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Green Future-AutoMagazine

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Notícias

Stratio fecha contrato global de manutenção preditiva e diagnóstico remoto com a Keolis

A empresa portuguesa Stratio anunciou a assinatura de um contrato global para fornecer manutenção preditiva e tecnologia de diagnóstico remoto às redes de veículos da Keolis. Como parte do acordo, o grupo Keolis, que opera em 14 países, utilizará a plataforma Stratio para efetuar manutenção preditiva e diagnóstico remoto dos seus autocarros citadinos e de longo curso. 

A Plataforma Stratio, que apresenta modelos avançados e agnósticos de inteligência artificial e machine learning, pode monitorizar, analisar e prever falhas em tempo real, em veículos de qualquer tipo, marca e modelo. De acordo com a Stratio, esta mudança – de manutenção preventiva para manutenção preditiva – resulta num aumento do tempo de operação dos veículos e numa otimização das operações de manutenção, o que permite poupar custos e melhorar o serviço ao público.  

“A solução Stratio, que já está implementada em várias redes da Keolis em França, permite às equipas de manutenção consultar e resolver as avarias dos veículos. Isto elimina tempos de paragem dispendiosos, permitindo-nos oferecer um serviço ainda mais fiável, eficiente e seguro aos passageiros, ao mesmo tempo que ajudamos as nossas equipas de operações a melhorar a performance de eco driving“, disse Pierre Gosset, director da Divisão Industrial do Grupo Keolis.

Por seu lado, Rui Sales, co-fundador e presidente da Stratio, afirma que “O empenho da Keolis na inovação, automatização e digitalização das suas operações de manutenção demonstra o quanto este grupo valoriza os seus clientes. Estamos satisfeitos por terem escolhido a Stratio para os ajudar a atingir o seu objectivo de ligar as pessoas a oportunidades e recursos com um serviço de transporte público seguro, fiável e sustentável. Esta parceria à escala global com uma das maiores frotas do mundo acelera a concretização do nosso objectivo de criar um futuro sem paragens que beneficie toda a população”.

A Keolis é um dos principais operadores de redes de transportes públicos do mundo, sendo nomeadamente líder em sistemas automatizados de metro e comboios urbanos. Desenvolve ainda atividades em várias outras áreas da mobilidade partilhada – car sharing, car pooling, gestão de estacionamento e transporte médico, entre outros. Emprega mais de 68.000 pessoas em 14 países e atingiu receitas globais de 6,3 mil milhões de euros em 2020.

Volkswagen inicia construção da sua primeira ‘gigafactory’

A Volkswagen iniciou a construção da sua primeira fábrica de células de baterias para veículos elétricos, em Salzgitter, Alemanha, ao mesmo tempo que lançou a PowerCo, a nova empresa do Grupo que irá agrupar as suas atividades globais na área das baterias.

Sediada precisamente em Salzgitter, a nova empresa irá, com efeito imediato, gerir as operações internacionais das fábricas, o desenvolvimento da tecnologia de células de bateria, a integração vertical da cadeia de valor e o fornecimento de máquinas e equipamentos às fábricas. Com planos de investimento superiores a 20 mil milhões de euros, espera gerar receitas na mesma ordem de valores e criar cerca de 20.000 empregos na Europa. No futuro, a empresa planeia ainda expandir as suas atividades para outros áreas e produtos, como sistemas de armazenamento para redes de energia.

A nova fábrica de células de bateria da Volkswagen em Salzgitter entrará em funcionamento em 2025 e, quando estiver a funcionar em pleno, terá uma capacidade de produção anual de 40 GWh, suficiente para cerca de meio milhão de veículos elétricos.

É também o modelo para futuras fábricas de células de bateria do Grupo Volkswagen: “O que testámos milhões de vezes com plataformas de veículos, como a MQB e a MEB, também lançará as bases para estabelecer a produção de células: estaremos a padronizar com base em padrões europeus e upscaling. Desta forma, combinaremos velocidade e otimização de custos com os mais altos níveis de qualidade”, afimou o CEO da PowerCo, Frank Blome.

A padronização abrangerá equipamentos, edifícios e infraestruturas, mas também produtos, processos e Tecnologias de Informação. Com isto, a Volkswagen espera criar fábricas que podem ser rapidamente convertidas para inovações a nível de de produto e produção. As fábricas utilizarão exclusivamente eletricidade de fontes renováveis e serão projetadas para integrarem processos de reciclagem em circuito fechado, no futuro.

