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Green Future-AutoMagazine

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Destaques

A potência de quatro rodas motrizes: Opel Grandland Electric AWD já disponível para encomenda

Com o seu design exclusivo, elevado nível de conforto e inúmeras soluções inovadoras combinadas com motorizações totalmente elétricas, o Opel Grandland afirma-se claramente como o modelo topo de gama da marca. Agora, o inconfundível SUV “made in Germany” está a tornar-se ainda mais atraente. Isto porque já estão abertas as encomendas para o novo Opel Grandland Electric AWD – o primeiro modelo Opel totalmente elétrico com tração integral. No lançamento, o SUV elétrico com tração integral, está disponível numa variante muito especial: a versão Ultimate, com equipamento extensivo. O novo Opel Grandland Electric AWD Ultimate está disponível a partir de 59.250 € (PVPR). Com a oferta “Electric All In”1, a Opel torna agora a transição para a mobilidade elétrica ainda mais fácil e apelativa. 

Ao abrir as encomendas para o novo Opel Grandland Electric AWD, estamos também a iniciar o próximo capítulo de sucesso do nosso SUV topo de gama. Só o novo modelo elétrico com tração integral oferece tanta potência combinada com um prazer de condução altamente eficiente. O nosso Grandland Electric AWD proporciona aderência e segurança adicionais, mesmo em condições difíceis. Isto abre novas possibilidades e uma experiência de condução inigualável para os clientes“, afirmou Tobias Gubitz, Vice-Presidente Sénior de Vendas Globais da Opel & Vauxhall.

Grandland Electric com tração integral: prazer de condução eficiente, seguro e envolvente

Os dados de desempenho falam por si: o novo Grandland Electric AWD oferece uma potência do sistema de 239 kW (325 cv). O novo sistema de tração integral combina o motor elétrico de tração dianteira de 157 kW (213 cv) de série, conhecido do Grandland Electric, com um motor elétrico adicional de 83 kW (112 cv) para as rodas traseiras. Assim, o Grandland Electric AWD atinge um binário máximo de 509 Nm. O veículo com tração integral acelera dos 0 aos 100 km/h em apenas 6,1 segundos. Na versão Ultimate, o Grandland Electric AWD pode percorrer até 489 quilómetros (WLTP) sem parar para carregar a bateria; outras versões com uma autonomia de até 501 quilómetros (valor provisório de acordo com WLTP) serão lançadas ainda este ano. O Grandland Electric AWD precisa de menos de 30 minutos para recarregar a sua bateria de iões de lítio de química NMC com 73 kWh (capacidade útil) de 20% a 80% num carregador rápido público.

O prazer da tração integral elétrica é ainda mais reforçado por dois componentes: a suspensão de série com tecnologia de amortecimento seletivo de frequência e a escolha de quatro modos de condução para se adaptar às necessidades. Dependendo da situação, das condições da estrada e do estilo de condução, a tecnologia exclusiva de amortecimento seletivo de frequência permite diferentes características de amortecimento, para uma condução confortável quando sujeito a altas frequências de amortecimento – ou seja, com muitos impactos curtos, como em paralelepípedos – bem como, para um estilo de condução desportivo e ambicioso, com contacto mais direto com a estrada, em baixas frequências de amortecimento. O Grandland Electric AWD, reage assim de forma ainda mais imediata e direta a qualquer comando do condutor e como é típico da Opel, mantém-se estável em travagem, a curvar e em autoestrada, a velocidades mais elevadas.

Os quatro modos de condução individuais diferem da seguinte forma:

  • Modo Normal: Para otimizar a eficiência diária, apenas o motor dianteiro e as rodas dianteiras são acionados. Dependendo das necessidades do condutor, o motor traseiro e as rodas traseiras são acionados automaticamente, com a potência máxima limitada a 230 kW (313 cv) e o binário máximo a 450 Nm. 
  • Modo 4WD: Os dois motores funcionam continuamente, com a potência distribuída uniformemente entre as quatro rodas, proporcionando uma aderência ideal, especialmente em superfícies escorregadias. Os sistemas ESP e de controlo de tração adotam configurações específicas para melhorar a aderência. A potência e o binário máximos estão disponíveis.
  • Modo Sport: Os dois motores funcionam continuamente, com a potência distribuída segundo uma razão 60:40 entre os eixos dianteiro e traseiro para um desempenho dinâmico e eficiente. A potência e o binário máximos estão disponíveis. A direção e o pedal do acelerador também adotam uma configuração específica “Sport”, proporcionando maior capacidade de resposta.
  • Modo Eco: É dada prioridade ao motor dianteiro, a potência máxima é limitada a 157 kW (213 cv) e o binário máximo a 343 Nm. O ar condicionado e o pedal do acelerador também adotam uma configuração “Eco”.

Lista extensa de equipamento de série

Tal como todos os Grandland, a nova versão elétrica com tração integral impressiona pelo exterior, com a sua frente 3D Vizor com o Blitz da Opel iluminado ao centro e tecnologia “Edge Light”, bem como com a inscrição OPEL iluminada na traseira. Outro destaque é a premiada iluminação Intelli-Lux HD sem encadeamento com mais de 50.000 elementos, a qual é capaz de iluminar a noite, de série, na versão Ultimate, tornando a condução no escuro mais segura para todos os utilizadores da estrada. O Grandland Electric AWD Ultimate destaca-se ainda mais com jantes de liga leve de 20 polegadas com design aerodinâmico “Diamond Cut”, para-choques com elementos em carbono e pedais em alumínio.

O habitáculo do veículo com tração integral impressiona com um ambiente agradável em todo o seu interior. O condutor e o passageiro da frente sentam-se nos bancos Intelli-Seats Pro em Alcantara, certificados pela Aktion Gesunder Rücken e.V. Em alternativa, também podem optar por bancos dianteiros em pele perfurada Club Nappa. O teto panorâmico de vidro com acionamento elétrico deslizante reforça a sensação de espaço, mesmo na segunda fila.

O head-up display Intelli-HUD, a câmara Intelli-Vision de 360° e os sistemas avançados de assistência ao condutor com Intelli-Drive 2.0, incluindo ajuste inteligente da velocidade, tornam a condução ainda mais relaxada e segura.

 O sistema de navegação multimédia com ecrã tátil a cores de 16 polegadas proporciona o melhor entretenimento e conectividade. Soluções como a Pixel Box transparente na consola central, que pode ser utilizada para carregar o smartphone sem fios, aumentam as vantagens práticas. 

E para um acesso conveniente ao compartimento traseiro, a porta controlada por sensores do Grandland Electric AWD Ultimate abre e fecha eletricamente.

«Electric All In1»: serviços eletrónicos incluídos para uma mobilidade elétrica acessível

E para dar um impulso adicional à mobilidade elétrica, a Opel está a tornar tudo ainda mais fácil e atraente para os clientes – começando pela compra de um veículo. De facto, quem comprar agora um modelo elétrico a bateria, como o novo Opel Grandland AWD Ultimate, receberá vários serviços ao mesmo tempo com a oferta “Electric All In”1. Por exemplo, serviços como uma easyWallbox para carregamento rápido em casa, funcionalidades e-routes e oito anos de carregamento móvel e assistência em viagem em caso de avaria, bem como uma garantia da bateria, já estão incluídos.

Oferta Comercial

O novo Opel Grandland Electric AWD Ultimate está disponível em Portugal por um preço a partir de 48.164 €+IVA, ou desde 549 €/mês +IVA através de Renting Leasys, para clientes empresariais. Para clientes particulares, a oferta começa nos 579 €/mês, com IVA incluído, em crédito FlexiOpel.

Citroën abre encomendas do novo ë-c3 aircross com autonomia alargada e até 7 lugares

Complementando uma abrangente oferta, nomeadamente em termos mecânicos, lançada no mercado nacional no final do ano de 2024, a Citroën abre agora as encomendas do novo ë-C3 Aircross com motorização 100% elétrica de 113 cv, agora numa versão com Autonomia Alargada até aos 400 km.

