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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

Notícias

Indústria da aviação unida para atingir a neutralidade carbónica até 2050

A indústria global de transporte aéreo traçou a meta climática de longo prazo para atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050.

Numa declaração recentemente divulgada, os representantes das principais associações mundiais da indústria de aviação, incluindo a ACI World, bem como os maiores fabricantes de aeronaves e motores, comprometeram-se a atingir, nas operações globais de aviação civil, a neutralidade carbónica até 2050. Este plano será apoiado por medidas de eficiência acelerada, transição energética e inovação em todo o setor de aviação e em parceria com governos a nível mundial.

O Diretor Geral da ACI, Luis Felipe de Oliveira, relembra, no entanto, a importância da colaboração dos governos e da comunidade da aviação para ajudar a cumprir estes objetivos.

Diferentes iniciativas de ação climática, tais como, apoio a novas tecnologias de aeronaves tanto elétricas como a hidrogénio, melhorias na eficiência operacional e na infraestrutura serão fundamentais para que se alcance a neutralidade carbónica. Espera-se que a aceleração da produção e uso de combustível sustentável (SAF) desempenhe um papel importante na redução do impacto climático da aviação. Além disso, quaisquer emissões pendentes serão capturadas usando medidas de remoção de carbono.

A declaração foi fornecida pelo Grupo de Ação do Transporte Aéreo (ATAG), uma aliança entre organizações e empresas do setor do transporte aéreo que impulsiona o desenvolvimento sustentável do setor. A Organização também produziu o relatório The Waypoint 2050, que traça caminhos para o setor de transporte aéreo atingir essa meta climática atualizada. 

Schneider Electric vai premiar estudantes com as melhores ideias sustentáveis

A Schneider Electric está à procura de agentes de mudança em todo o mundo. Juntamente com o seu parceiro de software, a AVEVA, o Grupo lançou o Schneider Go Green 2022, uma competição anual para estudantes, para encontrar as ideias ousadas mais recentes na área da inovação digital e sustentável.

Com a Schneider Electric a comprometer-se a assegurar o dobro de oportunidades para estagiários, aprendizes e licenciados recém-contratados até 2025, como parte do seu Relatório do Impacto de Sustentabilidade da Schneider do Q2 2021, o Go Green dá aos alunos a possibilidade de apresentarem as suas ideias aos principais líderes da indústria e receberem orientação por parte de especialistas e profissionais, bem como aconselhamento sobre oportunidades de emprego e ainda a oportunidade de ganhar um prémio no valor de até 10.000 euros.

Para Charise Le, Chief Human Resources Officer da Schneider Electric, “através do Schneider Go Green procuramos alunos capazes e dedicados com ideias ousadas e sustentáveis. Acreditamos que o acesso à energia é um direito humano básico, e esta competição global oferece novas maneiras de o alcançar”.

O Schneider Go Green é um evento para os estudantes de Gestão, Engenharia, Marketing e Inovação de todo o mundo. A competição de 2021 contou com a participação de 25.000 jovens de mais de 3.000 universidades em 130 países. A edição de 2022 deverá atrair ainda mais interesse graças aos seus cinco tópicos específicos: “Acesso à Energia”, “Casas do Futuro”, “Cadeia de Distribuição do Futuro”, “Redes do Futuro” e “Des[codificar] o Futuro”.

A ideia vencedora de 2021 pertenceu a duas estudantes da Universitat Politécnica de Catalunya, em Espanha, que apresentaram uma solução sustentável e com propósito chamada ‘Light Pill’: uma fonte de luz artificial e um purificador de água com luz ultravioleta em forma de tampa de garrafa, pensada para ajudar as comunidades sem acesso a energia e água potável.

Na edição deste ano, espera-se que todas as equipas participantes, compostas por dois a quatro alunos, se identifiquem com a diversidade de géneros, em linha com a política da Schneider Electric para a promoção da Diversidade, Equidade e Inclusão. O período de submissão de candidaturas decorre até dia 30 de novembro de 2021 na América do Norte, e entre fevereiro e março de 2022 no resto do o mundo. O Schneider Go Green está aberto a alunos de licenciatura ou mestrado em todo o mundo, e os membros da equipa devem estar a estudar no mesmo país no período de duração da competição.

