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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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Powerdot assegura financiamento verde de €165 milhões para acelerar implementação de pontos de carregamento de veículos elétricos

A Powerdot, principal operadora de pontos de carregamento de veículos elétricos na Europa, anuncia a obtenção de €165 milhões em financiamento verde por parte do ABN Amro, BNP Paribas, ING, MUFG Bank, Santander e Société Générale, para reforçar significativamente o seu objetivo de expandir ainda mais os pontos de carregamento ultra-rápidos.

Este financiamento marca um momento decisivo na missão da Powerdot de melhorar a infraestrutura de veículos elétricos em toda a Europa e a transição para um transporte sem emissões. Adicionalmente, a Powerdot assegurou mais de €465 milhões em compromissos de financiamento até à data.

Cada banco participante demonstrou coletivamente o compromisso em apoiar iniciativas sustentáveis e o desenvolvimento de infraestruturas verdes. Esta participação de um conjunto de bancos reitera a confiança generalizada na visão e capacidades operacionais da Powerdot, refletindo um esforço colaborativo para impulsionar avanços significativos no setor de carregamento de veículos elétricos.

“Este financiamento substancial é um testemunho da confiança dos nossos parceiros financeiros na visão e capacidades operacionais da Powerdot. Com este financiamento, estamos preparados para acelerar a nossa estratégia de implementação, trazendo soluções de carregamento de veículos elétricos para mais locais na Europa e apoiando a transição generalizada para um transporte sustentável”, refere Luís Santiago Pinto, Cofundador e CEO da Powerdot. “A ambição e os objetivos a longo prazo da Powerdot permitem-nos explorar diferentes ferramentas financeiras para financiamento. Com grande entusiasmo, damos as boas-vindas ao ABN Amro, BNP Paribas, ING, MUFG Bank, Santander e Société Générale na nossa missão de acelerar a mobilidade sustentável”.

A linha de financiamento verde de €165 milhões – com um adicional de €60 milhões de capacidade de expansão não comprometida – expandirá a rede de pontos de carregamento de veículos elétricos da Powerdot para alcançar mais de 3.100 locais até 2026, melhorará a tecnologia e a experiência do utilizador, e permitirá o crescimento e desenvolvimento da sua equipa. Este financiamento verde foi estruturado de acordo com os Princípios de Empréstimo Verde definidos pela Loan Market Association e constitui um marco estratégico que reflete o compromisso da empresa com a mobilidade de baixo carbono e a inovação. Com este investimento, a Powerdot está bem posicionada para liderar a construção de uma infraestrutura de carregamento de veículos elétricos robusta e fiável, facilitando a adoção de veículos elétricos e contribuindo para um futuro mais verde para todos.

Como parte deste financiamento, o Santander atuou como único consultor financeiro e coordenador de financiamento verde, a McKinsey & Co. atuou como consultora comercial e técnica, Clifford Chance e PLMJ atuaram como consultores jurídicos da Powerdot. Gibson Dunn e Morais Leitão atuaram como consultores jurídicos dos credores, e a EY atuou como consultora financeira e fiscal e auditora de modelos.

Novo Hyundai SANTA FE reforça o caráter premium topo de gama na sua 5.ª geração

O novo Hyundai SANTA FE é o SUV premium da marca que surge na 5.a geração totalmente reformulado, mais robusto, bastante requintado e a interpretar as exigências da vida familiar com o desejo de aventura, disponibilizando 7 lugares de série, um espaço interior e uma abertura da bagageira maiores e líderes na sua classe.

O novíssimo Hyundai SUV SANTA FE estreia-se hoje em Portugal com o conceito “Open for More” que transmite a transformação radical do modelo centrada na sua nova porta traseira larga e num conjunto de características e vasto equipamento topo de gama.

A quinta geração do novo SANTA FE reforça o apelo citadino e aventureiro deste SUV com um espaço de habitabilidade semelhante a um terraço, líder na sua classe, possibilitado pela sua maior distância entre eixos e maior abertura da porta traseira. A distância entre eixos mais longa também permite que o novo modelo ofereça assentos melhorados na terceira fila.

Design exterior: A presença poderosa do SUV arrojado reflete uma tendência crescente de estilo de vida ao ar livre

Para a primeira mudança completa de modelo do SANTA FE desde 2018, a Hyundai adotou uma estratégia de design premium e invulgar, começando pela área da porta traseira alargada para melhor facilitar o usufruto do ar livre e, em seguida, passando para o design do exterior.

A frente do novíssimo SANTA FE revela o caráter de exclusividade de um modelo topo de gama, causando uma forte primeira impressão graças ao seu capot alto, aos faróis em forma de H e aos guarda- lamas bem definidos. Em conjunto, os faróis em forma de H e o design da saia dianteira inferior inspiram-se no emblema da Hyundai para produzir uma imagem arrojada e distinta.

A distância entre eixos mais longa confere ao novo SANTA FE uma sensação de grandeza ímpar e de grande exclusividade, sendo a sua escultura lateral limpa complementada por uma linha de tejadilho arrojada, um volume generoso à volta dos guarda-lamas, cavas das rodas robustas, uma saliência dianteira mais curta e jantes de 20 polegadas de design arrojado.

A traseira, caracterizada por uma porta traseira mais larga, reforça a sensação de solidez e qualidade, criando um aspeto mais simples e escultural. Os farolins traseiros em forma de H harmonizam-se com os farolins dianteiros em H para proporcionar ao novo SANTA FE uma presença distinta na estrada.

O novo modelo está disponível em 10 cores exteriores, incluindo Abyss Black Pearl, Creamy White Pearl, Creamy White Matte, Typhoon Silver Metallic, Magnetic Gray Metallic e as novas Ocado Green Pearl, Terracotta Orange, Cyber Sage Pearl, Earthy Brass Metallic Matte e Pebble Blue Pearl.