Totalmente reinventado, numa mudança radical na forma como a marca aborda o mercado dos SUV compactos, a Citroën lançou o C3 Aircross, proposta assente na mesma plataforma Smart Car usada pelo novo C3, fator que lhe permite posicionar-se a preços muito atrativos. Mantendo a nova identidade da marca e o mesmo estilo assertivo, musculado e moderno, tanto no interior como no exterior, este verdadeiro SUV proporciona proteção, robustez, facilidade de acesso e sensação de segurança. 

A estatura e as dimensões dos novos C3 Aircross e ë-C3 Aircross (4,39 metros de comprimento) mudaram com o seu novo posicionamento, destacando-se não só na mais tradicional versão de 5 lugares, agora disponibilizando o melhor espaço interior do seu segmento na segunda fila, como pela estreia no segmento de uma inédita variante de 7 lugares, proporcionando uma flexibilidade de utilização inigualável.

Espaçosos e bem equipados, os novos C3 Aircross e ë-C3 Aircross oferecem uma condução fácil e confortável no quotidiana, tanto em ambiente urbano como em estrada. Sempre atenta às expetativas dos seus clientes em termos de conforto, espaço e praticidade, a Citroën integrou-lhes o conceito C-Zen-Lounge® com Head-Up Display e um volante de dimensões reduzidas, os novos bancos Citroën Advanced Comfort®, redesenhados para um apoio ótimo dos ocupantes, num conforto de condução reforçado pela adoção das suspensões Citroën Advanced Comfort® com duplos batentes hidráulicos progressivos, solução disponível pela primeira vez no modelo e em todas as versões. 

Para maior tranquilidade, o C3 Aircross oferece todas as tecnologias de assistência à condução esperadas neste segmento, bem como um sistema de infoentretenimento de última geração, com um ecrã tátil de 10,25 polegadas, ou o acesso à aplicação ë-ROUTES, um planeador de viagens que se adapta em tempo real às evoluções de trânsito ao longo dos trajetos realizados.

Em termos mecânicos, destaque-se a introdução no mercado nacional – as encomendas iniciam-se hoje – da nova versão ë-C3 Aircross (113 cv) Autonomia Alargada (até aos 400 km), complementando a versão de Autonomia Conforto (até 303 km), já em comercialização. 

Assente no mesmo motor 100% elétrico de 113 cv (83 kW) de potência e 124,5 Nm de binário, o novo ë-C3 Aircross Autonomia Alargada conta, também ele, com uma bateria do tipo LFP, mas com uma capacidade total de 54,2 kWh (52,8 kWh úteis), versus os 44,2 kWh (43,81 kWh úteis) da aplicada no ë-C3 Aircross de Autonomia Normal. A capacidade máxima de carregamento da bateria é, em ambos os casos, de 7,4 a 11kW / 100kW. 

Muito semelhante é o consumo elétrico de ambas as versões, de 18,3 a 18,4 kWh/100 km no primeiro caso e marginalmente mais baixo (18,2 a 18,3 kWh/100 km) no segundo (valores WLTP combinado; AER). Quanto a prestações, a velocidade máxima atingida pela versão normal é de 143 km/h, podendo atingir-se os 145 km/h na de maior autonomia. Já a reprise dos 0 aos 100 km/h cumpre-se em 12,9 segundos no ë-C3 Aircross e em 14,2 no novo Citroën ë-C3 Aircross (113 cv) Autonomia Alargada.

Quanto a tempos de carregamento rápido (100 kW DC), são muito semelhantes, de 28 e 27 minutos, respetivamente. Já para os carregamentos tradicionais (AC / DC), os tempos máximos variam em função da fonte de alimentação: 18h25 na versão de autonomia normal e 22h20 no novo ë-C3 Aircross de Autonomia Alargada numa tomada doméstica de 1,8kW; descem aos 8h30 e 10h20 com uma tomada doméstica GreenUp de 3,7kW; tornam-se metade (4h10 e 5h05) com uma Wallbox de 7,4kW, usando o carregador de bordo de 7,4kW, de série no modelo; e passam para 2h50 e 3h25 com recurso a uma Wallbox de 11 kW, usando o carregador de bordo de 11 kW (aqui opcional).

DISPONÍVEL EM TRÊS NÍVEIS DE EQUIPAMENTO E A PARTIR DOS 28.490€

Já disponível para encomenda, o novo ë-C3 Aircross EV (113 cv) Autonomia Alargada está disponível para encomenda em três níveis de equipamento, propostos com os seguintes PVPRs: 28.490€ (You), 30.690€ (Plus) e 32.890 (Max), havendo um diferencial de 2.000€ face ao EV com Autonomia Conforto, já disponível no mercado. 

Tornando, igualmente, a mobilidade elétrica acessível, os clientes da marca podem adquirir o novo C3 Aircross com uma alternativa de eletrificação mais suave, assente num grupo propulsor híbrido 48V de 145 cv, associado a uma transmissão automática de 6 velocidade e dupla embraiagem. Particularmente polivalente e favorecendo a redução dos consumos., é proposto no mercado nacional nos níveis You e Max, com PVPRs de 25.390€ e 28.090€, respetivamente. Por fim, na mais tradicional versão a gasolina, com um motor Turbo, de 100 cv e caixa manual de 6 velocidades, o modelo está disponível por 19.290€ (You) e 21.690€ (Max). 

Depois de reinventar o C3, a Citroën repetiu o feito com os novos C3 Aircross e ë-C3 Aircross, conceitos de SUV familiares perfeitos para pessoas ativas que buscam modularidade, robustez e liberdade de movimentos. A sua produção é feita na fábrica de Trnava, na Eslováquia. 

A este competitivo posicionamento de preços, a Citroën disponibiliza aos clientes particulares (B2C) propostas distintas para financiamentos através do programa Simply Drive, produto financeiro fidelizante que permite uma oferta de rendas competitivas. Nela o cliente tem uma total liberdade de escolha no final do contrato, ora entregando o veículo pelo Valor Mínimo Garantido (VMG), ou pagando valor em dívida (correspondente ao VMG), ou ainda refinanciando o valor em dívida. 

Edição 100: Uma Retrospectiva sobre uma Década de Transformação

Ao atingir a marca do meu 100.º artigo, este momento representa tanto uma celebração como uma oportunidade de reflexão sobre a extraordinária transformação que varreu o sector da mobilidade desde que lancei a Mobility Revolution, a minha newsletter mensal, em setembro de 2016. Desde então, o sector foi profundamente abalado por forças tecnológicas, económicas e sociais de grande impacto. Nos 99 artigos anteriores, partilhei a minha análise destes diversos fatores e do seu impacto na mobilidade em geral. Estas reflexões foram alimentadas, em parte, pelos múltiplos projectos de consultoria e prospeção realizados para diversos fabricantes automóveis, fornecedores e outras empresas, bem como pelo meu trabalho de mentor e conselheiro de muitas startups ligadas à mobilidade, provenientes de todo o mundo.

Esta 100.ª edição da Mobility Revolution revisita os principais temas abordados nas edições anteriores, analisando a transformação da indústria desde 2016.


Mobilidade Limpa: Eletrificação e a Busca pela Sustentabilidade

A caminhada rumo à mobilidade limpa definiu grande parte da última década. A eletrificação passou de nicho a corrente dominante, com os veículos elétricos a bateria (BEV) e os híbridos plug-in a ganharem tração significativa nos mercados globais — embora de forma desigual. As vendas globais de veículos plug-in (BEV e PHEV) cresceram de 0,9 milhões de unidades em 2016 para mais de 17 milhões em 2024, incluindo mais de 11 milhões de BEVs. Este crescimento tem sido impulsionado por uma combinação de regulamentações de emissões mais rígidas, incentivos governamentais e a introdução de modelos elétricos mais atrativos.

