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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Notícias

Poluição do ar nas cidades matou 1,8 milhões em 2019

Um estudo realizado por investigadores da Universidade George Washington (GWU), nos Estados Unidos, concluiu que 86% das pessoas que vivem em cidades (cerca 2,5 mil milhões de pessoas) estão expostas a níveis médios anuais de partículas que excedem as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), provocando 1,8 milhões de mortes em excesso nas cidades de todo o mundo, em 2019.

As orientações de 2005 da OMS para exposição a partículas inferiores a 2,5 mícrons (PM2.5) era de 10 microgramas (μg) por metro cúbico. Estes números foram entretanto atualizados, na Diretriz da OMS de 2021, para 5 μg/m3.

Os investigadores também descobriram, num outro estudo, que quase 2 milhões de casos de asma em crianças estão ligados à poluição do ar por dióxido de nitrogénio, relacionada com o tráfego. Dois em cada três casos ocorrem nas cidades.

Ambos os estudos foram publicados no jornal The Lancet Planetary Health e destacam a necessidade de estratégias para melhorar a poluição do ar e reduzir a exposição a emissões prejudiciais, especialmente entre crianças e idosos.

No primeiro estudo os investigadores analisaram os níveis de PM2.5 em 2019, cuja inalação é conhecida por aumentar o risco de morte prematura, devido a condições como doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, cancro do pulmão e outras infeções respiratórias.

Apesar de mais de metade da população mundial (55%) morar em cidades, não há muita investigação, até ao momento, que compare a carga de doenças associadas a PM2.5 entre as áreas urbanas. Este novo estudo analisa as concentrações de PM2.5 e as tendências de mortalidade associadas em mais de 13.000 cidades em todo o mundo, entre 2000 e 2019.

A concentração média de PM2.5, tendo em conta a população em todas as áreas urbanas, foi de 35 microgramas por metro cúbico em 2019, sem alteração desde 2000, o que supera sete vezes a diretriz da OMS de 2021 para a média anual de PM2.5 (cinco microgramas por metro cúbico). Os autores estimam que 61 em cada 100.000 mortes em áreas urbanas se deveram a PM2.5, em 2019.

Embora as concentrações médias urbanas globais de PM2.5 fossem consistentes durante este período, houve grandes variações por região. As áreas urbanas no Sudeste Asiático (incluindo a Índia) viram os maiores aumentos regionais, com um aumento de 27% na concentração média de PM2.5 ponderada por população entre 2000-2019. As cidades do sudeste asiático também viram o maior aumento nas taxas de mortalidade atribuíveis a PM2.5 durante este período, aumentando em 33% (de 63 para 84 em 100.000 pessoas).

A investigação deu ainda conta de que a diminuição das concentrações de PM2.5 em áreas urbanas ao longo das duas décadas (por exemplo, em cidades africanas, europeias, da América do Norte e América do Sul) não correspondeu ao mesmo nível de reduções nas taxas de mortalidade atribuíveis a PM2.5, demonstrando que fatores demográficos, envelhecimento da população e saúde geral precária também influenciam as taxas de mortalidade relacionadas com a poluição.

A investigadora Veronica Southerland afirma que “a maioria da população urbana do mundo ainda vive em áreas com níveis insalubres de PM2.5. Evitar a grande carga de saúde pública causada pela poluição do ar exigirá estratégias que não se fiquem por reduzir as emissões, mas que também melhorem a saúde pública geral para reduzir a vulnerabilidade”.

Os autores reconhecem algumas limitações deste estudo, tais como incertezas nos valores de taxas básicas de doenças em todo o país nos cálculos de mortalidade, que podem diferir daquelas especificamente em áreas urbanas. Este estudo também avaliou apenas o impacto do PM2.5 na mortalidade, sem ter em conta outras cargas de saúde causadas por PM2.5, como baixo peso ao nascer, parto prematuro e comprometimento cognitivo.

