fbpx

Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Notícias

Nio revela o ET5 para concorrer com o Tesla Model 3

A Nio, fabricante chinês de carros elétricos, revelou o seu segundo sedan, o ET5, que pretende que seja um concorrente direto do Tesla Model 3. O novo modelo totalmente elétrico da Nio foi revelado, no passado sábado, pelo fundador e CEO William Li, no evento anual Nio Day em Suzhou.

Com um preço inicial, na China, que ronda os 45.000€, antes dos subsídios do governo, e 35.000€ com uma bateria alugada, a versão base tem cerca de 550 quilómetros de autonomia. O preço pós-subsídio para um Tesla Model 3 básico na China é de 255.652 yuans (cerca de 36.000€).

O ET5 estará disponível apenas em setembro. Este seu lançamento segue o do primeiro e mais caro sedan elétrico da Nio, o ET7, que William Li vê como um rival do Model S da Tesla – e cujas entregas estão programadas para começar em março.

No evento que decorreu no passado sábado, a empresa chinesa deu a conhecer ainda os seus planos de internacionalização. Após a entrada na Noruega no início deste ano, a Nio pretende entrar na Alemanha, Holanda, Dinamarca e Suécia em 2022 e noutros 25 países até 2025. Os EUA também fazem parte dos seus planos. 

A Nio entregou 10.878 carros em novembro, e um total de 80.940 unidades – todos SUVs – nos primeiros onze meses deste ano. Tal como os seus pares, tem-se debatido com as restrições da cadeia de produção, tendo provocado atrasos nas entregas.

De SUVs para carros mais compactos, a Nio está a adaptar-se para poder aumentar a sua competitividade, num mercado que deve aumentar 5 milhões de unidades no próximo ano, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.

Polestar prepara-se para competir com a Porsche

A Polestar não está para brincadeiras e planeia passar de um total de zero vendas em 2018 para 290.000 vendas anuais em 2025, com um ponto de equilíbrio em 2023.

De acordo com Gregor Hembrough, CEO da Polestar, o objetivo da marca passa por crescer exponencialmente com a introdução do Polestar 3, Polestar 4 e Polestar 5. O fabricante sueco de veículos elétricos de alto rendimento pretende que o Polestar 3 rivalize com o Porsche Cayenne, o Polestar 4 tem na mira o Porsche Macan e o Polestar 5 vai colocar um alvo no Porsche Panamera e Taycan.

Hembrough explica que “a Polestar quer ser um concorrente da Porsche em design, desempenho e inovação”.

Para isso, a Polestar está a desenvolver internamente os seus próprios motores elétricos, na Suécia. Denominado P10, o novo motor elétrico será cerca de 1,5 vezes mais potente do que os do Porsche Taycan, com um objetivo de potência de 475 kW (pouco mais de 600 cv). Serão compactos (36 por 50 por 64 cm), estarão ligados a uma caixa de 2 velocidades e terão a capacidade de desligar para benefícios de desempenho.

O CEO da Polestar fez questão de mencionar que os novos motores não serão partilhados com a Volvo ou com a Lotus, ambas empresas do mesmo grupo.

A equipa da Polestar no Reino Unido está, atualmente, a desenvolver internamente uma nova bateria com a Volvo e a Lotus (os dois últimos terão acesso ao pacote) com uma nova arquitetura elétrica de 800 V. O novo design também incorporará compatibilidade simplificada com carregamento rápido de 400 V.

Hembrough foi discreto quanto ao tipo de célula da bateria, informações do fornecedor e carga máxima, mas observou que, a 103 kWh, carregaria 80% em 20 minutos ou menos. A capacidade bidirecional e os cenários de carregamento V2X também estão incluídos no conjunto de componentes, a uma intensidade de até 20 kW.

Todos esses componentes ficarão dentro de uma nova arquitetura de alumínio que a Polestar está a desenvolver como uma plataforma ‘em branco’ para o Polestar 5. A Volvo e a Lotus não terão acesso à nova plataforma, de acordo com Hembrough, embora o executivo tenha notado que a Lotus provavelmente terá um papel, por exemplo, na afinação da suspensão.

O Polestar 3, que entrará em produção no próximo ano, e com entregas já no primeiro trimestre de 2023, assentará na plataforma SPA2 da Volvo, a mesma que sustenta o sucessor do Volvo XC90, embora ainda não se saiba se algum dos novos componentes chegará ao Polestar 3.

