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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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Polestar 3 já está disponível

A Polestar revelou oficialmente o Polestar 3, o terceiro modelo e o primeiro SUV da marca sueca de performance elétrica.

O Polestar 3 estreia um novo perfil aerodinâmico com uma “postura ampla e poderosa”, nas palavras do comunicado da marca. Isto foi conseguido através de uma otimização aerodinâmica subtil, mas efetiva, incluindo uma asa dianteira integrada no capot, outra integrada no spoiler traseiro, e lâminas aerodinâmicas traseiras.

O SUV chega numa configuração com motor duplo e potência adicional na traseira. A versão standard apresenta-se com uma potência de 360 kW e binário de 840 Nm, mas o Pack Performance opcional permite um acréscimo até 380 kW e 910 Nm, respetivamente.

O one-pedal drive ajustável está também incluído, bem como a função elétrica TVDC – Electric Torque Vectoring Dual Clutch no eixo traseiro – uma evolução da tecnologia inicialmente apresentada no Polestar 1. O Polestar 3 possui ainda uma função de desativação para o motor elétrico traseiro, permitindo que o automóvel seja capaz de funcionar somente com o motor elétrico dianteiro, de forma a economizar energia quando as circunstâncias o permitem.  

O controlo avançado do chassis é proporcionado pela suspensão de dupla câmara, caraterística de série, que permite que os amortecedores se adaptem às condições da estrada uma vez a cada dois milissegundos (500 Hz).

“O nosso objetivo era oferecer a performance e a precisão que define todos os automóveis Polestar, sem comprometer o conforto da sua condução diária. Para isso, utilizámos novas componentes como a suspensão adaptativa para proporcionar um ‘feeling Polestar’ a este tipo de automóvel”, explica Joakim Rydholm, Chief Chassis Engineer da Polestar.

O pack de baterias de 111 kWh permite uma autonomia WLTP máxima declarada de 610 km (dados preliminares). A bateria de iões de lítio apresenta uma célula de design prismático incluído num compartimento de proteção de alumínio com reforço em aço boro e arrefecimento líquido. Vem também equipado de série com uma bomba de aquecimento para precondicionar a climatização e a bateria. Inclui ainda capacidade de carregamento bidirecional V2G (Vehicle-to-Grid).

À semelhança do Polestar 2, a lista de equipamentos de série é extensa, com poucos opcionais “para simplificar o processo de configuração e a logística de produção”, de acordo com a marca. Todas as versões incluem suspensão pneumática, teto panorâmico de vidro, iluminação LED interior e exterior, puxadores de porta retráteis com sensor de proximidade e jantes de 21 polegadas.

O Pack Plus e o Pack Pilot são incluídos de série nas encomendas do primeiro model year e incluem ainda caraterísticas como o sistema áudio de 25 colunas da Bowers & Wilkins e sistema de som surround 3D, capacidade Dolby Atmos, fecho suave das portas, head-up display e Pilot Assist.

A Polestar afirma que os materiais utilizados no interior do seu primeiro SUV foram selecionados pelas suas características sustentáveis, onde se incluem os materiais biológicos da MicroTech, com couro animal certificado e estofos em lã totalmente rastreáveis.

O Android Automotive OS, desenvolvido em parceria com a Google, surge novamente no sistema operativo do automóvel através de um display central de 14.5 polegadas. A Polestar declara que este é o primeiro automóvel do mundo com sistema Google integrado. As atualizações OTA (over-the-air) permitirão melhorias de software e a introdução de novas caraterísticas sem a necessidade de o proprietário se deslocar a um ponto de serviço.

A nível de segurança, oPolestar 3 inclui, de série, um módulo de cinco radares, cinco câmaras externas e doze sensores ultrassónicos. A SmartZone situada na zona inferior da asa dianteira, incorpora vários dos sensores dianteiros, um módulo de radar aquecido e uma câmara No interior, duas câmaras para monitorizar o condutor fazem a estreia da tecnologia de rastreio ocular da Smart Eye num modelo Polestar, sendo capazes de monitorizar os olhos do condutor para enviar mensagens de aviso, sons ou ativar mesmo uma função de paragem de emergência ao detetar a presença de um condutor distraído ou sonolento.