Por outro lado, o segundo estudo concluiu que dois terços dos casos de asma pediátrica estão relacionados com a poluição do ar nas cidades. Neste estudo, os investigadores analisaram o NO2, um poluente do ar emitido principalmente por veículos, fábricas, manufaturas industriais e agricultura. 

O estudo revelou que em 2019 havia 1,85 milhão de novos casos de asma pediátrica associados ao NO2 – 8,5% de todos os novos casos de asma pediátrica relatados naquele ano. Aproximadamente dois em cada três desses casos de asma pediátrica atribuíveis ao NO2 ocorreram nas 13.189 áreas urbanas cobertas pelo estudo. Nas áreas urbanas, o NO2 foi responsável por 16% de todos os novos casos de asma pediátrica em 2019.

Este estudo também contou com algumas limitações como a possível subestimação de taxas de asma pediátrica em alguns países, levando à subestimação dos impactos atribuíveis ao NO2 na asma. Da mesma forma, as taxas nacionais de asma pediátrica foram usadas devido à falta de dados sobre as taxas urbanas, e a prevalência de asma varia dentro dos países. Finalmente, não se sabe se a incidência de asma pediátrica está associada ao NO2, à mistura de poluição do ar relacionada ao tráfego ou à mistura mais ampla de poluição do ar relacionada à combustão, e os resultados podem ser afetados por uma eventual classificação incorreta.

Renováveis abasteceram 59% do consumo de eletricidade em 2021

A REN (Redes Energéticas Nacionais) divulgou os números sobre o consumo de energia elétrica em 2021 e o destaque vai para a produção renovável. 

Em 2021, de acordo com os dados da REN, a produção renovável abasteceu 59% do consumo de energia elétrica em Portugal. A energia eólica representou 26%, seguida da hidroelétrica com 23%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 3,5%. Ainda que a energia fotovoltaica continue a ser a menos significativa, registou um crescimento acentuado de 37% face ao período homólogo. 

A produção não renovável abasteceu 31% do consumo, repartida por gás natural com 29% e carvão, com a última central encerrada no final de novembro, a representar menos de 2%. O saldo importador abasteceu os restantes cerca de 10%. O índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,93 e o de produtibilidade eólica 1,01 (média histórica igual a 1).

O consumo total de gás natural registou, em termos homólogos, uma variação negativa de 4,6%, resultado de quedas de 1,5% no segmento convencional e de cerca de 10% no segmento de produção de energia elétrica. Quando comparado com o registo de 2019, o consumo em 2021 foi inferior em cerca de 6%.

Já no mês de dezembro, a REN informa que o consumo de energia elétrica registou uma queda de 1% face ao mesmo mês do ano anterior, que se acentua para 1,8% considerando os efeitos da temperatura e número de dias úteis.  Este mês, as condições mantiveram-se muito negativas para a produção hidroelétrica, com o índice de produtibilidade respetivo a não ultrapassar os 0,42, ao contrário da produção eólica, que registou um índice particularmente elevado, com 1,37 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 66% do consumo, a não renovável abasteceu 26%, enquanto os restantes 8% corresponderam a energia importada.

No mercado de gás natural, manteve-se em dezembro a tendência verificada nos últimos meses, ainda condicionada pelas condições atuais do mercado. Desta forma, o segmento convencional registou uma contração homóloga de 18%, enquanto o consumo global caiu apenas 1% devido ao comportamento positivo do segmento de produção de energia elétrica que registou um crescimento homólogo de 50%, quase compensando a redução do segmento convencional.

Miio e Power Dot trazem carregamentos ad hoc a todo o país

A miio e a Power Dot anunciam o arranque de um projeto piloto que proporciona aos utilizadores de veículos elétricos a opção de efetuarem o pagamento imediato dos carregamentos na via pública através de um QRCode.

