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Pandemia acelera urgência da implementação das ‘smart cities’

O estudo ‘Smart City Solutions for a Riskier World’ realizado pela ESI ThoughtLab, levado a cabo entre agosto e setembro de 2020, revelou que a pandemia acentuou a necessidade de implementação de programas de smart cities, levando a maioria dos responsáveis municipais (88%) a considerarem urgente o investimento em tecnologia, nomeadamente em plataformas cloud

Patrocinado, entre outras empresas, pela Oracle, Deloitte e Intel, o estudo envolveu um inquérito aos responsáveis de 167 cidades em 82 países, incluindo as regiões da Ásia, da América do Norte e América Latina, da região do Médio Oriente e Norte de África, da Europa e da África subsariana. Estas cidades representam 6,8% da população mundial, com um total de 526 milhões de pessoas. 53% destas metrópoles estão localizadas em países emergentes, enquanto 47% se situam em países desenvolvidos. 

As cidades foram avaliadas e categorizadas com base no seu nível de desenvolvimento em duas categorias: avanço na aplicação de soluções inteligentes, sendo as cidades classificadas neste âmbito como ‘principiantes’, ‘intermediárias’ ou ‘líderes’; e avanços no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), sendo neste caso as cidades classificadas como: ‘implementadoras’, ‘avançadas’ ou ‘sprinters’. As cidades que se destacam em ambas as categorias foram consideradas Cidades 4.0 — definidas como cidades hiperconectadas e sustentáveis, que estão na linha da frente no que concerne à utilização da tecnologia, dos dados e da participação dos cidadãos.

Lisboa e Porto foram as cidades portuguesas que participaram no estudo, tendo as duas obtido a classificação de ‘intermediárias’ na aplicação de programas de smart cities, e ‘avançadas’ no cumprimento dos ODS.

O estudo demonstra que as cidades são sensíveis à necessidade de apostarem em tecnologia, especialmente na cloud e Inteligência Artificial (IA), com 88% dos líderes municipais a identificarem o investimento em plataformas cloud como sendo o requisito mais urgente para alcançar a prestação bem-sucedida de serviços críticos e não críticos aos cidadãos; 66% das cidades estão a investir fortemente em IA e 80% irão fazê-lo nos próximos três anos, especialmente na área dos assistentes digitais e dos chatbots

John Tuohy, diretor, Smart Cities strategy da Oracle, informou que, pelos resultados do estudo, “as cidades mais bem-sucedidas são as que estão focadas em tecnologias emergentes com um impacto direto na prestação de serviços, tais como a computação na nuvem, a IA e os assistentes digitais”, apressando-se, por isso, a adiantar que “disponibilizar e garantir o acesso remoto aos colaboradores e aos residentes nas cidades é crucial para manter a continuidade do negócio e o funcionamento da economia”.

Os responsáveis municipais que participaram nos estudos reconheceram ainda que os programas das smart cities eram essenciais para fazer frente aos obstáculos levantados pela pandemia, com 65% dos líderes dos municípios a admitirem a necessidade de continuarem estes programas no contexto pós-pandemia.

Ainda assim, o estudo demonstrou que a cibersegurança ainda preocupa os líderes municipais, com 60% a considerar que as suas cidades não estão livres dos ciberataques internacionais ou domésticos. Não obstante, 95% das Cidades 4.0 garante que a cibersegurança é um tema considerado desde o início dos projetos (95% dos responsáveis pelas smart cities revelou possuir um maior nível de confiança na sua cibersegurança, comparando aos 8% das cidades classificadas como ‘principiantes’ na jornada das smart cities).

O estudo revelou também uma preocupação com a necessidade de colaboração entre setores e com parceiros, de modo a conquistarem os objetivos traçados para as cidades. Os números mostram que 83% das cidades esperam que os seus parceiros ofereçam soluções que permitam alcançar um elevado nível de inovação, garantindo também a segurança e a proteção (65%). As cidades norte-americanas (92%) e as europeias (92%) são as que mais valorizam a inovação.

Grande parte das cidades (41%) já começam a fazer progressos no cumprimento dos objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas.

A ESI ThoughtLab revelou, através do seu estudo mais recente, que os desafios expostos pela pandemia às cidades impulsionaram a inovação nos municípios, sublinhando o papel vital que a tecnologia, dados, cibersegurança e parcerias público-privadas desempenham no esforço de assegurar um futuro saudável, seguro e próspero no período posterior a esta crise sanitária, e não só, que o mundo enfrenta. 

O estudo completo está disponível em www.riskierworld.com.

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