fbpx

Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Notícias

Nova fábrica da BorgWarner em Viana do Castelo

A BorgWarner, grupo norte-americano especialista na produção de componentes para a indústria automóvel vai avançar com uma nova unidade industrial em Portugal, tendo elegido a Garcia Garcia, construtora especializada em design and build, para a execução do projeto.

A nova fábrica da Borgwarner, a ser construída no Parque Empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo, será um edifício industrial com cerca de 17 mil m2, concebido para obtenção da Certificação LEED, um certificado internacional que avalia a sustentabilidade dos edifícios desde o design à manutenção, passando pela construção e operação. A conclusão da empreitada está prevista para 2022 e permitirá criar cerca de 300 novos postos de trabalho na região.

A cerimónia de lançamento da primeira pedra, que assinala o início dos trabalhos, decorreu hoje e contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, do presidente cessante da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, e de Luís Nobre, eleito em setembro, assim como dos responsáveis da BorgWarner.

Para a construtora Garcia Garcia, esta é mais uma obra para o ramo automóvel na região de Viana do Castelo, onde está instalado um verdadeiro cluster de empresas do setor. Em Portugal, a BorgWarner emprega cerca de 950 trabalhadores, encontrando-se já a recrutar trabalhadores para esta nova unidade, que deverá iniciar produção em 2023.

Um ícone nacional renasce no V Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico

Quando no próximo dia 22 de Outubro às 10.00 horas se abrirem as portas do Centro de Congressos de Alfândega do Porto, todas as novidades em termos de mobilidade descarbonizada vão estar patentes ao público e entre estas destaca-se o regresso da Famel.

O Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico – Salão da Mobilidade Sustentável vai já na quinta edição e é atualmente um certame de passagem obrigatória. Na próxima edição vão estar patentes mais de 50 marcas, entre automóveis, motos, scooters e bicicletas, assim como outros veículos e produtos dedicados à mobilidade descarbonizada

As novidades vão ser uma constante, estando já confirmadas as “premières” do Kia EV6, do Mercedes EQS, do Nissan Ariya e do novo Toyota Mirai. Realce ainda para o Mustang Mach-e, que vai ocupar um lugar de destaque no stand da Ford.

A Famel, um ícone da indústria das duas rodas portuguesa, vai também fazer a sua aparição pela primeira vez ao público, quatro décadas depois do seu desaparecimento e regressa em versão elétrica.

“Famel, eletrificar um ícone” vai ser um dos temas a abordar nas conferências que vão novamente integrar o programa oficial do certame, que vai ainda integrar temas de fundo como “O Papel do Hidrogénio no Futuro da Mobilidade” e questões ligadas à evolução do mercado e de tendências. O programa será divulgado em breve.

Evento: Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico

Local: Centro de Exposições da Alfândega do Porto

Datas e horários: de 22 a 24 de Outubro, das 10,00 às 20,00 horas

Mais Informações: www.salaoautomovelelectrico.pt 

Galp assina Manifesto para promover Hidrogénio Verde na Europa

Na quarta-feira, a Galp tornou-se um dos mais de 80 signatários do Manifesto pelo Hidrogénio Verde, que define um conjunto de 12 ações que os decisores políticos nacionais e europeus devem tomar se quiserem que a Europa continue na vanguarda do desenvolvimento de projetos de produção de hidrogénio a partir de fontes de energia renovável e da sua utilização.

O Manifesto foi apresentado no Green Hydrogen Forum do Smarter E Europe 2021 Restart, o grande certame do setor da Energia europeu, que decorre até sexta-feira, em Munique. Os seus promotores são a Hydrogen Europe, a Associação Alemã do Hidrogénio (DWV), a The Smarter E, e o Fórum Europeu dos Eletrolisadores e Células de Combustível (EFCF).

Entre as medidas defendidas pelos signatários incluem-se regras que permitam avaliar e comparar os diversos tipos de hidrogénio em função das suas emissões de CO2 ou da sua origem geográfica, critérios de sustentabilidade e a sua certificação.