Consórcio Merlin tem 21 milhões de euros para recuperar ecossistemas de água doce

O consórcio Merlin, que agrega 44 parceiros europeus que procuram soluções novas e eficazes para recuperar as funções dos ecossistemas de água doce, recebeu 21 milhões de euros da Comissão Europeia para pôr em prática um conjunto alargado de projetos.

Entre os parceiros do consórcio estão universidades, institutos de pesquisa, organizações de conservação da natureza, empresas privadas, partes interessadas de negócios, governos e municípios. 

Do valor total do financiamento comunitário, 10 milhões de euros têm já como destino 17 áreas geográficas diferentes, da Finlândia a Israel, onde muitos rios, riachos e pântanos estão a ser recuperados a um estado quase natural. Estes grandes projetos serão agora expandidos com o financiamento da UE e desenvolvidos com base em modelos europeus.

Daniel Hering, coordenador do projeto Merlin, avisa que “um dos focos é a cooperação com indústrias e setores que podem beneficiar da recuperação dos ecossistemas, como por exemplo, a agricultura, a produção de água potável e as seguradoras. Os efeitos das medidas aplicadas serão contabilizados tanto económica como ecologicamente”.

O objetivo do consórcio Merlin é também identificar e criar soluções de financiamento inovadoras para ajudar a melhorar a recuperação ecológica dos ecossistemas de água doce. É neste aspeto particular que assume relevância o envolvimento da empresa portuguesa Connectology no consórcio. Especializada na área de investimentos e projetos de empreendedorismo, a Connectology é a responsável pelo desenvolvimento de instrumentos financeiros prontos para serem utilizados em projetos de renovação dos ecossistemas em toda a Europa.

Ana Barjasic, CEO da Connectology, garante que “há um potencial enorme de investimento em projetos de recuperação. No entanto, quaisquer iniciativas precisam de ser apresentadas e formatadas numa linguagem que os investidores entendam. A expertise e experiência da Connectology em lidar com investidores serão cruciais para o projeto de novos instrumentos financeiros”.

Spectre: o primeiro elétrico da Rolls-Royce chega em 2023

A Rolls-Royce lançará o seu primeiro modelo totalmente elétrico em 2023, tendo anunciado ainda a sua intenção de apenas comercializar carros elétricos após 2030.

De acordo com o fabricante britânico, o seu primeiro EV será o coupé Spectre, um modelo de duas portas, que será construído com a mesma arquitetura de alumínio que atualmente sustenta todos os modelos da empresa.

Para o CEO Torsten Mueller-Oetvoes, a eletrificação da Rolls-Royce é o momento mais significativo na história da empresa desde que foi fundada, em 1904 e garantiu que a motorização elétrica adaptar-se-á à natureza de luxo da marca, caracterizando-a como “silenciosa e refinada”.

Além disto, Torsten descreve o Spectre como o “primeiro e melhor produto de luxo do seu segmento”. Uma fotografia de um protótipo divulgada pela Rolls-Royce mostra semelhanças na traseira com o descontinuado Coupé Wraith, sugerindo que, em termos de design, o Spectre 100% elétrico será o substituto direto do Wraith, outrora movido por um motor V-12 da BMW. 

Assim como no modelo descontinuado, as portas são articuladas na parte de trás com a maçaneta colocada abaixo do espelho da porta e, mais uma vez, o CEO da fabricante de luxo, garante que o modelo elétrico será “inconfundivelmente um Rolls-Royce, ao mesmo tempo que expressa indubitavelmente que é um carro movido a eletricidade”.

O Spectre segue uma tradição de nomenclatura Rolls-Royce usando outra palavra para fantasma, seguindo Wraith, Phantom e Ghost.