O objetivo da marca germânica passa por atingir uma capacidade anual de produção de 240 GWh, com seis fábricas na Europa, desenvolvidas e operadas em conjunto com parceiros. Depois de Salzgitter, a próxima fábrica de células será construída em Sagunto, na região de Valência, Espanha; e a marca afirma estar já a avaliar localizações possíveis para outras três instalações. Está ainda a considerar a possibilidade de abrir novas fábricas na América do Norte.

, a primeira das quais localizada em Sagunt, na região de Valência, Espanha. Neste momento, a marca alemã está a avaliar possíveis localizações para mais três fábricas – o objetivo é uma capacidade de produção anual combinada de 240 GWh em 2030, com seis fábricas desenvolvidas e operadas com diferentes parceiros.

A Volkswagen também revelou a célula unificada prismática anunciada no Power Day de 2021. Produzida com recurso a energia renovável e passível de ser reciclada em mais de 90%, permite a utilização flexível de uma série de diferentes químicas e será usada em 80% de todos os modelos do Grupo. A nova célula unificada aproveita sinergias e permitirá também reduzir até 50% os custos das baterias. A marca declara que os protótipos produzidos até o momento demonstraram um “desempenho altamente promissor” em parâmetros como autonomia, tempos de carregamento e segurança, essenciais para um futuro padrão industrial.

Vendas de elétricos nos EUA superam ponto de inflexão e devem crescer acima do previsto

De acordo com a BloombergNEF, que monitoriza das taxas de adoção de veículos elétricos nos vários países do mundo, os Estados Unidos são o membro mais recente do ‘clube’ em que os automóveis totalmente elétricos representam mais de 5% das vendas totais de novos automóveis.

No primeiro semestre de 2022, os EUA juntaram-se assim à Europa e China – em conjunto, os três maiores mercados – a ultrapassar a barreira dos 5%, que, de acordo com a análise da BloombergNEF, sinaliza o início da adoção em massa de veículos elétricos, por parte dos consumidores.

Assim, se os EUA seguirem a tendência que se verificou nos dezoito países – incluindo Portugal – que haviam já superado este limiar, 25% dos novos automóveis vendidos no mercado serão totalmente elétricos até ao final de 2025, entre um e dois anos antes da maioria das previsões anteriores.

Segundo a BloombergNEF, as mais bem-sucedidas novas tecnologias – a eletricidade, a televisão, os telemóveis, a internet ou as lâmpadas LED – seguem uma curva de adoção em forma de S: após uma fase inicial de crescimento lento e imprevisível, a tecnologia é adotada rapidamente depois de atingido um determinado limiar, à medida que se torna mais convencional. No final, quando a nova tecnologia está disseminada, a curva torna-se novamente menos pronunciada – os últimos ‘fiéis’ às antigas tecnologias.

No caso dos veículos elétricos, 5% parece ser o ponto de inflexão, no qual as vendas se generalizam além dos pioneiros, para os consumidores ‘convencionais’. A procura acelera rapidamente depois deste limiar, um padrão repetido em vários países, uma vez que a maioria das barreiras à adoção de elétricos são transversais aos vários mercados: oferta limitada de veículos, preços elevados, desconhecimento e desconfiança por parte dos consumidores e infaestrutura de carregamento insuficiente.

A curva de adoção de veículos elétricos é assim muito similar entre os vários países. De acordo com o modelo, os próximos grandes mercados que deverão superar este ponto de inflexão de 5% das vendas ainda este ano são Espanha, Austrália e Canadá.

A BloombergNEF lembra ainda que, sem exceção, todos os países que viram as vendas de elétricos superar a fasquia dos 5% fizeram-no apoiados em incentivos governamentais e de metas de emissões. Nos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden emitiu uma ordem executiva, no ano passado, que determina que os veículos elétricos (incluindo híbridos plug-in) representem 50% das vendas de automóveis novos até 2030.

O crescimento das vendas de elétricos também depende da capacidade da indústria para escalar a produção com rapidez suficiente. Segundo a BloombergNEF, também aqui existe um ponto de inflexão, resultante da necessidade de reconfigurar fábricas, equipamentos e cadeias de fornecimento. Assim, no mercado europeu, quando as vendas de elétricos, por parte de um fabricante, atinge 10% do total das vendas trimestrais, a quota deste tipo de veículos triplica em menos de dois anos.

