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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Indústria da aviação unida para atingir a neutralidade carbónica até 2050

A indústria global de transporte aéreo traçou a meta climática de longo prazo para atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050.

Numa declaração recentemente divulgada, os representantes das principais associações mundiais da indústria de aviação, incluindo a ACI World, bem como os maiores fabricantes de aeronaves e motores, comprometeram-se a atingir, nas operações globais de aviação civil, a neutralidade carbónica até 2050. Este plano será apoiado por medidas de eficiência acelerada, transição energética e inovação em todo o setor de aviação e em parceria com governos a nível mundial.

O Diretor Geral da ACI, Luis Felipe de Oliveira, relembra, no entanto, a importância da colaboração dos governos e da comunidade da aviação para ajudar a cumprir estes objetivos.

Diferentes iniciativas de ação climática, tais como, apoio a novas tecnologias de aeronaves tanto elétricas como a hidrogénio, melhorias na eficiência operacional e na infraestrutura serão fundamentais para que se alcance a neutralidade carbónica. Espera-se que a aceleração da produção e uso de combustível sustentável (SAF) desempenhe um papel importante na redução do impacto climático da aviação. Além disso, quaisquer emissões pendentes serão capturadas usando medidas de remoção de carbono.

A declaração foi fornecida pelo Grupo de Ação do Transporte Aéreo (ATAG), uma aliança entre organizações e empresas do setor do transporte aéreo que impulsiona o desenvolvimento sustentável do setor. A Organização também produziu o relatório The Waypoint 2050, que traça caminhos para o setor de transporte aéreo atingir essa meta climática atualizada. 

Schneider Electric vai premiar estudantes com as melhores ideias sustentáveis

A Schneider Electric está à procura de agentes de mudança em todo o mundo. Juntamente com o seu parceiro de software, a AVEVA, o Grupo lançou o Schneider Go Green 2022, uma competição anual para estudantes, para encontrar as ideias ousadas mais recentes na área da inovação digital e sustentável.

Com a Schneider Electric a comprometer-se a assegurar o dobro de oportunidades para estagiários, aprendizes e licenciados recém-contratados até 2025, como parte do seu Relatório do Impacto de Sustentabilidade da Schneider do Q2 2021, o Go Green dá aos alunos a possibilidade de apresentarem as suas ideias aos principais líderes da indústria e receberem orientação por parte de especialistas e profissionais, bem como aconselhamento sobre oportunidades de emprego e ainda a oportunidade de ganhar um prémio no valor de até 10.000 euros.

Para Charise Le, Chief Human Resources Officer da Schneider Electric, “através do Schneider Go Green procuramos alunos capazes e dedicados com ideias ousadas e sustentáveis. Acreditamos que o acesso à energia é um direito humano básico, e esta competição global oferece novas maneiras de o alcançar”.

O Schneider Go Green é um evento para os estudantes de Gestão, Engenharia, Marketing e Inovação de todo o mundo. A competição de 2021 contou com a participação de 25.000 jovens de mais de 3.000 universidades em 130 países. A edição de 2022 deverá atrair ainda mais interesse graças aos seus cinco tópicos específicos: “Acesso à Energia”, “Casas do Futuro”, “Cadeia de Distribuição do Futuro”, “Redes do Futuro” e “Des[codificar] o Futuro”.

A ideia vencedora de 2021 pertenceu a duas estudantes da Universitat Politécnica de Catalunya, em Espanha, que apresentaram uma solução sustentável e com propósito chamada ‘Light Pill’: uma fonte de luz artificial e um purificador de água com luz ultravioleta em forma de tampa de garrafa, pensada para ajudar as comunidades sem acesso a energia e água potável.

Na edição deste ano, espera-se que todas as equipas participantes, compostas por dois a quatro alunos, se identifiquem com a diversidade de géneros, em linha com a política da Schneider Electric para a promoção da Diversidade, Equidade e Inclusão. O período de submissão de candidaturas decorre até dia 30 de novembro de 2021 na América do Norte, e entre fevereiro e março de 2022 no resto do o mundo. O Schneider Go Green está aberto a alunos de licenciatura ou mestrado em todo o mundo, e os membros da equipa devem estar a estudar no mesmo país no período de duração da competição.

