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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Mazda MX-30 com nova versão Advantage

Lançado no mercado nacional há precisamente um ano, o SUV MX-30, o primeiro modelo 100 por cento eléctrico da Mazda, registou uma enorme aceitação, levando a que se esgotasse rapidamente a então versão de lançamento First Edition, proposta limitada em número de unidades e com equipamento específico. Doze meses depois, a Mazda volta a dotar a gama com um novo reforço, denominado MX-30 Advantage, também em versão limitada e com conteúdos exclusivos que pode ser adquirida através de uma campanha de financiamento para um valor de 25.990 euros (preço chave-na-mão). 

A nova proposta Mazda MX-30 Advantage é alvo de uma dotação específica de conteúdos. Do seu equipamento destacam-se, entre outros, as jantes de liga leve de 18 polegadas brilhantes, Adaptive LED Headlights (inclui luzes diurnas DRL e luzes de assinatura), vidros traseiros escurecidos e retrovisores exteriores também aquecidos, com recolhimento automático e memória. 

Ao nível da composição de interiores cabe ao cliente a escolha, sem custo, entre estofos Modern Confidence ou Vintage Leatherette, completando-se a dotação com bancos dianteiros aquecidos e eléctricos, tendo o do condutor 8 posições e ainda regulação lombar e memória da posição de condução. Em termos de cores, a edição limitada MX-30 Advantage pode ser adquirida nos tons Machine Grey e Ceramic, conjugadas com qualquer dos dois interiores, acrescendo, a carroçaria em Preto para o SUV MX-30 com composição Vintage Leatherette.

De destacar as vantagens em termos de fiscalidade nacional, no domínio da Tributação Autónoma que está subjacente aos modelos 100 por centro eléctricos (EV), nomeadamente, a isenção do pagamento de ISV para os clientes particulares e empresariais, ou ainda, especificamente para empresas, a dedução do IVA e a possibilidade de amortização a 100% do IRC. Neste particular, o novo Mazda MX-30 Advantage poderá atingir um valor real de 21.130 euros com campanha de financiamento.

Projeto de mobilidade no Médio Tejo finalista em concurso europeu

O projeto Transporte a Pedido, criado e desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, e apoiado pela política de coesão da UE, faz parte da lista dos 25 finalistas aos prémios Regiostars 2021 da Comissão Europeia, concorrendo na categoria de Topic of the Year: Enhancing Green Mobility in the Regions: European Year of Rail 2021. Os vencedores serão conhecidos a 2 de dezembro, em Dubrovnik, na Croácia.  

À semelhança do transporte coletivo regular, o Transporte a Pedido tem circuitos, paragens e horários definidos, distinguindo-se contudo pelo facto de a viagem ser desencadeada pelo utilizador, efetuando o seu pedido junto da central de reservas, por telefone ou online. Deste modo, as viaturas só efetuam os percursos se, antecipadamente, o serviço tiver sido solicitado e só vão às paragens que tiverem reservas, o que contribui igualmente para uma gestão mais sustentável das viagens.

O Transporte a Pedido foi criado em 2013 no concelho de Mação, enquanto projeto-piloto desenvolvido em algumas das freguesias do concelho, de forma a responder à necessidade de criar mais soluções de transportes nas zonas de baixa densidade populacional do interior do país, cuja rede de transportes públicos regular é escassa. Esta é uma solução que visa garantir de forma complementar o direito básico dos cidadãos à mobilidade e o acesso das populações aos serviços essenciais.

Este serviço, que beneficia atualmente mais de 214 mil habitantes, cobre mais de 70 circuitos em 13 concelhos – Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha – e tem mais de 1.300 paragens, tendo já provado a sua sustentabilidade económica e ambiental. Graças ao sucesso que alcançou já foi replicado nas regiões de Coimbra e do Alentejo.

“Termos sido escolhidos entre 214 candidatos oriundos de todos os países da UE e sermos o único projeto português incluído na lista dos 25 finalistas é para nós um motivo de grande orgulho. Representarmos o nosso país nesta final com um projeto que promove a inclusão social dos cidadãos residentes nas zonas mais interiores de Portugal, de fraca densidade populacional e onde a rede de transportes públicos regulares chega de forma residual, espelha igualmente reconhecimento do valor do trabalho que vimos fazendo desde 2013. O Transporte a Pedido é um complemento à rede pública regular e o nosso esforço é o de não deixarmos ninguém sem transporte aos serviços essenciais no centro de Portugal. A nossa ambição é ligar toda a região do Médio Tejo”, explica Anabela Freitas, presidente do Conselho Intermunicipal da CIM do Médio Tejo. “O nosso projeto converge com os objetivos de desenvolvimento e coesão fixados pela Comissão Europeia para uma sociedade mais inclusiva, mais sustentável e mais justa na Europa. Projetos como o Transporte a Pedido provam que é possível criar soluções inovadoras e economicamente viáveis que combinam sustentabilidade e inclusão. Este projeto, no qual iremos continuar a investir, só foi possível graças ao apoio da União Europeia”, acrescenta. 