Já é possível carregar um elétrico em Espanha com a miio

A miio anunciou a entrada no mercado espanhol, disponibilizando os seus serviços de carregamento em 120 postos do país vizinho, incluindo a rede Ionity de super-carregadores.

Desde a passada sexta-feira que os serviços e produtos da start-up portuguesa de mobilidade elétrica, incluindo o carregamento digital ou o pagamento automático, estão disponíveis em Espanha. Contudo, nesta primeira fase, o comparador de preços não está disponível, limitação que a empresa justifica pelo facto de se tratar de um mercado altamente fragmentado.

Através da app miio passa a ser possível aceder à localização dos 120 postos de carregamento em Espanha, onde os utilizadores poderão carregar um veículo elétrico com a empresa portuguesa, que pretende alcançar um total de 3.000 postos de carregamento no mercado espanhol até ao final deste ano. Através da conexão às plataformas de roaming europeias, será possível viajar com a miio em Espanha, com as ligações diretas a outros operadores de postos de carregamento planeadas para uma segunda fase.

“O que pretendemos com este novo passo da miio é levar para Espanha o que acreditamos já fazer bem em Portugal: simplicidade e confiança para viajar num veículo elétrico. O mercado de mobilidade elétrica europeu é altamente fragmentado e bastante diferente do português, sendo que o nosso objetivo é o de proporcionar uma melhor experiência para o consumidor, independentemente da sua nacionalidade ou local de origem”, comentou Daniela Simões, CEO e co-fundadora da miio.

“A principal dificuldade encontrada nesta expansão para Espanha deveu-se ao facto de não existir uma entidade gestora, como existe em Portugal, que agregue todos os postos do país, o que exigiu um esforço técnico bastante grande da nossa parte para podermos apresentar um produto diferenciador” clarificou.

A miio conta atualmente com uma equipa de dezasseis elementos e está a contratar novos recursos para apoiar o seu crescimento e o processo de internacionalização. O objetivo é continuar a desenvolver produtos e serviços para utilizadores de veículos elétricos em Portugal e outros países, “tornando a utilização e carregamento de um veículo elétrico cada vez mais cómoda e conveniente para qualquer pessoa”.

Volvo rompe com ‘lobby’ automóvel europeu em desacordo com política de emissões

A Volvo Cars vai deixar de fazer parte da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) a partir do final de 2022. A empresa sueca justifica esta decisão com as diferenças entre a sua estratégia de emissões zero e a do principal lobby automóvel da Europa.

A Volvo comprometeu-se com uma gama de produtos totalmente elétrica até 2030, cinco anos antes do prazo determinado na proposta da Comissão Europeia para a eliminação das vendas de novos automóveis equipados com motores de combustão interna. A ACEA, por seu lado, defendeu que “qualquer regulamentação de longo prazo que vá além desta década é prematura nesta fase inicial”, depois de, em junho, o Parlamento Europeu ter aprovado a proposta da Comissão.

Em comunicado, a Volvo declara que “concluímos que a estratégia e as ambições de sustentabilidade da Volvo Cars não estão totalmente alinhadas com o posicionamento e a maneira de trabalhar da ACEA nesta fase”.

“Acreditamos, portanto, que é melhor seguir um caminho diferente, por enquanto. O que fazemos como setor desempenhará um papel importante para decidir se o mundo tem uma oportunidade para controlar as alterações climáticas”, acrescentou o fabricante sueco.

Com a saída da Volvo Cars, a ACEA vê-se confrontada com a segunda defeção de peso em menos de um mês, depois do anúncio da Stellantis de que iria abandonar a Associação antes do final do ano, em virtude de uma nova abordagem do grupo às questões da mobilidade, incluíndo uma redução das tradicionais atividades de lobbying. A Stellantis lançou o “Freedom of Mobility Forum”, que o grupo afirma ser um espaço público mais direto para os vários atores envolvidos nas questões da mobilidade.

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis tem sido o principal grupo de lobby do setor desde sua criação em 1991, reunindo os dezasseis maiores fabricantes da Europa.