O projeto arranca no mês de janeiro com 100 carregadores em alguns pontos do território nacional. O objetivo da miio e da Power Dot é estender esta opção de carregamento a todo o território português, e alcançar um total de 500 carregadores até ao final de 2022. 

Com esta modalidade, qualquer utilizador de veículos elétricos pode fazer um carregamento na via pública sem necessitar de contrato com um CEME (Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica) e pagar automaticamente no próprio ato de carregamento. Basta dirigir-se a um posto, fazer a leitura do QRCode, inserir um cartão de pagamento e dar início à sessão de carregamento.

De acordo com Daniela Simões, CEO e co-fundadora da miio, esta iniciativa proporciona “à comunidade de utilizadores de elétricos um maior acesso a opções de pagamento, especialmente para quem quer estar desvinculado de qualquer contrato, que acabou de comprar um veículo elétrico ou que apenas visita Portugal como turista”.

“O nosso objetivo é criar mais oportunidades para as pessoas carregarem os seus veículos, quer através do investimento em novos carregadores em locais integrados na vida das pessoas, quer também na diversificação nas modalidades de pagamento. Dessa forma, iniciámos a parceria com a miio, onde queremos dar a todos os utilizadores uma experiência mais cómoda e simples, permitindo uma maior universalidade”, afirmou, por seu lado, José Maria Sacadura, GM de Portugal e co-fundador da Power Dot.

A informação sobre os carregadores estará disponível na app miio com a indicação de que se trata de um carregador Power Dot que permite realizar um carregamento ad hoc através do QRCode. 

Nova scooter elétrica Yamaha pronta para produção

A nova scooter elétrica da Yamaha, a E01, deverá entrar em produção já em 2022. O modelo final foi revelado recentemente pela marca japonesa, que contudo não indicou a data concreta de lançamento, sobretudo devido aos constrangimentos provoados pela pandemia de COVID-19.

Ainda que a Yamaha já tenha produzido uma scooter elétrica, a eVino, a E01 é a primeira que entra na classe acima dos 50 cc. A eVino atingia apenas 44 km/h e tinha uma autonomia de 29 km. A Yamaha E01 aparece agora como um modelo elétrico mais aliciante, categorizada como uma moto de 125 cc, estimando-se uma potência de 11 kW (15 cv). 

O modelo E01 não terá uma bateria amovível, mas antes uma bateria incorporada que deve ser carregada na scooter. Deverá ter uma capacidade aproximada de 4 kWh, que pode fornecer uma autonomia de cerca de 100-120 km, dependendo da velocidade de condução.

As scooters elétricas semelhantes costumam ter velocidades máximas de cerca de 90 km/h, embora não haja nenhuma confirmação da Yamaha ainda sobre a velocidade máxima do E01.

As imagens da E01 agora divulgadas mostram uma scooter pronta para entrar em produção, cujo design permaneceu fiel ao protótipo original, apresentado inicialmente no Salão de Tóquio, em 2019.

Amazon e Stellantis colaboram para transformar a mobilidade através de software

A Amazon e a Stellantis anunciaram uma série de acordos globais plurianuais que visam transformar a experiência a bordo dos veículos para milhões de clientes da Stellantis e acelerar a transição do setor rumo a soluções de mobilidade sustentável e a um futuro sustentado pelo software.

A Stellantis irá trabalhar com a Amazon para implementar a experiência tecnológica e de software da Amazon na sua organização, nomeadamente no desenvolvimento de veículos, na criação de experiências conectadas a bordo dos veículos e na formação da próxima geração de engenheiros de software automóvel. Em conjunto, as duas empresas irão desenvolver um conjunto de produtos e serviços de software que estarão perfeitamente integrados no mundo digital dos utilizadores, com atualizações over-the-air (OTA) que permitirão acrescentar valor ao longo do tempo.