Em termos de estímulos, o manifesto pede apoios que reduzam os custos para os consumidores finais e que facilitem os investimentos na conversão de aparelhos industriais. Em termos de mercado, a implantação do hidrogénio verde requer a adoção de regulamentação específica, modalidades equilibradas de definição de preços de mercado ou o apoio à criação de redes de distribuição nacionais. 

A Galp assumiu a ambição de implementar na sua refinaria de Sines um parque de energia verde capaz de atrair indústrias para as quais o acesso a fontes de energia limpas e diversificadas seja um fator decisivo de competitividade, tirando partido da abundância de fontes de energia renováveis em Portugal, nomeadamente a energia eólica e fotovoltaica.

A peça central deste projeto é a instalação gradual de capacidade de eletrólise ao longo dos próximos anos, que deverá atingir 100 MW em 2025 e entre 600 MW e 1 GW em 2030. O hidrogénio verde será fundamental para a descarbonização do processo de refinação e de setores como a indústria e o transporte pesado rodoviário, mas também para alimentar novas cadeias de produção de combustíveis sintéticos limpos, nomeadamente na aviação e marinha.

Em setembro bateram-se recordes na venda de elétricos

O mês de setembro registou um novo recorde de vendas de veículos 100% elétricos, em Portugal (1.551 unidades), atingindo, assim, uma quota de mercado de 25%.

Setembro registou o segundo melhor mês do ano com 2.748 veículos eletrificados vendidos em Portugal no conjunto dos veículos 100% elétricos (BEV – Battery Electric Vehicle) e dos veículos elétricos híbridos plug-in (PHEV – Plug-in Hybrid Electric Vehicle). Este forte crescimento nas vendas dos 100% elétricos pode indiciar a sua predominância futura sobre os híbridos plug-in, sendo isto sinal do maior interesse por parte dos compradores em veículos mais limpos e sem emissões de qualquer tipo de gases.

No que toca aos híbridos plug-in, estes registaram um crescimento moderado de 1.8%. Os portugueses parecem mais interessados nos veículos totalmente elétricos, talvez por apresentarem maior autonomia e podendo os compradores prescindir do recurso a combustíveis fósseis.  

Quanto aos veículos com motores de combustão interna (VCI), registam-se quedas mensais nas vendas consecutivas, acumulando já um crescimento negativo de -0.4% nos nove meses do ano em curso. De registar que é uma queda em relação ao período homólogo, grande parte dele já com grandes perdas devido à pandemia da covid-19.

As marcas em que os portugueses têm apostado a compra dos seus 100% elétricos são a Tesla com 321 viaturas entregues no primeiro trimestre, a Peugeot com 198 veículos vendidos seguida pela Hyundai com 144.  

Relativamente aos híbridos plug-in, destacam-se a BMW com 330 viaturas vendidas, a Mercedes-Benz com 199 e a Volvo com 134. 

Os números dos dados divulgados pela UVE verificam a tendência da mudança para a mobilidade elétrica e prova que, afinal, os carros elétricos vieram mesmo para ficar. 

De Lisboa e Faro em e-bike para apoiar a Seleção Nacional

Precursores do movimento ‘Pedalar Lisboa’ realizam o primeiro ride nacional de e-bikes Lisboa–Algarve, em parceria com a Galp, para apoiar a Seleção Nacional de futebol e promover a mobilidade sustentável.

A iniciativa contará com 12 bicicletas elétricas Galp RYDE (Regenerate Your Dynamic Energy) e arrancam no dia 10 de outubro, da Cidade do Futebol, em Oeiras, em direção ao Sul, prevendo-se a chegada da comitiva de ciclistas no dia 12 de outubro ao Estádio do Algarve, em Faro.

O objetivo é apoiar a Seleção Nacional no jogo de qualificação para o Mundial2022, frente ao Luxemburgo, ao mesmo tempo que se promove a mobilidade sustentável. O percurso será partilhado nas redes sociais do ‘Correr Lisboa’, do ‘Pedalar Lisboa’ e também da Galp, que promoverão esta aventura de dois dias na esperança de motivar cada vez mais portugueses a aderirem ao uso de bicicletas para deslocações em ambiente urbano.

