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Green Future-AutoMagazine

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X. FST 10d: De FST 09e a FST 10d

X. FST 10d: De FST 09e a FST 10d

O FST 10d é uma adaptação do último protótipo da equipa, o FST 09e, para um veículo autónomo. Isto significa que vários componentes tiveram de ser integrados no design original, o que apresentou muitas dificuldades, uma vez que a implementação destes componentes não foi considerada aquando do design do FST 09e. 

Os objectivos do primeiro veículo driverless da equipa centraram-se na fiabilidade, acessibilidade e facilidade de manufatura, e a integração destes sistemas foi directamente influenciada por estes mesmos objectivos.

O núcleo do sistema autónomo é a unidade de processamento que controla o automóvel. É um componente grande e pesado e o seu posicionamento pode alterar o equilíbrio do peso do veículo de forma bastante dramática. A sua integração exigiu alguma consideração em relação ao sistema de arrefecimento, uma vez que a unidade utilizada depende de um conjunto de alhetas dispostas de modo a arrefecer passivamente os componentes do PC.  A localização dos sensores foi também um factor, uma vez que cabos mais longos podem criar perda de sinal ou captar mais ruído a partir do chassis já repleto de electrónica. Foram considerados vários locais para o PC e foi definido um compromisso entre acessibilidade, desempenho de arrefecimento e equilíbrio do veículo, o que resultou na instalação da unidade de processamento nos sidepods. Esta mostrou-se ser uma boa solução que garante  uma boa estanquicidade à água e também minimiza o deslocamento do centro de gravidade. Para fixar o PC ao monocoque, foi concebido um conjunto de dois suportes, com optimização de topologia a fim de minimizar o peso quando aliado a uma liga de alumínio de grau aeroespacial. Estas peças foram fabricadas utilizando o corte por jacto de água, uma técnica muito comum e acessível. 

A comunicação de emergência com o sistema autónomo é feita através do RES (Remote Emergency System). Neste sistema, a informação enviada pela equipa é recebida pela antena que posteriormente ativa o sistema de emergência. A colocação desta antena teve de ser feita de modo maximizar a recepção de sinal, pelo que foi escolhido um ponto alto no Main Hoop, oferecendo tanto alcance como protecção para o equipamento. Uma vez que a antena não é um componente pesado, foi concebido um suporte simples em PETG.

Uma integração cuidadosa dos sensores é uma parte importante do sucesso de um veículo autónomo, pois é muito importante correlacionar correctamente a posição no mundo real dos sensores e as coordenadas destes sensores nos homólogos do sistema autónomo. Isto é especialmente relevante em sistemas de visão computacional, como o LiDAR e a câmara. O principal objectivo na integração destes últimos foi encontrar a localização correcta no veículo onde estes poderiam ser montados para maximizar o seu desempenho. 

A câmara principal foi montada no Main Hoop, uma vez que esta estrutura é rígida e pode ser utilizada para fixar com segurança a câmara à altura de visão. Este acessório foi concebido utilizando os benefícios da impressão 3D e da tecnologia SLS. Para minimizar o peso e o arrasto aerodinâmico, este sistema de montagem foi criado utilizando flaps neutros e um perfil alar com arqueamento neutro. Para criar um acessório rígido e resistente, foi utilizado PA 12 (poliamida) para a sinterização, uma vez que este método permite imprimir formas e estruturas ainda mais complexas sem limites geométricos. 

Para o LiDAR, as considerações foram semelhantes, e a localização ideal encontrada foi na parte da frente do carro, abaixo do nariz. Isto garante que existem poucas ou nenhumas obstruções entre o sensor e os cones que se pretendem detectar. Este sensor é “protegido” pela asa dianteira do carro com um suporte feito com PETG, que impede qualquer cone ou outro objecto de colidir com o LiDAR. Mais uma vez, o corte por jacto de água foi utilizado para fabricar o sistema de fixação, utilizando a optimização de topologia para criar uma estrutura segura e leve.

Mercedes-Benz apresenta o EQS SUV

Depois do EQS e do EQE, a Mercedes-Benz prepara-se para lançar o EQS SUV, o terceiro modelo Mercedes-EQ com uma arquitetura desenvolvida especificamente para automóveis elétricos.