Outro destaque é o sistema de radar interior, capaz de detetar movimentos à escala submilimétrica, protegendo assim as crianças e os animais que tenham sido deixados acidentalmente no automóvel. O novo sistema está ligado ao sistema de climatização do veículo para evitar sobreaquecimento ou hipotermia.

A Polestar avança ainda que o 3 será o primeiro automóvel de uma nova tecnologia de base elétrica desenvolvida e partilhada com a Volvo Cars. A produção para os mercados deste lançamento inicial deverá começar nas instalações da Volvo Cars de Chengdu, na China, nesta primeira fase a partir de metade de 2023, e irá culminar com as primeiras entregas, previstas para o quarto trimestre do mesmo ano.

A partir de metade de 2024, prevê-se que a produção do Polestar 3 seja também realizada nas instalações da Volvo Cars de Ridgeville, no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos – a partir dessa altura está previsto que a produção para a América do Norte e para os outros mercados mude da China para os Estados Unidos. As primeiras entregas provenientes desta fábrica deverão chegar ao mercado a partir do meio de 2024.

No lançamento, o Polestar 3 Long range Dual motor (360 kW, 840 Nm) estará disponível a partir de 94,900€. As encomendas estão abertas online desde ontem, 12 de outubro de 2022, em todos os mercados de lançamento inicial, onde se inclui Portugal.

Stellantis lança unidade de negócio para produção e consumo sustentáveis

A Stellantis anunciou hoje um plano para a sua Unidade de Negócios de Economia Circular, com o objetivo de conseguir mais de 2 mil milhões de euros em receitas até 2030 e assim conduzir o plano de descarbonização da empresa, que visa atingir zero emissões líquidas de carbono até 2038.

De acordo com a Stellantis, os principais objetivos da Unidade de Negócios de Economia Circular são prolongar a vida dos veículos e dos componentes, assegurando que duram o maior tempo possível, e devolver materiais e veículos em fim de vida ao circuito de produção para criar novos veículos e produtos.

Esta metodologia complementa os princípios do ‘Design para uma Economia Circular’, que a empresa exemplifica com o Citroën ‘oli’ [all-ë], o protótipo, recentemente apresentado, de um veículo familiar multiatividades que recorre a materiais ultraleves e reciclados, processos de produção sustentáveis, com preço acessível e elevada durabilidade, que permitem uma vida útil mais longa e reciclabilidade em fim de vida.

A Stellantis explica que o “negócio de 360 graus” está baseado na estratégia dos 4R: Reman, Repair, Reuse e Recycle. O primeiro pilar, Reman (Reconstruir) prevê que as peças usadas, desgastadas ou defeituosas sejam inteiramente desmanteladas, limpas e novamente manufaturadas segundo as especificações OEM. Estão disponíveis quase 12.000 peças que cobrem 40 linhas de produto, incluindo baterias de veículos elétricos.

O pilar Repair (Reparar) estipula que as peças desgastadas sejam reparadas e reinstaladas em veículos dos clientes. Existirão 21 centros de reparação qualificados para trabalhar em baterias de veículos elétricos espalhados pelo mundo.

No terceiro R, de Reuse (Reutilizar), a Stellantis prevê recuperar e revender cerca de 4,5 milhões de peças multimarca em inventário, ainda em boas condições, em 155 países por meio da plataforma de e-commerce B-Parts. 

Finalmente, no que diz respito ao último pilar, Recycle (Reciclar), os resíduos de produção e veículos em fim de vida voltam ao processo de produção. A empresa avança que, em seis meses, a unidade de negócios recolheu 1 milhão de peças recicladas.

