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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Mercedes-Benz corta metade das emissões de CO2 na vida de cada automóvel

Na sua primeira conferência digital ESG (Environment, Social and Governance) para investidores e analistas, a Mercedes-Benz anunciou que pretende reduzir em 50% as emissões de CO2 por carro ao longo do seu ciclo de vida, relativamente aos valores de 2020, até ao final desta década.

Para atingir este objetivo, a Mercedes refere alguns fatores-chave essenciais, nomeadamente a eletrificação da frota de veículos, carregamento através de energia verde, melhoria da tecnologia de baterias, uso extensivo de materiais reciclados e, claro, utilização de energia renovável na produção. A Mercedes-Benz planeia que 70% das suas necessidades de energia sejam alimentadas através de energia renovável até 2030, implementando energia solar e eólica em locais próprios, bem como através de outros contratos de compra de energia.

Na frente da eletrificação, o objetivo é atingir até 50% de participação de híbridos plug-in e BEVs até 2025, para se tornarem totalmente elétricos até 2030, sempre que as condições de mercado assim o permitirem. Globalmente, o portfólio já inclui seis – e em breve nove – modelos totalmente elétricos.

Até à data, a Mercedes-Benz revelou uma gama de ofertas globais do EQA, do EQB, EQC, EQS, EQE 350+, bem como o EQV. Outros modelos seguirão para determinados mercados mundiais, como é o caso do EQS SUV, do EQE SUV e do EQT. A empresa afirma que reforçar a sua posição no setor dos veículos comerciais, através da eletrificação contínua de toda a sua linha de modelos.

No ciclo de vida de um veículo elétrico, o uso de energia renovável para carregamento é uma alternativa significativa para ajudar a evitar as emissões de CO2. A Mercedes-Benz disponibiliza o ‘carregamento verde’ nos cerca de 300.000 pontos de carregamento públicos da rede Mercedes me Charge em toda a Europa, garantindo que uma quantidade suficiente de eletricidade de fontes renováveis ​​seja fornecida à rede.

Atualmente, devido ao mix de eletricidade da UE, a cadeia de fornecimento e a produção representam mais da metade das emissões de CO2 do ciclo de vida. Esta proporção, segundo avançou a marca, pode ser reduzida significativamente com o uso de energia renovável. A redução em 20% de emissões na produção de toda a bateria é possível através da transição para a produção de células neutras em CO2. Também se espera uma redução de CO2 com o aperfeiçoamento do processo de produção do ânodo e cátodo.

Para isto, foram formadas parcerias estratégicas para desenvolver e industrializar tecnologias de células altamente avançadas e competitivas, como, por exemplo, o desenvolvimento de ânodos com alto teor de silício que oferecem grande potencial em relação à densidade de energia. Ao mesmo tempo, a Mercedes-Benz espera poder usar baterias LFP nos seus veículos de produção em série, que são compostas por um cátodo completamente livre de cobalto. Juntamente com parceiros de investigação, a empresa também está a trabalhar em baterias de estado sólido.

A reciclagem de baterias numa fábrica neutra em CO2 está também a ser trabalhada.

Em 2021, a empresa tornou-se a primeira a ter participação na start-up sueca H2 Green Steel (H2GS), com o objetivo de introduzir, em 2025, aço verde em vários modelos de produção. Além disto, é o primeiro fabricante automóvel a comprometer-se com o fornecimento de apenas alumínio primário certificado pela Aluminium Stewardship Initiative (ASI). Esta é uma forma de confirmar que as matérias-primas são obtidas e processadas de forma responsável e ecológica, independentemente do país de origem. Este requisito será implementado noutros locais fora da Europa a médio prazo.

A utilização de materiais sustentáveis, como é o caso de garrafas PET 100% recicladas, redes de pesca recuperadas, restos de tecidos de tapetes, também fazem parte dos planos da Mercedes-Benz, sendo que alguns já estão nos veículos que entraram em produção em série.

O EQS e o EQE terão também condutas de cabos feitas com resíduos reciclados de aterros sanitários. Os componentes do EQS fabricados com matérias-primas recicladas e renováveis ​​já pesam mais de 80 kg.