O comunicado da marca alemã avança que o SUV oferece muito espaço a bordo, conforto e conectividade para até sete passageiros no seu interior moderno e luxuoso.

O modelo é produzido de forma totalmente neutra em termos de emissões de CO2, ajudando, desta forma, a Mercedes-Benz a aproximar-se da concretização dos objetivos da iniciativa Ambition 2039.

O chassis do novo EQS SUV está equipado com uma suspensão dianteira de quatro braços e uma suspensão multi-link independente no eixo traseiro. A suspensão pneumática AIRMATIC com amortecimento de ajuste contínuo ADS+ integra o equipamento de série e permite que a distância ao solo do veículo possa ser aumentada em vários centímetros.

Além dos modos Eco, Comfort, Sport e Individual do sistema Dynamic Select, as versões 4MATIC estão equipadas com o modo Offroad para a condução fora de estrada.

O EQS é o primeiro modelo da Mercedes-Benz no qual podem ser ativadas funções completamente novas do veículo através de atualizações remotas. Com o EQS SUV, esta possibilidade foi significativamente alargada. Por exemplo, as funções do Assistente de manobra ao reboque e o sistema MBUX (Mercedes-Benz User Experience) com realidade aumentada para a navegação podem ser ativadas posteriormente através de atualizações over-the-air.

Em termos de motorização, o EQS SUV surge com três versões: a EQS 450+, EQS 450 4MATIC e EQS 580 4MATIC.

Os motores elétricos da versão 450+ têm uma potência de 265 kW e 568 de binário. Já a versão 580 4MATIC chega aos 400 kW de potência e 858 Nm de binário instantâneo. Nesta versão ressente-se o alcance da bateria que apenas perfaz 613 km, ao contrário da 450+ que pode atingir os 660 km de autonomia no ciclo WLTP.

O binário transmitido às rodas pelos respetivos motores elétricos é verificado 10.000 vezes por minuto e ajustado se necessário. Isto permite uma resposta muito mais rápida nas versões equipadas com 4MATIC do que nas versões com tração integral mecânica.

No interior, destaca-se o MBUX Hyperscreen (opcional): 3 ecrãs encontram-se unidos continuamente por um único vidro para criar uma faixa de ecrã curvilínea com uma largura superior a 141 centímetros. O vidro de grandes dimensões que protege o MBUX Hyperscreen é moldado tridimensionalmente durante o processo a uma temperatura de aproximadamente 650°C. Este processo permite uma visualização sem distorção do ecrã em toda a largura do veículo, independentemente do seu raio.

Quanto aos valores deste novo modelo EQ nada se sabe, apenas que ficarão acima do EQS mais acessível, ou seja, mais de 111.000 euros. As encomendas começam a partir do verão e as entregas ainda antes do final de 2022.

BMW revela detalhes do novo 100% elétrico i7

A BMW afirmou que o lançamento da nova geração Série 7 abre caminhos inovadores nas áreas da sustentabilidade e digitalização, Com o novo BMW Série 7, o fabricante de veículos premium afirma pretender criar maneiras inovadoras de desfrutar do prazer de condução, e promete conforto “inigualável” em longas distâncias e uma experiência digital de ponta.

O ponto central desta reinterpretação é o BMW i7, o sedan de luxo totalmente elétrico que demonstra, segundo o comunicado da marca, uma experiência de condução exclusiva e a melhor sensação de bem-estar a bordo podem ser combinadas com um compromisso inabalável com a sustentabilidade.

Além da presença, elegância e qualidade habituais, há uma abordagem progressiva caracterizada por inovações que melhoram diretamente a experiência do utilizador, a conectividade e a sustentabilidade do carro. Desta forma, o novo BMW Série 7 foi desenhado para responder às necessidades de um “público-alvo moderno que se vê comprometido em enfrentar os desafios de maneira responsável”, avança a marca em comunicado.

O estilo moderno do novo Série 7 concentra-se tanto no design exterior como interior. Possui recursos novos como é o caso do BMW Theater Screen, a experiência multissensorial do veículo BMW iDrive com a última geração do BMW Operating System 8, além do BMW Curved Display e do Maneuver Assistant para estacionamento e manobras automatizados. Além do nível de conforto aprimorado e do sistema de entretenimento exclusivo, ainda existe a opção Executive Lounge para a parte traseira com posição reclinável otimizada e novo acabamento interno em couro ou caxemira.