A Polestar começará a receber encomendas em meados de 2022 para o Polestar 3, para o Polestar 4 em 2023 e o Polestar 5 em 2024.

Associação Limpeza Urbana lança campanha para ‘Desembrulhar o Natal’

A Associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis lançou uma nova campanha, com o mote ‘Abra caminho à #BrigadaMaisPresente. #DesembrulheoNatal.’, para sensibilizar os portugueses para a necessidade de alterar uma imagem comum em Portugal nos dias que sucedem a quadra natalícia, com caixotes de lixo a transbordar em virtude do desperdício e falta de cuidado.

Muitos serviços de recolha e limpeza têm, nesta época do ano, os horários reajustados, alterados e nalguns casos, mesmo, limitados, para que os trabalhadores da recolha e limpeza possam passar uma parte do Natal com as suas famílias. Para Luís Almeida Capão, presidente da ALU, “o excesso de desperdício e a colocação dos resíduos nos caixotes errados e até no chão colocam aos municípios um desafio de gestão de recursos nestes dias”.

Nesta campanha, a ALU pede “mais atenção às pessoas quando colocarem os resíduos nos contentores. Sabemos que há mais embalagens, mais cartões, mais garrafas. Mas tudo isso pode ser devidamente separado, dobrado, espalmado e colocado no ecoponto respetivo. E se o ecoponto estiver cheio, podemos esperar por um dia de recolha normal para deitar fora as caixas e os embrulhos. Daí a ideia de desembrulhar o Natal, queremos retirar os embrulhos das ruas”, continua Luís Almeida Capão.

Respeitar os trabalhadores da limpeza urbana é também outra vertente desta campanha. “Durante a pandemia, houve alguma atenção relativamente aos trabalhadores da recolha de resíduos e da limpeza urbana, que nunca pararam, mas rapidamente esse cuidado se desvaneceu. Temos de valorizar estes trabalhadores que têm um trabalho difícil e pouco reconhecido no dia-a-dia e que trabalham quase todos os dias. São, de facto, a Brigada Mais Presente. Em Portugal, existem cerca de 12 mil trabalhadores de limpeza urbana e mais de 15 mil trabalhadores de recolha de resíduos,que todos os dias e noites ‘patrulham’ as ruas: esvaziam os caixotes do lixo, limpam e lavam o chão, cortam as ervas, limpam os grafitis, desentopem as sarjetas, arranjam os jardins, entre outras tarefas que muitas vezes nem damos conta, mas sem as quais não passamos. São atividades que requerem uma grande presença nas ruas e na vida das pessoas”, observa o representante da ALU.

Colocar o lixo no sítio certo é uma forma de reconhecer estes trabalhadores. Para a ALU, num município onde todos participam na limpeza urbana, não comprando em excesso e não depositando os resíduos no chão, o custo com estes serviços diminui e esse valor de poupança poderá ser alocado a outros serviços essenciais ao cidadão. “Hoje, a limpeza das ruas custa uma média de 30 euros por habitante/ano. É outra questão que muitas vezes não nos lembramos: deitar uma pastilha, uma beata ou um papel para o chão tem muito mais custos para todos, do que ter o trabalho de colocar a pastilha, a beata ou o papel no caixote de lixo mais perto”, conclui Luís Almeida Capão.

Repsol incorpora mais de 95.000 m3 de biocombustíveis em 2021

A Repsol vai terminar o ano de 2021 com 95.000 m3 de biocombustíveis incorporados nos combustíveis líquidos rodoviários em Portugal. Esta incorporação permitiu reduzir, de acordo com a marca, 260 quilotoneladas de CO2 no setor dos transportes.

Segundo a Repsol, as suas instalações na Banática, em Almada, tem tido um papel crescente na introdução de biocombustíveis no mercado nacional. Para além do FAME (Fatty Acid Methyl Ester) iniciou, este ano, a introdução de HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) e consequente introdução no mercado.

A empresa afirma a necessidade de diversificar as fontes de energia, de maneira que os motores a combustão interna possam acompanhar a transição energética. A incorporação de biocombustíveis e combustíveis sintéticos, que podem ser utilizados em motores já existentes, como os veículos de transporte de passageiros, os veículos pesados de mercadorias, os aviões ou as embarcações, permitirá reduzir as emissões gradualmente, aproveitando as infraestruturas existentes. 