Até 2030, a Mercedes-Benz pretende aumentar o uso de materiais reciclados por veículo para 40%, através da aplicação de abordagens como ‘Design for Environment’ e ‘Design for Circularity’.

Setúbal recebe unidade avançada de conversão de lítio

A Galp e a Northvolt selecionaram a cidade portuária de Setúbal como local para a instalação da fábrica de conversão de lítio da joint venture Aurora, que a energética nacional afirma ser a rampa de lançamento para o desenvolvimento de uma cadeia de valor integrada de baterias de lítio na Europa.

A fábrica, que será uma das maiores e mais sustentáveis da Europa, segundo a Galp, deverá ter uma capacidade de produção anual inicial entre 28.000 e 35.000 toneladas de hidróxido de lítio – material essencial para a indústria de fabrico de baterias de ião-lítio, que deverá crescer significativamente até 2030.

A fábrica utilizará um processo de conversão comprovado, aproveitando os recentes avanços e tecnologias de processamento para aumentar a sustentabilidade e eficiência da operação. Além disso, a joint venture Aurora – detida a 50%-50% entre a Galp e a Northvolt – fará uso de energia verde para alimentar o processo de conversão, minimizando assim a dependência do gás natural como acontece na abordagem convencional.

“Setúbal merece este investimento. A Câmara Municipal de Setúbal e as juntas de freguesia têm investido na qualificação deste território. Todos reconhecem esta realidade que é o resultado de uma grande vontade de fazer mais Setúbal” destaca o Presidente da Câmara de Setúbal, André Martins. “Estamos muito orgulhosos por este ter sido o município escolhido que, como é reconhecido, tem áreas industriais qualificadas, boas acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e portuárias e uma cidade, um meio social e cultural igualmente atrativos”.

“Este é o tipo de projeto que Portugal e a Europa devem desenvolver para o crescimento económico e para a construção de um futuro energético sustentável”, declarou Andy Brown, CEO da Galp. “Garantir materiais produzidos de forma sustentável para uma indústria de baterias em crescimento exponencial é uma prioridade estratégica para a Europa. Agradecemos ao município de Setúbal por nos acolher e esperamos que a nossa parceria seja geradora de emprego e de valor económico”.

“Esta unidade em Setúbal representa um marco para a Europa no caminho para a construção de um ecossistema completo de baterias no continente, ao mesmo tempo que demonstra uma abordagem sustentável ao processo de conversão do lítio”, afirmou, por sua vez, Paolo Cerruti, co-fundador e COO da Northvolt.

Espera-se que a fábrica represente um investimento próximo dos 700 milhões de euros, e que crie mais de 200 empregos diretos qualificados e mais de 3.000 empregos indiretos. Embora não exista ainda uma decisão final de investimento, a joint venture planeia o início das operações até ao final de 2025 e o início das operações comerciais em 2026.

Setúbal foi o local escolhido entre as várias opções possíveis porque preenchia todos os requisitos estabelecidos pela Aurora, a joint venture da Galp e da Northvolt que irá liderar este projeto no futuro. O local, situado no Parque Industrial Sapec Bay, dispõe de acesso a infraestruturas, caminhos-de-ferro e instalações portuárias. É também um local ideal para obter reagentes, e está próximo de utilizadores de subprodutos, nomeadamente as indústrias do cimento e do papel e pasta de papel.

Esta unidade poderá produzir hidróxido de lítio suficiente para uma produção anual de baterias equivalente a 50 GWh, suficiente para 700.000 veículos elétricos. Ao abrigo do acordo, a Northvolt garantirá um consumo de até 50% da capacidade da unidade para utilização no seu próprio fabrico de baterias.

FInalmente, o comunicado afirma ainda que os dois parceiros da joint venture, Galp e Northvolt, estão irredutíveis quanto à aplicação dos mais elevados padrões de sustentabilidade, nomeadamente na extração e concentração de espodumena, no processamento de hidróxido de lítio, bem como em todos os processos relacionados.

Quer saber mais sobre veículos autónomos e conectados? A Soc. Com. C. Santos explica tudo

A Sociedade Comercial C. Santos irá promover, na próxima quarta-feira, 13 de abril, uma conversa digital sobre os automóveis autónomos e conectados.

