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Notícias

Otovo inicia operações em Portugal com modelo de subscrição para painéis solares e baterias

A Otovo, plataforma digital de instalações solares e baterias residenciais, iniciou hoje as suas operações no mercado português. Liderada por Manuel Pina, anterior responsável da Uber em Portugal, a Otovo afirma ser a primeira empresa no mercado a oferecer a possibilidade de subscrever a energia solar como um serviço, ao lançar um modelo de subscrição mensal, sem necessidade de investimento inicial.

A Otovo foi fundada em 2016 por Andreas Thorsheim em Oslo, Noruega, cidade onde a empresa está sediada. Funciona como um marketplace digital que organiza os instaladores de energia locais qualificados, utilizando a sua própria tecnologia para analisar o potencial dos edifícios e encontrar o melhor preço e instalador para os clientes, com base num processo de licitação automática entre os instaladores disponíveis.

Atualmente, a Otovo opera em dez mercados europeus: Noruega, Suécia, França, Espanha, Polónia, Áustria, Reino Unido, Portugal, Itália e Alemanha.

Além de poderem adquirir o equipamento solar na sua totalidade, os consumidores podem optar pelo modelo de subscrição mensal, através do qual têm a possibilidade de aceder à energia solar nas suas casas, sem a necessidade de um investimento inicial, mas com a opção de adquirir o sistema em qualquer altura numa data posterior.

Na plataforma Otovo, os clientes podem introduzir a sua morada e confirmar o telhado para ter acesso a uma primeira oferta e à estimativa de poupança respetiva. A tecnologia da Otovo analisa o potencial do telhado sem a necessidade de uma visita ao edifício, e encontra o melhor preço e instalador para o cliente com base num processo de licitação automática entre os instaladores disponíveis.

No modelo de compra única, a Otovo oferece uma garantia de 5 anos para instalações – acima dos 3 anos exigidos por lei. Para o modelo de subscrição, a Otovo oferece uma garantia total de equipamento e instalação durante toda a duração do contrato, bem como apoio contínuo.

A Otovo afirma ainda que, para as empresas instaladoras, a plataforma permite uma poupança importante de tempo e dinheiro relacionado com a angariação de novos clientes, dimensionamento e orçamento de projetos, assim como em outros custos de marketing. A Otovo envia os projetos prontos a instalar aos instaladores e trabalha com eles de forma contínua para melhorar a sua capacidade de instalação.

“Acreditamos que um acesso fácil e economicamente viável ao autoconsumo é a chave para ajudar as famílias a reduzir os seus custos com energia assim como a  sua dependência da rede e da volatilidade do mercado. A Otovo quer ser a primeira opção para as famílias escolherem energia solar. Estamos a introduzir, pela primeira vez em Portugal, o modelo de subscrição mensal que permite às famílias terem poupanças imediatas na sua fatura energética sem investimento inicial”, afirmou Manuel Pina, o diretor-geral da Otovo em Portugal. “Através da nossa tecnologia, em poucos passos, os clientes podem estimar o sistema que melhor se adapta às suas próprias necessidades e rapidamente inscrever-se para uma assinatura ou aquisição. Para os instaladores queremos ser a forma mais eficiente de gerar mais vendas sem custos de aquisição ou deslocação. Com a Otovo, os instaladores podem concentrar-se naquilo que fazem melhor: a instalação”, acrescentou.

Kia prepara novos sistemas de alerta para perigos na estrada

A Kia está a desenvolver e a testar novos sistemas de aviso avançados que alertam os condutores para perigos na estrada com base em dados obtidos em tempo real. 

As novas funcionalidades estão a ser testadas ao longo de três anos, no âmbito do projeto de Serviços de Prioridade à Segurança (Safety Priority Services, SPS), programa criado pelo Governo dos Países Baixos. O objetivo é aumentar a segurança na estrada e preparar a entrada em vigor da nova legislação da UE sobre esta matéria, que deverá entrar em vigor em 2025.