“A Stellantis está na corrida para construir um negócio sustentável e rentável baseado nos princípios da economia circular nos mercados onde estamos presentes”, afirmou Alison Jones, vice presidente sénior responsável pela Unidade de Negócios de Economia Circular. “Temos colegas qualificados e parceiros de confiança a ocupar-se das nossas atividades atuais. Com a nossa mentalidade dos 4R, agora estamos a expandir-nos com grande rigor, fortalecendo as nossas capacidades, equipas e instalações, ao mesmo tempo que criamos um ecossistema inteligente e integrado para gerir melhor a escassez de materiais e o nosso caminho em direção às zero emissões líquidas de carbono”.

A Stellantis avança que o seu plano da Unidade de Negócios de Economia Circular requer um aumento agressivo de volumes e expansão para novos países, com requalificação de novos técnicos.

Em setembro, a empresa anunciou que o seu principal Centro de Economia Circular será lançado em 2023 no Complexo de Mirafiori, em Itália. O Centro disporá de recondicionamento e desmantelamento de veículos e de atividades de reconstrução de peças, com o objetivo de se expandir posteriormente a nível global.

A unidade de negócio complementa também a aquisição, em 2016, da Aramis, líder europeu na compra e venda online de automóveis usados multimarca, que terá, até ao final do ano, sete centros de reconstrução internos na Europa Ocidental e Central.

Além dos hubs de economia circular, a unidade de negócios recorrerá a circuitos locais para manter produtos e materiais dentro dos respetivos países, acelerando as entregas aos clientes. No Brasil, por exemplo, peças como motores de arranque e alternadores dos veículos das marcas da Stellantis, são reconstruídas, distribuídas e vendidas em 1.000 concessionários locais.

A empresa prevê que este modelo levará à quadriplicação do valor das receitas da vida útil prolongada de peças e serviços, e promoverá um aumento de dez vezes nas receitas em reciclagem até 2030, comparativamente ao ano de 2021.

SUSTAINera

A unidade de negócios vai também a lançar uma nova etiqueta, denominada SUSTAINera, para peças e acessórios, indicando uma poupança até 80% em materiais e 50% em energia em comparação com peças novas equivalentes. Os valores são determinados por meio da realização de uma análise do ciclo de vida do recordista de vendas correspondente em cada família de produto segundo uma metodologia aprovada pela empresa independente Sphera.

“A etiqueta SUSTAINera representa o nosso compromisso de fornecer aos clientes produtos e serviços sustentáveis, transparentes e acessíveis para todas as marcas de veículos sem comprometer a qualidade, enquanto preservamos o ambiente graças à diminuição de desperdício e à menor utilização dos recursos do nosso planeta”, declarou Alison Jones.

Mercedes-Benz GLC estreia versões híbridas plug-in

O novo Mercedes Benz GLC baseia-se totalmente em sistemas de propulsão híbridos, com uma gama de motores inclui quatro motores a gasolina e diesel de quatro cilindros combinados com um motor elétrico. A marca germânica vai agora complementar esta oferta com três novas versões híbridas plug-in, além de uma nova versão híbrida parcial.

Assim, estão já disponíveis os híbridos plug-in Mercedes-Benz GLC 300 e 4MATIC, e GLC 400 e 4MATIC. Em dezembro chega ao mercado o híbrido parcial GLC 300 d 4MATIC e finalmente, em novembro do próximo ano, será a vez do GLC 300 de 4MATIC, a terceira versão híbrida plug-in.

As cadeias cinemáticas híbridas parciais utilizam um motor de arranque/alternador integrado de segunda geração (ISG). O espectro da capacidade varia até 190 kW de potência e 400 Nm de binário para as versões equipadas com motor a gasolina e até 198 kW e 550 Nm para as versões com motor diesel. Adicionalmente, está disponível um apoio elétrico adicional de 17 kW e 200 Nm fornecido pelo ISG em cada caso.

As versões híbridas plug-in estão equipadas com motor/alternador elétrico síncrono de excitação permanente de 100 kW de potência e fornecem uma potência e um binário total do sistema até 280 kW e 750 Nm, respetivamente. É possível conduzir de modo puramente elétrico até uma velocidade de 140 km/h, com autonomias até 130 km (WLTP).