Consórcio Merlin tem 21 milhões de euros para recuperar ecossistemas de água doce

O consórcio Merlin, que agrega 44 parceiros europeus que procuram soluções novas e eficazes para recuperar as funções dos ecossistemas de água doce, recebeu 21 milhões de euros da Comissão Europeia para pôr em prática um conjunto alargado de projetos.

Entre os parceiros do consórcio estão universidades, institutos de pesquisa, organizações de conservação da natureza, empresas privadas, partes interessadas de negócios, governos e municípios. 

Do valor total do financiamento comunitário, 10 milhões de euros têm já como destino 17 áreas geográficas diferentes, da Finlândia a Israel, onde muitos rios, riachos e pântanos estão a ser recuperados a um estado quase natural. Estes grandes projetos serão agora expandidos com o financiamento da UE e desenvolvidos com base em modelos europeus.

Daniel Hering, coordenador do projeto Merlin, avisa que “um dos focos é a cooperação com indústrias e setores que podem beneficiar da recuperação dos ecossistemas, como por exemplo, a agricultura, a produção de água potável e as seguradoras. Os efeitos das medidas aplicadas serão contabilizados tanto económica como ecologicamente”.

O objetivo do consórcio Merlin é também identificar e criar soluções de financiamento inovadoras para ajudar a melhorar a recuperação ecológica dos ecossistemas de água doce. É neste aspeto particular que assume relevância o envolvimento da empresa portuguesa Connectology no consórcio. Especializada na área de investimentos e projetos de empreendedorismo, a Connectology é a responsável pelo desenvolvimento de instrumentos financeiros prontos para serem utilizados em projetos de renovação dos ecossistemas em toda a Europa.

Ana Barjasic, CEO da Connectology, garante que “há um potencial enorme de investimento em projetos de recuperação. No entanto, quaisquer iniciativas precisam de ser apresentadas e formatadas numa linguagem que os investidores entendam. A expertise e experiência da Connectology em lidar com investidores serão cruciais para o projeto de novos instrumentos financeiros”.

Spectre: o primeiro elétrico da Rolls-Royce chega em 2023

A Rolls-Royce lançará o seu primeiro modelo totalmente elétrico em 2023, tendo anunciado ainda a sua intenção de apenas comercializar carros elétricos após 2030.

De acordo com o fabricante britânico, o seu primeiro EV será o coupé Spectre, um modelo de duas portas, que será construído com a mesma arquitetura de alumínio que atualmente sustenta todos os modelos da empresa.

Para o CEO Torsten Mueller-Oetvoes, a eletrificação da Rolls-Royce é o momento mais significativo na história da empresa desde que foi fundada, em 1904 e garantiu que a motorização elétrica adaptar-se-á à natureza de luxo da marca, caracterizando-a como “silenciosa e refinada”.

Além disto, Torsten descreve o Spectre como o “primeiro e melhor produto de luxo do seu segmento”. Uma fotografia de um protótipo divulgada pela Rolls-Royce mostra semelhanças na traseira com o descontinuado Coupé Wraith, sugerindo que, em termos de design, o Spectre 100% elétrico será o substituto direto do Wraith, outrora movido por um motor V-12 da BMW. 

Assim como no modelo descontinuado, as portas são articuladas na parte de trás com a maçaneta colocada abaixo do espelho da porta e, mais uma vez, o CEO da fabricante de luxo, garante que o modelo elétrico será “inconfundivelmente um Rolls-Royce, ao mesmo tempo que expressa indubitavelmente que é um carro movido a eletricidade”.

O Spectre segue uma tradição de nomenclatura Rolls-Royce usando outra palavra para fantasma, seguindo Wraith, Phantom e Ghost.

Em 2011, a Rolls-Royce revelou o protótipo elétrico 102EX do Phantom, mas, apesar da energia elétrica fornecer a “capacidade de flutuação” silenciosa que os clientes procuram nos seus carros, o projeto foi interrompido devido a preocupações com a autonomia e tempo de carregamento.