A China registou um crescimento de 30 vezes nas vendas de veículos plug-in durante este período, atingindo 11 milhões no ano passado — dois terços do volume global atual. A Europa e os EUA cresceram a um ritmo mais modesto, atingindo cerca de 3,2 milhões e 1,5 milhões de unidades em 2024. A tendência foi tudo menos linear, refletindo principalmente alterações nas políticas públicas. O Japão e a Coreia mantiveram-se praticamente à margem, com uma penetração muito baixa de BEVs.

As baterias tornaram-se um tema de importância estratégica à medida que os EVs ganhavam popularidade. O domínio da China na extração e refinação de materiais, bem como na produção de células, levou à mobilização urgente da Europa e dos EUA para localizar a produção e garantir as cadeias de abastecimento. Esta corrida não se prende apenas com oportunidades económicas, mas também com a proteção da soberania nacional numa era de crescentes tensões geopolíticas. A cadeia global de fornecimento de baterias tornou-se um foco estratégico para líderes políticos e empresariais, com a produção local e o desenvolvimento de cadeias de abastecimento independentes vistos agora como imperativos estratégicos.

A eletrificação também levou a uma reavaliação do design automóvel — os BEVs permitem mais flexibilidade de configuração e simplicidade de design — mas são mais pesados. Por outro lado, cresce a pressão por veículos mais leves, pequenos e acessíveis, de forma a tornar a mobilidade limpa verdadeiramente sustentável e ao alcance de todos. A acessibilidade continua a ser um desafio para os EVs, apesar da queda no custo das baterias em três vezes desde 2016.

A eletrificação está a transformar não só os automóveis de passageiros, mas também os veículos comerciais, bicicletas e até a mobilidade aérea. A integração progressiva dos EVs na rede elétrica — usando veículos como recursos energéticos distribuídos, graças à funcionalidade V2G — abriu novas possibilidades para a resiliência e sustentabilidade da rede. Já há vários BEVs capazes de alimentar casas ou ferramentas.


Condução Assistida e Autónoma: Progresso, Recuos e um Futuro Promissor

A evolução dos sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS) até veículos totalmente autónomos tem sido um dos desenvolvimentos mais observados da indústria. Funcionalidades como o controlo de cruzeiro adaptativo, a manutenção na faixa e a travagem automática de emergência tornaram-se comuns, contribuindo para a segurança rodoviária e conveniência do condutor. A ambição de veículos completamente autónomos, no entanto, tem alternado entre progressos notáveis e retrocessos, com dezenas de milhares de milhões de dólares investidos na última década.

Em 2016, o projeto Chauffeur da Google (agora Waymo) tinha acabado de demonstrar o Firefly, um veículo autónomo criado de raiz. Nesse mesmo ano, a GM adquiriu a Cruise, então com dois anos, por cerca de mil milhões de dólares. Um ano depois, a Ford adquiriu o controlo da Argo.ai (com um ano de vida) com um investimento idêntico — o Grupo VW tornou-se mais tarde co-proprietário da startup.

A última década assistiu a uma evolução darwinista no ecossistema da condução autónoma. O número de empresas aumentou rapidamente devido à euforia, mas reduziu-se posteriormente a alguns players fortes. Algumas mudaram para casos de uso menos exigentes, outras saíram completamente do mercado. A Cruise e a Argo.ai fecharam portas após gastar milhares de milhões; já a Waymo prospera. Na China, destacam-se Baidu Apollo, Pony.ai e WeRide.

Em outubro de 2020, a Waymo foi a primeira a operar um serviço de táxis autónomos, sem condutor, aberto ao público. Hoje, robotáxis operam comercialmente em cinco cidades nos EUA e cerca de dez na China. A Waymo e a Baidu Apollo — os líderes nos EUA e China, respetivamente — oferecem atualmente cerca de 250.000 e 100.000 viagens pagas por semana. No entanto, uma implementação comercial em larga escala continua a estar a vários anos de distância.

O transporte de mercadorias surgiu também como um caso de uso promissor. Contudo, nenhuma empresa opera ainda comercialmente em autoestradas sem alguém presente na cabine — por razões técnicas ou regulamentares. A Aurora parece ser a que está mais próxima desse feito.


Software, Veículo Definido por Software (SDV) e Inteligência Artificial: A Transformação Digital

Talvez a mudança mais profunda da última década tenha sido a transformação digital dos veículos e serviços de mobilidade. A ascensão dos veículos definidos por software (SDV) — paradigma inaugurado pela Tesla — redefiniu o design automóvel, a engenharia e os modelos de negócio. A integração profunda de software permite agora atualizações over-the-air, experiências de utilizador melhoradas — impulsionadas sobretudo pela Tesla — e novas fontes de receita recorrente através de funcionalidades sob pedido.

Os fabricantes tradicionais enfrentam decisões estratégicas sobre desenvolver software internamente ou recorrer a parceiros externos. A indústria está a passar de uma mentalidade centrada no hardware para uma centrada no software, com fortes implicações nos ciclos de desenvolvimento, captação de talento, cadeia de fornecimento, estrutura organizacional e cultura empresarial. A conectividade generalizada potenciou ainda mais o crescimento de serviços e funcionalidades digitais, com os fabricantes a esperarem receitas anuais na casa das dezenas de milhar de milhões, com margens elevadas.

Completamente ausente em 2016, a Inteligência Artificial tornou-se omnipresente em todo o ciclo de vida dos veículos. A IA já assiste no design, engenharia, programação, fabrico, testes, conformidade, gestão de cadeias de abastecimento, controlo de qualidade e operações internas. No lado do cliente, alimenta o marketing e retalho, assistentes virtuais, experiências personalizadas, bem como manutenção preditiva, assistência e gestão de sinistros. No entanto, a sua adoção levanta preocupações sobre a substituição de empregos, tornando essencial o re-/upskilling.


Mudança Modal: Novos Modelos de Negócio

A convergência da eletrificação, autonomia, conectividade e mobilidade partilhada obrigou todo o ecossistema automóvel a reorganizar-se. Os incumbentes tiveram de forjar novas parcerias, adotar modelos de negócio inovadores e renovar cadeias de fornecimento. A conformidade regulamentar e as tensões geopolíticas — recentemente sobre tarifas e acesso a recursos críticos — adicionaram camadas de complexidade às operações globais.

Uma das mudanças mais significativas da última década foi a transição da posse para o uso do veículo. Modelos como Mobilidade como Serviço (MaaS), ride-hailing, car-sharing, bem como bicicletas e trotinetes partilhadas ganharam tração. A Uber realiza cerca de 200 milhões de viagens por semana, cinco vezes mais do que em 2016.

Uma nova dimensão empolgante está a emergir com a mobilidade aérea avançada. Empresas como a Joby e Archer estão prestes a lançar operações comerciais com as suas aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical (eVTOL), após investirem milhares de milhões — com apoio da Toyota e Stellantis.


Novos Fabricantes e a Ascensão dos OEMs Chineses

A última década assistiu à ascensão impressionante de novos fabricantes, com destaque para os OEMs chineses. Empresas como BYD, Geely e SAIC expandiram-se rapidamente além do seu mercado doméstico, beneficiando de apoio governamental, vantagens de custo e cadeias de abastecimento robustas, desafiando os grandes players globais.

A BYD, por exemplo, passou de vender 100.000 veículos em 2016 para 4,3 milhões em 2024, tornando-se a maior fabricante de BEVs do mundo com 1,8 milhões. A Geely construiu um império global com marcas chinesas e europeias, um fornecedor focado em SDVs e parcerias estratégicas (Mercedes e Renault). A Xiaomi, gigante de smartphones e eletrónica de consumo, teve sucesso onde a Apple falhou; prevê vender 350.000 veículos em 2025, partindo do zero em 2023.

Os fabricantes chineses não só conquistaram a maior fatia do seu mercado interno, em detrimento dos estrangeiros, como estão a avançar na Europa, Sudeste Asiático e América Latina. Com capacidade de produção excedente, focaram-se nas exportações, posicionando-se como concorrentes formidáveis no cenário automóvel global, com 5,9 milhões de veículos exportados em 2024 vs. 700.000 em 2016. O seu sucesso assenta em cadeias de fornecimento de baterias líderes mundiais, fortes competências digitais e uma capacidade de inovação a alta velocidade. Os fabricantes tradicionais estão agora a correr para recuperar o atraso.