Para Armando Oliveira, administrador-delegado da Repsol Portuguesa, “na transição energética, não devemos dirimir nenhuma fonte de energia, mas antes partilhar uma visão mais inclusiva e capaz de acelerar a descarbonização, tornando-a, ao mesmo tempo, menos onerosa para a sociedade. Para tal, é importante a neutralidade tecnológica gizar ações que facilitem a investigação e inovação, e aproveitar as infraestruturas existentes”.

A Repsol foi a primeira empresa do setor a anunciar o objetivo de neutralidade carbónica até 2050. No seu Plano Estratégico 2021-2025, apresentado em novembro de 2020, a empresa aposta numa estratégia de multienergia e de redução gradual das emissões. “Existe todo um caminho que deverá ser percorrido para atingirmos as zero emissões líquidas até 2050. A dicotomia entre combustíveis do passado e combustíveis do futuro – muitas vezes utilizada nos discursos sobre transição energética – é contraproducente, na medida em que aponta a meta, mas não o caminho”, sintetiza Armando Oliveira.​ 

O Plano combina eletrificação com produtos de baixo teor carbónico como forma de atingir uma “descarbonização eficaz, sustentável e acessível para a economia, tendo por base as vantagens competitivas da empresa”. Durante este período, a Repsol irá investir um total de 18.300 milhões de euros, com os projetos de baixo carbono a representar 35% deste montante.

Em Portugal, a Repsol tem vindo a recrudescer as suas fontes de energia. Atualmente, para além dos combustíveis líquidos com incorporação de biocombustíveis, dispõe de uma das maiores redes de GPL e de AdBlue a granel e, até ao final de 2022, instalará 100 postos de carregamento para viaturas elétricas.

Europcar e miio juntam-se para tornar a mobilidade elétrica mais acessível

A miio juntou-se à Europcar Mobility Group para tornar a mobilidade elétrica mais acessível para os clientes Europcar utilizadores de veículos elétricos. No âmbito desta parceria, a Europcar irá oferecer, durante um ano, condições de aluguer especiais a todos os utilizadores da miio, nomeadamente um desconto de 15% sobre a tarifa pública válida no momento do aluguer de carros, carrinhas comerciais, bicicletas e motas.

A empresa de aluguer de automóveis, que está a reforçar a sua frota de veículos elétricos e híbridos, pretende assim tornar mais fácil e intuitiva a utilização de veículos elétricos pelos seus clientes, que através da miio podem aceder a um conjunto de informações e ações úteis, desde o acesso a informação sobre os postos de carregamento mais próximos e o número de tomadas disponíveis, ao pagamento 100% digital sem recurso a cartões de pagamento físicos.

“A mobilidade elétrica está intrinsecamente ligada à sustentabilidade, um tema atual e pertinente e para o qual todos devemos estar atentos. Associarmo-nos à Europcar, para possibilitar que os seus clientes utilizadores de elétricos possam usufruir de uma experiência simples e sem entraves, é mais um passo que damos no sentido de tornar a mobilidade elétrica cada vez mais acessível a um maior número de pessoas”, afirmou Daniela Simões, CEO e co-fundadora da miio. 

A miio tem vindo a inovar na área da mobilidade elétrica, em Portugal, com a introdução de um conjunto de funcionalidades para os utilizadores de carros elétricos. A empresa anunciou, no início deste ano, o carregamento digital de veículos elétricos em toda a rede Mobi.E sem necessidade de recorrer a um cartão de carregamento físico. A empresa aveirense foi também a primeira a introduzir os carregamento ad-hoc, sem recurso a contrato, e que se assemelha ao abastecimento de um veículo a combustão.

Ainda este ano, a empresa lançou também uma funcionalidade de classificação da rede nacional de postos de carregamento, através de um algoritmo desenvolvido pela empresa, que origina uma avaliação imparcial e fundamentada dos postos de carregamento para os utilizadores de veículos elétricos.

Redução do impacto das alterações climáticas gera mudanças no setor da energia e ‘utilities’

As organizações do setor da energia e utilities que implementaram os novos modelos das energias renováveis revelaram que já estão a obter vários benefícios, de acordo com um novo estudo do Capgemini Research Institute intitulado ‘Remodeling the Future: How Energy Transition is Driving New Models in Energy and Utilities.