A próxima SocTalks decorrerá em direto nas redes sociais do concessionário Mercedes-Benz e smart às 11h00, e terá como tema ‘Automóveis autónomos e conectados: realidade presente e futura’.

Entre os especialistas da área já confirmados, destacam-se Ana Filipa Sequeira, assistant researcher do INESC TEC, e Nuno Teixeira, responsável de engenharia de software da Bosch em Braga. A conversa será moderada por Susana Marvão, jornalista especializada em tecnologia que colabora com diversas publicações e é diretora da Business IT.

Aquiles Pinto, relações públicas da Sociedade Comercial C. Santos, refere que “é um privilégio contar com a ajuda de investigadores para elucidar o público sobre a temática” numa altura em que “o setor automóvel e os transportes passam por um forte processo de mudança, do ponto de vista dos veículos, mas também do ponto de vista operacional da interação entre clientes e empresas”.

A ação será transmitida em direto no Facebook e Youtube da Soc. Com. C. Santos e o público poderá intervir e colocar questões aos participantes.

Elétricos da Hyundai já podem devolver energia à rede

A Hyundai Motor está a expandir a sua oferta de soluções energéticas através do desenvolvimento da tecnologia Vehicle-to-Everything (V2X), uma inovação tecnológica que visa integrar, ainda mais, as energias renováveis e os veículos elétricos (BEV) na sociedade.

Uma das funcionalidades desta tecnologia é a solução Vehicle-to-Grid (V2G), que permite que a energia armazenada nas baterias dos veículos elétricos (BEV) seja fornecida a uma rede elétrica. Para além de estabilizar a rede, a energia armazenada nos BEV ajuda a gerir a procura de energia durante as horas de ponta e em situações de emergência. A Hyundai está atualmente a trabalhar em dois projetos-piloto V2X, nos Países Baixos e na Alemanha, com frotas de modelos Hyundai IONIQ 5 equipados com software V2G.

A tecnologia V2G irá permitir aos proprietários destes veículos não só ter a oportunidade de contribuir ativamente para a estabilização da sua rede local, mas será, também, um fator determinante para o fornecimento estabilizado de energias renováveis. A rede distribui diretamente energia renovável solar ou eólica aos utilizadores. Com a aplicação da V2G, a energia pode ser armazenada em BEVs e transferida de volta para rede quando não pode ser gerada, por exemplo, à noite, quando não há vento ou nas horas de ponta.

Para poderem suportar a tecnologia V2G, os BEV devem estar equipados com o hardware correto, incluindo um carregador bidirecional que permita o fluxo de energia de e para a bateria, e o software apropriado para controlar a descarga.

Esta transferência bidirecional de energia promove um consumo de eletricidade mais ativo, uma vez que os BEVs podem, também, ter outro propósito além do transporte de passageiros. Já que apenas uma determinada percentagem da capacidade da bateria é utilizada na condução, a restante energia armazenada pode ser devolvida à rede para ser utilizada pelos serviços locais de distribuição de energia.

Os proprietários dos veículos elétricos com tecnologia V2G também saem beneficiados, já que poderão recarregá-los a um custo mais baixo durante as horas de menos movimento.

De acordo com modelos de negócio atualmente sob revisão, uma vez que os serviços da rede energética passarão a ser utilizados de forma mais eficiente, a V2G resulta em poupanças no funcionamento dos sistemas elétricos, o que trará benefícios diretos para o utilizador.

Além disto, a implementação da tecnologia V2G também irá ajudar a acelerar a descarbonização do sistema energético. Como a eletricidade gerada a partir de fontes de energia renováveis, como a solar ou eólica, pode ser armazenada em BEVs, a dependência dos combustíveis fósseis será diminuída e a quantidade de emissões de dióxido de carbono será reduzida a nível global.

Os BEV não se limitam a transferir energia para a rede, podendo, também, alimentar casas e edifícios. Num ecossistema elétrico fechado e separado da rede comunitária, um BEV pode alimentar uma casa não só para reduzir a conta da energia no final do mês, mas também para ajudar a reduzir a procura na rede local. A tecnologia para este caso específico adota a designação Vehicle-to-Home (V2H). Já a tecnologia Vehicle-to-Building (V2B) pressupõe a utilização da energia armazenada num BEV para a alimentação de um edifício, por exemplo, de escritórios.