O evento será presidido por Bruno Claro e Sandra Claro, fundadores das iniciativas ‘Correr Lisboa’ e ‘Pedalar Lisboa’, e para quem “a corrida foi só o começo”. “Com o aumento das preocupações ambientais e sempre com a intenção de promover hábitos de vida saudável passámos a nossa paixão para as bicicletas e para mobilidade urbana”, explica Bruno Claro.

Através deste novo conceito, a GALP pretende dar mais um passo no território da mobilidade sustentável, assente na mobilidade elétrica, com bicicletas construídas em parceria com a marca portuguesa Esmaltina e cuja comercialização está a ser avaliada. Com 100 quilómetros de autonomia quando completamente carregadas, as bicicletas Galp Ryde podem ser facilmente carregadas em qualquer ficha elétrica, necessitando de cerca de 4 horas para carregar a capacidade máxima.

Indústria da aviação unida para atingir a neutralidade carbónica até 2050

A indústria global de transporte aéreo traçou a meta climática de longo prazo para atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050.

Numa declaração recentemente divulgada, os representantes das principais associações mundiais da indústria de aviação, incluindo a ACI World, bem como os maiores fabricantes de aeronaves e motores, comprometeram-se a atingir, nas operações globais de aviação civil, a neutralidade carbónica até 2050. Este plano será apoiado por medidas de eficiência acelerada, transição energética e inovação em todo o setor de aviação e em parceria com governos a nível mundial.

O Diretor Geral da ACI, Luis Felipe de Oliveira, relembra, no entanto, a importância da colaboração dos governos e da comunidade da aviação para ajudar a cumprir estes objetivos.

Diferentes iniciativas de ação climática, tais como, apoio a novas tecnologias de aeronaves tanto elétricas como a hidrogénio, melhorias na eficiência operacional e na infraestrutura serão fundamentais para que se alcance a neutralidade carbónica. Espera-se que a aceleração da produção e uso de combustível sustentável (SAF) desempenhe um papel importante na redução do impacto climático da aviação. Além disso, quaisquer emissões pendentes serão capturadas usando medidas de remoção de carbono.

A declaração foi fornecida pelo Grupo de Ação do Transporte Aéreo (ATAG), uma aliança entre organizações e empresas do setor do transporte aéreo que impulsiona o desenvolvimento sustentável do setor. A Organização também produziu o relatório The Waypoint 2050, que traça caminhos para o setor de transporte aéreo atingir essa meta climática atualizada. 

Schneider Electric vai premiar estudantes com as melhores ideias sustentáveis

A Schneider Electric está à procura de agentes de mudança em todo o mundo. Juntamente com o seu parceiro de software, a AVEVA, o Grupo lançou o Schneider Go Green 2022, uma competição anual para estudantes, para encontrar as ideias ousadas mais recentes na área da inovação digital e sustentável.

Com a Schneider Electric a comprometer-se a assegurar o dobro de oportunidades para estagiários, aprendizes e licenciados recém-contratados até 2025, como parte do seu Relatório do Impacto de Sustentabilidade da Schneider do Q2 2021, o Go Green dá aos alunos a possibilidade de apresentarem as suas ideias aos principais líderes da indústria e receberem orientação por parte de especialistas e profissionais, bem como aconselhamento sobre oportunidades de emprego e ainda a oportunidade de ganhar um prémio no valor de até 10.000 euros.

Para Charise Le, Chief Human Resources Officer da Schneider Electric, “através do Schneider Go Green procuramos alunos capazes e dedicados com ideias ousadas e sustentáveis. Acreditamos que o acesso à energia é um direito humano básico, e esta competição global oferece novas maneiras de o alcançar”.

O Schneider Go Green é um evento para os estudantes de Gestão, Engenharia, Marketing e Inovação de todo o mundo. A competição de 2021 contou com a participação de 25.000 jovens de mais de 3.000 universidades em 130 países. A edição de 2022 deverá atrair ainda mais interesse graças aos seus cinco tópicos específicos: “Acesso à Energia”, “Casas do Futuro”, “Cadeia de Distribuição do Futuro”, “Redes do Futuro” e “Des[codificar] o Futuro”.