Os novos modelos das energias renováveis – novos produtos e serviços e novas formas de operar os negócios existentes, onde se incluem serviços energéticos, plataformas energéticas, soluções de armazenamento de energia, combustíveis alternativos, serviços de mobilidade, serviços de gestão de redes e energia limpa – estão a transformar completamente o setor, uma vez que a mitigação do impacto das alterações climáticas se transformou na sua razão de ser, com as emissões dos gases com efeito de estufa (GEE) relacionadas com a energia a contribuírem para mais de 73% de todas as emissões a nível mundial.

As alterações climáticas e a procura de energias mais limpas por parte dos investidores são os principais motores da mudança. Quase 70% das organizações do setor da energia e utilities (68%) que foram inquiridas referem que a redução do impacto das alterações climáticas os leva a optarem por novas formas de fazer negócio. Para 63% a procura por parte dos investidores é também um acelerador da mudança. Já 44% dos gestores inquiridos referiram que a rentabilidade é o motivo principal pelo qual estão a optar por novos modelos de negócio, já que os potenciais benefícios que podem advir da mudança são claros.

De acordo com o estudo, as organizações que estão a implementar modelos de energia limpa alcançaram uma redução de 4,6% nas emissões de Scope-3 (emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor das empresas) e espera-se uma nova redução de 13% nos próximos três anos. Algumas empresas também afirmaram que registaram um aumento de 6% nas suas receitas com esta mudança.

Os novos modelos das energias renováveis estão também a criar mais oportunidades de upselling para as organizações e a atrair novos clientes. As empresas multinacionais já obtiveram um aumento de 4% nas oportunidades de upselling devido aos novos modelos de energia, e nos próximos três anos este valor deverá aumentar para os 9,2%.

O sector continua numa fase de transição e, embora a necessidade crítica de transformação seja evidente, existem muito poucas organizações atualmente a implementarem os novos modelos energéticos. Por exemplo, enquanto 64% das empresas afirmaram que planeiam implementar soluções de armazenamento de energia no futuro, apenas 19% já o estão a fazer.

Segundo o estudo, a maioria das empresas ainda têm de criar uma estratégia de negócio para as novas energias. Na verdade, apenas 18% dos inquiridos afirmaram possuir uma estratégia global com objetivos e prazos bem definidos.

Além disso, os recursos necessários para o desenvolvimento dos modelos das novas energias, tais como as fontes de energia alternativas e as plataformas, diferem muito dos que as empresas do setor da energia e utilities possuem atualmente. O estudo mostra que atualmente, a maioria das organizações (70%) diz não ter os recursos necessários para desenvolver os novos modelos. As empresas enfrentam atrasos na área das tecnologias a nível interno e na aposta em novas tecnologias (68%), nas competências relacionadas com o serviço (62%) e nos conhecimentos especializados em dados (56%).

De acordo com a Capgemini, os níveis de implementação vão exigir que as aspirações se transformem em realidade muito rapidamente, nos próximos anos. Peter King, Global Energy and Utilities Lead da Capgemini Invent, afirma: “A transição energética é o principal catalisador desta década. As empresas devem começar por elaborar estratégias abrangentes para garantirem o sucesso dos seus programas de transição energética. É também necessário acelerar o ritmo e aumentar a inovação. Apenas um terço das empresas inquiridas revelaram possuir áreas de inovação ativas e com escala a trabalharem no desenvolvimento e na testagem dos novos modelos com vista a procederem à industrialização dos resultados alcançados. É tempo de os vários players adotarem uma filosofia fail-fast e de forjarem novas parcerias, dentro e fora dos ecossistemas existentes”.

Para além da estratégia e da inovação, o estudo aponta também para a necessidade urgente de investir no desenvolvimento da tecnologia e das competências de dados, de modo a proceder à transformação das operações empresariais. À medida que o sector da energia e das utilities continua a sofrer uma mudança massiva na sua cadeia de valor, as empresas que já colhem os benefícios de estarem mais avançadas neste processo, demonstram também uma alteração de mentalidade a nível interno. A implementação bem-sucedida dos novos modelos de energias renováveis e mais limpas em larga escala exigem agora um forte apoio dos seus líderes ao mais alto nível.  

