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Fim da linha para o BMW i3

Oito anos e meio após o seu lançamento, a era do BMW i3 vai chegar ao fim. A fábrica da BMW em Leipzig vai terminar a produção do primeiro automóvel de série totalmente elétrico da marca da Baviera.

O BMW i3 termina o seu percurso com mais de 250.000 unidades produzidas, marca superada recentemente. De acordo com a BMW, isto torna-o “o veículo elétrico de maior sucesso do mundo no segmento compacto premium“, acrescentando que, ao contrário do que se poderia esperar de um modelo que está a ser descontinuado, a sua popularidade não diminuiu ao longo dos anos.

O BMW i3 foi vendido em mais de 74 países do mundo, tendo, em muitos mercados, alcançado uma participação de mercado significativamente maior no segmento de veículos elétricos do que a marca BMW na área de carros com motores convencionais. Nos primeiros anos, mais de 80% de todos os compradores do BMW i3 eram novos clientes do Grupo.

Os primeiros compradores elogiam os baixos custos de utilização e manutenção, mas também a fiabilidade do veículo e a estabilidade do ciclo da bateria de alta tensão. Há relatos de pastilhas de travão que não tiveram de ser substituídas por mais de 250.000 quilómetros, graças à potência da desaceleração regenerativa, ou de reduções mínimas da autonomia, mesmo após tempos de funcionamento longos, que a BMW afirma ter motivado a extensão da garantia da bateria de 100.000 para 160.000 quilómetros, em 2020.

A bateria de alta tensão do BMW i3 passou por um desenvolvimento contínuo desde o lançamento no mercado, tendo duplicado de capacidade no mesmo espaço de instalação. Com uma capacidade de célula de 120 Ah e uma capacidade energética bruta de 42,2 kWh, os BMW i3 mais recentes têm autonomias WLTP de 307 quilómetros.

As baterias de alta tensão utilizadas no BMW i3 também são utilizadas em outras áreas – por exemplo, as carrinhas Streetscooter utilizadas pelos Correios da Alemanha. São ainda usadas como sistemas estacionários de armazenamento de energia para eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, como energia eólica ou solar – a fábrica do BMW Group em Leipzig armazena energia gerada por quatro aerogeradores locais numa unidade formada por 700 baterias do BMW i3.

O Grupo BMW utilizou o motor elétrico de 135 kW (184 cv) do BMW i3 para equipar, a partir de 2020, o MINI Cooper SE, que rapidamente se tornou o modelo mais popular da marca britânica.

Além do sistema de propulsão elétrico, livre de emissões, a BMW destaca também a escolha de materiais interiores sustentáveis e a produção com economia de recursos do i3 – os plásticos da carroçaria integram matérias-primas parcialmente recicladas; o plástico usado no interior inclui 25% de material reciclado; os tecidos utilizados para as superfícies dos assentos são feitos inteiramente de fibras recicladas; os painéis das portas i3 são feitos de fibras da planta de kenaf; e madeira de eucalipto de cultivo certificado na Europa serve de matéria-prima para partes do painel de instrumentos.

Foi o primeiro modelo do Grupo BMW a receber uma certificação ISO no momento do lançamento no mercado, “confirmando o seu desempenho ambiental otimizado ao longo de todo o seu ciclo de vida”.

Para marcar o final da produção do seu primeiro modelo totalmente elétrico, a marca alemã lançou a edição especial BMW i3 HomeRun Edition, de apenas dez unidades de luxo, que incluem dois novos acabamentos de pintura, jantes de liga leve de 20 polegadas com raios duplos, teto de vidro elétrico, faróis de LED adaptativos, iluminação ambiente, luz de boas-vindas, e estofos, painel de instrumentos e volante em couro – ‘apontamento’ um pouco menos sustentável.

Os clientes dos dez automóveis especiais testemunharam a conclusão dos veículos na sala de montagem da fábrica de Leipzig.

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