços de mobilidade KINTO do Grupo Toyota.

A colaboração prevê ainda a realização conjunta de análises, prospeções e testes de soluções tecnológicas inovadoras, bem como o desenvolvimento de acordos em áreas não estritamente relacionadas com a mobilidade, como a utilização do hidrogénio como aplicação estacionária e para aplicações de cogeração.

O acordo será eventualmente objeto de acordos vinculativos subsequentes que as partes definirão em conformidade com a legislação aplicável e perfis regulatórios.