Para usarem o Transporte a Pedido os cidadãos devem proceder à marcação prévia da sua viagem através de um pedido de reserva telefónica ou online. A reserva deve ser feita até às 15h00 do dia anterior ao dia da viagem. O contacto pode ser feito por chamada gratuita para o 800 209 226 (disponível aos dias úteis das 09h00 às 15h00), ou através da plataforma online. No dia da viagem, basta que o cidadão se desloque a uma das muitas paragens do Transporte a Pedido que se encontram espalhadas por toda a região e aí aguardar pelo respetivo serviço de transporte.

O projeto português Transportes a Pedido, concorre na sua categoria contra outros 4 projetos. O público pode agora votar no seu projeto favorito e eleger o vencedor da categoria Public Choice Award. A votação para eleger os vencedores está neste momento a decorrer online até dia 15 de novembro. 

Para votar, basta aceder à página do Regiostars 2021, selecionar a categoria e escolher o projeto em que se pretende votar. A votação é validada clicando sobre o coração que se encontra no canto superior direito de cada um dos projetos.

O projeto Transporte a Pedido foi cofinanciado pelo FEDER através do Programa Operacional Regional do Centro.

Fabricantes de camiões mais ambiciosos na redução de emissões do que metas da UE

Um novo estudo da Transport & Environment alerta que as melhorias na aerodinâmica e a eficiência de combustível já permitem aos camiões atingir a meta de redução de CO2 da UE para 2025 produzindo somente um número limitado de veículos com emissões zero.

O estudo conclui assim que a UE precisa de expandir as metas, de forma a promover o aumento da produção de camiões com emissões zero ao longo da década e assim garantir que a indústria descarbonize em tempo útil.

Segundo Lucien Mathieu, diretor de transportes da T&E, “os fabricantes de camiões estão a tornar-se ecológicos mais rapidamente do que as leis, o que é um absurdo”, acrescentando que “os fabricantes de camiões são claramente capazes de descarbonizar mais rápido e é hora de fazê-lo”.

O fabricante de camiões sueco, Scania, lidera em termos de emissões de CO2 em novos camiões: 5,3% inferiores à média do tipo mais comum de camião de longo curso. O melhor desempenho de emissões da Scania deve-se, principalmente, à aerodinâmica, que conseguiu sem produzir camiões com emissão zero. Renault e IVECO, por outro lado, apresentam, respetivamente, as maiores emissões: 2,6% e 2,4% acima da média de longo curso.

Ainda de acordo com o relatório da T&E, se todos os camiões da Europa tivessem um desempenho tão bom quanto os modelos mais eficientes do mercado, as emissões médias de CO2 dos camiões seriam reduzidas em 6%. Mas os ganhos de eficiência por si só não levarão este setor, na Europa, a níveis zero.

Lucien Mathieu defende que a eficiência dos camiões não é suficiente, é necessário que a Europa aumente “drasticamente” o número de camiões com emissões zero nas suas estradas nos próximos anos para ter qualquer chance de descarbonizar o setor a tempo. Porém, as metas atuais de CO2 não incentivam os fabricantes a produzi-los, tornando-se imperativo aumentar as metas ao longo da década.

A maioria dos fabricantes assumiu compromissos voluntários de vendas de elétricos que vão para lá do que a UE exige. De acordo com os anúncios públicos, esses compromissos voluntários levariam o mercado a cerca de 7% de veículos com emissão zero em 2025 e 43% em 2030 – mais do que os 2% necessários em 2025 para cumprir as metas voluntárias existentes. Estes anúncios mostram que a UE pode definir uma meta realista – mas mais ambiciosa – de pelo menos 30% de camiões com emissões zero até 2028.