No ano passado, a Rolls-Royce admitiu que a sua transição para a eletrificação foi impulsionada mais pela legislação do que pela procura dos clientes. Um porta-voz da marca admitiu que “não há procura por parte dos clientes, mas precisamos de estar em posição de lhes vender um carro se a legislação os proíbe de conduzir um carro com motor a combustão até ao centro de uma cidade”.

As entregas do Spectre começarão no quarto trimestre de 2023, significando isto que a empresa vai bater o seu rival britânico, Bentley, no mercado com seu primeiro EV.

Camiões mais ecológicos para recolha de resíduos urbanos na Maia

A Sociedade Comercial C. Santos entregou à Ferrovial Serviços, para operação no munícipio da Maia, quatro camiões Mercedes-Benz ECONIC 1830G L NGT movidos a gás natural comprimido (GNC) para a recolha urbana seletiva (RSU).

Os quatro camiões vêm aumentar uma frota já de si ecológica. A Ferrovial Serviços foi, de resto, pioneira na incorporação de camiões de RSU movidos a gás natural, tendo desde 2012 veículos que funcionam àquele combustível, entre os quais unidades Mercedes-Benz fornecidas pela Sociedade Comercial C. Santos. 

“Em linha com os objetivos da Câmara Municipal da Maia e da Maiambiente – Empresa Pública Municipal responsável pela remoção dos resíduos sólidos urbanos e equiparados a urbanos, recolha seletiva de materiais recicláveis e manutenção da higiene e limpeza dos locais públicos, no concelho da Maia, a redução das emissões de gases com efeito de estufa é uma prioridade da Ferrovial Serviços e não têm sido poupados esforços para ir de encontro às orientações estratégicas nacionais e comunitárias de promoção da sustentabilidade ambiental, através da utilização de energias alternativas. Além disso, a utilização destas viaturas contribui, também, para a redução dos custos energéticos”, afirma Celso Pereira, diretor de compras e frota da Ferrovial Serviços, empresa que detém o contrato para os serviços de recolha seletiva porta-a-porta e de contentores no concelho da Maia. 

“É excelente para a Sociedade Comercial C. Santos voltar a ter a confiança da da Ferrovial Serviços, para a renovação da sua frota, ao serviço da Maiambiente. Com motor a gás natural M 936 G, o Mercedes-Benz ECONIC 1830G L NGT permite uma propulsão mais limpa, eficiente e silenciosa. Além disso, a cabina construída e versatilizada para as atividades municipais é uma mais-valia em termos de operação, conforto e visibilidade, com claros ganhos em termos de segurança”, refere o chefe de vendas de veículos comerciais pesados na Sociedade Comercial C. Santos, Álvaro Cascata.

Os Mercedes-Benz ECONIC 1830G L NGT de 19 toneladas caracterizam-se pela baixa altura e excelente acessibilidade da sua cabina. Com espaço para quatro ocupantes e piso rebaixado, oferece entrada e saída fácil aos profissionais que efetuam a recolha dos resíduos (em grande parte graças à porta lateral dobrável) e permite ao condutor disfrutar de grande visibilidade e contacto visual facilitado com os outros utilizadores das vias, sobretudo os mais vulneráveis, como peões e ciclistas.

A peça central do Econic NGT movido a GNC é o motor de seis cilindros em linha de 7,7 litros. Com 222 kW (302 cv) de potência e um binário máximo de 1200 Nm, este propulsor foi desenvolvido com base na moderna série de motores 936. De acordo com a Mercedes-Benz, o motor Euro VI a combustível gasoso tem níveis de ruído e emissões particularmente baixos, além de que, ao usar gás natural, quase não emite partículas. A combustão do gás natural produz cerca de menos 20% de CO2 face a motores equivalentes a diesel e, caso utilize biogás, o motor pode, mesmo, ser neutro em termos de emissões de CO2.

Além disso, as emissões de ruído do Econic NGT também ficam bastante abaixo dos limites permitidos pela lei, o que é uma mais-valia para as unidades agora entregues à Ferrovial Serviços para a recolha no município da Maia. Esta atividade é, recorde-se, efetuada, também, em parte no período noturno e em zonas residenciais.