O novo BMW Série 7 oferece uma gama que inclui sistemas híbridos plug-in e uma versão totalmente elétrica. Esta diversidade de motorização é baseada numa arquitetura flexível recém-desenvolvida e é a expressão de uma estratégia de modelo global para a nova edição do BMW Série 7. Permite à marca ter em consideração as necessidades individuais do cliente, fatores de infraestrutura e regulamentos legais em todos os mercados globais. O lançamento no mercado na Europa contará inicialmente apenas com o BMW i7. Já nos EUA, na China e noutras regiões selecionadas, estarão disponíveis outros dois modelos de lançamento além da versão 100% elétrica.

Espera-se que os modelos híbridos plug-in do novo BMW Série 7 cheguem a vários mercados, a partir do início de 2023. As versões plug-in incluem o primeiro modelo BMW M com motor a gasolina de seis cilindros em linha e sistema de propulsão híbrido plug-in. Outra versão com motor diesel e tecnologia híbrida leve de 48 V será adicionada ao leque de escolha na Europa. Outras versões do BMW i7 totalmente elétrico, incluindo o futuro BMW i7 M70 xDrive topo de gama, serão disponibilizadas posteriormente.

O novo BMW M760e xDrive tem um consumo de combustível combinado de 1,2–1,1 l/100 km, um consumo de energia elétrica combinado de 26,9–25,8 kWh/100 km e 28–25 g/km de emissões de CO2 no WLTP ciclo. Este modelo chega na primavera de 2023 com uma potência de 420 kW, o equivalente a 571 cv, e binário de 800 Nm.

Por sua vez, o novo BMW i7 M70 xDrive estará equipado com dois motores totalmente elétricos (um no eixo dianteiro e outro no eixo traseiro) e estará disponível no final de 2023.

Terá uma potência máxima de mais de 600 cv e mais de 1.000 Nm de binário instantâneo e acelera de 0 a 100 km/h em menos de 4,0 segundos. Será, de acordo com a marca, o modelo BMW mais potente já registado para utilização em estrada.

Polestar 1 trocado por arte de rua

Em 2021, a Polestar, fabricante sueca de carros elétricos premium, lançou uma iniciativa única, ‘Art for Art’, permitindo que artistas e colecionadores trocassem arte pelo seu modelo Polestar 1. O premiado híbrido de desempenho elétrico construído à mão, com produção limitada a menos de 1.500 carros, é considerado um item de coleção.

Thomas Ingenlath, CEO da Polestar declara que o Polestar 1 é um “carro único e com apenas um número limitado ainda disponível para compra em todo o mundo, que se está a tornar um verdadeiro item de colecionador. Adoro a ideia de trocar um carro por arte e temos visto um grande interesse entre artistas e colecionadores”.

A Polestar recebeu mais de 500 inscrições de artistas e colecionadores, desde pinturas, esculturas, gravuras, fotografia e instalações. A primeira troca, entre a Polestar e um colecionador anónimo de arte de rua na Suécia, ocorreu em março de 2022, quando uma peça original foi trocada por um Polestar 1 em Osmium.

O novo proprietário do Polestar 1 diz que trocou “a arte de rua pela arte de rua”. Além de fazer questão de o conduzir, pois, na sua opinião “se não fosse para conduzir teria sido mais prático manter a peça de arte”, afirma ainda que “é uma sensação especial possuir algo feito em unidades limitadas”.

O consultor de arte privada Theodor Dalenson tem colaborado com a Polestar durante o projeto, e a casa de leilões Sotheby’s está a avaliar se as peças submetidas equivalem ao valor do Polestar 1.

Theodor Dalenson comenta que: “Historicamente, os artistas sempre trocaram a sua arte por outras artes, serviços ou bens. Por que não carros? Existem forças semelhantes que impulsionam os preços na indústria automóvel e no mercado da arte. Da mesma forma que quando um carro é considerado interessante entre os colecionadores e é produzido em número limitado torna-se mais atraente, e o mesmo acontece com a arte”

Stellantis anuncia plataformas SnapDragon da Qualcomm nos seus modelos e suspende operações na Rússia

A Stellantis e a Qualcomm Technologies  anunciaram uma colaboração tecnológica plurianual para aplicar os mais recentes avanços no Snapdragon Digital Chassis, de modo a proporcionar, a partir de 2024, “experiências inteligentes, personalizáveis e imersivas in-vehicle” nas viaturas de 14 marcas do grupo Stellantis.