As emissões médias de CO2 para os novos camiões de longo curso foram maiores em países como França, Alemanha e Reino Unido, enquanto países menores como Bulgária, Estónia, Portugal e Eslováquia tiveram desempenho significativamente melhor. As emissões de camiões de longo curso da Polónia, por exemplo, estão 3,5% abaixo da média da UE, enquanto as da Alemanha estão 2,2% acima.

Nova fábrica da BorgWarner em Viana do Castelo

A BorgWarner, grupo norte-americano especialista na produção de componentes para a indústria automóvel vai avançar com uma nova unidade industrial em Portugal, tendo elegido a Garcia Garcia, construtora especializada em design and build, para a execução do projeto.

A nova fábrica da Borgwarner, a ser construída no Parque Empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo, será um edifício industrial com cerca de 17 mil m2, concebido para obtenção da Certificação LEED, um certificado internacional que avalia a sustentabilidade dos edifícios desde o design à manutenção, passando pela construção e operação. A conclusão da empreitada está prevista para 2022 e permitirá criar cerca de 300 novos postos de trabalho na região.

A cerimónia de lançamento da primeira pedra, que assinala o início dos trabalhos, decorreu hoje e contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, do presidente cessante da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, e de Luís Nobre, eleito em setembro, assim como dos responsáveis da BorgWarner.

Para a construtora Garcia Garcia, esta é mais uma obra para o ramo automóvel na região de Viana do Castelo, onde está instalado um verdadeiro cluster de empresas do setor. Em Portugal, a BorgWarner emprega cerca de 950 trabalhadores, encontrando-se já a recrutar trabalhadores para esta nova unidade, que deverá iniciar produção em 2023.

Um ícone nacional renasce no V Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico

Quando no próximo dia 22 de Outubro às 10.00 horas se abrirem as portas do Centro de Congressos de Alfândega do Porto, todas as novidades em termos de mobilidade descarbonizada vão estar patentes ao público e entre estas destaca-se o regresso da Famel.

O Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico – Salão da Mobilidade Sustentável vai já na quinta edição e é atualmente um certame de passagem obrigatória. Na próxima edição vão estar patentes mais de 50 marcas, entre automóveis, motos, scooters e bicicletas, assim como outros veículos e produtos dedicados à mobilidade descarbonizada

As novidades vão ser uma constante, estando já confirmadas as “premières” do Kia EV6, do Mercedes EQS, do Nissan Ariya e do novo Toyota Mirai. Realce ainda para o Mustang Mach-e, que vai ocupar um lugar de destaque no stand da Ford.

A Famel, um ícone da indústria das duas rodas portuguesa, vai também fazer a sua aparição pela primeira vez ao público, quatro décadas depois do seu desaparecimento e regressa em versão elétrica.

“Famel, eletrificar um ícone” vai ser um dos temas a abordar nas conferências que vão novamente integrar o programa oficial do certame, que vai ainda integrar temas de fundo como “O Papel do Hidrogénio no Futuro da Mobilidade” e questões ligadas à evolução do mercado e de tendências. O programa será divulgado em breve.

Evento: Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico

Local: Centro de Exposições da Alfândega do Porto

Datas e horários: de 22 a 24 de Outubro, das 10,00 às 20,00 horas

Mais Informações: www.salaoautomovelelectrico.pt 

IAA MOBILITY – Uma análise pessoal

IAA Mobility: uma análise pessoal

Opinião de Stefan Carsten

O Salão Internacional do Automóvel (IAA) é uma das maiores e mais importantes feiras de automóveis do mundo. Após várias controvérsias políticas, protestos violentos de ativistas do clima e a demissão do principal lobista automobilístico da Alemanha, o presidente da associação da indústria automóvel, a edição atual teve lugar em Munique, em setembro, tendo sido concebida como uma plataforma de mobilidade.

Neste artigo relato as minhas experiências pessoais, aventuras e destaques que vivi durante quatro dias no IAA Mobility em Munique. A propósito, este relatório não é apenas pessoal porque três semanas antes do IAA fui nomeado para o conselho consultivo do próximo IAA Mobility – mas falaremos mais à frente sobre isso.