Em colaboração com a Hyundai, a TomTom, a ANWB, a Inrix e a Be-Mobile, a Kia está especialmente focada no potencial deste sistema para avisar os condutores da aproximação de veículos de serviços de emergência. Uma vez que, muitas vezes, os condutores não têm a certeza relativamente à rota destes veículos de emergência a partir do momento em que ouvem a respetiva sirene, o novo sistema de aviso oferece a vantagem de indicar qual o tipo de veículo de emergência que se aproxima e a direção que está a tomar. A nova funcionalidade foi pensada para identificar inicialmente ambulâncias, seguindo-se outros tipos de viaturas.

Em desenvolvimento estão também outros avisos, capazes de alertar os condutores para perigos adicionais do quotidiano, sobretudo situações inesperadas que acarretem potenciais riscos. Exemplo é a aproximação de veículos a circular em sentido contrário, ruas fechadas ao trânsito e engarrafamentos presentes na rota, cuja existência não seria evidente.

De acordo com o comunicado da marca sul-coreana, representada em Portugal pela Astara, esta funcionalidade será adicionada ao conjunto de avisos atualmente disponibilizados pelos sistemas de infotainment dos modelos da Kia, que alertam para obstáculos na estrada, trabalhos na via, acidentes e previsão de condições climatéricas extremas. 

Embora os critérios exatos careçam de validação prévia por parte do Governo dos Países Baixos, a Kia afirma que pretende incluir estes avisos adicionais nos sistemas de infotainment já incorporados nos seus modelos, procurando evitar distrações dos condutores através do aperfeiçoamento dos avisos sonoros, visuais e táteis. Os avisos não exigirão qualquer ação do condutor para serem emitidos e não implicam tirar as mãos do volante durante a condução. 

Ao longo do programa de testes, a Kia fornecerá informação sobre a qualidade dos dados, tendo em vista o aperfeiçoamento do sistema. 

O vice-presidente para a área de Marketing e Produto da Kia Europe, Sjoerd Knipping,comentou: “Procuramos permanentemente melhorar a segurança dos nossos veículos, tanto para benefício dos nossos clientes, como dos demais utilizadores da via pública, através do desenvolvimento de funcionalidades de segurança ativa tecnologicamenteavançadas. Com o nosso envolvimento no projeto de Serviços de Prioridade de Segurança, estamos convictos que iremos disponibilizar uma nova gama de sistemas de aviso inovadores, que tornarão a condução na Europa ainda mais segura”.

Por sua vez, Mark Harbers, ministro das Infraestruturas e da Gestão da Água dos Países Baixos, afirmou: “Atualmente, 98% dos condutores utilizam informações digitais durante a condução. Além disso, diversos ensaios e projetos demonstram que o fornecimento de avisos durante a condução tem um efeito positivo para a segurança na estrada. Gostaria de acolher estes desenvolvimentos, em parte porque os condutores de automóveis e camiões, por exemplo, afirmam dar grande valor a estes avisos e confiar neles cada vez mais. É por essa razão que vamos agora iniciar a nossa colaboração com seis organizações, garantindo que estas fornecem as informações certas aos condutores em plena segurança”.

Rede Supercharger da Tesla em “situação ilegal” na Alemanha

As estações de carregamento Supercharger da Tesla que estão abertas a utilizadores de veículos elétricos de outras marcas encontram-se numa situação de ilegalidade, na Alemanha, devido à ausência de um contador de kWh nas unidades.

De acordo com o diário Handelsblatt, os carregadores da Tesla violam a os regulamentos de calibração alemães, que determinam que as unidades de carregamento devem incluir um medidor que mostre com precisão a quantidade de corrente utilizada, de forma a que os clientes possam ter informação exata sobre a energia que lhes é faturada. Esta determinação aplica-se tanto às estações públicas, como aos carregadores privados, em domicílios e empresas.