Segundo a Stellantis, este acordo facilitará o plano de fundir todos os domínios de software em Computadores de Elevado Desempenho, aproveitando as elevadas prestações e o baixo consumo das plataformas Snapdragon Automotive em todos os domínios principais dos veículos, ao mesmo tempo que contribui para garantir a cadeia de abastecimento da Stellantis em componentes estratégicos.

Carlos Tavares, CEO da Stellantis, diz que a colaboração com a Qualcomm Technologies é mais um exemplo da identificação de “líderes setoriais para trabalhar em conjunto com as nossas equipas internas, apaixonadas e talentosas, à medida que transformamos os nossos veículos através de uma abordagem definida pelo software” e acrescenta que a “vasta experiência da Qualcomm Technologies no setor automóvel e a sua dimensão de líder nos semicondutores permitir-nos-á integrar verticalmente elementos-chave das nossas novas plataformas e gerir mais de perto a cadeia completa de abastecimento de componentes de eletrónica, de modo a garantir o acesso às melhores tecnologias, garantir o cumprimento do potencial de volume da Stellantis e alcançar a nossa ambição Dare Forward 2030”.

Para elevar a relação entre o condutor, a Stellantis irá usar as plataformas Snapdragon Cockpit de última geração para alimentar os sistemas in-car de comunicação e de entretenimento na plataforma STLA SmartCockpit, estrutura que está a ser projetada e alvo de engenharia em conjunto com a Amazon e a Foxconn. Além de projetadas para gerar gráficos de alta definição na consola do habitáculo, controlada de forma tátil e por voz, as plataformas Snapdragon Cockpit permitem também oferecer uma experiência imersiva no habitáculo, permitindo comunicações cristalinas de áudio premium e de voz em todo o interior do veículo.

As plataformas Snapdragon Cockpit também serão usadas para aumentar o potencial da STLA Brain, gerando um novo nível de inteligência digital para maior conveniência e segurança, ajudando a melhorar as capacidades de assistência pessoal no veículo, com funções de inteligência artificial (IA) intuitivas, incluindo atualizações over-the-air (OTA), experiências personalizadas, uma comunicação mais rápida com funcionalidades conectadas e um maior poder de computação, de modo a suportar futuras atualizações. A adoção contínua de novos serviços e soluções, e diagnósticos e reparações concluídas à distância, over-the-air, para todos os principais sistemas dos veículos são também outras funções de IA que passará a equipar os veículos da Stellantis.

A primeira aplicação será realizada na marca Maserati, propulsionando a próxima geração dos sistemas de infotainment da Stellantis.

Mais recentemente, a Stellantis anunciou também a suspensão das suas operações de produção em Kaluga, na Rússia, dada a escalada das sanções contra o país em virtude da invasão da Ucrânia e das dificuldades logísticas. A empresa procura garantir desta forma o cumprimento de todas as sanções e a proteção os seus funcionários.

Ducati mostra imagens da sua primeira moto elétrica

A Ducati divulgou um vídeo com as primeiras imagens do seu protótipo MotoE em ação, nas mãos do antigo piloto do Campeonato do Mundo de MotoGP, Alex de Angelis, que também tomou parte na edição 2019 da Taça do Mundo FIM Enel MotoE.

Desde o primeiro teste em pista, realizado no Misano World Circuit em dezembro de 2021, o desenvolvimento da primeira moto elétrica Ducati tem sido efetuado de forma contínua, através da análise dos dados recolhidos, desenvolvimentos técnicos e numerosos testes feitos internamente e nos principais circuitos de motociclismo.

O caminho que irá levar o fabricante de motos de Borgo Panigale ao papel de único fornecedor para a Taça do Mundo FIM Enel MotoE (a classe elétrica do Campeonato do Mundo de MotoGP) a partir da temporada de 2023 está a ser traçado tanto em pista como em na sede da empresa em Borgo Panigale, graças ao trabalho de equipa que envolve numerosas áreas.

O protótipo V21L resulta da estreita colaboração e troca de know-how entre a Ducati Corse e o departamente de I&D de produtos, para criar uma moto que seja em simultâneo de alta performance e um marco em termos de leveza para uma moto elétrica, de acordo com o comunicado.