O conceito com que a Messe München se candidatou para a organização do evento previa um recomeço totalmente novo: enquanto no passado eram apresentados automóveis, automóveis e automóveis, este ano o foco centrou-se na mobilidade. Além de novos veículos e ideias de protótipos, foram apresentadas principalmente bicicletas e apenas alguns protótipos de micro-mobilidade e iniciativas de transporte público local. Enquanto 562.000 ingressos foram vendidos em 2019 (o menor número de sempre), cerca de 400.000 pessoas (67% tinham menos de 40 anos) visitaram a feira em 2021 (foi a primeira grande feira pós-pandemia na Alemanha). Consequentemente, 75 marcas de bicicletas e 78 start-ups estiveram entre os 774 expositores. Os visitantes vieram de 95 países. Além disso, 936 oradores de 32 países estiveram no local ou conectados para apresentar as suas ideias e visão sobre o futuro da mobilidade.

Outra particularidade da IAA Mobility prende-se com o facto de os fabricantes e prestadores de serviços não se terem apresentado exclusivamente nos salões de exposição de Munique, mas também em alguns dos locais mais movimentados do centro da cidade. Os diferentes locais foram ligados através da chamada ‘Blue Lane’, uma espécie de via ambiental. Aqui, os interessados ​​também puderam testar mais de 250 veículos. No entanto, o conceito atingiu rapidamente os seus limites. O Blue Lane foi mais uma ideia do que um verdadeiro laboratório de testes. Assim, os autocarros e outros meios de transporte ficaram igualmente presos no trânsito com o resto dos passageiros da cidade. Com o metro, a mesma distância poderia ter sido percorrida em metade do tempo (como pude verificar).

Mas também havia insatisfação nos corredores. Em vez de apresentarem as bicicletas e e-bikes juntamente com os carros, os veículos de duas rodas foram separados e remetidos para os salões traseiros. A esperada coexistência dos meios de mobilidade foi, portanto, mais como uma justaposição semelhante a um álibi. Parecia que três feiras ocorriam em paralelo no mesmo local, em vez da tão esperada e desejada feira integrada.

O meu IAA começou duas semanas antes da feira, onde apresentei o novo protótipo da BMW, o i Vision Circular (https://www.bmw.de/de/topics/faszination-bmw/bmw-concept-cars/bmw-i-vision-circular-ueberblick.html) juntamente com o designer-chefe da BMW, Domagoj Dukec. Além da condução ecológica, o luxuoso carro elétrico caracteriza-se pelo conceito de produção de acordo com os princípios da economia circular, o que deve manter a menor pegada ecológica possível e, assim, garantir um balanço positivo de CO2. Grandes superfícies de vidro, luzes futuristas e cores atraentes são particularmente impressionantes. Para entrar, abrem-se duas portas com dobradiças externas. A ausência de um pilar B garante uma abertura de entrada particularmente ampla. Graças ao tejadilho de vidro, o habitáculo de quatro lugares transmite uma sensação generosa de espaço, embora a área real seja pequena. É absolutamente claro que a futura avaliação e diferenciação de carros deve e será baseada no seu conceito de sustentabilidade. Além disso, não é possível avaliar um produto sozinho. Deve de ser sempre valorizado relativamente ao ecossistema de produtos e de mobilidade.

No IAA Mobility, participei no painel ‘Tech vs. Trust” organizado pela Dekra Digital (https://youtu.be/Ffb8-SCJfuM ). Além da mobilidade elétrica, a condução autónoma foi, obviamente, o tópico principal. O painel analisou as seguintes questões, entre outras:

– Quais são as tecnologias dominantes no futuro, o que já existe?

– Como podemos ter a certeza de que a tecnologia é segura num veículo?

– Que aspetos sociais devemos ter em consideração relativamente às futuras soluções de mobilidade?

Para mim, é cada vez mais claro que estamos a lidar com uma perigosa competição para ver quem é o primeiro a chegar ao mercado. Já no próximo ano, a Mobileye, juntamente com a SIXT, receberá uma licença para operar o primeiro RoboCap na cidade de Munique (Nível 4) (link). São estes os parceiros de confiança de que precisamos? Todos os dados estão disponíveis para análise e partilhados com o público? Como é que a cidade de Munique projeta o seu sistema de mobilidade na linha de tensão entre a oferta pública e os atores privados? Essas questões manter-nos-ão, a partir de agora, ocupados por muito tempo.