Voos de cinco aeroportos europeus emitem mais CO2 do que a Suécia

Uma monitorização dos aeroportos europeus revela que, em conjunto, os cinco maiores aeroportos emitem mais CO2 do que toda a economia sueca, com emissões quase totalmente isentas de impostos.

A plataforma, criada pela ODI Transporte e Meio Ambiente (T&E) e pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), que monitoriza os aeroportos revelou, pela primeira vez, quanto CO2, exatamente, é libertado dos aviões que saem dos aeroportos.

Os voos de passageiros que partem de Heathrow (Londres), Charles de Gaulle (Paris), Frankfurt, Amesterdão e Madrid emitem 53 milhões de toneladas de CO2 isentas de imposto sobre combustível, com apenas 15% cobertas pelos regimes voluntários de limitação e transação de emissões. Estes esquemas incluem apenas voos domésticos e da UE, o que significa que os voos que saem da Europa não são cobertos.

Para Jo Dardenne, responsável da T&E para a aviação, “ao contrário dos carros ou estações de energia, a maioria das emissões dos voos são libertadas fora das fronteiras da Europa, deixando grande parte das emissões dos aeroportos europeus escandalosamente esquecida. Todos os voos devem ser incluídos no sistema de comércio de emissões, não apenas aqueles dentro da Europa”.

No aeroporto de Paris Charles de Gaulle, 80% das emissões provêm de voos de longo curso, enquanto a maioria que parte de aeroportos menores, como Cracóvia, são de curta distância. A poluição dos aeroportos menores é, portanto, mais tributada do que a dos maiores, que atendem a voos mais longos.

Segundo as ONGs, essas emissões de carbono não documentadas e não tributadas são importantes quando se considera as expansões dos aeroportos. As emissões do setor de aviação cresceram anualmente 5% desde 2013 a 2018, atingindo 2,5% das emissões globais de CO2 – se fosse um país, seria o sétimo maior emissor global.

Jo Dardenne conclui: “[a]gora podemos ver a aumento alarmante das emissões dos aeroportos e está claro que o setor de aviação não faz o suficiente para conter a sua poluição. Não podemos justificar a expansão do aeroporto neste momento de crise climática”.

Todos os principais aeroportos mencionados têm planos de expansão, principalmente o de Heathrow, cuja expansão foi adiada recentemente devido à COVID-19. Este aeroporto é o segundo que emite mais emissões mundialmente – cerca de 16,2 milhões de toneladas de CO2 anualmente, o equivalente a 8,1 milhões de automóveis.

Outubro é o mês do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico!

Outubro chegou e, com ele, abrem-se as portas da Alfândega do Porto para receber o 5º Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, que decorrerá nos dias 22, 23 e 24 deste mês (sexta-feira a domingo).

O maior salão de mobilidade elétrica de Portugal regressa com a presença das principais marcas do setor, que irão exibir as principais novidades do mercado. O Green Future AutoMagazine volta a ser revista oficial do evento para acompanhar as inúmeras atividades que terão lugar, desde a exposição de veículos aos seminários sobre mobilidade.

Este ano, o Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico conta com estreias ‘fresquinhas’ no mercado, como é o caso dos automóveis 100% elétricos Kia EV6, Nissan Ariya e Tesla Model Y, que farão a sua primeira aparição pública no evento. Os visitantes podem ainda esperar o plug-in Peugeot 308 e, para quem é fã de veículos de duas rodas, a icónica marca nacional Famel estará na exposição, assim como a Horwin e aMoti. Trotinetes e bicicletas elétricas também estarão representadas no salão com a gama da VoltStore. 

Os salões da Alfândega do Porto vão encher-se ainda com várias outras novidades, como é o caso do novo Ford Mustang Mach-E, Jaguar E-Pace, Volvo XC40, Mitsubishi Eclipse Cross PHEV e Land Rover Evoque (PHEV). Poderá, ainda, ver de perto o Hyundai Ioniq 5, o novo Audi Q4 e-tron e o Audi e-tron GT.  A Toyota também marcará presença com o primeiro sedan a hidrogénio do mundo, o Toyota Mirai. 