Para elaborar este estudo, o Capgemini Research Institute inquiriu 530 gestores de topo de empresas do setor da energia e utilities que reportaram receitas superiores a 200 milhões de dólares (USD) no último exercício, em agosto e setembro de 2021. A Capgemini também realizou entrevistas aprofundadas com gestores de topo deste setor para explorar os novos modelos de energia, os desafios de implementação e as perspetivas futuras para o setor da energia. O estudo está disponível para download aqui.

Opel inicia produção do Vivaro e-Hydrogen

Arrancou a produção do Opel Vivaro-e Hydrogen e a primeira unidade a sair da linha de produção começará a operar sem emissões na frota da do fabricante alemão de eletrodomésticos Miele. Equipado com uma pilha de combustível a hidrogénio, o veículo realizará serviços diários na região do Reno-Meno, em redor de Frankfurt.

O CEO da Opel, Uwe Hochgeschurtz, e o diretor de Desenvolvimento da marca, Marcus Lott, estiveram presentes no início da produção em Rüsselsheim. “Com o novo Opel Vivaro-e Hydrogen estamos a inaugurar um novo capítulo na nossa estratégia de mobilidade sustentável. Este conceito alia as vantagens da motorização com pilha de combustível a hidrogénio com a versatilidade e capacidades do nosso veículo comercial ligeiro mais vendido”, afirmou Hochgeschurtz.

Marcus Lott acrescentou: “O novo Vivaro-e Hydrogen satisfaz perfeitamente os requisitos dos operadores de frotas. O furgão a hidrogénio é a solução ideal para conduzir longas distâncias com emissões zero, bem como para transportar cargas maiores sem perdas de tempo a reabastecer. O Opel Vivaro-e Hydrogen lidera o futuro da mobilidade com zero emissões, especialmente para uso comercial”.

O Opel Vivaro-e Hydrogen baseia-se na existente versão eléctrica do Opel Vivaro-e, eleito “International Van of the Year” de 2021. Com os depósitos abastecidos, tem uma autonomia superior a 400 quilómetros (ciclo WLTP). A pilha de combustível de 45 kW é capaz de gerar energia suficiente para uma condução contínua em autoestrada. O Opel Vivaro-e Hydrogen demora apenas três minutos a reabastecer com hidrogénio, aproximadamente o mesmo tempo necessário para abastecer um veículo convencional, a gasóleo ou a gasolina. 

Segundo a Opel, a bateria de ião lítio de 10,5 kWh fornece uma potência de pico dinâmica quando necessário – por exemplo, no arranque e sob aceleração. Uma vez que a bateria satisfaz as necessidades de energia em tais situações, a pilha de combustível pode operar em condições ótimas de funcionamento. A bateria também funciona em conjunto com a travagem regenerativa, enquanto a configuração plug-in permite recarregar a bateria externamente, se necessário, por exemplo, numa estação de carregamento, fornecendo 50 km de autonomia elétrica da bateria. O Vivaro-e Hydrogen está equipado de série com um carregador de bordo trifásico (11 kW) e com um cabo de carregamento de modo 2.

O Vivaro-e Hydrogen não perde, em termos de volumetria, comparativamente às versões equipadas com motor de combustão, oferecendo até 5,3 ou 6,1 metros cúbicos de volume de carga. Esta nova versão comercial elétrica com pilha de combustível está disponível nos comprimentos M e L (4,95 e 5,30 metros), com 1.000 kg de carga útil máxima.

Tal como o seu ‘irmão’ elétrico a bateria, bem como aqueles equipados com motores de combustão interna, o Vivaro-e Hydrogen oferece, segundo a marca alemã, uma “gama invulgarmente vasta” de sistemas de assistência ao condutor. O equipamento inclui uma câmara panorâmica traseira com visão de 180 graus, alerta de ângulo cego e estacionamento pilotado, dianteiro e traseiro.

O sistema de informação e entretenimento Multimedia Navi Pro funciona através de reconhecimento de voz ou do ecrã tátil a cores, sendo compatível tanto com Apple CarPlay como com Android Auto. O sistema de navegação oferece mapas europeus, orientação dinâmica de rotas e TMC. Os utilizadores também podem refrigerar ou aquecer o veículo durante o carregamento através dos serviços OpelConnect e programar carregamentos com a aplicação myOpel.