As estações Supercharger da Tesla não têm qualquer tipo de ecrã; os utilizadores podem monitorizar as sessões de carregamento através da aplicação móvel da marca, nos seus smartphones. Existem unidades de outras empresas de carregamento que também infringem a lei, mas a rede da Tesla é aquela que inclui maior número de estações ‘ilegais’.

No ano passado, a Tesla anunciou que pretendia abrir a sua rede de carregamento rápido Supercharger a utilizadores de veículos elétricos de outras marcas. Em novembro, iniciou o primeiro programa-piloto, em dez estações de carregamento nos Países Baixos, declarando que planeava expandi-lo lentamente, à medida que reunia informações sobre a experiência de utilização, quer por parte dos condutores de outros veículos, como dos seus próprios clientes, confrontados com maior volume de tráfego nas estações.

Em janeiro de 2022, a Tesla expandiu o programa a estações de carregamento na Noruega e em França e, um mês mais tarde, à totalidade das estações nos Países Baixos. Em maio, foi a vez de Espanha e Reino Unido, seguidos de Bélgica, Suécia e Áustria, e em junho, o programa-piloto chegou finalmente a estações na Alemanha, Suíça, Luxemburgo, Dinamarca e Finlândia.

Quando a Tesla abriu a rede Supercharger ao público na Europa, esta converteu-se automaticamente na maior rede pública de carregamento rápido de mais de 150 kW do continente. Os equipamentos e serviços da rede têm contudo de se conformar a uma diversidade de regulamentos nacionais distintos, o que não se verificou, na totalidade, no caso da Alemanha.

O diretor do Gabinete Estadua de Pesos e Medidas da Baviera, Thomas Weberpals, disse ao Handlesblatt que cabe à Tesla modernizar as estações e que esta está a trabalhar nesse sentido, pelo que as autoridades alemãs não planeiam, de momento, atuar: “A operação ilegal não é impedida nem sancionada. Foi e está a ser trabalhada em direção a uma situação legal”.

Polestar 6 vai ser um ‘roadster’ elétrico

A Polestar confirmou a intenção de iniciar a produção do seu protótipo do roadster elétrico, desvendado no início do ano. O automóvel de produção deverá ser lançado em 2026 e será conhecido como Polestar 6. A partir de hoje, os clientes interessados nos mercados em que a marca sueca está ativa poderão reservar online um slot de produção.

“Devido à impressionante resposta por parte dos consumidores e da imprensa, decidimos produzir este deslumbrante roadster e estou muito empolgado por torná-lo realidade”, refere Thomas Ingenlath, CEO da Polestar. “O Polestar 6 combina na perfeição um potente desempenho elétrico e as emoções do ar fresco com a capota aberta”.

Revelado em Los Angeles, em março passado, como Polestar O2, o roadster elétrico inspira-se nas ambições em termos de design, tecnologia e sustentabilidade estabelecidas pelo Polestar Precept e apresenta a visão da marca para os futuros automóveis desportivos, de acordo com o comunicado da marca sueca.

O descapotável de tejadilho rígido será construído na plataforma de alumínio da Polestar. Desenvolvido internamente, irá apresentar a arquitetura elétrica do Polestar 5, “de elevadas prestações” e 800 volts. Inclui uma potência de até 650 kW (884 cv) e 900 Nm, com um grupo motopropulsor constituído por dois motores. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 3,2 segundos e atinge uma velocidade máxima de 250 km/h. 

Para celebrar o lançamento, está prevista a produção de 500 unidades numeradas de uma versão especial: o Polestar 6 LA Concept Edition. Esta versão irá contar em exclusivo com o exterior azul ‘Sky’, um interior em pele de cor clara e as jantes de 21 polegadas presenten no protótipo Polestar O2 original.

A Polestar promete revelar mais detalhes técnicos e especificações à medida que o automóvel de produção se for tornando realidade, sendo que o lançamento está previsto para 2026.