Os visitantes ainda terão a possibilidade de realizar no local testes aos seus modelos preferidos, tal como aconteceu nas edições anteriores.

Também como em edições anteriores, o programa integra vários seminários, onde os participantes poderão ver as suas dúvidas esclarecidas e ficar a par dos temas mais relevantes para o futuro sobre o futuro da mobilidade. 

O evento será realizado com o apoio institucional da Câmara Municipal do Porto, contando ainda com o patrocínio da GALP (main sponsor) e do PiscaPisca.pt. Os hotéis Vila Galé são os hotéis oficiais do evento. 

Tal como na edição passada, a organização assegura o cumprimento de todos os protocolos recomendados pela Direção Geral de Saúde, para que expositores, visitantes e membros da organização disfrutem do evento com toda a segurança.

Os bilhetes para a 5ª edição do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico podem ser adquiridos aqui.

EDP e Kia desenvolvem uma das maiores redes de carregamento ultrarrápido de Espanha

A EDP e a Kia Ibéria assinaram um acordo para instalar pontos de carregamento ultrarrápido nos 40 principais concessionários oficiais da Kia em Espanha. Com esta parceria, qualquer pessoa poderá carregar um carro elétrico nos concessionários Kia, com facilidade e rapidez, 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Estes novos pontos de carregamento ultrarrápidos têm uma potência de 150 kW, o que permite uma maior agilidade e rapidez no fornecimento de energia e melhora significativamente a experiência do utilizador no carregamento do veículo elétrico. Além disso, um dos pontos da rede terá 350 kW, no concessionário principal da marca, em San Sebastián de los Reyes, Madrid. Este permitirá que os clientes carreguem o novo EV6 elétrico a 800 volts, alcançando uma autonomia de 100 km em menos de 4,5 minutos ou um carregamento de 10% a 80% da bateria em menos de 18 minutos. Com esta aliança com a EDP, a Kia é a primeira marca automóvel generalista a promover uma rede de carregamento ultrarrápido robusta em Espanha.

Eduardo Dívar, diretor geral da Kia Ibéria, destaca que “[a] infraestrutura de carregamento é, sem dúvida, um fator-chave na decisão de compra de um veículo elétrico e eletrificado. A Kia sabe disto e aliou-se a uma empresa líder como a EDP para poder oferecer, com o apoio e grande abrangência da nossa rede de concessionários, uma das redes de carregamento mais rápidas de Espanha e assim contribuir para eliminar uma das principais incertezas existentes na hora de adquirir este tipo de veículo”.

Todos os pontos de carregamento serão integrados na plataforma MOVE ON da EDP em Espanha e na KiaCharge e juntam-se aos cerca de 2.500 pontos de carregamento públicos geridos pela EDP em Portugal e Espanha.

O que fazer com as baterias usadas dos carros elétricos? BattMAN tem a resposta.

O que é que acontece à bateria de um veículo elétrico quando chega ao fim da sua vida útil?

Esta é, provavelmente, a pergunta que muitos fazem quando pensam em mobilidade elétrica. A resposta passa pelo novo software de análise BattMAN ReLife, que será usado como meio de diagnóstico inicial na reciclagem de baterias na fábrica piloto do Grupo, em Salzgitter.

Dependendo da capacidade que o sistema de inspeção deteta, uma bateria de alta tensão pode ser reutilizada num veículo no todo ou em parte, receber uma segunda vida como um reservatório de energia móvel ou estacionário, ou o material pode ser devolvido à produção de células por meio de um processo de reciclagem inovador.

A primeira versão do software BattMAN (Battery Monitoring Analysis Necessity) foi desenvolvida pelo departamento de controlo de qualidade da Audi Bruxelas para a análise rápida e fiável da bateria de alta tensão do Audi e-tron. Já é utilizado como ferramenta de diagnóstico para várias marcas do Grupo Volkswagen.