Roberto Canè, Diretor de eMobility Ducati, menciona o trabalho árduo da equipa para o desenvolvimento deste protótipo, acrescentando ainda que “em apenas quatro meses, o nosso protótipo já enfrentou as curvas de alguns dos principais circuitos italianos, fornecendo respostas positivas. Ainda há muito trabalho para fazer, mas a direção é certamente a correta”.

O projeto MotoE é um importante passo na história da companhia, pois representa o início da Ducati na era elétrica. Ao longo dos próximos meses, o fabricante de Borgo Panigale deferá partilhar mais informação sobre a evolução técnica da moto e os subsequentes passos que dizem respeito a este projeto.

Volvo Cars investe no carregamento extra-rápido

A Volvo Cars anunciou mais um investimento, agora na StoreDot, uma empresa israelita que desenvolve tecnologia de baterias de carregamento extremamente rápido para automóveis elétricos.

O investimento proporciona à Volvo Cars a oportunidade de colaborar de perto com a StoreDot em novas e inovadoras tecnologias de baterias, uma vez que o fabricante sueco pretende tornar-se uma empresa de automóveis exclusivamente elétricos até 2030.

A StoreDot está a trabalhar numa tecnologia pioneira para produzir baterias que podem carregar até 160 km de autonomia exclusivamente elétrica em apenas 5 minutos. O desenvolvimento de baterias da StoreDot está focado em torno de uma tecnologia única de ânodo dominante de silício e integração de software relacionado.

O objetivo é desenvolver uma tecnologia de baterias de carregamento extremamente rápido, que a Volvo afirma alinhar-se estreitamente com a sua ambição de desenvolver automóveis elétricos com um alcance mais longo, carregamento mais rápido e custos mais baixos. A empresa israelita pretende acelerar o tempo de comercialização da sua tecnologia e visa a produção em massa até 2024 e a Volvo Cars é o primeiro fabricante de automóveis premium a investir na StoreDot.

A colaboração entre as empresas ocorre no âmbito da joint-venture de tecnologia de baterias que a Volvo Cars estabeleceu no ano passado com a Northvolt, o fabricante de baterias sueco. Através do seu investimento na StoreDot, a Volvo Cars garante o acesso a qualquer tecnologia resultante da colaboração.

Alexander Petrofski, diretor do Fundo Tecnológico da Volvo Cars, afirma: “O nosso objetivo é sermos o transformador mais rápido da nossa indústria e o Fundo Tecnológico desempenha um papel crucial no estabelecimento de parcerias com futuros líderes tecnológicos”, acrescentando que o investimento na StoreDot “encaixa perfeitamente nessa ambição e nos nossos objetivos de eletrificação, bem como na mobilidade livre de carbono”.

Galp transforma cem áreas de serviço ibéricas em produtoras de energia solar

A Galp vai instalar centrais produtoras de energia solar fotovoltaica para autoconsumo em mais de uma centena de áreas de serviço na Península Ibérica.

O plano iniciou-se com a instalação destes sistemas em 12 áreas de serviço em Espanha, já em operação. Os benefícios obtidos aceleraram a decisão da sua expansão. Numa primeira fase, o projeto foi alargado a cerca de 50 estações de serviço em Portugal e a outras tantas em Espanha, num projeto de 2,5 MWp cujas poupanças anuais se estimam em mais de 30.000 euros, o que pressupõe uma poupança superior a 750.000 euros ao longo dos 25 anos de vida útil dos painéis fotovoltaicos.

De acordo com o comunicado da Galp, a disrupção dos mercados energéticos provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, tornou a decisão de investimento ainda mais oportuna.

“A crise energética que atravessamos, sem precedentes nos últimos 50 anos, mostra que investir na transição energética não é apenas uma questão de sustentabilidade, mas de sobrevivência”, afirma Teresa Abecasis, administradora executiva da Galp responsável pela área comercial. “A Galp, que disponibiliza soluções para que a sociedade acelere esta transição, não podia deixar de dar este exemplo”, acrescenta.

O plano de expansão deste projeto, que deverá ocorrer ainda em 2022, não inclui somente postos geridos diretamente pela Galp, mas também por terceiros. Em Espanha, inclui igualmente estações de serviço geridas pela Galp ao abrigo de concessões ganhas pela empresa no âmbito dos concursos públicos lançados pela rede de autoestradas do Estado espanhol.

