A Glencore aliou-se à Britishvolt, o principal investidor em tecnologias de células de bateria e I&D para reciclagem de baterias do Reino Unido.
A joint venture, que desenvolverá um ecossistema para a reciclagem de baterias no país, estará sediada numa nova fábrica de reciclagem da Britannia Refined Metals (BRM), em Northfleet, uma empresa da Glencore.
O projeto prevê um retorno à reciclagem para a BRM, garantindo empregos existentes e criando novos postos de trabalho. Uma vez concluída, a fábrica será a primeira instalação de reciclagem de baterias da Glencore e da Britishvolt no Reino Unido, com uma capacidade de processamento mínima de 10.000 toneladas de baterias de ião lítio por ano. A instalação processará toda a sucata de fabrico de baterias da gigafactory da Britishvolt em Blyth.
Esta joint venture aproveitará a experiência de várias décadas da Glencore em reciclagem de materiais em fim de vida, como eletrónicos descartados, sucatas de cobre/liga e massa negra. Segundo o comunicado, ambas as empresas acreditam que a reciclagem de baterias é uma parte fundamental da transição energética, recuperando com eficiência os metais críticos necessários para a transição energética. O objetivo é ajudar a apoiar a criação de uma economia circular que fornece materiais e minerais reciclados de volta à cadeia de suplementos de baterias.
A parceria também pretende pesquisar como tornar a reciclagem de baterias de veículos elétricos num processo mais fácil e económico, maximizando o valor da cadeia de suplementos e influenciando a legislação, incluindo o aumento da regulamentação da reciclagem e dos requisitos ESG. Além disto, permitirá ainda que a Britishvolt ajude os seus clientes OEM no seu próprio caminho para a sustentabilidade, oferecendo oportunidades contra oscilações nos preços das matérias-primas.
De acordo com a Faraday Institution, embora grandes quantidades de baterias de ião lítio estejam disponíveis para reciclagem em 2028, não há, atualmente, instalações de reciclagem no Reino Unido. Muitos fabricantes do país exportam atualmente baterias usadas para instalações europeias, para serem recicladas.
Dados da Greenpeace também sugerem que cerca de 12,85 milhões de toneladas de baterias de ião lítio para veículos elétricos ficarão offline entre 2021 e 2030.