Xiaomi mostra progressos na Condução Autónoma

A Xiaomi revelou oficialmente o estado de desenvolvimento do Xiaomi Pilot Technology, na primeira atualização desde que anunciou a sua entrada no segmento dos veículos elétricos inteligentes, em março de 2021.

Durante uma conferência de imprensa liderada pelo fundador e CEO da empresa, Lei Jun, a Xiaomi apresentou um vídeo de um teste rodoviário da sua tecnologia de condução autónoma, demonstrando os seus algoritmos avançados e a capacidade para lidar com uma lista abrangente de cenários.

“A tecnologia de condução autónoma da Xiaomi adota uma abordagem full stack autodesenvolvida e o projeto fez progressos para além das expectativas”, referiu Lei Jun.

A empresa planeia investir mais de 475 milhões de euros na primeira fase de I&D da sua tecnologia de condução autónoma e estabeleceu uma equipa com mais de 500 profissionais, alguns dos quais com experiência de trabalho nas maiores empresas no campo da Inteligência Artificial (IA). Segundo a Xiaomi, os conhecimentos destes profissionais abrangem todas as áreas necessárias para desenvolver a sua tecnologia de condução autónoma autodesenvolvida, incluindo sensores, chips, algoritmos, simulações, cadeia de ferramentas e plataforma de dados, entre outras.

Uma série de aquisições e investimentos estratégicos em empresas upstream e downstream permitiram também à Xiaomi desenvolver as suas capacidades industriais, a médio e longo prazo, no domínio da condução autónoma.

A Xiaomi adquiriu totalmente a startup de tecnologia de condução autónoma Shendong Technology, com o objetivo de melhorar os seus conhecimentos tecnológicos e a sua reserva de talentos. Além disso, a empresa vai investir mais de 285 milhões de euros, em mais de dez empresas upstream e downstream no domínio da condução autónoma, que cobrem uma variedade de categorias, tais como sensores, atuadores e controladores de domínio.

De acordo com o comunicado, a empresa adota uma abordagem full stack autodesenvolvida para a tecnologia de condução autónoma, cobrindo todas as áreas centrais, tais como desenvolvimento de hardware e software, perceção e posicionamento e concentra-se em soluções em escala real para permitir capacidades completas de dados em circuito fechado. Esta abordagem permite que os algoritmos de condução autónoma sejam rapidamente repetidos com base nas necessidades do utilizador.

Com ênfase no estacionamento, a equipa de condução autónoma da Xiaomi anunciou uma solução inovadora de estacionamento automático que abrange cenários como ‘lugares de estacionamento reservados’, ‘estacionamento com arrumador autónomo’ e ‘carregamento automático com braço robotizado’. No futuro, serão disponibilizados outros serviços de estacionamento, e, com o objetivo de cumprir as leis e os regulamentos nacionais relevantes, será acrescentada uma mistura de características de IA e de serviço orientado.

Lei Jun mencionou também que a Xiaomi planeia criar uma frota de 140 veículos de teste na primeira fase do seu desenvolvimento tecnológico de condução autónoma. Estes serão testados individualmente a nível nacional, com o objetivo de se tornarem líderes da indústria de VE inteligente em 2024.

O comunicado avança ainda que, para além de utilizar recursos internos, a equipa da Xiaomi Auto também recebe um forte apoio de várias outras equipas dentro da Xiaomi, tais como a Xiaomi AI Lab, a equipa XiaoAi AI Assistant, e a equipa da Smartphone Camera “para criar, em conjunto, uma experiência de condução autónoma vanguardista”.

Bendito elétrico: Mercedes-Benz eVito Tourer apoiou peregrinação a Fátima

A Sociedade Comercial C. Santos cedeu uma Mercedes-Benz eVito Tourer para servir como veículo de apoio numa peregrinação ao Santuário de Fátima, realizada no passado mês de maio.

Organizada por Elisabete Gonçalves, enfermeira de profissão e organizadora de peregrinações há vários anos, esta peregrinação teve início no Grande Porto, à meia-noite do dia 7 de maio, e terminou no Santuário de Fátima, quatro dias mais tarde, às 9h00. O grupo foi constituído por 19 peregrinos, apoiados por dois auxiliares.