Em 2011, a Rolls-Royce revelou o protótipo elétrico 102EX do Phantom, mas, apesar da energia elétrica fornecer a “capacidade de flutuação” silenciosa que os clientes procuram nos seus carros, o projeto foi interrompido devido a preocupações com a autonomia e tempo de carregamento.

No ano passado, a Rolls-Royce admitiu que a sua transição para a eletrificação foi impulsionada mais pela legislação do que pela procura dos clientes. Um porta-voz da marca admitiu que “não há procura por parte dos clientes, mas precisamos de estar em posição de lhes vender um carro se a legislação os proíbe de conduzir um carro com motor a combustão até ao centro de uma cidade”.

As entregas do Spectre começarão no quarto trimestre de 2023, significando isto que a empresa vai bater o seu rival britânico, Bentley, no mercado com seu primeiro EV.

Voos de cinco aeroportos europeus emitem mais CO2 do que a Suécia

Uma monitorização dos aeroportos europeus revela que, em conjunto, os cinco maiores aeroportos emitem mais CO2 do que toda a economia sueca, com emissões quase totalmente isentas de impostos.

A plataforma, criada pela ODI Transporte e Meio Ambiente (T&E) e pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), que monitoriza os aeroportos revelou, pela primeira vez, quanto CO2, exatamente, é libertado dos aviões que saem dos aeroportos.

Os voos de passageiros que partem de Heathrow (Londres), Charles de Gaulle (Paris), Frankfurt, Amesterdão e Madrid emitem 53 milhões de toneladas de CO2 isentas de imposto sobre combustível, com apenas 15% cobertas pelos regimes voluntários de limitação e transação de emissões. Estes esquemas incluem apenas voos domésticos e da UE, o que significa que os voos que saem da Europa não são cobertos.

Para Jo Dardenne, responsável da T&E para a aviação, “ao contrário dos carros ou estações de energia, a maioria das emissões dos voos são libertadas fora das fronteiras da Europa, deixando grande parte das emissões dos aeroportos europeus escandalosamente esquecida. Todos os voos devem ser incluídos no sistema de comércio de emissões, não apenas aqueles dentro da Europa”.

No aeroporto de Paris Charles de Gaulle, 80% das emissões provêm de voos de longo curso, enquanto a maioria que parte de aeroportos menores, como Cracóvia, são de curta distância. A poluição dos aeroportos menores é, portanto, mais tributada do que a dos maiores, que atendem a voos mais longos.

Segundo as ONGs, essas emissões de carbono não documentadas e não tributadas são importantes quando se considera as expansões dos aeroportos. As emissões do setor de aviação cresceram anualmente 5% desde 2013 a 2018, atingindo 2,5% das emissões globais de CO2 – se fosse um país, seria o sétimo maior emissor global.

Jo Dardenne conclui: “[a]gora podemos ver a aumento alarmante das emissões dos aeroportos e está claro que o setor de aviação não faz o suficiente para conter a sua poluição. Não podemos justificar a expansão do aeroporto neste momento de crise climática”.

Todos os principais aeroportos mencionados têm planos de expansão, principalmente o de Heathrow, cuja expansão foi adiada recentemente devido à COVID-19. Este aeroporto é o segundo que emite mais emissões mundialmente – cerca de 16,2 milhões de toneladas de CO2 anualmente, o equivalente a 8,1 milhões de automóveis.

Camiões mais ecológicos para recolha de resíduos urbanos na Maia

A Sociedade Comercial C. Santos entregou à Ferrovial Serviços, para operação no munícipio da Maia, quatro camiões Mercedes-Benz ECONIC 1830G L NGT movidos a gás natural comprimido (GNC) para a recolha urbana seletiva (RSU).

Os quatro camiões vêm aumentar uma frota já de si ecológica. A Ferrovial Serviços foi, de resto, pioneira na incorporação de camiões de RSU movidos a gás natural, tendo desde 2012 veículos que funcionam àquele combustível, entre os quais unidades Mercedes-Benz fornecidas pela Sociedade Comercial C. Santos. 