Estas versões híbridas plug-in estão equipadas de série com um carregador de 11 kW para carregar a bateria de alta tensão de 31.2 kWh a partir de uma tomada elétrica AC residencial ou através da wallbox trifásica. Como opção, está disponível um carregador rápido DC de 60 kW, capaz de carregar totalmente a bateria em cerca de 30 minutos.

O programa da transmissão híbrida fornece um modo de condução elétrica para os troços mais adequados do percurso. Em percursos urbanos, por exemplo, o GLC dá prioridade à condução em modo elétrico, mas o GLC também pode ser conduzido fora de estrada sem o motor de combustão ligado, graças a um novo programa off-road.

Os travões do novo Mercedes-Benz GLC utilizam um servofreio eletromecânico independente de vácuo, que controla automaticamente a comutação flexível entre a travagem convencional e a recuperação de energia em função da situação de condução, de forma a maximizar a recuperação de energia. A marca germância afirma que, como resultado, o veículo atinge a potência máxima de recuperação de 100 kW mais frequentemente do que num sistema de travagem puramente hidráulico.

Projeto pioneiro para troca de baterias de bicicletas elétricas em Lisboa

A Galp aliou-se ao operador de manutenção de frotas de micromobilidade Boost Logistics e à start-up de tecnologia verde Swobbee para lançar em Portugal a primeira rede de estações de troca de baterias (swapping stations) para bicicletas elétricas. O processo de instalação das primeiras três estações em Lisboa ficou completo ontem, com a inauguração de um novo espaço na Avenida Brasília, em Lisboa.

Desenvolvido num modelo de ‘charging as a service‘, o projeto – pioneiro em Portugal – está ainda em fase piloto, com os objetivos de testar a tecnologia, avaliar a experiência de utilização e quantificar os custos de operação e as poupanças obtidas. Numa primeira fase, estas estações serão de uso exclusivo pela Boost Logistics, mas futuramente a solução poderá vir a ser alargada ao segmento B2C.

Além da estação inaugurada esta segunda-feira, os restantes espaços de substituição de baterias situam-se junta a áreas de serviço Galp na Avenida da Índia e na Avenida Eng. Duarte Pacheco. Todas as estações estão disponíveis 24 horas por dia. No caso do espaço da Avenida Brasília, inaugurado esta segunda-feira, a instalação da estação de carregamento contou com o apoio do Porto de Lisboa (APDL), que cedeu o espaço ocupado pelo equipamento.

As estações de troca de baterias são modulares, contendo 5 gavetas que acomodam um total de 20 baterias e que permitem substituir em poucos segundos as baterias descarregadas dos veículos de micromobilidade, neste caso bicicletas elétricas. A utilização do equipamento é 100% digital e realizada através de uma aplicação no smartphone.

De acordo com a Galp, este é um serviço que torna a logística de carregamento e as operações de gestão da frota de veículos elétricos mais eficientes e sustentáveis, com uma rede de carregamentos descentralizada, mais acessível e mais perto das frotas de micromobilidade. Esta proximidade permite ainda a introdução de novos modos de transporte que contribuem para reduzir a pegada carbónica da operação. Exemplo disso é a introdução de uma cargo bike pela operadora de manutenção Boost Logistics na zona de Belém, tirando partido de duas estações estrategicamente posicionadas, para assegurar a operação na zona ribeirinha.

A tecnologia que está na base deste serviço foi desenvolvida pela startup tecnológica alemã Swobbee, sedeada em Berlim, e com quem a Galp estabeleceu também uma parceria para o lançamento das primeiras estações de troca de baterias elétricas para veículos de micromibilidade na cidade de Madrid, em Espanha. No caso espanhol, a parceria conta também com a associação da empresa de serviços de mobilidade Bolt.