O BattMAN é resultado da cooperação entre vários especialistas em reciclagem do Grupo Volkswagen e, após vários meses de programação e testes, o BattMAN ReLife é a solução de avaliação fiável de uma bateria em apenas alguns minutos, para ajudar a determinar o seu curso posterior. O mesmo processo, anteriormente, demorava várias horas.

Em primeiro lugar, o dispositivo verifica se a bateria é capaz de comunicar e transferir dados, detetando e exibindo quaisquer mensagens de erro, bem como resistência de isolamento, capacidade, temperaturas e tensões na célula.

Axel Vanden Branden, Engenheiro de Qualidade da Audi Bruxelas, explica: “Somos capazes de medir todos os parâmetros mais importantes de uma célula. Em seguida, um sistema de semáforo indica o estado célula por célula – verde significa que a célula está em boas condições, amarelo significa que requer uma inspeção mais detalhada e vermelho significa que a célula está fora de serviço”.

Isto permite determinar o estado geral de saúde de uma bateria. Uma vez determinado o estado da bateria, existem três opções: a primeira é a chamada ‘remanufactura’, um processo pelo qual a bateria, devido ao seu bom ou muito bom estado de saúde, pode ser reprocessada para uso posterior como peça de reposição para veículos elétricos após passar por trabalhos de reparação, refletindo o seu valor de mercado atual. Vários modelos estão atualmente em revisão e preparação.

Na segunda opção, uma bateria recebe a sua ‘segunda vida’ quando apresenta um estado de saúde de nível médio a bom, que permitirá o seu uso continuado fora de um veículo elétrico por muitos anos, numa estação de carregamento rápido, num robô de carregamento móvel, num sistema de transporte sem motorista ou uma empilhadora, bem como em armazenamento doméstico.

Já a terceira opção envolve a reciclagem eficiente na fábrica piloto de Componentes do Grupo Volkswagen em Salzgitter, onde os processos mecânicos dividem apenas as baterias mais gastas nos seus materiais básicos, como alumínio, cobre, plásticos e ‘pó negro’, um resíduo que contém os valiosos componentes da bateria – lítio, níquel, magnésio, cobalto e grafite – que são separados por parceiros especializados usando meios hidrometalúrgicos, antes de serem processados ​​novamente.

Frank Blome, diretor de sistemas de bateria da Volkswagen Group Components, assegura que os “materiais reciclados da bateria são tão eficazes quanto os novos. Esses materiais reciclados serão usados ​​para abastecer as nossas atividades de produção de células no futuro”.

Orçamento de Estado 2022 – Propostas UVE

Orçamento de Estado 2022 – Propostas UVE

UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos

No dia 28 de setembro, a UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos publicou o Comunicado n.º 3/2021, com propostas no âmbito da Mobilidade Elétrica que pretende que sejam adotadas no Orçamento de Estado 2022.

A UVE já fez chegar o presente Comunicado junto do Secretário de Estado da Mobilidade, o Ministro do Ambiente e Ação Climática e dos Grupos Parlamentares com representação na Assembleia da República.

Orçamento de Estado 2022 – Propostas UVE

A UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, considerando o estado atual de desenvolvimento da mobilidade elétrica em Portugal, os compromissos assumidos por Portugal para atingir as metas da neutralidade carbónica em 2050, da eletrificação dos transportes, com destaque para os rodoviários, da redução do consumo de combustíveis fósseis, da redução da emissão dos gases com efeito de estufa, de um combate sério e eficaz às Alterações Climáticas que poderão, seguramente irão, pôr em causa as condições de vida para a Humanidade no planeta Terra, propõe as seguintes medidas a serem adotadas no Orçamento de Estado para 2022, no que se refere à Mobilidade Elétrica, à eletrificação dos transportes e à mobilidade dos cidadãos:

  1. Aumento da dotação total para os Incentivos à aquisição de veículos ligeiros 100% elétricos (Incentivo à Introdução no Consumo de Veículos de Zero Emissões):
  • Aumento do Incentivo à aquisição de automóveis ligeiros de passageiros de 3.000€ para 6.000€, igualando o valor médio do incentivo na União Europeia;
  • Incentivo à aquisição de ciclomotores, motociclos e quadriciclos elétricos, no valor de 50% do PVP, até um máximo de 2.000€, criando assim uma categoria autónoma;
  • Manutenção de todos os outros Incentivos atualmente em vigor.
  1. Criação de um Incentivo ao abate de um veículo com motor de combustão interna, variável segundo a idade do mesmo, que acumule com o Incentivo à aquisição de um veículo 100% elétrico;
  2. Agilização de todo o processo administrativo de conversão de um veículo com motor de combustão interna num veículo 100% elétrico; 
  3. No que se refere aos transportes públicos de passageiros total apoio à eletrificação dos transportes públicos coletivos:
  • Expansão das redes de Metropolitano e de Metro Ligeiro de superfície, nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto;
  • Eletrificação progressiva dos transportes públicos coletivos rodoviários;
  • Aquisição dos barcos 100% elétricos para a Transtejo.
  1. Eliminação progressiva dos incentivos prejudiciais ao ambiente, como sejam as isenções associadas ao uso de combustíveis fósseis;
  2. Manutenção do Programa de Incentivos à Mobilidade Elétrica na Administração Pública, com maior incidência na Administração Local nas regiões do interior do país;
  3. Reforço da Rede Pública de Carregamento de Veículos Elétricos em todo o território nacional, com destaque para os carregadores rápidos e ultrarrápidos; 
  4. Criação de um Incentivo para a Instalação de Carregadores de Veículos Elétricos a nível particular ou de condomínio, a exemplo de outros países europeus, com uma comparticipação de 50% do valor do equipamento com um limite máximo a estabelecer;
  5. Adoção generalizada do princípio do poluidor-pagador, servindo a receita assim obtida para financiar os Incentivos e os Benefícios Fiscais inerentes e necessários, à transição energética que se impõe e que se exige de uma forma cada vez mais acelerada.
  6. Na criação de novos parques de estacionamento públicos e privados, obrigatoriedade de instalação de postos de carregamento de veículos elétricos em 50% da sua capacidade;
  7. Realização de concursos públicos para a instalação de postos de carregamento normal, nos parques de estacionamento junto das instituições públicas, escolas, hospitais e centros de saúde, mercados municipais, estádios e pavilhões desportivos;
  8. Discriminação positiva dos veículos elétricos na utilização dos sistemas automáticos de portagens nas autoestradas;
  9. No licenciamento de novas áreas de serviço de abastecimento de combustíveis fósseis, estas terem 1 carregador de no mínimo 50kW por cada 2 bombas de combustível fóssil. Definir um quadro de transição para as áreas de serviço já em funcionamento, para que em 4 anos todos possam cumprir esta regra.
  10. Aumento da verba global – atualmente 4.500.000€ – alocada para os incentivos à aquisição de um Veículo Elétrico (Incentivo à Introdução no Consumo de Veículos de Zero Emissões) para poder satisfazer todas as necessidades inerentes à aceleração da eletrificação do sector dos transportes rodoviários. 

Nesta fase de grande expansão da mobilidade elétrica, é fundamental prosseguir a redução dos Benefícios Fiscais atribuídos aos Veículos Híbridos e Híbridos Plug-in. Esta redução deverá ser transferida para o aumento dos Benefícios Fiscais e dos Incentivos à Aquisição de veículos 100% elétricos, veículos totalmente isentos de emissões de gases tóxicos.

As metas estabelecidas pela União Europeia para 2035, impõem a Portugal a adoção de um Orçamento de Estado mais positivo para a Mobilidade Elétrica, mais ambicioso no que diz respeito aos veículos 100% elétricos, fundamentais para este processo de eletrificação dos transportes, públicos e privados, coletivos e particulares, num momento em que todos somos chamados a contribuir para a eletrificação da nossa mobilidade, para a descarbonização da nossa economia e para um combate urgente e eficaz às Alterações Climáticas.

Lisboa, 28 de setembro de 2021

Conselho Diretivo da UVE

UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, é uma entidade com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, com a missão de promover a mobilidade elétrica. Conheça as Vantagens em ser nosso Associado

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