Inspirados pelo sucesso da Tesla, uma nova geração de startups lançou BEVs inovadores, embora com dificuldades. Nos EUA, a Rivian e a Lucid continuam a expandir a sua oferta, apoiadas por forte financiamento — a Volkswagen está a investir milhares de milhões para aceder à tecnologia SDV da Rivian. Já a Fisker e outras falharam. A própria Tesla estabeleceu um novo padrão de desempenho operacional e financeiro, passando de 76.000 veículos vendidos em 2016 para 1,8 milhões em 2024. No entanto, a antiga líder dos BEVs tem vindo a perder vantagem recentemente.


Olhando para o Futuro

Ao refletir sobre os 99 artigos anteriores, é evidente que o sector da mobilidade atravessou uma era de mudança sem precedentes. As várias tendências aqui destacadas remodelaram profundamente o panorama. Olhando em frente, o ritmo da inovação e disrupção continuará intenso, levando a mais consolidação e parcerias. As lições e perceções da última década serão valiosas para uma indústria que continuará a evoluir, adaptar-se e redefinir o futuro da mobilidade — rumo a um futuro mais brilhante.

Citroën abre as encomendas do novo c5 aircross: mais espaço, conforto e tecnologia numa gama multi-energias

Com o lançamento da nova gama C5 Aircross, a Citroën completa, em menos de dois anos, a renovação total do seu catálogo. Novo porta-estandarte da marca, o novo C-SUV médio representa a melhor experiência de uma gama composta por modelos que expressam os mesmos valores em cada um dos seus segmentos, num conjunto de produtos multi-energias acessíveis e versáteis, com uma identidade forte, um conforto distintivo e uma grande facilidade de utilização.

Na sua segunda geração, o C5 Aircross representa um passo em frente em todas as vertentes, numa resposta inteligente e completa às expectativas dos clientes deste importante segmento, destacando-se pela sua tranquilidade alargada, fruto da oferta de mais espaço, mais conforto e mais tecnologias, numa proposta que se completa com a introdução de um inédito motor elétrico.

SUV potente e generoso, projetado para a aerodinâmica, o novo C5 Aircross alicerça-se num design que adota linhas mais esguias, resultado de um design mais eficiente. Uma secção dianteira que exprime força e fluidez, assente na nova assinatura luminosa e num capot mergulhante e uma traseira espetacular contribuem para uma maior aerodinâmica que se traduz num ganho adicional de autonomia elétrica superior a 30 km em autoestrada.

Adicionalmente e graças à nova plataforma Stellantis STLA Medium em que assenta, o novo C5 Aircross assume proporções ainda mais generosas, com 4.652 mm de comprimento (+150mm) e 1.902 de largura, o que permite acrescentar espaço no interior, principalmente na segunda fila de bancos.

Derradeira experiência em termos de conforto, o novo C5 Aircross apresenta-se como um SUV com ambiente lounge, oferecendo um interior zen sob o conceito Advanced Comfort®, projetado como uma sala de estar, com um “Sofa Design”, onde se destacam os Bancos Advanced Comfort® e onde se beneficia de todas as vantagens da filtragem proporcionada pelas suspensões Citroën Advanced Comfort®.

Destaque para a integração no novo painel de bordo, igualmente desenhado para aumentar o conforto a bordo, de um ecrã tátil central HD em cascata, de grandes dimensões designado Ecrã Waterfall, colocado em posição vertical, conferindo ao novo Citroën C5 Aircross, e também ao novo ë-C5 Aircross, uma imagem distintiva, novidade projetada para promover a ergonomia e facilidade de utilização.

Ainda no domínio da tecnologia, promovendo uma serenidade prolongada, destaque-se a mais recente geração de sistemas de assistência à condução (ADAS) e ao estacionamento da Citroën, completando um amplo leque de tecnologias a bordo, com destaque para a Assistência à Mudança Semiautomática de Faixa, Alerta de Tráfego Cruzado Traseiro, Câmara de Alerta de Atenção do Condutor, Deteção de Ângulo Morto de Longo Alcance e VisioPark 360°, ou os estreantes Faróis Citroën Matrix LED e pack Drive Assist 2.0, entre muitas outras soluções de apoio à condução e aos passageiros.

Já no capítulo das motorizações é importante destacar a oferta de uma gama de motores diversificada, que permite dar resposta às diferentes necessidades dos clientes da marca. Nesta primeira fase de lançamento, o novo C5 Aircross contará com uma unidade híbrida de 145 cv e caixa automático, como porta de entrada para a eletrificação, bloco que em 2026 contará com uma nova variante, C5 Aircross Híbrido Plug-in 195 cv Automático, com maiores valores de autonomia, quer em modo 100% elétrico quer numa utilização térmica.

Novidade absoluta na gama é a oferta 100% elétrica, através do novo ë-C5 Aircross Elétrico (210 cv) Autonomia Conforto, para uma autonomia equilibrada e acessível (até 520 km, em ciclo combinado WLTP), sendo que também neste domínio o próximo ano trará uma novidade, espelhada num bloco elétrico mais potente, com 230 cv e Autonomia Alargada até 680 km, adaptada às viagens longas, garante de liberdade de movimentos.

Concebido e projetado em França, com produção na histórica fábrica da Citroën de Rennes, o novo C5 Aircross contém 160 kg de metais reciclados e 47 kg de plásticos reciclados ou de origem biológica, reforçando o compromisso da marca com a sustentabilidade e com uma produção mais equilibrada.

QUATRO NÍVEIS DE EQUIPAMENTO E PREÇOS A PARTIR DOS 33.490€

Disponíveis a partir de hoje para encomenda, os novos Citroën C5 Aircross e ë-C5 Aircross apresentam numa gama composta por três níveis de equipamento base – You, Plus e Max – que se complementam pela oferta direciondada à vertente profissional Business.

Os PVPRs de lançamento são, no caso da variante C5 Aircross Híbrido 145 cv Automático, de 33.490€ para a versão You, de 36.590€ para o nível Plus e de 39.590€ para o topo de gama Max. Para o ë-C5 Aircross Elétrico (210 cv) Autonomia Longa Automático, os valores são de 40.690€, 43.790€ e 46.790€, respetivamente.

Para a clientela profissional, a versão 100% híbrida é proposta por um PVPR de lançamento de 37.590€, enquanto o modelo 100% elétrico é proposto por 44.790€.  

A este competitivo posicionamento de preços e complementarmente, a Citroën disponibiliza um conjunto de ofertas financeiras disponíveis em ambos os canais B2C e B2B.

No caso dos clientes particulares (B2C), a Citroën irá apostar numa oferta distinta para financiamentos através do programa Simply Drive, produto financeiro fidelizante que permite uma oferta de rendas competitivas, em que o cliente tem uma total liberdade de escolha no final do contrato, ora entregando o veículo pelo Valor Mínimo Garantido (VMG), ou pagando valor em dívida (correspondente ao VMG), ou ainda refinanciando o valor em dívida.

No canal para empresas (B2B) as condições garantem à marca um posicionamento competitivo, determinante para o sucesso de qualquer modelo neste segmento. Também neste caso, se privilegiam os clientes que optem por opções de financiamento via Santander ou de Renting Leasys, com recurso aos produtos destes parceiros da Citroën.

Nissan Qashqai com nova geração e-POWER – menor consumo, menos emissões e condução mais silenciosa

Quase uma década após a sua estreia mundial, a Nissan lança a versão mais avançada da sua tecnologia exclusiva e-POWER. Apresentada na Europa há quatro anos, a tecnologia e-POWER foi desenvolvida pela Nissan para proporcionar uma experiência de condução elétrica sem necessidade de carregamento externo — combinando a aceleração suave e instantânea, típica de um veículo elétrico, com a conveniência quotidiana de um motor de combustão interna.