“A Galp é pioneira e líder em serviços de mobilidade elétrica em Portugal há mais de uma década e temos objetivos ambiciosos para reforçar a nossa presença na mobilidade e na micromobilidade elétrica à escala ibérica, porque sabemos que a transição energética passa também por diversificar modelos de mobilidade. Essa ambição obriga-nos a estar sempre na vanguarda tecnológica, à procura dos melhores parceiros e das melhoras soluções para disponibilizar serviços que facilitem a vida dos nossos clientes. Este projeto é um exemplo perfeito dessa visão”, afirma Teresa Abecasis, COO da Galp.

Thomas Duscha, CEO e co-fundador da Swobbee, declara: “Estamos muito satisfeitos por trabalhar com estes parceiros fortes para tornar a micromobilidade em Lisboa ainda mais atrativa. Para a Swobbee, este é também um importante primeiro passo no mercado português, que se tem revelado muito dinâmico na adoção de estratégias e serviços de micromobilidade urbana”.

Por sua vez, o administrador da Boost, Leonel Soares, afirma: “Estamos sempre à procura de novos caminhos para melhorar a sustentabilidade e a eficiência das nossas operações. Com a localização estratégica da Galp, teremos uma operação mais suave nas estações Swobbee, podendo reduzir o tempo e a distância por swap. Utilizando bicicletas de carga eléctricas, asseguraremos uma operação totalmente amiga do ambiente. Esta cooperação é o início de uma operação de equilibração net-zero, a fim de alcançar um papel totalmente sustentável para os nossos clientes”.

Nos primeiros dois meses de operação deste projeto-piloto foram realizadas já mais de 3.500 trocas de baterias, o que corresponde a mais de 2,7 MWh de energia carregada.

Célula da StoreDot suporta mil ciclos de carregamento ultrarrápido sem degradação

A StoreDot anunciou o início da fase de testes em condições reais da sua tecnologia de célula de bateria que permite carregamentos extremamente rápidos. Em comunicado, a empresa israelita afirma ter fornecido células, prontas a serem utilizadas na produção de veículos elétricos, que excederam 1.000 ciclos de carregamento.

As células de alta densidade, de 300 Wh/kg e 700 Wh/l, estão a ser remetidas para os fabricantes automóveis parceiros, de forma a serem testadas em condições reais. De acordo com a StoreDot, estas células exibem o prometido desempenho ‘100in5’ (‘100 em 5’)– permitem que os condutores carreguem consecutivamente energia suficiente para 100 milhas de autonomia (aproximadamente 160 km) por cada 5 minutos de carregamento.

A StoreDot afirma que as suas células ‘100in5’ carregaram repetidamente de 10 a 80% da capacidade em apenas 10 minutos, tendo depois descarregado durante uma hora antes de serem novamente recarregadas. Suportaram consecutivamente mais de 1.000 destes ciclos de carregamento extremos antes de se degradarem abaixo do limite de 80% da capacidade original. A empresa acrescenta que não foi perceptível nenhuma degradação nos primeiros 600 ciclos em que as células foram consecutivamente carregadas rapidamente entre 10 a 80%.

Yaron Fein, vice-presidente de I&D da StoreDot, afirma: “Os testes mais recentes representam um marco, não apenas para a StoreDot, mas também para a indústria global de baterias e todo o ecossistema de mobilidade sustentável. A nossa meta de desempenho de produto para 2022 era atingir 1.000 ciclos consecutivos de carregamento extremamente rápido de 10 a 80% em dez minutos, com uma densidade de energia de pelo menos 300 Wh/kg. Tenho o prazer de anunciar que não apenas alcançámos a nossa meta, mas também a superámos – e já temos nos nossos laboratórios uma formula aperfeiçoada que nos permite mostrar um desempenho ainda melhor. Esta é a primeira vez que o desempenho de uma célula desta magnitude foi alcançado”.

Este marco acontece depois da empresa israelita ter anunciado, em março, o recorde mundial de 1.200 ciclos nos protótipos das suas células de carregamento extremamente rápido. A StoreDot afirma que continua a desenvolver a tecnologia XFC em formatos cilíndricos e prismáticos, esperando começar em breve a enviá-las aos fabricantes automóveis.