A produção do novo Vivaro-e Hydrogen tem lugar na Opel Special Vehicles (OSV) em Rüsselsheim. Com este veículo, a marca dá continuidade à sua estratégia de eletrificação e alarga a oferta com mais uma alternativa de mobilidade sem emissões na sua gama de comerciais ligeiros. O Vivaro-e Hydrogen complementa os furgões elétricos a bateria Combo-e, Vivaro-e e Movano-e.

Iveco e outras 27 empresas discutem expansão do biometano com a Comissão Europeia

A Iveco foi uma das 28 empresas e associações europeias a apresentar a ‘Declaração de Biometano’ ao Comissário Europeu da Energia, Kadri Simson. A Declaração defende o reconhecimento do papel do biometano nas vias de descarbonização como o gás mais eficaz, acessível, escalável e sustentável atualmente disponível. Salienta a ambição coletiva dos seus signatários de aumentar a aplicação do biometano em toda a Europa para pelo menos 350 TWh (33 mil milhões de m3) até 2030, o potencial estimado pela Comissão Europeia na análise aprofundada que apoia a comunicação ‘Planeta Limpo para Todos’ (2018).

O Comissário Europeu para a Energia aceitou a Declaração, salientando o papel do gás renovável na descabonização de setores como os transportes, a indústria e o aquecimento residencial, construindo um sistema energético mais resiliente e reduzindo a dependência energética.

Os signatários da Declaração expressaram o seu desejo de mobilizar a cadeia de valor do biometano para promover os seus benefícios e oportunidades e cooperar com os decisores políticos nacionais e da UE, bem como com outras partes interessadas para assegurar o apoio necessário para uma expansão e utilização deste gás renovável à escala europeia.

Giandomenico Fioretti, Diretor de Desenvolvimento de Negócios de Propulsão Alternativa, comentou: “A reunião com o Comissário Europeu Kadri Simson foi muito positiva e mostrou que o caminho da Iveco para se tornar neutra em carbono até 2040 está perfeitamente de acordo com os objetivos e planos de ação da União Europeia. Partilhamos a opinião de que a descarbonização requer um mix energético onde o biometano e o hidrogénio desempenham um papel central, e que todos os atores da cadeia de valor do biometano precisam de unir forças para apoiar o desenvolvimento da tecnologia e das infraestruturas necessárias, bem como para criar as condições para uma adoção generalizada. Tendo em conta o comprovado excecional poder descarbonizador do biometano, é absolutamente fundamental que o papel do biometano na concretização dos objetivos de CO2 no setor dos transportes pesados seja oficialmente reconhecido”.

A IVECO anunciou o seu compromisso de se tornar neutra em carbono até 2040, dez anos antes dos objetivos da UE sobre neutralidade climática, através da adoção progressiva de uma propulsão alternativa.

De acordo com o comunicado, o caminho da empresa para a descarbonização do transporte pesado contempla um mix energético baseado na missão do cliente e na gama de produtos, assente nas tecnologias do biometano, veículo elétrico a bateria (BEV) e veículo elétrico a pilha de combustível (FCEV). Isto é consistente com o novo programa energético da Comissão Europeia, que visa facilitar a distribuição de gases renováveis através das redes de distribuição, estabelecer regras de mercado para o hidrogénio e assegurar uma transição justa e rentável.

Em particular, espera-se que o programa energético assuma medidas para permitir, expandir e maximizar a disponibilidade de biometano, bem como assegurar a acessibilidade através da harmonização dos regulamentos em todos os mercados da UE, o que a Iveco vê como um fator-chave para expandir o biometano e alcançar os objetivos de descarbonização.

Ainda segundo a Iveco, a posição do Comissário da Energia Kadri Simson está alinhada com a opinião da empresa de que todos os intervenientes na cadeia de valor precisam de unir forças no apoio ao desenvolvimento da tecnologia, a fim de concretizar e alcançar o potencial do biometano destacado na Declaração.

Mercedes já tem aprovação para condução autónoma na Europa

A Mercedes-Benz é o primeiro fabricante automóvel a corresponder aos requisitos legais exigentes para um sistema de condução autónoma de nível 3. A Autoridade Federal Alemã de Transporte Automóvel (KBA) aprovou o sistema com base no regulamento de aprovação técnica UN-R157, abrindo assim caminho para a oferta internacional do sistema, desde que as diferentes legislações nacionais assim o permitam.