A indústria dos autocarros convidou-me para participar num painel de discussão sobre o futuro deste setor, principalmente para gerar uma visão para a compreensão do seu papel na sustentabilidade. Assim como todas as indústrias do setor de mobilidade, este também terá que se reinventar. Novos conceitos de propulsão (diesel versus bateria versus hidrogénio), novos modelos de negócios por meio de plataformas digitais pressionam os empreendedores tradicionais, bem como novos protótipos de veículos, porque a mobilidade elétrica permite desafiar os conceitos de design tradicionais. E, em tempos de (pós-)pandemia, os atores aguardam numa constante incerteza os requisitos legais para tal. No entanto, os autocarros precisam de estar muito mais voltados para o interesse público e político. Mas a perspetiva deve mudar. Não pode um carro de 2 lugares como um Smart ser definido como um autocarro? Não temos de questionar radicalmente os designs tradicionais (interior e exterior) para atingir novos grupos-alvo? Como combinamos a mobilidade individual com um produto e serviço relacionado com o autocarro, para que todos os parceiros beneficiem? Estas são questões importantes para um sistema de mobilidade sustentável do futuro.

No centro de Munique foi-me permitido moderar um painel. Sentado no meio da rua. A agência Urban Standards redesenhou o espaço da rua para isso, criando menos espaço para carros, mas mais assentos e espaço para bicicletas. A instalação temporária desenvolvia a sua própria conversa todas as noites para experimentar esta nova liberdade espacial. Funcionou surpreendentemente bem. Apenas os serviços de entrega resistiram uma ou outra vez – não é de admirar com o aumento das pressões de entrega devido ao interminável consumo online. A instalação gerou muita cobertura pelos media. O debate sobre o uso do espaço público mostrou, principalmente durante o IAA Mobility, que devem existir novas soluções para uma cidade sustentável.

E por último, mas não menos importante: a primeira reunião do conselho consultivo para o próximo IAA Mobility (que acontecerá em 2023) foi cancelada três dias antes. Há rumores de que a indústria automóvel cancelou o encontro porque não tolera este tipo de feira e não quer que continue. No entanto, precisamos urgentemente deste tipo de confronto e discussão. Porque, mais uma vez, ficou claro em Munique que uma mobilidade para o futuro precisa de todos os parceiros e participantes num sistema holístico de mobilidade, para encontrar soluções seguras, sustentáveis ​​e inclusivas para o futuro das cidades, dos espaços públicos e da sociedade.

Galp assina Manifesto para promover Hidrogénio Verde na Europa

Na quarta-feira, a Galp tornou-se um dos mais de 80 signatários do Manifesto pelo Hidrogénio Verde, que define um conjunto de 12 ações que os decisores políticos nacionais e europeus devem tomar se quiserem que a Europa continue na vanguarda do desenvolvimento de projetos de produção de hidrogénio a partir de fontes de energia renovável e da sua utilização.

O Manifesto foi apresentado no Green Hydrogen Forum do Smarter E Europe 2021 Restart, o grande certame do setor da Energia europeu, que decorre até sexta-feira, em Munique. Os seus promotores são a Hydrogen Europe, a Associação Alemã do Hidrogénio (DWV), a The Smarter E, e o Fórum Europeu dos Eletrolisadores e Células de Combustível (EFCF).

Entre as medidas defendidas pelos signatários incluem-se regras que permitam avaliar e comparar os diversos tipos de hidrogénio em função das suas emissões de CO2 ou da sua origem geográfica, critérios de sustentabilidade e a sua certificação.

Em termos de estímulos, o manifesto pede apoios que reduzam os custos para os consumidores finais e que facilitem os investimentos na conversão de aparelhos industriais. Em termos de mercado, a implantação do hidrogénio verde requer a adoção de regulamentação específica, modalidades equilibradas de definição de preços de mercado ou o apoio à criação de redes de distribuição nacionais. 

A Galp assumiu a ambição de implementar na sua refinaria de Sines um parque de energia verde capaz de atrair indústrias para as quais o acesso a fontes de energia limpas e diversificadas seja um fator decisivo de competitividade, tirando partido da abundância de fontes de energia renováveis em Portugal, nomeadamente a energia eólica e fotovoltaica.

A peça central deste projeto é a instalação gradual de capacidade de eletrólise ao longo dos próximos anos, que deverá atingir 100 MW em 2025 e entre 600 MW e 1 GW em 2030. O hidrogénio verde será fundamental para a descarbonização do processo de refinação e de setores como a indústria e o transporte pesado rodoviário, mas também para alimentar novas cadeias de produção de combustíveis sintéticos limpos, nomeadamente na aviação e marinha.

Em setembro bateram-se recordes na venda de elétricos

O mês de setembro registou um novo recorde de vendas de veículos 100% elétricos, em Portugal (1.551 unidades), atingindo, assim, uma quota de mercado de 25%.