“Em linha com os objetivos da Câmara Municipal da Maia e da Maiambiente – Empresa Pública Municipal responsável pela remoção dos resíduos sólidos urbanos e equiparados a urbanos, recolha seletiva de materiais recicláveis e manutenção da higiene e limpeza dos locais públicos, no concelho da Maia, a redução das emissões de gases com efeito de estufa é uma prioridade da Ferrovial Serviços e não têm sido poupados esforços para ir de encontro às orientações estratégicas nacionais e comunitárias de promoção da sustentabilidade ambiental, através da utilização de energias alternativas. Além disso, a utilização destas viaturas contribui, também, para a redução dos custos energéticos”, afirma Celso Pereira, diretor de compras e frota da Ferrovial Serviços, empresa que detém o contrato para os serviços de recolha seletiva porta-a-porta e de contentores no concelho da Maia. 

“É excelente para a Sociedade Comercial C. Santos voltar a ter a confiança da da Ferrovial Serviços, para a renovação da sua frota, ao serviço da Maiambiente. Com motor a gás natural M 936 G, o Mercedes-Benz ECONIC 1830G L NGT permite uma propulsão mais limpa, eficiente e silenciosa. Além disso, a cabina construída e versatilizada para as atividades municipais é uma mais-valia em termos de operação, conforto e visibilidade, com claros ganhos em termos de segurança”, refere o chefe de vendas de veículos comerciais pesados na Sociedade Comercial C. Santos, Álvaro Cascata.

Os Mercedes-Benz ECONIC 1830G L NGT de 19 toneladas caracterizam-se pela baixa altura e excelente acessibilidade da sua cabina. Com espaço para quatro ocupantes e piso rebaixado, oferece entrada e saída fácil aos profissionais que efetuam a recolha dos resíduos (em grande parte graças à porta lateral dobrável) e permite ao condutor disfrutar de grande visibilidade e contacto visual facilitado com os outros utilizadores das vias, sobretudo os mais vulneráveis, como peões e ciclistas.

A peça central do Econic NGT movido a GNC é o motor de seis cilindros em linha de 7,7 litros. Com 222 kW (302 cv) de potência e um binário máximo de 1200 Nm, este propulsor foi desenvolvido com base na moderna série de motores 936. De acordo com a Mercedes-Benz, o motor Euro VI a combustível gasoso tem níveis de ruído e emissões particularmente baixos, além de que, ao usar gás natural, quase não emite partículas. A combustão do gás natural produz cerca de menos 20% de CO2 face a motores equivalentes a diesel e, caso utilize biogás, o motor pode, mesmo, ser neutro em termos de emissões de CO2.

Além disso, as emissões de ruído do Econic NGT também ficam bastante abaixo dos limites permitidos pela lei, o que é uma mais-valia para as unidades agora entregues à Ferrovial Serviços para a recolha no município da Maia. Esta atividade é, recorde-se, efetuada, também, em parte no período noturno e em zonas residenciais.

Outubro é o mês do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico!

Outubro chegou e, com ele, abrem-se as portas da Alfândega do Porto para receber o 5º Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, que decorrerá nos dias 22, 23 e 24 deste mês (sexta-feira a domingo).

O maior salão de mobilidade elétrica de Portugal regressa com a presença das principais marcas do setor, que irão exibir as principais novidades do mercado. O Green Future AutoMagazine volta a ser revista oficial do evento para acompanhar as inúmeras atividades que terão lugar, desde a exposição de veículos aos seminários sobre mobilidade.

Este ano, o Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico conta com estreias ‘fresquinhas’ no mercado, como é o caso dos automóveis 100% elétricos Kia EV6, Nissan Ariya e Tesla Model Y, que farão a sua primeira aparição pública no evento. Os visitantes podem ainda esperar o plug-in Peugeot 308 e, para quem é fã de veículos de duas rodas, a icónica marca nacional Famel estará na exposição, assim como a Horwin e aMoti. Trotinetes e bicicletas elétricas também estarão representadas no salão com a gama da VoltStore. 

