fbpx

Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Se os carros custassem o mesmo, 100% dos britânicos optaria por um elétrico

Praticamente todos os novos compradores de automóveis do Reino Unido estão prontos para mudar para um veículo plug-in assim que o preço corresponder aos modelos a gasolina e diesel, revelou um relatório da FairCharge, a campanha britânica para promoção dos veículos elétricos.

Se os veículos elétricos a bateria (BEV) e híbridos plug-in (PHEV) fossem vendidos pelo mesmo preço que os automóveis convencionais equivalentes, todos os 2.000 compradores de carros novos inquiridos no âmbito do relatório Driving Away From Fossil Fuels indicaram que optariam por uma destas opções de motorização

O relatório, que analisa as preferências subjacentes dos condutores comparando atributos, custos e especificações dos veículos, relata que 47% dos motoristas escolheriam um BEV, se houvesse paridade de preços entre veículos eletrificados e convencionais, algo que se prevê não ser alcançado antes do final desta década.

Os 47% dos consumidores que agora escolheriam um BEV num cenário de paridade de preços representa uma mudança profunda em relação às respostas registadas em inquéritos anteriores – em 2011, apenas 1% dos consumidores afirmaram que optariam por um elétrico a bateria, número que aumentou para 2% em 2015. Os restantes 53% optariam por um PHEV, com nenhum dos 2.000 inquiridos a revelar preferência por um veículos exclusivamente equipado com motor de combustão interna.

A investigação concluiu também que a implantação antecipada da infraestrutura de carregamento público não afetará significativamente a procura dos consumidores por veículos elétricos, uma vez que, pelo menos no Reino Unido, uma grande parte dos compradores de carros novos ​​tem acesso a alguma forma de estacionamento fora da via pública – neste estudo, 81% dos inquiridos enquadra-se nesta condição.

De acordo com os promotores do inquérito, esta descoberta invalida as alegações de alguns fabricantes de automóveis no sentido de que políticas como a proibição de novos veículos a gasolina e diesel a partir de 2030 – como é o caso no Reino Unido – devem ser descartadas devido à ausência de infraestrutura pública de carregamento suficientemente generalizada.

O estudo também levanta sérias preocupações de que a indústria automóvel não será capaz de fornecer veículos elétricos em número suficiente para atender à procura dos consumidores sem uma ação governamental mais forte. O relatório pede metas governamentais mais ambiciosas, para que a oportunidade de tornar a mobilidade mais sustentável de forma mais rápida não seja perdida.

No caso específico do Reino Unido, o relatório conclui que o mercado atingirá facilmente as metas atuais, pelo que quotas mais ambiciosas permitirão chegar à neutralidade mais rapidamente.

Quentin Willson, fundador do FairCharge e ex-apresentador do programa Top Gear, comentou: “Como alguém que conduz carros elétricos há mais de uma década, os resultados desta investigação histórica não surpreendem. Estamos a ver cada vez mais veículos elétricos nas nossas estradas, à medida que é divulgada a satisfação de proprietários e condutores que mudam para os elétricos para evitar os custos crescentes de abastecer com diesel e gasolina. Mas o governo precisa de propostas ambiciosas de quotas de veículos elétricos para garantir que a indústria automóvel tenha o ambiente comercial certo para construir veículos elétricos suficientes para atender a essa procura crescente. Passámos o ponto de inflexão da eletrificação no ano passado e este ano já existem alguns carros elétricos com listas de espera medidas em anos”.

Show More