Andy Jassy, CEO da Amazon, lembra que “[a]o longo das duas últimas décadas, a Amazon construiu uma tecnologia, experiência e cultura de inovação para se tornar um líder global em cloud computing, inteligência artificial e machine learning. Agora, estamos a inventar soluções que irão permitir à Stellantis reforçar as suas capacidades de conectividade e personalização, de forma a oferecer a cada ocupante um momento conectado e personalizado a bordo do veículo”

A Amazon e a Stellantis irão trabalhar em conjunto para conceber soluções de software para a plataforma STLA SmartCockpit e integrá-las em veículos da Stellantis, em todo o mundo, a partir de 2024. Assente em soluções de software, esta plataforma irá integrar-se com o universo digital dos ocupantes dos veículos, para criar uma experiência intuitiva e personalizável a bordo, através de aplicações baseadas em IA para serviços de navegação, entretenimento, assistência vocal Alexa, manutenção de veículos, e-commerce e serviços de pagamento.

Esta plataforma utilizará produtos e soluções da Amazon especificamente concebidas para o setor automóvel, e a Stellantis terá a capacidade de criar funcionalidades personalizadas e adaptadas aos seus veículos. O software irá oferecer serviços e experiências organizadas através de uma store de aplicações, exibidas através de uma interface inteligente de utilizador que apresentará informações e funcionalidades relevantes, de acordo com as necessidades e preferências individuais.

A plataforma STLA SmartCockpit irá adaptar-se aos comportamentos e interesses dos utilizadores, onde quer que estejam e onde quer que se dirijam: em casa nos preparativos de uma viagem, na estrada e fora dela. Por exemplo, poderá oferecer um planeador de viagens que recomende conteúdos multimédia, locais de interesse ou restaurantes ao longo do trajeto.

Além disto, a integração com os principais serviços de segurança e de domicílio inteligente da Amazon permitirá aos clientes monitorizar e gerir as suas habitações enquanto se deslocam.

As duas empresas estão atualmente a trabalhar num ambiente de desenvolvimento de produtos baseado na cloud denominado Virtual Engineering Workbench, que propõe fluxos de trabalho automatizados que permitem gerir o desenvolvimento e testes de software, realizar simulações de elevado desempenho e fornecer formação de modelos de machine learning, bem como recolha e análise de dados.

Kia vence Campeonato FIA de Novas Energias

A Kia sagrou-se vencedora entre os construtores no Campeonato FIA de Novas Energias 2021, competição internacional inteiramente dedicada a veículos elétricos e que se desenrola em eventos de regularidade.

Na tabela de pilotos, o vencedor da temporada 2021 foi o espanhol Eneko Conde Pujana, que tripulou um Kia e-Niro.

Este campeonato, que tem a chancela da Federação Internacional do Automóvel (FIA), é exclusivo a veículos elétricos de produção, matriculados e sem qualquer tipo de modificação, permitindo assim que os concorrentes utilizem os seus automóveis destinados à condução quotidiana. Os protótipos também são permitidos, mas apenas se forem de uso diário pelos seus proprietários e homologados para circulação rodoviária dentro da UE.

O Campeonato, também conhecido como ‘E-Rally’, teve em 2021 um total de oito provas, em sete países europeus, entre os quais Portugal, onde se realizou o Oeiras Eco Rally. Eneko Conde Pujana venceu a tirada desta prova europeia no nosso país, tendo ainda levado o seu e-Niro ao primeiro lugar numa das duas provas realizadas em Espanha, assim como no evento da Eslovénia.

O Kia e-Niro é uma das faces visíveis da aposta da Kia na mobilidade sustentável, tendo merecido o reconhecimento com vários prémios nacionais e internacionais. A nova geração deste modelo deverá chegar a Portugal durante o segundo semestre deste ano.

A marca coreana assumiu um compromisso transversal, ao longo de toda a sua cadeia de valor, com a mobilidade sustentável e com a neutralidade carbónica, que pretende alcançar em 2045. 