Este avançado sistema de nova geração foi totalmente reformulado para proporcionar uma melhor eficiência energética, emissões mais baixas e maior suavidade de funcionamento. A nova geração e-POWER chega ao Nissan Qashaqi para facilitar a transição para a mobilidade zero emissões.

A autonomia de um diesel, com a resposta e conforto de um veículo elétrico

O princípio fundamental da tecnologia e-POWER traduz-se em benefícios reais para os clientes: o motor a gasolina serve unicamente para gerar eletricidade, que alimenta diretamente o motor elétrico responsável por mover as rodas — e, quando necessário, carrega a bateria.

Ao contrário dos híbridos convencionais, não há caixa de velocidades nem acoplamentos complexos entre motor térmico e motor elétrico, o que permite uma resposta instantânea e uma condução sempre suave — tal como ocorre num veículo 100% elétrico. Além disso, o sistema de travagem regenerativa converte a energia cinética em energia elétrica, que é devolvida à bateria.

O novo e-POWER eleva este conceito ao próximo nível, oferecendo o melhor equilíbrio da sua classe entre desempenho, conforto semelhante ao de um elétrico e eficiência real de combustível — mantendo, ao mesmo tempo, a autonomia e flexibilidade de um motor de combustão convencional.

Melhorias significativas em todas as áreas-chave:

o Consumo de combustível: reduzido para 4,5L/100km (WLTP) — o melhor da sua classe, permitindo uma autonomia teórica de 1.200 km (WLTP);

o EmissõesdeCO2:baixaramde116g/kmpara102g/km—umareduçãode12%faceà geração anterior;

o Ruído no habitáculo: reduzido em até 5,6 dB — garantindo um conforto acústico semelhante ao de um veículo elétrico;

o Modo Sport: com mais 10kW — proporciona uma condução mais envolvente e responsiva.

Novo motor e unidade motriz compacta

No centro do novo e-POWER está uma unidade motriz modular 5-em-1 recentemente desenvolvida, que integra um conjunto composto por motor elétrico, gerador, inversor, redutor e aumentador de tensão num pack mais leve e compacto. Com melhorias na calibração do motor e isolamento acústico, o sistema reduz significativamente o ruído e vibrações em carga. A potência total aumentou em 11kW, atingindo um máximo de 151kW. A capacidade da bateria mantém-se nos 2,1 kWh.

Apesar de continuar a utilizar uma configuração de três cilindros com 1.5 litros turbo, o motor é totalmente novo e foi especificamente desenvolvido para utilização em conjunto com a tecnologia e-POWER. Incorpora o conceito de combustão STARC exclusivo da Nissan, que eleva a eficiência térmica para 42% — um valor excecional — graças à estabilização da combustão no interior dos cilindros, permitindo um funcionamento mais silencioso e eficiente a baixas rotações. Um novo turbocompressor maior também contribui para ganhos de eficiência, possibilitando a redução das rotações em 200rpm durante condução em autoestrada, reduzindo ainda mais o ruído.

A tecnologia de compressão variável presente na versão anterior deixou de ser necessária devido às outras evoluções do novo motor.

Adicionalmente, a eficiência foi melhorada com a introdução de óleo lubrificante 0W16, que reduz o atrito interno. Os clientes beneficiarão ainda de intervalos de manutenção mais alargados — de 15.000 km para 20.000 km.

O resultado de todas estas melhorias traduz-se numa poupança de combustível 16% superior em condições reais de utilização, e 14% de melhoria no consumo em autoestrada, face à geração anterior.

David Moss, Vice-Presidente Sénior de Investigação & Desenvolvimento da região AMIEO da Nissan: “Esta nova versão do e-POWER reflete tudo o que aprendemos ao desenvolver sistemas de motorização elétrica para a Europa. Analisámos os aspetos mais valorizados pelos clientes e reestruturamos o sistema para maximizar a eficiência, reduzir as emissões e oferecer uma condução mais silenciosa e refinada — com o mesmo desempenho de um diesel. Orgulhamo-nos de poder afirmar que o novo e-POWER apresenta agora os melhores valores da sua classe em eficiência e emissões.”

Autonomia sem complicações – rumo à eletrificação

Para muitos condutores, a transição para um veículo 100% elétrico ainda levanta questões sobre carregamento, autonomia, infraestrutura e hábitos. É aqui que entra a tecnologia e- POWER.

Com motorização totalmente elétrica, mas sem necessidade de carregamento externo, o novo e-POWER oferece uma transição simples e confiante para a condução eletrificada — juntando a suavidade e resposta imediata de um elétrico com a autonomia e conveniência de um veículo a combustão. Proporciona a experiência de um elétrico, mas sem os desafios frequentemente associados aos veículos elétricos a bateria.

E como o motor a gasolina nunca move diretamente as rodas, a condução é 100% elétrica — sem mudanças de velocidades, sem atrasos na resposta, e com ruído mínimo a baixas velocidades. Contudo, ao contrário de um elétrico a bateria, o abastecimento é feito em qualquer posto de combustível.

Ao remover a complexidade da mudança, o e-POWER funciona como uma verdadeira tecnologia de transição — oferecendo os benefícios da mobilidade elétrica sem compromissos. É a escolha ideal para quem procura algo melhor, mas sem abandonar o que lhe é familiar.

Clíodhna Lyons, Vice-Presidente da região AMIEO para Planeamento de Produto e Serviços, acrescenta: “Esta geração do e-POWER resulta da combinação da visão da Nissan para cadeias cinemáticas eletrificadas com os insights recolhidos junto dos nossos clientes. Eleva ainda mais a promessa do e-POWER, ao entregar uma eficiência significativamente superior sem comprometer o desempenho. A melhor eficiência energética e autonomia — mesmo em autoestrada — com uma condução EV agradável e refinada no dia a dia. E tudo isto sem alterar os hábitos associados aos veículos convencionais. Mais do que nunca, representa uma transição perfeita para os nossos clientes rumo à mobilidade elétrica e um pilar essencial da nossa estratégia de eletrificação.”

Novo Qashqai e-POWER disponível a partir do último trimestre de 2025

O novo Nissan Qashqai beneficiará também de melhorias tecnológicas significativas, como o sistema de infotainment com Google integrado, incluindo Google Maps, Assistente Google e acesso à Play Store. Estão incluídas novas funcionalidades como comandos por voz via Google Assistant, previsões meteorológicas para destinos planeados e “Nissan Trip Stories” — que permite aos utilizadores gravar e partilhar facilmente as suas viagens favoritas através da aplicação NissanConnect Services.

A assistência à condução também evolui, com as funcionalidades ProPILOT melhoradas, incluindo interfaces de condução autónoma multi-faixa com maior inteligência para monitorização de trânsito e maior perceção do ambiente envolvente.

Os clientes do novo e-POWER beneficiarão de um custo total de utilização (TCO) mais baixo, graças ao aumento dos intervalos de manutenção para 20.000 km.

Produzido na fábrica de última geração da Nissan em Sunderland, Reino Unido, o novo Qashqai com a mais recente evolução da tecnologia e-POWER estará disponível em Portugal a partir do último trimestre de 2025. Especificações finais de equipamento (de série ou opcional) e preço no mercado nacional, serão divulgados por ocasião do início de comercialização do novo e-POWER.

    BYD lidera a revolução PHEV com os novos “Super Híbridos Plug-in”

    A BYD, fabricante líder mundial de veículos movidos a novas energias (EV e PHEV) e baterias elétricas, está a reforçar a sua aposta estratégica na tecnologia híbrida plug-in (PHEV) na Europa e em Portugal, com a introdução do conceito “Super Híbridos Plug-in BYD”. Esta nova abordagem nasce da vontade de promover um maior reconhecimento por parte dos consumidores em relação à Tecnologia Híbrida Plug-in DM-i BYD, já disponível no mercado nacional, e que se diferencia pela maior eficiência face a outras soluções plug-in híbridas convencionais.