A Galp desenvolve este tipo de projetos para os seus clientes empresariais e domésticos através da marca Galp Solar. A empresa é atualmente o terceiro maior produtor de energia solar fotovoltaica da Península Ibérica, com uma capacidade instalada de cerca de 1 GW em produção, parte de uma carteira total de 4,7 GW que inclui projetos em desenvolvimento em Espanha, Brasil e Portugal.

Conhecer as Aldeias Históricas de Portugal com um Renault elétrico

A Renault Portugal e a Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico, em parceria com o Município do Fundão, apresentaram, na Aldeia Histórica de Castelo Novo, um pioneiro serviço gratuito de mobilidade sustentável, que coloca ao dispor de turistas, residentes e profissionais uma frota de cinco viaturas Renault elétricas, a partir da Aldeia Histórica de Castelo Novo, ou das estações ferroviárias de Castelo Novo, Alpedrinha e Fundão. Um projeto-piloto que poderá estender-se a áreas para além da mobilidade, de modo a reforçar a aldeia como uma referência no domínio da sustentabilidade e que poderá ser replicado nas restantes 11 aldeias da rede.

Este novo serviço é o resultado de um protocolo de colaboração assinado entre a Renault Portugal e a Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico, com o objetivo de tornar a Aldeia Histórica de Castelo Novo a primeira localidade de Portugal Continental com mobilidade 100% sustentável – livre de emissões de CO2 e de ruído – mas, também, de garantir que as viagens entre as 12 Aldeias Históricas de Portugal são mais amigas do ambiente.

Renault Twizy, Renault Twingo Electric, Renault ZOE e o modelo comercial Renault Kangoo Z.E. são os quatro modelos da marca francesa ao dispor daqueles que querem conhecer as aldeias portuguesas de uma forma mais fácil, económica e sustentável.

O serviço pode ser acedido através do site das Aldeias Históricas de Portugal. Os utilizadores devem indicar as datas de recolha e devolução, e se necessitam ou não de transfer. A partir do mesmo link, além das reservas dos modelos elétricos pretendidos, os utilizadores podem ainda planear a suas viagens pelas Aldeias Históricas de Portugal, escolhendo o alojamento, os restaurantes e ainda várias atividades, como passeios pela natureza ou visitas guiadas.

Honda anuncia ofensiva de eletrificação

Depois de, no ano passado, a Honda ter revelado o seu plano para vender exclusivamente veículos elétricos e de pilha de combustível até 2040, o fabricante japonês anunciou agora um total de 40 mil milhões de dólares (cerca de 37 mil milhões de euros) para alimentar os esforços de eletrificação nos próximos 10 anos.

A empresa planeia também lançar 30 modelos elétricos até 2030, com um volume de produção de 2 milhões de veículos por ano. O objetivo é que os veículos elétricos representem 40% da sua frota até ao final da década.

O pontapé de saída será dado no Japão com o lançamento, até 2024, de um mini VE acessível, com um preço que deverá rondar os 7.500 euros. Depois, a Honda planeia lançar ainda no mesmo ano, no mercado norte americano, os modelos elétricos Prologue e Acura, ambos desenvolvidos em conjunto com a GM. Desta parceria resultará uma série de veículos elétricos, segundo o comunicado, baseados numa arquitetura global e na tecnologia de bateria Ultium da GM.

Individualmente, fora do âmbito da parceria com a GM, a Honda vai usar parte do orçamento de 40 mil milhões de dólares para desenvolver a sua própria plataforma para VE, estando a considerar a possibilidade de se unir a outras empresas para a produção das baterias. Para além disto, a empresa está a investir cerca de 340 milhões de euros na construção de uma linha de demonstração para baterias de estado sólido, que deverá estar concluída até 2024.

Toshihiro Mibe, CEO da Honda, reiterou ainda que grande parte dos esforços de eletrificação passam também por garantir uma presença sólida na China, que é atualmente o maior mercado de veículos elétricos do mundo. Tal como anunciado no ano passado, a Honda irá lançar, até 2027, dez novos modelos na China, sob a égide da sua marca e:N Series. O fabricante nipónico também construirá novas fábricas em Guagzhou e Wuhan.