De acordo com a Hyundai, esta solução energética encontra-se na esteira do compromisso da marca em atingir a neutralidade carbónica nos seus produtos e operações globais até 2045. Até 2035, a empresa tem como objetivo possuir uma frota composta por veículos de zero emissões na Europa.

Estreia mundial do primeiro SUV da smart

A smart apresento o seu primeiro SUV, o smart #1, como “um companheiro”, mais do que propriamente um carro, pensado para se adaptar aos diferentes estilos de vida dos consumidores.

Adulto, cool, encantador e inteligente são os adjetivos escolhidos pelo diretor de Design da Mercedes-Benz, Gorden Wagener, para caracterizar o smart #1, sublinhando ainda que “representa um novo começo para a marca”.

Com um ambiente de aplicações dedicado e uma interface de utilizador personalizável para informações e entretenimento, o automóvel adota uma tecnologia centrada no ser humano para ligar pessoas, locais e experiências virtualmente e na vida real. Na sua interface de utilizador, o novo smart irá incluir um avatar como companheiro inteligente com controlo de voz baseado em IA que se liga ao ecossistema interconectado do automóvel, à aplicação smart e às clouds de dados.

Uma arquitetura de computação centralizada garante atualizações dinâmicas através do ar (Over The Air), para que mais de 75% de todas as ECU (Eletronic Control Unit) no automóvel possam ser continuamente atualizadas remotamente.

As especificações de lançamento do smart #1 revelam uma performance máxima de 200 kW e a capacidade de carregamento com corrente alternada (CA) a partir de 10-80% com 22 kW em 3 horas. Com o carregamento super-rápido de corrente contínua (CC), isto pode ser realizado em menos de 30 minutos.

No interior, destaca-se, ao centro, uma consola central flutuante para maximizar a eficiência do espaço, para o qual contribui o teto panorâmico com anel de luz. O ecrã tátil tem 12,8 polegadas com opção de 1920 ou 1080 píxeis.

O espaço interior é destaca-se face aos veículos anteriores da marca. Este é mais espaçoso e a capacidade da bagageira é variável, já que o banco traseiro é deslizante, aumentando-a.

Com tração às rodas traseiras, dispõe de 272 cv, 343 Nm de binário e uma velocidade máxima limitada eletronicamente aos 180 km/h.

Os preços ainda não são conhecidos, mas a marca avança que se enquadrarão nos do seu segmento.

Dirk Adelmann, CEO Smart Europe GmbH, mostra-se orgulhoso em apresentar a versão de produção do smart #1, pois, nas suas palavras, “não é apenas um símbolo da nova abordagem da smart, mas é também o núcleo de todas as coisas que estão para vir. Com a renovação da marca, vamos concentrar-nos ainda mais numa experiência de mobilidade sem lacunas”.

Tesla Cybertruck chega em 2023

Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou, durante a inauguração da Gigafactory no Texas, que as vendas do Tesla Cybertruck irão começar já em 2023.

Durante a cerimónia, Musk exibiu o veículo de produção que se pareceu bastante com as versões anteriores, excetuando os puxadores que deixam de existir. O Cybertruck ‘saberá’ que o proprietário chegou e que deve abrir as portas.

O fabricante norte-americano irá fabricar o Cybertruck na gigafactory agora inaugurada no Texas, que deverá tornar-se a maior fábrica de automóveis da América. O CEO da Tesla fez questão de mencionar que a criação de outras ‘gigafábricas’ em vários locais do mundo será um processo mais ecológico, uma vez que os veículos produzidos em cada uma delas irão ser expedidos para os países mais próximos.

Este ano, a empresa foca-se, no entanto, no aumento de produção a uma escala que “nenhuma empresa jamais alcançou na história da humanidade”, disse Musk durante a apresentação. O próximo ano ficará, então, marcado por uma onda de novos produtos.