    Ao contrário dos sistemas tradicionais, a Tecnologia Híbrida Plug-in DM-i BYD é “electric- centric”: dá prioridade à utilização do motor elétrico, proporcionando maior eficiência energética, autonomia elétrica alargada e uma experiência de condução superior, num ambiente de sofisticação e caráter tecnológico inovador.

    O BYD SEAL U DM-i Comfort, já disponível em Portugal, é o porta-estandarte desta nova geração de híbridos plug-in. Equipado com a Tecnologia Híbrida Plug-in DM-i, oferece uma autonomia 100% elétrica até 125 km (WLTP) e uma autonomia total combinada até 1.125 km, combinando o melhor dos dois mundos: a condução elétrica para o dia a dia e a liberdade de um motor térmico para viagens longas, sem compromissos.

    Para o último trimestre deste ano a BYD prepara também o lançamento de um novo modelo com esta tecnologia, o BYD SEAL 6 DM-i, em carroçaria Sedan e Wagon, que incorporam o conceito “Super Híbridos Plug-in BYD”.

    Com base na plataforma DM 4.0 (a mesma utilizada pelo BYD SEAL U DM-i), o BYD SEAL 6 DM-i destaca-se pelo design Ocean Aesthetics e reforça a gama de modelos híbridos plug-in BYD disponíveis em Portugal, permitindo facilitar a transição para a mobilidade elétrica com a máxima autonomia e poupança.

    A aposta na inovação da BYD foi recentemente reconhecida internacionalmente, com a conquista do Prémio “Melhor Tecnologia” nos Women’s Worldwide Car Of The Year 2025. A distinção destaca o avanço da marca com a Tecnologia Híbrida Plug-in DM-i e na tecnologia Blade Battery – segura, durável e eficiente —, reforçando o posicionamento da BYD como líder na transição para uma mobilidade mais sustentável.

    Com os “Super Híbridos Plug-in”, a BYD dá um novo impulso à mobilidade elétrica, promovendo soluções tecnologicamente avançadas, acessíveis e alinhadas com as necessidades reais dos condutores europeus e portugueses.

      PEUGEOT abre as encomendas e anuncia os preços das versões mais potentes E-3008 e E-5008 Dual Motor 325 cv

      Os novos E-3008 e E-5008 Dual Motor 325 cv são os mais recentes membros de uma oferta 100% elétrica cada vez mais completa e abrangente, reforçando a ofensiva elétrica da PEUGEOT e proporcionando aos clientes uma escolha adicional de motorização sem emissões locais para as respetivas gamas. Ambos os modelos estão a partir de agora disponíveis para encomenda em Portugal.

      A versão Electric Dual Motor 325 cv dispõe de um segundo motor elétrico colocado no eixo traseiro, o qual permite combinar a performance de uma potência total de 325 cv com a eficiência e a segurança proporcionadas pela tração integral. Esta nova variante junta-se ao altamente eficiente Electric 210 cv e ao Electric Long Range 230 cv, as quais apresentam valores de autonomia de referência no segmento SUV.

      Com os PEUGEOT E-3008 e E-5008 Dual Motor 325 cv, o prazer de condução e o desempenho 100% elétrico alcançam novos patamares. Os 325 cv e 509 Nm fornecidos pelos dois motores permitem uma aceleração e uma resposta particularmente dinâmicas: o PEUGEOT E-3008 Dual Motor 325 cv acelera dos 0 aos 100 km/h em apenas 6 segundos (6,5 segundos para o PEUGEOT E-5008) e dos 80 aos 120 km/h em 3,8 segundos (4 segundos para o PEUGEOT E-5008).

      A tração integral proporcionada pela presença de dois motores elétricos garante igualmente uma utilização adaptada aos mais variados tipos de condução e exigências. Os novos E-3008 e E-5008 Electric Dual Motor 325 cv são assim dois dos SUV puramente elétricos mais versáteis do mercado, disponibilizando quatro modos de condução distintos:

      • Modo Normal: para otimizar a eficiência no quotidiano é dada prioridade apenas ao motor e às rodas dianteiras. A potência máxima é limitada a 313 cv e o binário máximo a 450 Nm. Dependendo das exigências do condutor, o motor e as rodas traseiras serão ativados automaticamente. Durante uma aceleração forte (kick-down), ambos os motores desenvolvem todo o seu potencial.
      • Modo 4WD: os dois motores funcionam em contínuo, com uma distribuição de potência de 50/50 entre os eixos dianteiro e traseiro para uma aderência ideal, especialmente em superfícies escorregadias. Os sistemas ESP e de controlo de tração adotam estratégias de gestão específicas para melhorar a aderência. A potência e o binário máximos estão disponíveis.
      • Modo Sport: os dois motores funcionam em contínuo, com uma distribuição de potência de 60/40 entre os eixos dianteiro e traseiro para um desempenho dinâmico e eficiente. A potência e o binário máximos estão disponíveis. A direção e o pedal do acelerador também adotam uma configuração desportiva, proporcionando maior capacidade de resposta.
      • Modo Eco: é dada prioridade ao motor e às rodas dianteiras, sendo a potência máxima limitada a 213 cv e o binário máximo a 343 Nm. Durante uma aceleração forte (kick-down), o motor e as rodas traseiras ativam-se automaticamente e ambos os motores desenvolvem todo o seu potencial. O ar condicionado e o pedal do acelerador também adotam uma configuração Eco.

      Os PEUGEOT E-3008 e E-5008 Dual Motor 325 cv prolongam o prazer de condução graças à sua bateria de iões de lítio NMC com 73 kWh utilizáveis. Oferecem uma autonomia de até 490 km e 467 km, respetivamente (ciclo combinado WLTP em modo Normal). Tal como acontece em todos os veículos 100% elétricos da PEUGEOT, os seus tempos de carregamento de 20% a 80% em carregadores super-rápidos são de aproximadamente 30 minutos. O carregador de bordo permite uma potência máxima de carregamento de 11 kW.

      Novos E-3008 e E-5008 Electric Dual Motor 325 cv disponíveis em “Launch Edition” 

      Os PEUGEOT E-3008 e E-5008 Dual Motor 325 cv “Launch Edition” integram a totalidade do equipamento de série da versão topo de gama GT, designadamente a pintura bicolor com tejadilho preto, faróis LED Pixel, portão traseiro elétrico, sistema de infoentretenimento conectado PEUGEOT i-Connect® Advanced, etc.

      Em complemento ao equipamento da versão GT, o E-3008 Dual Motor 325 cv “Launch Edition” conta, de série, com: jantes de liga leve de 20”, estofos em Alcântara, Pack 360° Vision & Drive Assist Plus, teto de vidro panorâmico e sistema Hi-Fi Focal® premium com 10 altifalantes.

      No E-5008 Dual Motor 325 cv “Launch Edition”, o equipamento adicional face à versão GT inclui: Jantes de liga leve de 20”, estofos em Alcantara, Pack 360° Vision & Drive Assist Plus: VisioPark 360° com 4 câmaras HD, Drive Assist Plus 2.0 (condução semiautónoma), deteção de tráfego traseiro, espelhos elétricos aquecidos, soleiras das portas iluminadas, carregamento sem fios para smartphone, alarme e portas com supertrancamento e ainda o Pack Sunroof composto por teto de vidro panorâmico com controlo de sombra interior por impulso, Clean Cabin com sensor de partículas no interior e janelas laterais dianteiras laminadas e acústicas.

      Preços em Portugal (c/ IVA)

      • E-3008 Dual Motor 325 cv – Launch Edition – 57.700 euros
      • E-5008 Dual Motor 325 cv – Launch Edition – 59.700 euros

      Opel Frontera Electric: agora com mais 100 quilómetros de autonomia

      Se pretende um SUV prático, totalmente elétrico, com muito espaço e adequado para o uso diário, o nosso Opel Frontera Electric é a escolha certa. Na estreia, já tínhamos anunciado uma variante elétrica com maior autonomia. Agora estamos a cumprir! Com até 409 quilómetros de acordo com o ciclo WLTP, as famílias também podem fazer viagens mais longas com tranquilidade – e a preços acessíveis, como é o caso do nosso Frontera“, afirmou Alejandro Noriega, Diretor da Opel Espanha e Portugal.