Toyota quer desenvolver motores de combustão a hidrogénio

A Toyota continua a não ter planos para deixar cair o motor de combustão interna. Em parceria com a Isuzu, DENSO, Hino Motors e Commercial Japan Partnership Technologies Corporation (CJPT), a marca japosena vai iniciar um programa de investigação fundamental sobre motores de combustão interna a hidrogénio para veículos pesados de mercadorias. O objetivo é utilizar “ainda mais” este tipo de motor como opção para alcançar a neutralidade carbónica.

Em comunicado, a Toyota começa por explicar que no caminho para a neutralidade carbónica, existem várias opções de propulsão para atender às necessidades dos clientes, incluindo híbridos, elétricos a bateria e elétricos a pilha de combustível, de acordo com as diferenças nas condições energéticas de cada país e na sua utilização pelos clientes.

Os motores a hidrogénio são, segundo a Toyota, uma dessas opções, dando o exemplo do Toyota Corolla Sport movido a hidrogénio que participa no campeonato Super Taikyu Series, no Japão, desde maio de 2021. No mês passado, a marca revelou as melhorias atingidas ao longo do primeiro ano do projeto: aumento de 20% da autonomia e da potência de saída, e de 30% de aumento do binário.

A marca nipónica também salienta que a tecnologia do hidrogénio está a evoluir, com um número crescente de empresas dedicadas ao desenvolvimento da produção, transporte e utilização do hidrogénio como fonte de energia.

A terminar, a Toyota insiste na ‘defesa’ do motor de combustão interna. A empresa diz que a redução de CO2 no transporte e na logística por veículos comerciais pesados é uma questão social que precisa ser abordada em conjunto com parceiros que compartilham uma visão comum para alcançar uma sociedade neutra em carbono. Os cinco parceiros que vão integrar o projeto de investigação fundamental agora anunciado acreditam que os motores a hidrogénio são uma solução para o problema e “utilizarão as tecnologias e o know-how que cada empresa acumulou para estudar o potencial dos motores a hidrogénio em veículos comerciais pesados”.

BMW mais do que duplica vendas de elétricos no primeiro semestre

O BMW Group vendeu um total de 75.891 veículos BMW e MINI totalmente elétricos em todo o mundo no primeiro semestre de 2022 – mais do que duplicando as vendas de veículos zero emissões em comparação com o mesmo período do ano passado (crescimento de 110,3%).

O objetivo da empresa para 2022 passa por vender mais do que o dobro de veículos totalmente elétricos, relativamente a 2021. A BMW afirma que, após os primeiros seis meses de 2022, está no caminho certo para atingir essa meta, mostrando-se confiante que a “procura particularmente elevada” pelos seus modelos elétricos se mantenha no futuro – a marca dá o exemplo do BMW i4, com mais de 34.000 unidades encomendadas em toda a Europa.

A BMW continua a expandir a sua gama de modelos elétricos a bom ritmo – o BMW i3 (na China), o BMW iX1 e o BMW i7 são os lançamentos previstos para este ano, com o início da produção deste último modelo a ter acontecido no dia 1 de julho na fábrica da marca em Dingolfing, na Alemanha. No próximo ano, estão previstos o BMW i5, o MINI Countryman totalmente elétrico e o Rolls-Royce Spectre, o primeiro automóvel elétrico a bateria da marca britânica.

Com esta linha de produtos, o Grupo pretende ter mais de dois milhões de veículos totalmente elétricos nas estradas até ao final de 2025.

Nesse ano, a empresa vai lançar o BMW Neue Klasse 100% elétrico. A marca da Baviera espera que o modelo dê uma contribuição significativa para os volumes de vendas do Grupo a partir de meados da década. A BMW afirma que o Neue Klasse tem o potencial de acelerar a penetração no mercado da mobilidade elétrica, de forma a que 50% das vendas globais sejam de veículos totalmente elétricos antes de 2030.

Nesse ano, as duas marcas britânicas do Grupo, a MINI e a Rolls-Royce, serão totalmente elétricas. Todos os novos modelos futuros da BMW Motorrad no campo da mobilidade urbana também serão totalmente elétricos.

UE abre a porta à Condução Autónoma de Nível 4 nas estradas europeias

De acordo com o website Politico, a Comissão Europeia prepara-se para propor aquela que considera ser a primeira legislação técnica do mundo sobre Condução Autónoma.