John Deere revela trator totalmente autónomo

O evento de tecnologia CES 2022 tem sido, uma vez mais, um palco privilegiado para grandes inovações. A John Deere revelou uma máquina agrícola totalmente autónoma, pronta para produção em larga escala,que combina o seu trator 8R, um arado TruSet, sistema de orientação GPS e novas tecnologias avançadas. O trator autónomo estará disponível ainda este ano.

O novo sistema autónomoa da marca norte-americana possui seis pares de câmaras, que permitem a deteção de obstáculos em 360 graus e o cálculo da distância. As imagens capturadas pelas câmaras passam por uma rede neural que classifica cada pixel em aproximadamente 100 milissegundos e determina se a máquina pode continuar a mover-se ou se, por outro lado, deve parar, dependendo se é detetado um obstáculo ou não. O trator autónomo também verifica continuamente a sua posição em relação a um perímetro virtual (geofence), garantindo que o veículo está a operar exatamente onde deve.

Para usar o trator autónomo, o agricultor só precisa de transportar a máquina até ao campo e configurá-la para operação autónoma. Enquanto a máquina está em funcionamento, o agricultor pode deixar o campo para se concentrar em outras tarefas, enquanto controla o estado da máquina através do seu dispositivo móvel.

A aplicação John Deere Operations Center Mobile fornece acesso a vídeo em tempo real, imagens, dados e métricas e permite que o agricultor ajuste a velocidade ou profundidade do arado, entre outras funções. No caso de qualquer anomalia na qualidade do trabalho ou problemas na máquina, os agricultores serão notificados remotamente e podem fazer ajustes para otimizar o desempenho.

Segundo a empresa, este trator autónomo tem como principal objetivo alimentar o mundo. Espera-se que a população global cresça para quase 10 mil milhões de pessoas até 2050, aumentando a procura global de alimentos em 50%. Além disso, os agricultores enfrentarão este desafio com cada vez menos terra disponível e mão de obra qualificada. O trator autónomo da John Deere surge assim como um auxílio à atividade agrícola que se avizinha mais difícil de ano para ano, tendo também em conta as variantes ligadas às alterações climáticas e pragas cada vez mais constantes. 

Volvo inicia testes de condução autónoma e lança integração direta com Google Assistant

A Volvo Cars acaba de anunciar que vai lançar em breve, para os clientes nos Estados Unidos, uma nova funcionalidade que permite condução autónoma não assistida (Ride Pilot). A marca adianta ainda que, uma vez homologado e credenciado para utilização em autoestradas, o Ride Pilot irá estar disponível como subscrição adicional no próximo SUV totalmente elétrico da marca, que será revelado no final de 2022.

Em meados deste ano, a Volvo pretende iniciar os testes de condução autónoma nas estradas da Califórnia (mediante autorização) onde o clima, as condições de tráfego e o quadro regulamentar proporcionam um ambiente favorável para a implementação deste tipo de projeto. De acordo com a marca sueca, este novo modo de condução, Ride Pilot, irá permitir que a próxima geração de automóveis Volvo possa libertar mais tempo aos clientes e tornar a condução de um automóvel mais conveniente e agradável.

Com o objetivo principal de proporcionar uma condução autónoma segura aos seus clientes, a Volvo Cars afirma estar a estabelecer um novo padrão de segurança, com atualizações de software over-the-air (OTA) em combinação com uma configuração de sensores de última geração. O software é desenvolvido pela empresa de software de condução autónoma Zenseact, em conjunto com a equipa interna de programadores da Volvo Cars e os programadores da Luminar, um dos seus parceiros tecnológicos. Esta nova experiência é possibilitada por mais de duas dúzias de sensores, incluindo o sensor Iris LiDAR da Luminar, que trabalha ‘de mãos dadas’ com o software desenvolvido. 