O programa de desenvolvimento da StoreDot tem como objetivo desenvolver células para baterias que permitam carregar energia para 100 milhas de autonomia em apenas 2 minutos.

Stellantis procura garantir níquel e sulfato de cobalto para baterias

A Stellantis e a GME Resources Limited anunciaram hoje a assinatura de um Memorando de Entendimento (MdE) não vinculativo para a futura comercialização de quantidades de produtos de níquel e sulfato de cobalto para baterias do Projeto NiWest Nickel-Cobalt, situado na Austrália Ocidental (‘NiWest’).

A NiWest é um projeto avançado de desenvolvimento de níquel-cobalto e que deverá produzir cerca de 90.000 toneladas por ano de níquel e sulfato de cobalto para baterias destinadas ao crescente mercado de veículos elétricos. Até à data, foram investidos mais de 30 milhões de dólares australianos (cerca de 19,47 milhões de euros) em perfuração, testes metalúrgicos e estudos de desenvolvimento.

O Estudo de Viabilidade Definitivo para a NiWest começará este mês. A localização proposta para a unidade de processamento da NiWest situa-se a cerca de 30 quilómetros da operação de Murrin Murrin, propriedade da Glencore, a maior operação de níquel-cobalto da Austrália.

“A Stellantis trabalha diariamente para oferecer aos nossos clientes uma liberdade de mobilidade limpa, segura, acessível e de vanguarda”, afirmou Maxime Picat, Chief Purchasing and Supply Chain Officer da Stellantis. “Garantir as fontes de matéria-prima e o fornecimento de baterias permitirá fortalecer a cadeia de valor da Stellantis na produção de baterias para veículos elétricos e, igualmente importante, ajudará a empresa a atingir os seus fortes objetivos de descarbonização”.

Como parte do seu plano estratégico Dare Forward 2030, a Stellantis anunciou que tem como objetivo alcançar, até 2030, 100% das suas vendas de automóveis de passageiros em veículos elétricos a bateria (BEV) na Europa e 50% das vendas de carros de passageiros e camiões ligeiros BEV nos EUA. A empresa afirma que será a campeã da indústria na mitigação das alterações climáticas, alcançando zero emissões líquidas de carbono até 2038, com uma redução de 50% até 2030.

“A Stellantis é um parceiro do mais elevado nível e a GME está, por isso, muito satisfeita pela assinatura deste memorando de entendimento, no que esperamos seja o primeiro passo de uma parceria de longo prazo”, disse Paul Kopejtka, Managing Director da GME. “Estamos muito satisfeitos com a forma como as nossas conversações progrediram, esperando, agora, avançar para negociações mais detalhadas em paralelo com o início do Estudo de Viabilidade Definitivo em termos do Projeto NiWest Nickel-Cobalt. Um Acordo Definitivo com a Stellantis seria um passo decisivo para podermos elevar o Projecto NiWest ao patamar da exploração comercial”.

A Stellantis reforçou as suas capacidades de fornecimento de hidróxido de lítio de baixo carbono no início deste ano, na sequência da assinatura de acordos com a Vulcan Energy e a Controlled Thermal Resources para a Europa e América do Norte, respetivamente.

O comunicado informa que o fecho deste MdE não vinculativo está sujeito às condições habituais de conclusão, incluindo aprovações regulatórias.

Astara leva soluções de mobilidade a municípios de norte a sul do país

O grupo Astara está a promover, até ao final de outubro, um roadshow com o objetivo de dar a conhecer a gama de automóveis de passageiros e veículos comerciais das diversas marcas que representa. A iniciativa terá lugar em 35 municípios de Portugal Continental,

Orientada para a atividade municipal, a iniciativa baseia-se na proximidade e na partilha de informação, “permitindo desenhar soluções de mobilidade ajustadas às diversas necessidades de utilização das autarquias”, de acordo com o comunicado.

Este roadshow é promovido em colaboração com os concessionários do grupo e inclui modelos de sete marcas, disponíveis para test-drive, com diversas opções no campo da mobilidade sustentável.