A ideia vencedora de 2021 pertenceu a duas estudantes da Universitat Politécnica de Catalunya, em Espanha, que apresentaram uma solução sustentável e com propósito chamada ‘Light Pill’: uma fonte de luz artificial e um purificador de água com luz ultravioleta em forma de tampa de garrafa, pensada para ajudar as comunidades sem acesso a energia e água potável.

Na edição deste ano, espera-se que todas as equipas participantes, compostas por dois a quatro alunos, se identifiquem com a diversidade de géneros, em linha com a política da Schneider Electric para a promoção da Diversidade, Equidade e Inclusão. O período de submissão de candidaturas decorre até dia 30 de novembro de 2021 na América do Norte, e entre fevereiro e março de 2022 no resto do o mundo. O Schneider Go Green está aberto a alunos de licenciatura ou mestrado em todo o mundo, e os membros da equipa devem estar a estudar no mesmo país no período de duração da competição.

Consórcio Merlin tem 21 milhões de euros para recuperar ecossistemas de água doce

O consórcio Merlin, que agrega 44 parceiros europeus que procuram soluções novas e eficazes para recuperar as funções dos ecossistemas de água doce, recebeu 21 milhões de euros da Comissão Europeia para pôr em prática um conjunto alargado de projetos.

Entre os parceiros do consórcio estão universidades, institutos de pesquisa, organizações de conservação da natureza, empresas privadas, partes interessadas de negócios, governos e municípios. 

Do valor total do financiamento comunitário, 10 milhões de euros têm já como destino 17 áreas geográficas diferentes, da Finlândia a Israel, onde muitos rios, riachos e pântanos estão a ser recuperados a um estado quase natural. Estes grandes projetos serão agora expandidos com o financiamento da UE e desenvolvidos com base em modelos europeus.

Daniel Hering, coordenador do projeto Merlin, avisa que “um dos focos é a cooperação com indústrias e setores que podem beneficiar da recuperação dos ecossistemas, como por exemplo, a agricultura, a produção de água potável e as seguradoras. Os efeitos das medidas aplicadas serão contabilizados tanto económica como ecologicamente”.

O objetivo do consórcio Merlin é também identificar e criar soluções de financiamento inovadoras para ajudar a melhorar a recuperação ecológica dos ecossistemas de água doce. É neste aspeto particular que assume relevância o envolvimento da empresa portuguesa Connectology no consórcio. Especializada na área de investimentos e projetos de empreendedorismo, a Connectology é a responsável pelo desenvolvimento de instrumentos financeiros prontos para serem utilizados em projetos de renovação dos ecossistemas em toda a Europa.

Ana Barjasic, CEO da Connectology, garante que “há um potencial enorme de investimento em projetos de recuperação. No entanto, quaisquer iniciativas precisam de ser apresentadas e formatadas numa linguagem que os investidores entendam. A expertise e experiência da Connectology em lidar com investidores serão cruciais para o projeto de novos instrumentos financeiros”.

Spectre: o primeiro elétrico da Rolls-Royce chega em 2023

A Rolls-Royce lançará o seu primeiro modelo totalmente elétrico em 2023, tendo anunciado ainda a sua intenção de apenas comercializar carros elétricos após 2030.

De acordo com o fabricante britânico, o seu primeiro EV será o coupé Spectre, um modelo de duas portas, que será construído com a mesma arquitetura de alumínio que atualmente sustenta todos os modelos da empresa.

Para o CEO Torsten Mueller-Oetvoes, a eletrificação da Rolls-Royce é o momento mais significativo na história da empresa desde que foi fundada, em 1904 e garantiu que a motorização elétrica adaptar-se-á à natureza de luxo da marca, caracterizando-a como “silenciosa e refinada”.