Setembro registou o segundo melhor mês do ano com 2.748 veículos eletrificados vendidos em Portugal no conjunto dos veículos 100% elétricos (BEV – Battery Electric Vehicle) e dos veículos elétricos híbridos plug-in (PHEV – Plug-in Hybrid Electric Vehicle). Este forte crescimento nas vendas dos 100% elétricos pode indiciar a sua predominância futura sobre os híbridos plug-in, sendo isto sinal do maior interesse por parte dos compradores em veículos mais limpos e sem emissões de qualquer tipo de gases.

No que toca aos híbridos plug-in, estes registaram um crescimento moderado de 1.8%. Os portugueses parecem mais interessados nos veículos totalmente elétricos, talvez por apresentarem maior autonomia e podendo os compradores prescindir do recurso a combustíveis fósseis.  

Quanto aos veículos com motores de combustão interna (VCI), registam-se quedas mensais nas vendas consecutivas, acumulando já um crescimento negativo de -0.4% nos nove meses do ano em curso. De registar que é uma queda em relação ao período homólogo, grande parte dele já com grandes perdas devido à pandemia da covid-19.

As marcas em que os portugueses têm apostado a compra dos seus 100% elétricos são a Tesla com 321 viaturas entregues no primeiro trimestre, a Peugeot com 198 veículos vendidos seguida pela Hyundai com 144.  

Relativamente aos híbridos plug-in, destacam-se a BMW com 330 viaturas vendidas, a Mercedes-Benz com 199 e a Volvo com 134. 

Os números dos dados divulgados pela UVE verificam a tendência da mudança para a mobilidade elétrica e prova que, afinal, os carros elétricos vieram mesmo para ficar. 

De Lisboa e Faro em e-bike para apoiar a Seleção Nacional

Precursores do movimento ‘Pedalar Lisboa’ realizam o primeiro ride nacional de e-bikes Lisboa–Algarve, em parceria com a Galp, para apoiar a Seleção Nacional de futebol e promover a mobilidade sustentável.

A iniciativa contará com 12 bicicletas elétricas Galp RYDE (Regenerate Your Dynamic Energy) e arrancam no dia 10 de outubro, da Cidade do Futebol, em Oeiras, em direção ao Sul, prevendo-se a chegada da comitiva de ciclistas no dia 12 de outubro ao Estádio do Algarve, em Faro.

O objetivo é apoiar a Seleção Nacional no jogo de qualificação para o Mundial2022, frente ao Luxemburgo, ao mesmo tempo que se promove a mobilidade sustentável. O percurso será partilhado nas redes sociais do ‘Correr Lisboa’, do ‘Pedalar Lisboa’ e também da Galp, que promoverão esta aventura de dois dias na esperança de motivar cada vez mais portugueses a aderirem ao uso de bicicletas para deslocações em ambiente urbano.

O evento será presidido por Bruno Claro e Sandra Claro, fundadores das iniciativas ‘Correr Lisboa’ e ‘Pedalar Lisboa’, e para quem “a corrida foi só o começo”. “Com o aumento das preocupações ambientais e sempre com a intenção de promover hábitos de vida saudável passámos a nossa paixão para as bicicletas e para mobilidade urbana”, explica Bruno Claro.

Através deste novo conceito, a GALP pretende dar mais um passo no território da mobilidade sustentável, assente na mobilidade elétrica, com bicicletas construídas em parceria com a marca portuguesa Esmaltina e cuja comercialização está a ser avaliada. Com 100 quilómetros de autonomia quando completamente carregadas, as bicicletas Galp Ryde podem ser facilmente carregadas em qualquer ficha elétrica, necessitando de cerca de 4 horas para carregar a capacidade máxima.

Minuto AutoMagazine: Ford Mustang Mach-e

Minuto AutoMagazine: Ford Mustang Mach-e

A equipa do Green Future AutoMagazine foi conhecer e testar a primeiro versão 100% elétrica da Ford Mustang, o modelo Mach-e.

ESPECIFICAÇÕES

Bateria:  99 kWh

Autonomia (WLTP): 600 km

Potência: 351 cv

Aceleração (0-100 km/h):  5 segundos

Velocidade máxima (limitada):  200 km/h 

Bagageira: 402 l (traseira); 88 l (dianteira)

Preço: desde 57.500€

Agradecimento especial ao concessionário CAM Porto pela cedência da viatura para a gravação deste Minuto AutoMagazine.