No segmento de veículos de passageiros, o grupo Astara vai levar para este roadshow os totalmente elétricos Kia Niro EV e o SUV Aiways U5, bem como híbrido plug-in Mitsubishi Eclipse Cross PHEV.

Na vertente dos veículos comerciais, o grupo incluiu nesta iniciativa o Piaggio Commercial Porter NP6, que se destaca por permitir inúmeras configurações consoante o tipo de utilização; os já conhecidos Fuso Canter e Isuzu NLR; a pick-up Isuzu D-MAX; e os furgões 100% elétricos Maxus eDeliver 3 e eDeliver 9, que se estreia com uma configuração de transporte de passageiros.

Toyota lança gama alargada de comerciais elétricos

A Toyota apresentou recentemente a sua gama de comerciais elétricos com as versões BEV dos modelos Proace e Proace City, antecipando o crescimento deste segmento com expressão ainda reduzida, mas que deverá superar a fasquia de 5% do mercado de comerciais já este ano.

Os dois modelos elétricos estão disponíveis nas variantes de carga e passageiros, esta última batizada com a designação Verso. Para cada uma destas variantes, os clientes podem optar pela carroçaria curta (L1) ou longa (L2).

O Proace City Verso EV está assim respetivamente disponível nas versões de cinco e sete lugares, com a corresponde variação do espaço de carga na versão comercial Proace City EV. Para utilização urbana, está equipado com uma bateria de ião-lítio de 50 kWh (18 módulos), que permite uma autonomia máxima (WLTP) de 221 km.

No furgão Toyota Proace, o comprimento da carroçaria é de 4,96 m (L1) ou 5,31 m (L2), sempre com nove lugares na variante Verso. Além da bateria de 50 kWh que equipa o Proace City, está disponível também uma bateria de 75 kWh (27 módulos), que estende a autonomia até um máximo de 318 km.

O carregamento da bateria de 50 kWh varia entre as 30,5 horas com ligação doméstica (4,5 horas com wallbox de 11 kW) e 32 minutos num posto de carregamento público de 100 kW. Os tempos de carregamento da bateria de 75 kWh são de 42 horas, 6,8 horas e 48 minutos respetivamente.

Os dois modelos estão equipadas com o mesmo motor de 136 kW, que permite atingir velocidades máximas de 130 no Toyota Proace, e 135 km/h no Proace City.

A nível de equipamentos de série, destaque para as portas laterais duplas nas versões de passageiros Verso, para facilitar o acesso dos passageiros aos lugares traseiros.

Os preços (sem IVA) do Proace City variam entre os 33.577€ da versão comercial de carroçaria curta, e os 37.073€ da versão Verso com nove lugares.

Já o Proace custa entre 39.593€ (versão de carga com carroçaria curta e bateria de 50 kWh) e 54.715€ (versão Verso com carroçaria comprida e bateria de 75 kWh).

As primeiras unidades deverão chegar ao mercado ainda durante o mês de outubro.

Michelin intensifica utilização de materiais biológicos e reciclados

A Michelin apresentou dois novos pneus, um para uso em automóveis e outro em autocarros, contendo respetivamente 45% e 58% de materiais sustentáveis. Aprovados para uso em estrada, os novos pneus têm níveis de desempenho estritamente idênticos aos dos pneus atuais.

A marca francesa prevê que estas novas gamas de pneus, com elevadas percentagens de materiais sustentáveis, comecem a ser produzidos e comercializados dentro de dois a três anos. Além de utilização mais extensiva de borracha natural, os novos pneus incluem negro de fumo reciclado, óleo de girassol e resinas de origem biológica, sílica obtida a partir de casca de arroz e aço reciclado.

A Michelin pretende que utilizar exclusivamente materiais de origem biológica, renováveis ou reciclados em 2050, com um aumento de 40% até 2030, relativamente aos níveis atuais. A marca francesa detalha que, no ano passado, detinha 3.678 patentes ativas para este tipo de materiais.