Foram percorridos cerca de 40 km por dia, a baixa velocidade, o que permitiu uma viagem até ao santuário sem percalços. A organizadora da peregrinação indica que na estrada nacional existem vários postos de carregamento, além dos instalados nos hotéis onde o grupo pernoitou. Além de um carregamento de quatro horas num destes hotéis, a viatura efetuou dois carregamentos de 30 a 50 minutos em postos públicos, na viagem para Fátima.

No regresso ao Porto, pela autoestrada A1, existem postos públicos nas áreas de serviço, tendo a equipa liderada por Elisabete Gonçalves efetuado um carregamento de 30 minutos numa paragem realizada na área de serviço da Mealhada.

A bateria da Mercedes-Benz eVito Tourer tem uma capacidade de armazenamento útil de 90 kWh, o que se traduz numa autonomia combinada de 358 km. Pode ser recarregada a 100% em wallbox ou posto público (em corrente alternada, potência máxima de 11 kW) em menos de 10 horas. Num carregamento público de 50 kW, a carga da bateria de 10% até 80% demora cerca de 1h20.

“A Mercedes-Benz eVito Tourer superou as minhas expectativas. Confesso que tinha algum receio relativamente à autonomia, devido ao peso, mas, na verdade, tem um consumo excelente, bastante económica. Outro ponto que adorei foi o conforto, pois passava cerca de oito a nove horas seguidas ao volante e fiquei surpreendida pela positiva”, afirmou Elisabete Gonçalves. “Em suma foi uma experiência fantástica, tranquila e, sem dúvida, económica”, rematou.

Patrícia Almeida, coordenadora de veículos comerciais ligeiros da Sociedade Comercial C. Santos., declarou: “Como temos afirmado várias vezes, as viaturas 100% elétricas são já uma possibilidade para vários tipos de utilização. O exemplo menos comum de uma peregrinação é mais um exemplo. Esperamos que o silêncio de utilização e ausência de emissões locais da viatura tenha sido mais um contributo para o bem-estar do grupo”.

Pneus produzidos com garrafas PET recicladas estão disponíveis em Portugal

A Continental anunciou que os primeiros pneus com poliéster fabricado a partir de garrafas PET recicladas estão agora disponíveis em Portugal.

Em setembro de 2021, a Continental apresentou pela primeira vez a tecnologia ContiRe.Tex, que permite substituir a totalidade do poliéster convencional do pneu por poliéster desenvolvido a partir de garrafas PET usadas, sem nenhuma etapa química intermédia e não recicladas de nenhuma outra forma.

A empresa alemã afirma que a tecnologia é mais eficiente do que outros métodos padrão; e ainda que as garrafas utilizadas provêm exclusivamente de regiões sem um ciclo fechado de reciclagem.

Num processo de reciclagem especial, as garrafas são separadas e limpas mecanicamente, depois da remoção das tampas. Após a trituração, o PET é posteriormente transformado em granulado e finalmente em fio de poliéster. Para produzir um jogo de pneus padrão são necessárias cerca de 40 garrafas PET recicladas.

O novo material está disponível em algumas dimensões dos pneus PremiumContact 6 e EcoContact 6, que ostentam um logótipo especial, gravado na parede lateral, onde se lê “Contém Material Reciclado”.

Os pneus Continental fabricados com recurso à tecnologia ContiRe.Tex são totalmente produzidos em Portugal, na fábrica da Continental Mabor em Lousado, Famalicão, e estão disponíveis através da rede de agentes ContiService.

Em comunicado, a Continental afirma que “está a investigar intensivamente materiais alternativos” para a produção de fio poliéster feito de PET, um material usado na montagem de pneus de passageiros e camiões ligeiros – os cordões têxteis absorvem as forças da pressão interna do pneu e permanecem estáveis, mesmo sob cargas e temperaturas elevadas.