O órgão da União Europeia com iniciativa legislativa está a elaborar um pacote de dezassete peças distintas de regulamentação técnica que incidirá nos aspetos que os estados-membros utilizam na aprovação de veículos para comercialização.

A UE pretende eliminar as mortes nas estradas europeias até 2050, sendo necessário que os veículos incorporem mais recursos de segurança, uma vez que 95% dos acidentes rodoviários ocorrem por erro humano.

O objetivo desta proposta passa assim por colocar a Europa numa posição de liderança no desenvolvimento da próxima geração de automóveis equipados com tecnologia avançada de condução autónoma. A proposta deverá permitir, numa primeira fase, que os países aprovem o registo e comercialização de um máximo de 1.500 unidades por modelo equipadas com este tipo de sistemas. Esta limitação deverá ser revista após dois anos.

O pacote legislativo fará parte do Regulamento Geral de Segurança da União Europeia, uma reformulação ampla dos padrões de segurança dos automóveis – parte do qual entrou em vigor a 6 de julho.

O Regulamento exige a utilização de sistemas inteligentes de assistência à velocidade, destinados a impedir que os motoristas acelerem além do limite de velocidade, vidros de segurança e cintos de segurança mais eficazes, sinais de travagem de emergência, sistemas de alerta de sonolência e uma unidade de dados, semelhante à caixa negra de um avião, para registro de dados sobre falhas.

A partir desta semana, os fabricantes têm obrigatoriamente de instalar, nos automóveis novos vendidos na União, sistemas avançados de travagem de emergência com capacidade para detetar outros automóveis. A norma será extensiva a peões e ciclistas a partir de 2024.

A maior parte nos novos automóveis lançados no mercado incluem já sistemas de automação de Nível 2 – têm capacidade de alterar a direção e a velocidade do veículo – ou, em circunstâncias muito limitadas, de Nível 3 – o veículo é capaz de se movimentar autonomamente em condições específicas, sendo necessária supervisão permanente do condutor humano. É este o nível dos sistemas Autopilot da Tesla ou Drive Pilot Level 3 do Classe S da Mercedes-Benz, atualmente em fase de testes nos Estados Unidos e Alemanha, respetivamente.

A proposta da Comissão vai incidir sobre o nível 4, com o qual o automóvel pode completar viagens de forma totalmente autónoma dentro de uma área operacional limitada. O veículo pode solicitar a intervenção do condutor, mas se não o fizer, tem capacidade para abortar a viagem em segurança.

A UE está atualmente a trabalhar para permitir a comercialização de carros com automação de Nível 3, mas com o pacote legislativo agora revelado pelo Politico, a Comissão pretende que a União seja o primeiro mercado do mundo a permitir legalmente a venda de veículos de Nível 4.

EDP, BP e Repsol concluem instalação de todos os seus pontos de carregamento na Via Verde Electric

Todas os pontos de carregamento elétrico das estações de serviço geridas pela BP e pela Repsol nas principais autoestradas nacionais operadas pela Brisa, no âmbito da parceria destas empresas com a EDP Comercial, estão agora operacionais.

Os condutores de veículos elétricos que utilizem a A1, A2, A4, A6 ou A9 têm agora disponíveis um total de 48 pontos de carregamento rápido e ultrarrápido nas áreas de serviço da BP e Repsol nestas autoestradas. A EDP declara que é agora possível efetuar viagens totalmente elétricas e sem emissões de Norte a Sul do país.

Os equipamentos têm entre 50 kWh e 160 kWh de potência, que permitem à generalidade dos veículos elétricos acrescentarem cerca de 100 quilómetros de autonomia em menos de 10 minutos, se o condutor optar por um dos pontos ultrarrápidos, ou em menos de 25 minutos, se utilizar um ponto rápido. Estes carregadores podem ser utilizados por qualquer cartão de Comercializadores de Mobilidade Elétrica (CEME) ou através de apps.

Desde que os pontos de carregamento da EDP foram instalados nas áreas de serviço da BP e da Repsol, já foram efetuadas 34 mil sessões de carregamento, que representam cerca de 4,5 milhões de quilómetros em veículos elétricos e uma poupança de 450 toneladas de CO2.