O sensor LiDAR da Luminar irá complementar cinco radares, oito câmaras e dezasseis sensores ultrassónicos no próximo SUV totalmente elétrico da Volvo. Esta configuração padrão de sensores proporciona, de acordo com a marca, uma excelente fiabilidade de visão e perceção. Juntamente com a implementação contínua de software OTA, o sistema irá assegurar uma redundância total e permitir uma condução autónoma segura com o Ride Pilot.

Como parte deste processo de verificação, a Volvo Cars está já a testar as funcionalidades de condução autónoma nas estradas na Suécia, juntamente com a Zenseact, e a recolher dados em toda a Europa e nos EUA. Uma vez verificado a segurança dos sistema, e quando todas as aprovações necessárias forem asseguradas, a ambição da empresa é introduzir primeiro o Ride Pilot na Califórnia, antes de se lançar gradualmente noutros mercados e regiões em todo o mundo.

A par desta novidade, a Volvo Cars anunciou também que será a primeira empresa automóvel a lançar a integração direta com o ecossistema Google Home bem como outros dispositivos Google Assistant. Esta integração direta permite a conexão entre o Google Assistant e os automóveis, possibilitando aos clientes controlarem as funções do seu automóvel por meio de comandos de voz, frequentemente usados em dispositivos domésticos e móveis habilitados para o Google Assistant.

Como resultado desta colaboração, a Volvo Cars disponibilizará, em breve, novas funcionalidades nos seus automóveis com este sistema de infotainment, como acesso à plataforma YouTube.

Ao viajar num automóvel elétrico, as viagens mais longas podem necessitar de uma paragem de carga – e com a reprodução de vídeo disponível no mesmo, os condutores de automóveis Volvo vão poder desfrutar, na sua pausa para carregamento, de livestreams, notícias, espetáculos ou do último vídeo do seu criador favorito. De forma a não comprometer a segurança, a reprodução de vídeos só é permitida quando o automóvel estiver completamente parado.

Finalmente, a marca sueca anunciou ainda que está a usar as plataformas Snapdragon Cockpit da Qualcomm Technologies para levar o sistema de informação e entretenimento Google Android Automotive nos próximos automóveis totalmente elétricos das marcas Volvo e Polestar “para o próximo nível”.

Ao potenciar a competência interna de pesquisa e desenvolvimento da Volvo Cars e da empresa de tecnologia Qualcomm, ambas as empresas irão melhorar a capacidade geral do sistema de infoentretenimento de próxima geração de automóveis Volvo Cars, alimentado pelo Google Android, tornando-o mais rápido e ágil.

O Snapdragon Cockpit Platforms da Qualcomm foi concebido para ser um hub central para computação de alto desempenho. É capaz de cumprir os requisitos altamente exigentes de gráficos, áudio e inteligência artificial no próximo SUV Polestar 3 e no próximo SUV Volvo Cars totalmente elétrico, tudo isto com um consumo de energia muito baixo.

Usando as mais recentes Plataformas Snapdragon, o sistema de infoentretenimento da próxima geração da Volvo Cars terá mais do dobro da velocidade, enquanto a sua geração gráfica será até dez vezes mais rápida.

Autocarro elétrico da Arrival em fase de testes

A Arrival, startup britânica na área da mobilidade elétrica que pretende iniciar um método exclusivo de design e produção de veículos elétricos, com base em microfábricas locais, anunciou o início dos testes do seu primeiro autocarro, no Reino Unido.

Este autocarro da Arrival cria, de acordo com a marca, uma nova e aprimorada experiência de transporte público para todos os utilizadores – desde motoristas e passageiros até engenheiros, empregados de limpeza e proprietários de frotas – ao mesmo tempo que reduz custos para os operadores, tornando a transição para os veículos elétricos mais viável do ponto de vista económico.

O veículo tira proveito do ecossistema de software da Arrival, disponibilizando conectividade total, personalização digital e acesso ao comportamento e aos dados do veículo. O veículo pode ser adaptado para atender às necessidades das cidades locais com seu design modular, que permite a configuração de comprimento, alcance, bateria e número de passageiros.

