Um belo número, principalmente se pensarmos que representa árvores plantadas em Portugal e que tal se deve ao empenho de uma empresa privada, a Toyota Caetano Portugal.
“As árvores são poemas que a terra escreve para o céu”. António Loureiro, Presidente do Município de Albergaria-a-Velha, citou assim Khalil Gibran, numas breves palavras de agradecimento pelas 12 mil árvores que a Toyota Caetano Portugal vai plantar no município, que sofre ainda – e vai sofrer por muito tempo, acrescento – todas as dores provocadas pelos fogos do Verão passado.
No entanto, a plantação destas 12 mil árvores acontece, porque a Toyota Caetano Portugal tem um programa de captura de carbono, desde 2005. A ideia tem a singeleza das coisas simples de entender e o empenho de quem trabalha com os olhos postos no amanhã.
Há 20 anos, foi lançado um chavão: “Um Toyota, Uma Árvore”. Mas, mais do que tudo foi lançado um objectivo, se calhar um ideal, e este, a cada ano que passou, foi-se enraizando – literalmente – no ADN do importador da marca nipónica. Como canta a Sónia Tavares, “é fácil de entender”: por cada unidade vendida, é plantada uma árvore de floresta autóctone, ou seja, quando se comemoram 20 anos do projecto, terão sido vendidas 225 mil unidades desta marca e, portanto, plantadas 225 mil árvores.
José Ramos, Presidente do Concelho de Administração da Toyota Caetano Portugal, invocou o conceito de “kaizen”, o objectivo da melhoria contínua. “Kaizen” é uma palavra japonesa, que significa melhoria, mudança e é mais do que um conceito, é uma filosofia, naturalmente nascida no País do Sol Nascente, que busca o aperfeiçoamento constante, por exemplo, através do envolvimento dos funcionários; que persegue a inovação e assim obter sucesso e vantagem competitiva no longo prazo. Este conceito, ideal ou filosofia, enraíza-se hoje em inúmeras empresas, como é, naturalmente, o caso da Toyota Caetano Portugal.
Escrevo estas linhas no dia 21 de Março de 2025, Dia Mundial da Árvore, Dia Internacional das Florestas e Dia Mundial da Poesia. Não me ocorre um melhor momento para comemorar 20 anos de “Um Toyota Uma Árvore”, mas também para ter conhecido o “Bosque”, um espaço arborizado, com espécies autóctones, nas traseiras da sede da empresa, em Gaia, que serve já para capturar o carbono emitido pelos mais de dois mil funcionários que diariamente laboram nestas instalações.
Neste bosque, foi também lançado um projecto de reforço da biodiversidade, com a instalação de cinco colmeias, que vão ter um objectivo pedagógico. Recordo que em 2019 a Royal Geographical Society de Londres, declarou a abelha como “o ser vivo mais importante do planeta”. Só para explicar: oitenta por cento do que comemos, em última análise, é fruto da acção polinizadora das abelhas.
Hoje, fomos plantar árvores e arbustos, talvez umas 22, ou 24, parece pouco, é pouco, mas se as multiplicarmos por mil, já é alguma coisa, só é pena que as acções como esta ainda sejam poucas, pois as árvores, tal como as abelhas, acrescento, nunca são demais.