A Volkswagen produzirá automóveis elétricos apenas na Europa, a partir de 2033. A notícia, avançada pelo seu CEO, Thomas Schaefer, vê a marca comprometer-se com uma data anterior à meta inicialmente estabelecida, que apontava para o biénio 2033-2035.
Thomas Schaefer afirmou ainda que, na próxima década, a marca Volkswagen reduzirá gradualmente o número de modelos da gama. Ao mesmo tempo, o Grupo VW procurará aumentar as margens de todas as suas marcas de volume – Volkswagen, SEAT, Skoda e veículos comerciais – para 8% até 2025.
No primeiro semestre de 2022, estas marcas de volume do Grupo registaram uma queda dos lucros operacionais de 8%. Os resultados globais positivos deste período foram impulsionados pelas marcas premium Audi e Posche, que registaram crescimentos respetivos de 51% e 22%, neste indicador.
O Grupo Volkswagen tem como objetivo tornar-se líder global no mercado de veículos elétricos e, à semelhança de Thomas Schaefer, vários dos seus altos responsáveis têm vindo a dar conta da necessidade de otimizar a produção e melhorar a produtividade.
Fabricar veículos das marcas de volume na mesma fábrica economiza custos, disse Schaefer, acrescentando que existe historicamente muito desperdício no sistema que pode ser eliminado.
Nos últimos anos, a Volkswagen tem seguido uma estratégia que passa por fabricar um único modelo por fábrica. Thomas Schaefer afirma que a marca mudará o foco para um “pensamento de plataforma”, utilizando o mesmo design básico para produzir diferentes modelos, de forma a atingir economias de escala.
De acordo com o CEO da Volkswagen, esta alteração estratégica, combinada com a padronização da química de bateria, é fundamental para atingir a meta de oferecer um veículo elétrico por 25.000 euros ou menos: “Se tivermos 30 a 40 formatos diferentes de células e pacotes de bateria, é incontrolável. O foco é [estabelecer] um padrão claro entre as marcas, e [aplicá-lo] em escala total”, declarou. “A única empresa que pode escalar neste território, de momento, somos nós”.