Musk avançou também que o robô Optimus da Tesla também começará a ser produzido em 2023 e será concebido para realizar qualquer tarefa que os humanos não queiram fazer. Outro produto que aparentemente podemos esperar num espaço de tempo relativamente curto é um robotáxi.

Antes de tudo isto, a Tesla irá lançar, já este ano, uma versão beta da sua tecnologia de condução autónoma na América do Norte.

Stellantis e CEA colaboram na modelação digital de baterias

A Stellantis e o CEA (Comissariado da Energia Atómica e das Energias Alternativas) têm vindo a partilhar trabalhos de investigação ao abrigo de um contrato-quadro de 5 anos, com o objetivo de identificar tecnologias automóveis emergentes de longo prazo. Os projetos já em curso abrangem a modelação detalhada das atuais tecnologias de baterias.

As equipas da Stellantis e do CEA apresentaram os primeiros avanços na sua colaboração na área da modelação digital de baterias, modelos que possibilitam a análise das estratégias dos tempos de carregamento e os mecanismos de degradação da bateria, destinam-se a aumentar o seu tempo de vida útil e a alcançar um melhor controlo dos impactos ambientais das várias tecnologias ao longo dos próximos cinco anos.

O CEA tem como missão promover as tecnologias que desenvolve de modo a apoiar a competitividade das empresas e a soberania tecnológica francesa. Ao mesmo tempo, a procura pelos resultados ótimos económicos e ambientais da transição energética requer a conceção de componentes que integrem imperativos de sobriedade, durabilidade e reciclabilidade.

Conforme anunciado a 1 de março de 2022 no seu plano estratégico Dare Forward 2030, a Stellantis pretende apoiar-se em ideias inovadoras para oferecer aos seus clientes soluções de mobilidade inovadoras, limpas, seguras e acessíveis. Nicolas Champetier, vice-presidente sénior de Advanced Engineering Propulsion Systems da Stellantis, reconhece que “este trabalho de modelação digital terá um impacto positivo no desempenho e nos custos de utilização de baterias para os clientes”.

Nas palavras de Stephane Siebert, Director of Technological Research do CEA, “É com orgulho que o CEA fornece à Stellantis a sua experiência tecnológica, considerando todas as fases do ciclo de vida do produto, desde o seu desenvolvimento até ao final da sua vida útil”.

Mazda apresenta roteiro para a neutralidade carbónica

A Mazda Motor Corporation acaba de publicar o seu Relatório de Sustentabilidade 2021, onde formula as bases da sua política sustentabilidade e identifica as questões sociais que devem ser abordadas no âmbito dos negócios da companhia, relacionando-as com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) adotados pelas Nações Unidas.

Assim, a partir de agora, a companhia irá realizar iniciativas que irão abordar oito temas de sustentabilidade, assentes em três pilares fundamentais: Terra, Pessoas e Sociedade. A Mazda irá levar a cabo estas ações com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

O primeiro pilar, Terra, relaciona-se com as iniciativas para abordar as questões relativas à neutralidade carbónica até 2050 e a circulação de recursos. Para atingir o objetivo de neutralidade carbónica, a Mazda afirma reconhecer a importância de redução das emissões de CO2 ao longo do ciclo de vida de um veículo e, por esta razão, implementou uma abordagem multi-soluções que lhe permite oferecer diferentes tecnologias, em consonância com as fontes de energia de cada região, e métodos de geração de energia, tanto na perspetiva da avaliação do ciclo well-to-wheel, como na do ciclo de vida (LCA). Por outras palavras, a marca japonesa continua sem se comprometer com um prazo concreto para a eletrificação total da gama, continuando a explorar os sistemas de propulsão convencionais.

Na indústria transformadora e da logística, o Mazda Group procura a maximização do valor energético e a diversificação energética, visando alcançar reduções nas emissões globais de CO2 totais nas suas instalações e operações logísticas. No contexto da circulação de recursos e para alcançar uma sociedade orientada para a reciclagem, a Mazda deu início a várias iniciativas baseadas no conceito ‘3R’ (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), de modo a incentivar a reutilização de água, plásticos e outros recursos em todas as fases do ciclo de vida de um veículo. Aguarda ainda que os esforços para tornar os processos mais eficientes se concretizem, levando a uma redução significativa das perdas de energia e de recursos em toda a cadeia de abastecimento.