Além disto, Torsten descreve o Spectre como o “primeiro e melhor produto de luxo do seu segmento”. Uma fotografia de um protótipo divulgada pela Rolls-Royce mostra semelhanças na traseira com o descontinuado Coupé Wraith, sugerindo que, em termos de design, o Spectre 100% elétrico será o substituto direto do Wraith, outrora movido por um motor V-12 da BMW. 

Assim como no modelo descontinuado, as portas são articuladas na parte de trás com a maçaneta colocada abaixo do espelho da porta e, mais uma vez, o CEO da fabricante de luxo, garante que o modelo elétrico será “inconfundivelmente um Rolls-Royce, ao mesmo tempo que expressa indubitavelmente que é um carro movido a eletricidade”.

O Spectre segue uma tradição de nomenclatura Rolls-Royce usando outra palavra para fantasma, seguindo Wraith, Phantom e Ghost.

Em 2011, a Rolls-Royce revelou o protótipo elétrico 102EX do Phantom, mas, apesar da energia elétrica fornecer a “capacidade de flutuação” silenciosa que os clientes procuram nos seus carros, o projeto foi interrompido devido a preocupações com a autonomia e tempo de carregamento.

No ano passado, a Rolls-Royce admitiu que a sua transição para a eletrificação foi impulsionada mais pela legislação do que pela procura dos clientes. Um porta-voz da marca admitiu que “não há procura por parte dos clientes, mas precisamos de estar em posição de lhes vender um carro se a legislação os proíbe de conduzir um carro com motor a combustão até ao centro de uma cidade”.

As entregas do Spectre começarão no quarto trimestre de 2023, significando isto que a empresa vai bater o seu rival britânico, Bentley, no mercado com seu primeiro EV.

Voos de cinco aeroportos europeus emitem mais CO2 do que a Suécia

Uma monitorização dos aeroportos europeus revela que, em conjunto, os cinco maiores aeroportos emitem mais CO2 do que toda a economia sueca, com emissões quase totalmente isentas de impostos.

A plataforma, criada pela ODI Transporte e Meio Ambiente (T&E) e pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), que monitoriza os aeroportos revelou, pela primeira vez, quanto CO2, exatamente, é libertado dos aviões que saem dos aeroportos.

Os voos de passageiros que partem de Heathrow (Londres), Charles de Gaulle (Paris), Frankfurt, Amesterdão e Madrid emitem 53 milhões de toneladas de CO2 isentas de imposto sobre combustível, com apenas 15% cobertas pelos regimes voluntários de limitação e transação de emissões. Estes esquemas incluem apenas voos domésticos e da UE, o que significa que os voos que saem da Europa não são cobertos.

Para Jo Dardenne, responsável da T&E para a aviação, “ao contrário dos carros ou estações de energia, a maioria das emissões dos voos são libertadas fora das fronteiras da Europa, deixando grande parte das emissões dos aeroportos europeus escandalosamente esquecida. Todos os voos devem ser incluídos no sistema de comércio de emissões, não apenas aqueles dentro da Europa”.

No aeroporto de Paris Charles de Gaulle, 80% das emissões provêm de voos de longo curso, enquanto a maioria que parte de aeroportos menores, como Cracóvia, são de curta distância. A poluição dos aeroportos menores é, portanto, mais tributada do que a dos maiores, que atendem a voos mais longos.

Segundo as ONGs, essas emissões de carbono não documentadas e não tributadas são importantes quando se considera as expansões dos aeroportos. As emissões do setor de aviação cresceram anualmente 5% desde 2013 a 2018, atingindo 2,5% das emissões globais de CO2 – se fosse um país, seria o sétimo maior emissor global.

Jo Dardenne conclui: “[a]gora podemos ver a aumento alarmante das emissões dos aeroportos e está claro que o setor de aviação não faz o suficiente para conter a sua poluição. Não podemos justificar a expansão do aeroporto neste momento de crise climática”.

Todos os principais aeroportos mencionados têm planos de expansão, principalmente o de Heathrow, cuja expansão foi adiada recentemente devido à COVID-19. Este aeroporto é o segundo que emite mais emissões mundialmente – cerca de 16,2 milhões de toneladas de CO2 anualmente, o equivalente a 8,1 milhões de automóveis.