Na Alemanha, já é possível que o veículo assuma a condução sem qualquer intervenção humana – mas apenas até uma velocidade de 60 km/h – em ambiente de trânsito intenso e até em alguns troços de autoestradas. A utilização do sistema em velocidades até 130 km/h ou a mudança de faixa durante uma ultrapassagem ainda não está decidida.  O veículo pode, no entanto, acelerar, travar e mudar de faixa, podendo ser requerida intervenção do condutor a qualquer momento. 

A condução autónoma assenta na tecnologia LIDAR e, enquanto isso, o condutor pode relaxar ou focar-se noutras tarefas. Para retomar o controlo da condução, basta tocar no volante ou pisar um dos pedais. 

Além dos dados do sensor, o Drive Pilot recebe informações de um mapa digital HD sobre a estrada, percurso, sinais de trânsito e possíveis acidentes ou obras na estrada, disponibilizado e atualizado por meio de uma conexão de back-end. O Classe S com Drive Pilot opcional também possui sistemas redundantes de condução e travagem e um sistema elétrico de bordo redundante, de modo que permanece manobrável mesmo se um desses sistemas falhar e é garantida uma cedência de controlo segura ao condutor. 

Caso o condutor não consiga retomar o controlo do veículo, mesmo após uma solicitação insistente (por exemplo, devido a um grave problema de saúde), o sistema inicia a imobilização do veículo, de forma controlada e adequada. Ao mesmo tempo, ativa as luzes de emergência e o sistema de chamada de emergência da Mercedes-Benz. As portas e as janelas são destrancadas, para facilitar o acesso ao interior de qualquer socorrista.

Os sistemas de condução autónoma de nível 3 são permitidos na Alemanha desde 2017, existindo, de acordo com a Mercedes-Benz, mais de 13.000 km de autoestrada adequados para isto. 

A aprovação da KBA significa que o Mercedes-Benz Classe S com Drive Pilot poderá vir a estar disponível na Alemanha já na primeira metade de 2022.

Hyundai revela (mini)plataforma de mobilidade

O Hyundai Motor Group acaba de revelar a Mobile Eccentric Droid (MobED), uma inovadora pequena plataforma de mobilidade à base de tecnologias robóticas de última geração.

A MobED é composta por quatro rodas posicionadas de forma única que se movem de forma otimizada e independente com uma carroçaria baixa e plana e foi concebida para aplicações que requerem estabilidade e alta manobrabilidade que possa ser utilizada em ambientes complexos, graças a uma distância entre eixos ajustável e ângulos de direção flexíveis.

Dong Jin Hyun, diretor do Hyundai Motor Group Robotics Lab. conta: “Desenvolvemos a plataforma MobED para ultrapassar as limitações dos robôs guias e de serviço existentes, maximizando simultaneamente a sua utilidade nas cidades melhorando drasticamente a mobilidade geral da plataforma”.

A MobED tem 67 cm de comprimento, 60 cm de largura, 33 cm de altura e pesa 50 kg. A sua distância entre eixos pode ser expandida até 65 cm, permitindo otimizar a estabilidade em condução a alta velocidade, ou até ser encurtada para 45 cm, para manobras a baixa velocidade em ambientes mais desafiantes. A sua velocidade máxima é de 30 km/h, permitindo cerca de quatro horas de utilização com uma única carga, com uma capacidade de bateria de 2 kWh.

Concebida para obter uma versatilidade e modularidade total, a MobED pode ter diversas aplicações. O Hyundai Motor Group acredita que a adaptabilidade das rodas da plataforma, o tamanho compacto da carroçaria e as caraterísticas de baixa vibração a tornem uma solução tecnológica ideal para equipamentos de entrega, orientação e filmagem. Graças à sua manobrabilidade, a plataforma também pode ser utilizada em robôs de serviço que operem tanto no interior como no exterior ou ainda enquanto dispositivo de mobilidade para ajudar idosos ou pessoas com limitações, mediante a expansão do tamanho da plataforma para que as pessoas a possam usufruir. Também pode ser utilizada como um carrinho de bebé ou veículo de lazer.