No que diz respeito ao segundo pilar, as Pessoas, a Mazda diz pretender melhorar os níveis de satisfação dos colaboradores para com o trabalho, fomentando um clima corporativo que respeite diferentes talentos e valores. A diversidade e inclusão são referidos como elementos-chave para aumentar o potencial dos seus colaboradores, originar inovação em produtos e serviços que levará os clientes a construir laços especiais com a Mazda, “numa abordagem centrada no ser humano, em que lhes é oferecida uma experiência de marca única, em todas as fases de posse de uma viatura”.

Finalmente, no último pilar, Sociedade, a Mazda tem desenvolvido tecnologias de segurança em consonância com a Mazda Proactive Safety Philosophy (Filosofia de Segurança Proativa da Mazda) para promover uma sociedade sem acidentes rodoviários. A estrutura de base compreende tecnologias básicas de segurança, como a posição ideal de condução e a disposição dos pedais, a visibilidade e a interface homem-máquina. O bloco intermédio é composto pelo pacote i-Activsense da Mazda, conjunto de tecnologias de segurança desenvolvidas para oferecer automóveis mais seguros e fiáveis a um maior número de clientes. O bloco de topo é composto pelo Mazda Co-Pilot Concept, tecnologia avançada de apoio à condução que reduzirá o risco de acidentes e de danos para o condutor, para os veículos circundantes e para os peões. A Mazda também irá maximizar a utilização de tecnologias in-car e de conectividade já disponíveis.

Em resposta às exigências da atual transformação da indústria automóvel, representada pelo acrónimo CASE – tecnologia Conectada, tecnologia de condução Autónoma, Serviços partilhados e tecnologia de Eletrificação –, a Mazda procurará reforçar os laços com os seus atuais parceiros e continuará a explorar novas parcerias fora do espectro da indústria automóvel.

Grande caravana pela justiça climática

A Grande Caravana Pela Justiça Climática, a decorrer desde sábado, 2 de abril, juntou ativistas de mais de 30 organizações portuguesas para percorrerem cerca de 400 quilómetros a pé, realizando também alguns percursos de comboio – cortesia da CP, que se envolve assim nesta ação de sensibilização para a crise climática.

Além destas vertentes pedonal e de transporte público da Caravana, a mobilidade suave vai juntar-se enquanto mais uma das soluções para a redução de emissões poluentes, por iniciativa da Ecomood Portugal.

Assim, no dia 16 de abril, sábado, a Caravana vai encontrar-se, às 15h num parque de estacionamento junto ao ponto em que o rio Trancão se une ao Tejo, no limite este do Parque das Nações. E depois, de bicicleta, vai percorrer o trilho à beira Tejo que levará os participantes até à Torre Vasco da Gama.

A equipa da Ecomood Portugal e os participantes da Caravana alargam assim o convite a todos aqueles que se quiserem associar à iniciativa e juntar-se ao passeio que terá lugar “num cenário deslumbrante”. O passeio informal e solidário, “seguro e para toda a família”, integrado na Caravana, terminará depois no no Jardim das Ondas, junto ao Oceanário.

Em www.caravanaclima.pt encontram-se mais informações sobre esta iniciativa, sendo também possível acompanhar o percurso da Caravana.

Capgemini usa AI para ajudar a desenvolver ‘hypercar’ híbrido da Peugeot Sport

A Peugeot Sport formou uma parceria plurianual com a Capgemini, empresa líder em matéria de transformação digital, para permitir que a equipa responsável pelo programa Peugeot 9X8, inscrita no Campeonato do Mundo FIA de Resistência (WEC), possa apoiar-se em ferramentas digitais de elevado desempenho.

Preparando-se para arrancar na disciplina no próximo verão, a equipa Peugeot Sport procura capitalizar a experiência da Capgemini em dados e na aplicação da Inteligência Artificial (IA) para otimizar o desempenho do seu hypercar híbrido, quer no simulador, quer nas condições reais de corrida. A nova parceria incorpora o compromisso assumido por ambas as empresas em matéria de transição energética.