Os salões da Alfândega do Porto vão encher-se ainda com várias outras novidades, como é o caso do novo Ford Mustang Mach-E, Jaguar E-Pace, Volvo XC40, Mitsubishi Eclipse Cross PHEV e Land Rover Evoque (PHEV). Poderá, ainda, ver de perto o Hyundai Ioniq 5, o novo Audi Q4 e-tron e o Audi e-tron GT.  A Toyota também marcará presença com o primeiro sedan a hidrogénio do mundo, o Toyota Mirai. 

Os visitantes ainda terão a possibilidade de realizar no local testes aos seus modelos preferidos, tal como aconteceu nas edições anteriores.

Também como em edições anteriores, o programa integra vários seminários, onde os participantes poderão ver as suas dúvidas esclarecidas e ficar a par dos temas mais relevantes para o futuro sobre o futuro da mobilidade. 

O evento será realizado com o apoio institucional da Câmara Municipal do Porto, contando ainda com o patrocínio da GALP (main sponsor) e do PiscaPisca.pt. Os hotéis Vila Galé são os hotéis oficiais do evento. 

Tal como na edição passada, a organização assegura o cumprimento de todos os protocolos recomendados pela Direção Geral de Saúde, para que expositores, visitantes e membros da organização disfrutem do evento com toda a segurança.

Os bilhetes para a 5ª edição do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico podem ser adquiridos aqui.

EDP e Kia desenvolvem uma das maiores redes de carregamento ultrarrápido de Espanha

A EDP e a Kia Ibéria assinaram um acordo para instalar pontos de carregamento ultrarrápido nos 40 principais concessionários oficiais da Kia em Espanha. Com esta parceria, qualquer pessoa poderá carregar um carro elétrico nos concessionários Kia, com facilidade e rapidez, 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Estes novos pontos de carregamento ultrarrápidos têm uma potência de 150 kW, o que permite uma maior agilidade e rapidez no fornecimento de energia e melhora significativamente a experiência do utilizador no carregamento do veículo elétrico. Além disso, um dos pontos da rede terá 350 kW, no concessionário principal da marca, em San Sebastián de los Reyes, Madrid. Este permitirá que os clientes carreguem o novo EV6 elétrico a 800 volts, alcançando uma autonomia de 100 km em menos de 4,5 minutos ou um carregamento de 10% a 80% da bateria em menos de 18 minutos. Com esta aliança com a EDP, a Kia é a primeira marca automóvel generalista a promover uma rede de carregamento ultrarrápido robusta em Espanha.

Eduardo Dívar, diretor geral da Kia Ibéria, destaca que “[a] infraestrutura de carregamento é, sem dúvida, um fator-chave na decisão de compra de um veículo elétrico e eletrificado. A Kia sabe disto e aliou-se a uma empresa líder como a EDP para poder oferecer, com o apoio e grande abrangência da nossa rede de concessionários, uma das redes de carregamento mais rápidas de Espanha e assim contribuir para eliminar uma das principais incertezas existentes na hora de adquirir este tipo de veículo”.

Todos os pontos de carregamento serão integrados na plataforma MOVE ON da EDP em Espanha e na KiaCharge e juntam-se aos cerca de 2.500 pontos de carregamento públicos geridos pela EDP em Portugal e Espanha.

O que fazer com as baterias usadas dos carros elétricos? BattMAN tem a resposta.

O que é que acontece à bateria de um veículo elétrico quando chega ao fim da sua vida útil?

Esta é, provavelmente, a pergunta que muitos fazem quando pensam em mobilidade elétrica. A resposta passa pelo novo software de análise BattMAN ReLife, que será usado como meio de diagnóstico inicial na reciclagem de baterias na fábrica piloto do Grupo, em Salzgitter.