A empresa afirma ainda que o ritmo e a natureza das inovações no domínio dos materiais sustentáveis ​​exigem novas competências, pelo que o grupo tem desenvolvido um programa de parcerias direcionadas para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de ponta, nomeadamente nas áreas da transformação e reciclagem. Exemplos destas parcerias incluem as empresas Pyrowave (r-estireno), Carbios (r-PET), Enviro (rCB), IFPEN/Axens com a participação da ADEME (agência francesa para a transição ecológica) (bio-butadieno), o projeto Empreinte realizado com a ADEME ou a implantação dos projetos de economia circular BlackCycle e Whitecycle, que a Michelin executa com vários parceiros europeus e com o apoio da UE, para transformar pneus em fim de vida em matérias-primas que podem ser incorporadas em novos pneus.

Itália testa os primeiros táxis aéreos

Na manhã desta quinta-feira, realizou-se o primeiro voo de sempre de um eVTOL no espaço aéreo italiano. A empresa Volocopter testou, com sucesso, o seu protótipo de táxi aéreo na inauguração do primeiro ‘vertiporto’ de mobilidade aérea avançada (AAM – Advanced Air Mobility), localizado no Aeroporto de Roma (Fiumicino).

O teste ocorreu um ano após a apresentação do primeiro protótipo. Em comunicado, a Volocopter afirma que o teste desta manhã culminou este período de doze meses em que foram realizados progressos significativos na tecnologia de voo, no design do ‘vertiporto’ e nos regulamentos necessários para permitir que os primeiros serviços AAM, entre o Aeroporto de Fiumicino e a cidade de Roma, tenham início em 2024, conforme o planeado.

O piloto de testes, a bordo do Volocopter 2X elétrico, voou a cerca de 40 km/h, durante 5 minutos, a 40 metros de altura, descrevendo uma trajetória de voo em forma de ‘8’, depois de obter as autorizações necessárias por parte das autoridades italianas, da autoridade da aviação civil (Ente Nazionale per l’Aviazione Civile – ENAC) e dos serviços de controlo de tráfego aéreo (Ente Nazionale per l’Assistenza al Volo – ENAV), cujo papel permanece central na formação do futuro ecossistema de AAM.

A Volocopter esclarece que o novo vertiporto do Aeroporto de Fiumicino foi desenvolvido em conformidade com especificações técnicas (Prototype Technical Specifications for the Design of VFR Vertiports for Operation with Manned VTOL-Capable Aircraft Certified in the Enhanced Category) da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e está localizado dentro do espaço de testes regulatório aprovado pela ENAC.

O vertiporto está projetado para hospedar vários tipos de testes – quer de operações de voo como operações terrestres (turnaround, carregamento de baterias, etc.) – o seu sistema elétrico permite o teste de várias tecnologias de carregamento eVTOL (trocas de bateria, carregamento rápido, etc.). A infraestrutura, ocupando uma área de cerca de 5.500 metros quadrados, foi dimensionada para garantir a compatibilidade com os principais eVTOLs que deverão ser certificados nos próximos anos e é composta por uma área final de aproximação e decolagem (FATO) para operações de descolagem e aterragem, uma área de estacionamento, um hangar coberto 400 m2 e outras infraestruturas de apoio, incluindo um escritório, um armazém e uma área para carregamento de baterias.

Ao voo desta manhã seguiu-se uma demonstração do vertiporto, organizada pela UrbanV, empresa criada pelo Aeroporto di Roma, juntamente com os Aéroports de la Côte d’Azur, Aeroporto de Veneza (SAVE) e o Aeroporto Guglielmo Marconi, em Bolonha, com o objetivo de projetar e construir vertiportos em diferentes países. Neste contexto, foi explorada uma outra dimensão dos futuros serviços de AAM, o VoloIQ, uma plataforma digital que será a base do ecossistema de mobilidade aérea urbana, suportando o acesso a todos os processos de trabalho nesta área, desde as operações de voo até às reservas.