Para engenheiros, pilotos e mecânicos, o conhecimento da viatura no seu todo e a revelação do seu potencial serão aumentados e impulsionados pela utilização conjunta de ferramentas digitais, da Peugeot Sport e da Capgemini. Os novos regulamentos Hypercar do Campeonato do Mundo FIA de Resistência (WEC) obrigam a um congelamento em termos de hardware num período de quatro anos, pelo que o desenvolvimento do software associado tornar-se-á num elemento-chave em termos de desempenho.

O comunicado avança que, numa altura em que a Peugeot Sport entra numa fase crucial do desenvolvimento e implementação do seu programa, este apoio tecnológico se mostra fundamental e atesta a evolução das corridas de automóveis. Os métodos específicos de cálculo, os algoritmos e a Inteligência Artificial (IA) propostos pela Capgemini irão complementar o software desenvolvido no automobilismo e na indústria automóvel. Esta colaboração permitirá, por exemplo, uma maior afinação do processo de gestão da energia utilizada, tanto em aceleração como em regeneração (limitada pelos regulamentos a 200 kW), constituindo um dos pontos-chave do desempenho e fiabilidade do 9X8 neste campeonato.

A marca francesa afirma que os seus modelos de série irão depois beneficiar dos progressos alcançados pelas equipas Peugeot Sport e Capgemini no processo de melhoria do desempenho do Hypercar inscrito no campeonato.

Jean-Marc Finot, diretor da Peugeot Sport, afirmou: “Estamos particularmente satisfeitos por nos associarmos à Capgemini, líder em tecnologias digitais e especialista em dados e inteligência artificial, para o desenvolvimento e exploração do nosso Peugeot 9X8 Hypercar Hybrid. Cada metro percorrido pelo Peugeot 9X8 na pista ou num simulador será registado, analisado e interpretado, utilizando as ferramentas de elevado desempenho da Capgemini, permitindo complementar e otimizar os dados recolhidos pela equipa. A associação da Peugeot e da Capgemini representa a excelência da tecnologia francesa que brilha a uma escala global. Este desenvolvimento é uma imagem da evolução do Grupo rumo a tornar-se numa TechCompany”.

Por sua vez, Jérôme Siméon, diretor executivo da Unidade Estratégica de Negócios da Europa do Sul da Capgemini e membro do Comité de Gestão Geral do Grupo, afirmou: “Estamos muito satisfeitos por apoiar a Peugeot Sport neste desafio ambicioso, de tornar o Peugeot 9X8 Hypercar Hybrid um veículo icónico da sua geração. Estamos ansiosos por disponibilizar as nossas capacidades de ponta em matéria de análise de dados e inteligência artificial às equipas da Peugeot Sport. Temos como objetivo comum melhorar continuamente a performance do Hypercar de modo a assegurar uma entrada marcante nesta competição. Permite-nos cumprir as nossas ambições e valores comuns para moldar o futuro da mobilidade, através de soluções sustentáveis e inovadoras”.

Totalmente projetado pela Peugeot Sport, em colaboração com o departamento de Estilo e Design da Peugeot, o 9X8 assume-se como um novo conceito aerodinâmico que é, segundo a marca, eficiente e radical. Opera com combustível 100% reciclável e utiliza baterias de nova geração, “demonstrando o compromisso da marca para com uma mobilidade inovadora e mais sustentável”. Como laboratório de investigação ao mais alto nível, o automobilismo e, em particular, as corridas de resistência possibilitam aferir os desafios estratégicos do fabricante. Com o 9X8, que iniciou os seus testes em pista em dezembro de 2021, a Peugeot pretende acelerar o seu desenvolvimento tecnológico, entre outros, em termos da motorização eletrificada e do sistema de tração integral, com o objetivo de colocar esta investigação e progresso ao serviço dos condutores dos veículos de série.

Esta parceria insere-se na estratégia global da Capgemini em matéria de sponsoring desportivo, respondendo a um duplo desafio: por um lado, associar-se a grandes marcas ou eventos desportivos de todo o mundo, como os Campeonatos do Mundo de Rugby masculino e feminino ou a Ryder Cup; e, por outro, trazer o seu know-how através da colocação das ferramentas tecnológicas ao serviço do desempenho e experiência dos fãs.