Dependendo da capacidade que o sistema de inspeção deteta, uma bateria de alta tensão pode ser reutilizada num veículo no todo ou em parte, receber uma segunda vida como um reservatório de energia móvel ou estacionário, ou o material pode ser devolvido à produção de células por meio de um processo de reciclagem inovador.

A primeira versão do software BattMAN (Battery Monitoring Analysis Necessity) foi desenvolvida pelo departamento de controlo de qualidade da Audi Bruxelas para a análise rápida e fiável da bateria de alta tensão do Audi e-tron. Já é utilizado como ferramenta de diagnóstico para várias marcas do Grupo Volkswagen.

O BattMAN é resultado da cooperação entre vários especialistas em reciclagem do Grupo Volkswagen e, após vários meses de programação e testes, o BattMAN ReLife é a solução de avaliação fiável de uma bateria em apenas alguns minutos, para ajudar a determinar o seu curso posterior. O mesmo processo, anteriormente, demorava várias horas.

Em primeiro lugar, o dispositivo verifica se a bateria é capaz de comunicar e transferir dados, detetando e exibindo quaisquer mensagens de erro, bem como resistência de isolamento, capacidade, temperaturas e tensões na célula.

Axel Vanden Branden, Engenheiro de Qualidade da Audi Bruxelas, explica: “Somos capazes de medir todos os parâmetros mais importantes de uma célula. Em seguida, um sistema de semáforo indica o estado célula por célula – verde significa que a célula está em boas condições, amarelo significa que requer uma inspeção mais detalhada e vermelho significa que a célula está fora de serviço”.

Isto permite determinar o estado geral de saúde de uma bateria. Uma vez determinado o estado da bateria, existem três opções: a primeira é a chamada ‘remanufactura’, um processo pelo qual a bateria, devido ao seu bom ou muito bom estado de saúde, pode ser reprocessada para uso posterior como peça de reposição para veículos elétricos após passar por trabalhos de reparação, refletindo o seu valor de mercado atual. Vários modelos estão atualmente em revisão e preparação.

Na segunda opção, uma bateria recebe a sua ‘segunda vida’ quando apresenta um estado de saúde de nível médio a bom, que permitirá o seu uso continuado fora de um veículo elétrico por muitos anos, numa estação de carregamento rápido, num robô de carregamento móvel, num sistema de transporte sem motorista ou uma empilhadora, bem como em armazenamento doméstico.

Já a terceira opção envolve a reciclagem eficiente na fábrica piloto de Componentes do Grupo Volkswagen em Salzgitter, onde os processos mecânicos dividem apenas as baterias mais gastas nos seus materiais básicos, como alumínio, cobre, plásticos e ‘pó negro’, um resíduo que contém os valiosos componentes da bateria – lítio, níquel, magnésio, cobalto e grafite – que são separados por parceiros especializados usando meios hidrometalúrgicos, antes de serem processados ​​novamente.

Frank Blome, diretor de sistemas de bateria da Volkswagen Group Components, assegura que os “materiais reciclados da bateria são tão eficazes quanto os novos. Esses materiais reciclados serão usados ​​para abastecer as nossas atividades de produção de células no futuro”.

Será este o futuro da mobilidade urbana?

A Citroën, a Accor e a JCDecaux juntaram-se num colaboração criativa, denominada The Urban Collëctif, para desenvolverem um novo conceito de mobilidade, que tem como objetivo último descongestionar as cidades. 

Este novo conceito assenta num modelo do tipo open source denominado Citroën Autonomous Mobility Vision e baseia-se numa plataforma de mobilidade autónoma e elétrica – The Citroën Skate – e em Pods dedicados a diferentes serviços e utilizações.

Segundo o coletivo, trata-se de um modelo revolucionário de mobilidade open source, coletiva e partilhada, oferecendo a mobilidade autónoma que se adapta à procura. Este modelo de mobilidade baseia-se numa frota de The Citroën Skate, robôs de transporte que se deslocam continuamente pelas cidades, acoplados a Pods. O The Citroën Skate é o suporte, o transportador que oferece a mobilidade. O Pod, acoplado ao The Citroën Skate, permite que os seus utilizadores beneficiem de serviços à sua escolha, sempre que desejarem.