Em setembro de 2021, o fabricante de pneus estreou o Conti GreenConcept, utilizando poliéster proveniente de garrafas de plástico reciclado na carcaça, na IAA MOBILITY. Para a segunda temporada da série de corridas all-electric Extreme E, que teve início em fevereiro de 2022, a Continental desenvolveu um pneu que também utiliza o ContiRe.Tex; e os veículos de apoio presentes na última edição do Tour de France, em julho, foram também equipados exclusivamente com pneus ContiRe.Tex. 

A Continental promete produzir todos os pneus com materiais 100% sustentáveis até 2050.

Porsche Taycan volta a reclamar recorde de Nürburgring

Lars Kern, piloto de desenvolvimento da Porsche, registou a volta mais rápida de sempre ao Anel Norte do circuito de Nürburgring num automóvel elétrico de série, completando os 20.832 metros do traçado em 7 minutos e 33 segundos, a bordo de um Porsche Taycan Turbo S.

O elétrico da marca germânica volta assim a reclamar o recorde do Nürburgring Nordschleife, depois de o haver perdido, no ano passado, para o Tesla Model S Plaid.

Em 2019, a Porsche trouxe o então novíssimo Taycan ao Nürburgring Nordschleife para bater o recorde da pista num automóvel elétrico de série. No seu estilo ‘provocador’, Elon Musk, o CEO da Tesla, decidiu então que o mítico traçado – localizado no país de origem da Porsche – seria ideal para testar o mais recente desportivo da marca norte-americana.

A Tesla começou assim a testar os primeiros protótipos do Model S Plaid na pista alemã e o novo automóvel registou tempos interessantes, mas o seu lançamento seria adiado por dois anos em virtude na pandemia de COVID-19.

No ano passado, a Tesla trouxe finalmente a versão de produção do Model S Plaid ao Nürburgring Nordschleife, que completou em 7:35.579, batendo desta forma o recorde anteriormente estabelecido pelo Porsche Taycan.

Com 7:33:350, a marca alemã volta agora a reclamar o título, batendo o tempo do Tesla Model S Plaid por mais de dois segundos. O Porsche Taycan Turbo S pilotado por Lars Kern estava equipado com um novo kit de rendimento e o sistema Porsche Dynamic Chassis Control (PDCC). Além da obrigatória ‘gaiola’ de segurança e dos assentos de competição, era um veículo de estrada convencional, com o mesmo peso do automóvel de série.

A Porsche avança que o recorde foi registado por um notário presente para o efeito, e a empresa de certificação TÜV Rheinland confirmou que o automóvel utilizado era um modelo de produção.

O kit de rendimiento – para já, apenas disponível na Alemanha e somente para o Taycan Turbo S de 2023 – inclui jantes RS-Spyder de 21 polegadas con pneus desportivos Pirelli P Zero Corsa, aprovados para estrada mas com de composição similar à dos pneus de competição; e uma atualização do software Porsche 4D Chassis Control, para que este funcione em harmonia com os pneus desportivos. O sistema analiza e sincroniza todos os sistemas do chassis do Taycan em tempo real.

“Estamos muito satisfeitos que o recorde de Nürburgring para automóveis elétricos volte a estar nas mãos da Porsche”, declarou Kevin Giek, vice-presidente da linha Taycan. “Este tempo de volta não mostra apenas o potencial que existe no nosso novo kit de rendimento, mas também confirma, uma vez mais, os genes de carro desportivo do Taycan”.

‘Buggy’ lendário regressa em versão elétrica

Depois do Moke, é agora a vez de mais um ícone de praia dos anos 60 regressar como veículo elétrico: o lendário buggy Meyers Manx.