      100 quilómetros de autonomia adicional: Frontera Electric adequado para uso diário

      Um design característico e robusto, bem como uma elevada praticidade com muito espaço e inúmeras soluções inteligentes – os clientes podem esperar tudo isto de todas as variantes do Frontera. As duas variantes híbridas oferecidas desde o lançamento no mercado e o Frontera Electric com uma bateria de 44 kWh são agora acompanhadas pela nova versão totalmente elétrica. A capacidade da bateria aumenta em 10 kWh, enquanto o consumo de energia diminui. Isto permite que o novo Frontera Electric “Extended Range” possa percorrer até 409 quilómetros sem emissões locais entre recargas (WLTP).

      Isto significa que os clientes de veículos elétricos a bateria têm agora uma escolha: se conduzem principalmente em áreas urbanas, o carro elétrico com uma bateria mais pequena e uma autonomia de até 305 quilómetros (WLTP), disponível a partir de 24.490 euros1, é suficiente. Noutros locais, aqueles que pretendem percorrer distâncias mais longas com o Frontera Electric podem optar pela nova variante “Extended Range” com uma bateria maior. E quando a bateria precisar de ser recarregada, basta uma pausa de cerca de 30 minutos numa estação de carregamento rápido de 100 kW para recarregar a bateria de 20 a 80%. A oferta global do Frontera continua claramente estruturada e compreensível: duas variantes elétricas a bateria e duas híbridas, bem como duas versões de equipamento (Edition e GS).

      O que todas as variantes do Frontera, independentemente do tipo de motorização, têm em comum é que impressionam pelo seu espaço e flexibilidade. O Frontera oferece capacidades de carga de até cerca de 1600 litros e um banco traseiro que pode ser dividido numa proporção de 60:40. Graças às laterais verticais e à janela traseira, os passageiros desfrutam de muito espaço, especialmente na segunda fila. Além disso, existem funcionalidades inteligentes que tornam as viagens no Frontera mais agradáveis. Mesmo a versão Edition inclui desde a inovadora estação para smartphone de série, para todos aqueles que gostam de utilizar o seu próprio dispositivo móvel como fonte de infoentretenimento, até locais de arrumação flexíveis e bolsas para smartphones nas costas dos bancos dianteiros, passando pelo carregador sem fios opcional. Além disso, a Opel torna mais uma vez as inovações em matéria de bancos acessíveis a um vasto leque de compradores com os bancos Intelli-Seats patenteados, que incluem um recorte ergonómico na parte central para o condutor e o passageiro da frente.

      Electric All In3: serviços “elétricos” incluídos para uma mobilidade elétrica acessível

      O mesmo se aplica à compra do novo Frontera Electric “Extended Range” (autonomia alargada). Para dar um novo impulso à mobilidade elétrica, a Opel está a torná-la ainda mais fácil e acessível para os clientes. Afinal, quem comprar agora um Opel elétrico a bateria receberá, ao mesmo tempo, inúmeros serviços com o “Electric All In”3. Por exemplo, serviços como uma easy Wallbox para carregamento rápido em casa, funcionalidades e-routes e oito anos de assistência em viagem e em caso de avaria, bem como uma garantia da bateria, já estão incluídos.

      Carregamento Autónomo: Impulsionando o Futuro dos Veículos Elétricos

      Com a eletrificação e automatização do transporte, a forma como os veículos interagem com a infraestrutura energética está a passar por uma mudança de paradigma. O carregamento autónomo, especialmente o carregamento indutivo sem fios, está a surgir como uma tecnologia transformadora, permitindo que os veículos elétricos (VEs) carreguem de forma fácil, enquanto estão estacionados ou até mesmo em movimento. Isto abre possibilidades para operações mais eficientes no transporte público, frotas logísticas e muito mais.

      Como Funciona o Carregamento Indutivo

      O carregamento indutivo (sem fios) utiliza bobinas eletromagnéticas embutidas na superfície da estrada ou em lugares de estacionamento. Uma bobina receptora, sob o veículo, capta a energia sem fios, eliminando a necessidade de cabos ou estações de carregamento. Este método suporta dois modos:
      • Carregamento estático: Os veículos carregam enquanto estão estacionados, o que é ideal em terminais ou depósitos operacionais.
      • Carregamento dinâmico: Os veículos carregam enquanto circulam sobre as bobinas embutidas, o que reduz o tamanho das baterias e a ansiedade de autonomia.

      Três Projetos Europeus de Referência

      1. A10 Electric Highway, França
        Está em curso um piloto na autoestrada A10, em França, perto de Saint-Arnoult-en-Yvelines. As bobinas magnéticas sob o pavimento fornecerão até 200 kW de carregamento dinâmico a velocidade de autoestrada. Financiado pela BP França e liderado pela Vinci Autoroutes, juntamente com a Electreon e parceiros (Hutchinson, Universidade Gustave Eiffel), o projeto visa demonstrar a viabilidade do carregamento indutivo em corredores comerciais numa rota de 1,5 km de extensão.
      2. Rosh HaAyin, Israel – Depósito Electra Afikim
        Em Israel, a Electreon instalou o primeiro terminal comercial de carregamento sem fios para autocarros no depósito Electra Afikim em Rosh Ha’Ayin. Esta configuração indutiva estática carrega os autocarros durante o dia e a noite, sem necessidade de manuseamento de cabos. A solução chave na mão inclui infraestrutura, software e suporte contínuo, sendo apoiada pelo governo israelita.
      3. Gotland, Suécia – Piloto ERoad
        Na ilha sueca de Gotland, as bobinas indutivas da Electreon foram incorporadas nas estradas públicas para apoiar tanto camiões como autocarros. Os testes iniciais, utilizando veículos pesados, demonstraram a transferência de energia e a interação com a rede elétrica, marcando o verdadeiro carregamento dinâmico sem fios em condições do dia a dia.

      O carregamento indutivo oferece uma série de vantagens essenciais para o futuro da mobilidade elétrica e autónoma. Uma das suas principais forças reside na integração operacional sem interrupções: os veículos podem carregar oportunisticamente enquanto carregam ou descarregam mercadorias, aguardam nas paragens de autocarro ou ficam parados entre turnos, maximizando o tempo de operação e minimizando as interrupções. O carregamento contínuo e sem contacto também permite a redução do tamanho das baterias, o que, por sua vez, diminui os custos do veículo, reduz o peso e prolonga a vida útil das baterias, especialmente valioso para frotas de longa distância e pesadas.

      Para os veículos autónomos, em particular, o carregamento sem fios é um divisor de águas. Sem condutores para ligar os cabos de carregamento, os sistemas automatizados tornam-se essenciais para manter as operações sem intervenção humana. Do ponto de vista da infraestrutura, os sistemas indutivos são altamente escaláveis e adaptáveis. Podem ser embutidos em estradas, depósitos ou áreas terminais, permitindo que as cidades e operadores expandam as capacidades de carregamento gradualmente e com o mínimo de interrupção física. No geral, o carregamento indutivo não só apoia a inovação tecnológica, mas também estabelece as bases para um ecossistema de mobilidade mais resiliente, amigável à automação e sustentável.