The Citroën Skate

Esta solução tecnológica, que oferece uma multiplicidade de utilizações, baseia-se numa frota de veículos sem condutor, autónomos e interligados, possibilitando a agilização do tráfego em pelo menos 35%. Para tal, estes veículos destinados a circular em vias dedicadas estão equipados com tecnologias autónomas de nível 5. Para tornar esta mobilidade acessível, apesar do elevado custo de implementação de tecnologias autónomas, o sistema baseia-se numa gestão inteligente da frota com uma utilização ultra-flexível e maximizada, a pedido.

Sobre a plataforma, existem diversos Pods que podem ser acoplados. O primeiro, Sofitel En Voyage, nascido da colaboração entre a Accor e a Citroën, oferece deslocações urbanas, em condições excecionais de conforto e de serviços, com vistas panorâmicas da cidade, já que é um paralelepípedo arquitetónico em vidro e marchetaria. Equipado com portas deslizantes automatizadas, o Pod permitiria que dois a três passageiros se sentassem a bordo, onde um ecrã interior em LED progressivo mostraria informações em tempo real: mensagens pessoais, notícias, o estado do tempo, hora de chegada, tempo de viagem. Tudo foi projetado para se adaptar aos gostos pessoais de cada um, incluindo um bar oferecendo bebidas e doces, revistas, flores frescas, um sistema de som, carregadores por indução e iluminação ambiente configurável. 

Sofitel en Voyage

O segundo Pod, Pullman Power Fitness, nascido da parceria entre a Accor e a Citroën, proporcionaria uma experiência atlética das salas de fitness Pullman, onde o utilizador único poderia fazer desporto de uma forma independente, com o remo de um lado e a bicicleta do outro, enquanto se desloca dentro das cidades.

Outro Pod é o JCDecaux City Provider, que se apresenta como uma solução de transporte urbano capaz de embarcar de forma simples e ergonómica todos aqueles que se deslocam acompanhados de bagagem, carrinhos de bebé, cadeira de rodas, sozinhos ou na companhia de outros.

Pullman Power Fitness

O conceito The Citroën Skate é uma solução de mobilidade urbana, apta a circular em todos os centros urbanos, em faixas dedicadas e protegidas. É autónomo, elétrico e recarregável por indução e pode operar, quase continuamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana, carregando automaticamente sempre que necessário, em bases de carregamento dedicadas.

O The Citroën Skate é a plataforma de mobilidade que permite que os Pods se movam de acordo com as necessidades: está posicionado abaixo dos Pods solicitados, para gerar as deslocações e ativar os serviços. A manobra de posicionamento dos Pods faz-se em menos de 10 segundos. O The Citroën Skate é uma plataforma de mobilidade universal que pode ser usada para a deslocação de todos os tipos de Pods, reforçando, assim, a utilização da tecnologia, no quotidiano.

A sua velocidade máxima está limitada aos 25 km/h ou mesmo aos 5 km/h, dependendo da zona, de modo a garantir a segurança de todos os utilizadores. A velocidade é configurável de acordo com as utilizações dos Pods, de forma a melhor responder à procura.

JCDecaux City Provider

De dimensões minimalistas, o The Citroën Skate mede 2,60 m de comprimento, 1,60 m de largura e 51 cm de altura, de forma a não ocupar em demasia o espaço público.

Com a tecnologia do The Citroën Skate, tudo se torna possível pelo conceito de open source que permite a qualquer decisor desenvolver um Pod compatível, tendo em conta as especificações técnicas do The Citroën Skate.

As autoridades locais, entidades públicas ou empresas poderão beneficiar da tecnologia do The Citroën Skate através do desenvolvimento dos seus próprios Pods para o transporte de pessoas, oferta de serviços ou bens de consumo, no recinto de um local privado ou público, num aeroporto, numa fábrica ou num centro de congressos.