Este investimento faz parte do Via Verde Electric, um projeto que “reuniu alguns dos principais dinamizadores da mobilidade sustentável no país, num esforço conjunto para tornar mais fáceis e previsíveis as viagens de longa distância com um veículo elétrico”.

Quando estiver concluída, a rede Via Verde Electric será composta por 82 pontos de carregamento elétrico, instalados em 21 áreas de serviço situadas ao longo da rede de autoestradas da Brisa.

Pontos de carregamento nas áreas de serviço da BP:

  • A1: Santarém (dois sentidos); Mealhada (dois sentidos)
  • A2: Seixal (Norte/Sul)

Pontos de carregamento nas áreas de serviço da Repsol:

  • A1: Gaia (dois sentidos); Antuã (dois sentidos)
  • A2: Grândola (dois sentidos)
  • A4: Penafiel (dois sentidos)
  • A6: Vendas Novas (dois sentidos)
  • A9: Loures (dois sentidos)

Se os carros custassem o mesmo, 100% dos britânicos optaria por um elétrico

Praticamente todos os novos compradores de automóveis do Reino Unido estão prontos para mudar para um veículo plug-in assim que o preço corresponder aos modelos a gasolina e diesel, revelou um relatório da FairCharge, a campanha britânica para promoção dos veículos elétricos.

Se os veículos elétricos a bateria (BEV) e híbridos plug-in (PHEV) fossem vendidos pelo mesmo preço que os automóveis convencionais equivalentes, todos os 2.000 compradores de carros novos inquiridos no âmbito do relatório Driving Away From Fossil Fuels indicaram que optariam por uma destas opções de motorização

O relatório, que analisa as preferências subjacentes dos condutores comparando atributos, custos e especificações dos veículos, relata que 47% dos motoristas escolheriam um BEV, se houvesse paridade de preços entre veículos eletrificados e convencionais, algo que se prevê não ser alcançado antes do final desta década.

Os 47% dos consumidores que agora escolheriam um BEV num cenário de paridade de preços representa uma mudança profunda em relação às respostas registadas em inquéritos anteriores – em 2011, apenas 1% dos consumidores afirmaram que optariam por um elétrico a bateria, número que aumentou para 2% em 2015. Os restantes 53% optariam por um PHEV, com nenhum dos 2.000 inquiridos a revelar preferência por um veículos exclusivamente equipado com motor de combustão interna.

A investigação concluiu também que a implantação antecipada da infraestrutura de carregamento público não afetará significativamente a procura dos consumidores por veículos elétricos, uma vez que, pelo menos no Reino Unido, uma grande parte dos compradores de carros novos ​​tem acesso a alguma forma de estacionamento fora da via pública – neste estudo, 81% dos inquiridos enquadra-se nesta condição.

De acordo com os promotores do inquérito, esta descoberta invalida as alegações de alguns fabricantes de automóveis no sentido de que políticas como a proibição de novos veículos a gasolina e diesel a partir de 2030 – como é o caso no Reino Unido – devem ser descartadas devido à ausência de infraestrutura pública de carregamento suficientemente generalizada.

O estudo também levanta sérias preocupações de que a indústria automóvel não será capaz de fornecer veículos elétricos em número suficiente para atender à procura dos consumidores sem uma ação governamental mais forte. O relatório pede metas governamentais mais ambiciosas, para que a oportunidade de tornar a mobilidade mais sustentável de forma mais rápida não seja perdida.

No caso específico do Reino Unido, o relatório conclui que o mercado atingirá facilmente as metas atuais, pelo que quotas mais ambiciosas permitirão chegar à neutralidade mais rapidamente.

Quentin Willson, fundador do FairCharge e ex-apresentador do programa Top Gear, comentou: “Como alguém que conduz carros elétricos há mais de uma década, os resultados desta investigação histórica não surpreendem. Estamos a ver cada vez mais veículos elétricos nas nossas estradas, à medida que é divulgada a satisfação de proprietários e condutores que mudam para os elétricos para evitar os custos crescentes de abastecer com diesel e gasolina. Mas o governo precisa de propostas ambiciosas de quotas de veículos elétricos para garantir que a indústria automóvel tenha o ambiente comercial certo para construir veículos elétricos suficientes para atender a essa procura crescente. Passámos o ponto de inflexão da eletrificação no ano passado e este ano já existem alguns carros elétricos com listas de espera medidas em anos”.