O autocarro elétrico possui até três portas, tem capacidade flexível para sentar passageiros em todo o piso plano, permitindo maior acessibilidade, além de criar mais espaço em pé e a possibilidade de os passageiros viajarem com mais conforto. O veículo também tem monitores externos e internos envolventes, iluminação adaptável, tejadilho transparente e um conjunto de recursos digitais. O autocarro usa componentes internos que também são encontrados na carrinha e no automóvel da Arrival, e materiais compostos leves e recicláveis que, juntamente com a suspensão e os pneus, fazem deste o autocarro elétrico mais leve do que outros no mercado atualmente.

Após os testes de campo, a Arrival iniciará os testes de estradas com a First Bus, um das maiores operadores de transporte público do Reino Unido, no primeiro trimestre de 2022. Os autocarros da Arrival irão operar nas rotas do operador britânico. A produção em série do autocarro deverá iniciar-se no segundo trimestre de 2022.

Entregas de correio na Alemanha tornam-se mais verdes

A Deutsche Post, empresa alemã de serviços postais, vai compensar as emissões associadas ao transporte de correio com investimentos em projetos de proteção climática. 

Nos últimos dez anos, a DHL transportou todos as encomendas para clientes particulares com o seu serviço ‘amigo’ do planeta GoGreen. Para o serviço de correiro regular, a opção GoGreen estava até agora sujeita a cobrança e disponível apenas para clientes empresariais com um volume de remessas de, pelo menos, 50.000 itens por ano. A nova política do Deutsche Post torna, agora, o correio por carta mais amigo do ambiente também para clientes particulares.

Para as cerca de 6,5 mil milhões de cartas tratadas pelas operações de correspondência do Deutsche Post em 2020, isso traduzir-se-ia numa compensação de mais de 300.000 toneladas de emissões de CO2. Para o correio publicitário nacional e produtos de imprensa, os clientes ainda têm a opção de escolher a GoGreen como um serviço adicional.

Ole Nordhoff, Diretor de Marketing da Deutsche Post defende que “[a] proteção climática é uma questão central para o Deutsche Post. Atualmente temos a maior frota de carrinhas de entrega elétricas, assim como bicicletas e cargo-bikes também movidas a eletricidade, fornecendo o serviço de entrega de correio e encomendas mais ecológico do setor”

Ole Nordhoff acrescenta ainda que os clientes responderam sempre de forma positiva ao envio ecológico das encomendas. “Agora estamos a introduzir essa forma de envio mais ambientalmente sustentável também nas nossas operações de correio, tornando todo o nosso transporte de correio mais ecológico. Isto também ajuda os nossos clientes comerciais a tornarem as suas correspondências com os clientes finais mais ecológicas”, conclui. 

Desde 2007, a Deutsche Post e a DHL oferecem o seu serviço GoGreen como uma forma de compensar – por meio de projetos de proteção climática certificados – as emissões de CO2 geradas pelas suas operações de transporte. Nos últimos dez anos, cada encomenda de cliente particular, enviado na Alemanha, foi automaticamente GoGreen. Esta medida mais recente – para compensar as emissões de CO2 para o transporte de todos os itens de correio postal automaticamente – faz parte do ambicioso programa de sustentabilidade do Deutsche Post DHL Group que visa alcançar a neutralidade carbónica nas suas operações logísticas até 2050.

O Deutsche Post DHL Group já entrega correspondências e encomendas sem carbono em mais de 50% dos seus distritos de entrega, tornando-a, de longe, a fornecedora de logística mais ecológica da Alemanha. Além disso, a divisão do Grupo Post & Parcel Germany continua a expandir a sua frota de veículos elétricos, a investir na construção de instalações de operações neutras em carbono e a atualizar os edifícios existentes.

A divisão também planeia aumentar continuamente a parcela de encomendas enviadas por meios de transporte mais ecológicos (ferrovias e camiões movidos a biogás).