O Manx original, o primeiro ‘buggy de dunas’ californiano, não era mais do que um simples chassis de Volkswagen Beetle modificado com uma carroçaria de fibra de vidro. Muito popular nos anos 60, foram fabricadas cerca de 6.000 unidades até 1971, ano em que a empresa que o produzia fechou portas. Nos anos seguintes, a ideia simples de Bruce Meyers foi profusamente copiada, e vários buggys similares apareceram um pouco por todo o mundo.

Em 1999, Meyers recuperou a empresa, que, quinze anos mais tarde, mostrou um protótipo elétrico. Em 2020, a empresa foi adquirida pelo fundo de capital de risco Trousdale e agora, a Meyers Manx LLC acaba de apresentar uma versão atualizada e totalmente elétrica do icónico buggy, o Meyers Manx 2.0, que Bruce Meyers pretende levar à fase de produção.

O novo veículo já não é um kit car. Desta vez, virá do fabricante totalmente montado, com uma estética similar à do Meyer Manx original mas modernizada para o século XXI. O automóvel foi desenhado por Freeman Thomas, responsável por automóveis como o Audi TT e o Volkswagen New Beetle.

O novo Meyers Manx deverá ser disponibilizado com duas opções de bateria, de 20 kWh e 40 kWh. Uma vez que o Meyers Manx é bastante mais pequeno e leve do que um automóvel elétrico convencional – dependendo da bateria, o buggy pesará entre 680 kg e 750 kg, cerca de um terço do peso de um veículo elétrico de dimensões normais –, deverá ser mais eficiente, pelo que as autonomias previstas atingem 240 km e 480 km, respetivamente.

Poderá ser carregado a 6 kW com alimentação AC ou 60 kW com um carregador rápido CC. Uma vez que as baterias são relativamente pequenas, o Meyers Manx 2.0 também deverá superar os elétricos convencionais a nível da rapidez de carregamento.

O veículo será impulsionado por dois motores nas rodas traseiras, e a versão com bateria de 40 kWh, com cerca de 200 cv, acelerará dos 0 aos 100 km/h em cerca de 4,5 segundos.

A Meyers Manx pretende entregar 50 unidades do buggy elétrico já em 2023, num ‘programa beta’ que se destina a reunir as sugestões e comentários dos primeiros clientes para atualizar a versão definitiva, que começará a ser comercializada em 2024.

Siemens e MAHLE formam parceria para desenvolver carregamento por indução

A Siemens e a MAHLE pretendem colaborar no desenvolvimento do carregamento de veículos elétricos por indução e, para o efeito, as duas empresas assinaram uma carta de intenções, de forma a dar início a esta parceria.

Os planos passam por um intercâmbio próximo de ideias para desenvolver um sistema completo de carregamento indutivo para veículos elétricos, com a MAHLE a aportar a sua experiência como um dos principais fornecedor da indústria automóvel, e a Siemens a trazer a sua experiência no domínio das infraestruturas de carregamento.

“O carregamento sem fios de veículos elétricos está a emergir como um dos mais importantes mercados para o futuro. Além de facilitar consideravelmente a vida dos condutores, que já não têm de lidar com cabos e conectores, é um requisito crucial para a mobilidade autónoma do amanhã. A eficiência de transferência de carga indutiva sem fios é comparável aos sistemas com fios”, afirmou Stefan Perras, diretor de Pré-desenvolvimento e Inovação para Infraestruturas de Carregamento na Siemens AG.

Um dos aspectos previstos nesta colaboração entre a Siemens e a MAHLE inclui esforços de normalização, em coordenação com os organismos de normalização relevantes, com o objetivo de assegurar a interoperabilidade plena entre os veículos e a infraestrutura de carregamento.

As duas partes estão também a planear uma interoperabilidade alargada e testes cruzados entre o equipamento de carregamento no veículos (bobina secundária do circuito) e a infraestrutura de carregamento (bobina primária). Isto permitirá melhorias técnicas e a validação dos sistemas de carregamento indutivo para veículos elétricos, além de garantir a interoperabilidade. O comunicado anuncia que alguns destes testes serão realizados como parte de projetos financiados com fundos públicos.