      Riscos e Limitações

      No entanto, o carregamento indutivo, embora promissor e cada vez mais prático, apresenta certos riscos e limitações:

      1. Eficiência Energética e Perdas: Maior perda de energia em comparação com os sistemas de ligação por cabo, especialmente se o alinhamento entre as bobinas (veículo e chão) não for ideal. Embora os sistemas modernos possam alcançar uma eficiência de 90-95%, ainda está ligeiramente abaixo do carregamento condutivo de alto desempenho. Pequenas ineficiências em grandes frotas podem traduzir-se em desperdício de energia significativo e custos operacionais elevados.
      2. Custos de Infraestrutura: Incorporar bobinas nas estradas, depósitos ou estações é dispendioso e muitas vezes exige grandes obras civis. O retorno a longo prazo do investimento depende da densidade de utilização e é menos viável em áreas rurais ou suburbanas com pouca procura. Além disso, a manutenção e os reparos podem ser complexos devido aos componentes subterrâneos.
      3. Interferência e Segurança: Os campos eletromagnéticos (CEMs) podem interferir com eletrónica ou equipamentos sensíveis nas proximidades, caso não sejam devidamente blindados. Embora a maioria dos sistemas cumpra os padrões de segurança, as preocupações públicas e regulamentares persistem, especialmente em áreas de grande tráfego ou densamente povoadas. Também há dados limitados sobre os impactos a longo prazo na saúde, embora os dados atuais sugiram que os níveis de exposição estão dentro dos limites seguros.
      4. Padronização e Interoperabilidade: A falta de padrões universais entre fabricantes e países pode levar a sistemas fragmentados. Os veículos podem não ser compatíveis com toda a infraestrutura de carregamento indutivo, a menos que padrões interoperáveis sejam implementados. Isto aumenta o risco para os primeiros adotantes e complica os investimentos em infraestrutura em larga escala.
      5. Durabilidade Ambiental e da Superfície: A incorporação de infraestrutura nas estradas levanta questões sobre a durabilidade das estradas, especialmente em climas severos. A necessidade de renovação frequente ou de obras rodoviárias pode danificar ou interromper os sistemas indutivos, a menos que sejam implementadas proteções robustas. O impacto ambiental da fabricação e eliminação da eletrónica embutida também requer mais estudos.

      Conclusão

      O carregamento autónomo indutivo marca um marco na evolução dos VEs e do transporte. Os pilotos europeus – desde as autoestradas francesas aos depósitos israelitas e estradas suecas – estão a estabelecer as bases operacionais, técnicas e económicas. À medida que as frotas de mercadorias, transportes e veículos autónomos se expandem, o carregamento sem fios oferece um caminho sem interrupções, resiliente e sustentável para o futuro. A partir de agora, a escalabilidade dos pilotos é fundamental para compreender melhor e comunicar as possibilidades e limitações da tecnologia.

      Estar ligado e continuar a conduzir

      Tal como acontece noutros setores (McDonald’s e Burger King, Nike e Adidas…), há dois grandes sistemas por trás dos ecrãs multimédia dos automóveis: Arene vs Android Automotive, duas visões distintas sobre o software do carro conectado.

      Em plena revolução da mobilidade conectada, o software tornou-se o verdadeiro centro de comando do veículo. As marcas já não competem apenas por motores, acabamentos ou suspensões, mas também por plataformas digitais capazes de gerir tudo o que acontece dentro do carro: desde o infoentretenimento até à propulsão. É neste contexto que surgem duas grandes estratégias: por um lado, a aposta da Google com o Android Automotive OS; por outro, o desenvolvimento próprio da Toyota com o sistema Arene, criado pela Woven by Toyota.

      O que é o Arene: controlo total sobre o software

      Arene é uma plataforma informática desenvolvida pela Woven by Toyota, a divisão tecnológica do grupo japonês. Não se trata apenas de um sistema operativo, mas de um ecossistema completo para desenvolver, testar e executar software automóvel. A ideia da Toyota é clara: ter controlo absoluto sobre o código que gere os seus veículos, sem depender de terceiros como a Google, a Apple ou a Amazon.

      Ao contrário do Android Automotive, o Arene não foi concebido apenas para gerir o ecrã central ou as aplicações do carro. O seu objetivo é ser o verdadeiro cérebro digital do veículo, controlando desde funções de segurança ativa (ADAS), até à gestão energética, comunicações, cibersegurança e atualizações OTA (over-the-air). Está pensado para facilitar o trabalho dos programadores, com ambientes de simulação altamente realistas onde o software pode ser testado sem necessidade de instalar fisicamente o sistema num carro.

      A Toyota pretende implementar gradualmente o Arene em todos os seus modelos a partir da segunda metade desta década. Esta abordagem garante independência tecnológica, total adaptação às exigências regulatórias de cada país e uma evolução contínua do carro através de atualizações remotas.

      O que é o Android Automotive: experiência familiar para o utilizador

      Android Automotive OS é o sistema operativo nativo da Google para automóveis. Ao contrário do Android Auto (que apenas projeta o conteúdo do telemóvel no ecrã do carro), o Android Automotive é instalado diretamente no sistema de infoentretenimento do veículo e funciona de forma autónoma.

      A sua principal vantagem é oferecer uma experiência fluida e familiar. O condutor encontra o Google Maps, o Assistente Google, o YouTube Music, o Spotify ou o Waze tal como os conhece no seu smartphone, sem necessidade de ligações adicionais. A interface é intuitiva, rápida e cada vez mais completa, graças à loja de aplicações dedicada aos automóveis.

      O sistema também permite o controlo de funções do veículo, como o ar condicionado ou os modos de condução, se o fabricante decidir integrá-las. E, tal como o Arene, permite atualizações OTA.

      Android Automotive já equipa modelos da Renault, Volvo, Polestar, Honda, Ford, GM, BMW e várias marcas do grupo Stellantis (como Peugeot, Opel, Citroën e Fiat). A lista cresce ano após ano, demonstrando a robustez do sistema, especialmente em modelos de gama média e alta.

      O que os distingue (e aproxima)

      1. Propriedade do sistema:

      • Android Automotive é desenvolvido e controlado pela Google. Os fabricantes perdem parte do controlo do ambiente digital, embora ganhem em rapidez de implementação e acesso a serviços já familiares para os utilizadores.
      • Arene é uma solução totalmente proprietária. A Toyota decide como se programa, quais as funções, que dados são recolhidos e como o carro é atualizado.

      2. Experiência do utilizador:

      • Android Automotive oferece uma experiência uniforme e reconhecível. Os utilizadores sentem-se “em casa” se já usam Android nos seus telemóveis.
      • Arene depende do desenvolvimento feito pela Toyota. É mais versátil nas funções internas do veículo, mas menos padronizado na interface.

      3. Flexibilidade e desenvolvimento:

      • Arene oferece um ambiente mais completo para programar desde ajudas à condução até conectividade V2X ou gestão térmica.
      • Android Automotive é mais forte no infoentretenimento, mas limitado no controlo de segurança ou chassis. Algumas marcas combinam-no com outros sistemas.

      4. Dados e privacidade:

      • Com o Arene, é o fabricante que gere todos os dados do veículo e do condutor.
      • Com Android Automotive, parte dos dados passa pelos servidores da Google, levantando dúvidas sobre privacidade e soberania tecnológica.

      Existem outros sistemas importantes?

      Sim. A Mercedes-Benz desenvolve o seu próprio sistema MBUX, fortemente integrado com inteligência artificial. A BMW combina Android com a sua plataforma iDrive, e o grupo Hyundai-Kia usa um software nativo, complementado com Android Auto e Apple CarPlay.
      Também existem soluções open source, como o Automotive Grade Linux (AGL), apoiado por marcas como Toyota, Mazda ou Subaru. Embora menos visível, serve de base para muitos desenvolvimentos internos.

      Conclusão

      Arene e Android Automotive representam dois caminhos distintos para o futuro do automóvel conectado. O primeiro privilegia o controlo total do fabricante; o segundo oferece uma experiência fluida e integrada no ecossistema Google.

      Para o cliente, hoje o Android Automotive é mais imediato e familiar. Mas o Arene poderá vir a ser a base de uma nova geração de automóveis Toyota (e Lexus) mais seguros, personalizáveis e sustentáveis a longo prazo.
      E para as frotas profissionais, ambos oferecem vantagens, dependendo do perfil do condutor, das necessidades de controlo e da natureza do serviço prestado por cada veículo.