Design interior: Elementos de design horizontais e verticais transmitem um carácter sólido de SUV

O interior totalmente novo do SANTA FE contrasta com o exterior, realçando os elementos de design horizontais e verticais e combinando com o tom e a disposição do exterior. Um design em forma de H é

aplicado ao painel de instrumentos e às saídas de ar para aumentar a sensação de abertura e criar um equilíbrio de design único.

O SANTA FE conta com 7 lugares de série num interior que inclui características de conveniência úteis, como um tabuleiro de esterilização UV-C e um sistema duplo de carregamento sem fios para smartphones, para criar uma experiência de utilização sofisticada com um carácter prático semelhante ao de um SUV. O Ecrã Curvo Panorâmico do SANTA FE, o primeiro da sua classe, que engloba o painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e o sistema de infoentretenimento, melhora a visibilidade do condutor e cria uma sensação de luxo.

Com uma distância entre eixos mais longa, o novo SANTA FE oferece um espaço interior líder na sua classe. Os bancos totalmente rebatíveis da segunda e terceira fila criam um espaço semelhante a um terraço na traseira com a porta traseira mais larga aberta, permitindo aos utilizadores desfrutar do ar livre sem esforço. Esta caraterística de design apelativa reflete a utilização de grandes volumes de dados pela Hyundai para identificar o interesse dos clientes nas últimas tendências de estilo de vida ao ar livre, como o campismo em automóvel e as aventuras com equipamento intensivo.

Os materiais ecológicos são utilizados em todo o interior do SANTA FE para superfícies macias, como o forro do tejadilho, tapetes BCF e encostos dos bancos e revestimentos, como o tapete de proteção, o revestimento das portas e os bancos. Em particular, os bancos em couro sintético são fabricados com materiais que minimizam os riscos para a saúde humana e são certificados como Classe 1 na Europa – seguros para bebés até aos 3 anos de idade.

A utilização de materiais amigos do ambiente estende-se também ao exterior. A tinta preta brilhante aplicada nos acabamentos exteriores utiliza materiais de carbono reciclado.

O novíssimo SANTA FE está disponível, em cinco cores interiores, incluindo Obsidian Black, Supersonic Gray, Pecan Brown, Forest Green e Black Ink (esta presente na versão Calligraphy e em exclusivo com bancos em pele Nappa).

O perfil prático da carroçaria facilita as atividades urbanas e ao ar livre

O novo SANTA FE oferece uma capacidade de carga líder na sua classe e uma abertura da porta da bagageira espaçosa, o que é ótimo para estilos de vida urbanos e impressiona na utilização ao ar livre, oferecendo muito espaço para tudo, desde equipamento desportivo a equipamento de campismo. O

novo modelo maximiza a funcionalidade no exterior com a pega de assistência do tipo oculto, localizada no pilar C, para um melhor acesso ao tejadilho.

Para o novo SANTA FE, a Hyundai deu prioridade ao espaço de vida, aumentando o espaço para as pernas na segunda e terceira filas deste novo SUV de 7 lugares, enquanto apostou na oferta do melhor conforto da classe na terceira fila (reclinável) e melhorias no espaço para a cabeça em resposta ao feedback dos clientes.

O comprimento do espaço para as pernas na segunda fila do SANTA FE aumentou 20 mm, para 1055 mm. O comprimento do espaço para as pernas na terceira fila aumentou em 15 mm, para 761 mm.

O SUV oferece também o melhor espaço para a terceira fila da sua classe. A altura do espaço para a terceira fila aumentou 69 mm, para 958 mm. A altura dos bancos da terceira fila aumentou 30 mm, para 282 mm. A reclinação dos bancos da terceira fila é de 10 graus, um aumento em relação à geração anterior.

As características premium aumentam o conforto e a comodidade na cidade ou no exterior

Para melhorar a experiência do utilizador, o novíssimo SANTA FE está repleto de características de conforto e conveniência de primeira qualidade, muitas das quais são as primeiras do mundo, as primeiras da classe ou as líderes da classe.

Os bancos de relaxamento com apoio para as pernas da primeira fila permitem aos ocupantes relaxar numa posição confortável que ajuda a simular uma experiência de ausência de peso para os seus ocupantes. O ecrã de controlo da climatização de 6,6 polegadas e de toque total torna os ajustes de aquecimento e refrigeração ainda mais intuitivos.

O novo SANTA FE oferece o primeiro espaço de arrumação Bilateral Multi-Console do mundo que pode ser aberto pelos passageiros da frente e de trás.

Entre as outras características de conveniência do novo SANTA FE está a porta da bagageira elétrica, o sistema de Som Premium Bose, bancos dianteiros com ventilação/aquecimento e traseiros com aquecimento, sistema de carregamento sem fios duplo de alta velocidade para smartphones. Está também incluído um terminal USB tipo C (máx. 27 W). Além disso, um inédito tabuleiro de esterilização UV-C (exclusivo da versão Calligraphy) é aplicado na parte superior do porta-luvas do passageiro do SANTA FE, proporcionando uma esterilização fácil de objetos frequentemente utilizados, como

telemóveis, carteiras, etc.

As atualizações over-the-air (OTA) mantêm sempre os sistemas do veículo com o software mais recente, atualizando sem fios os controladores principais do veículo sem necessidade de uma visita ao centro de assistência Hyundai.

O Alerta de Ocupantes Traseiros (ROA), baseado em radar, ajuda a lembrar o condutor dos ocupantes traseiros como precaução de segurança depois de a ignição ser desligada.

A assistência proactiva ao condutor e as características de segurança proporcionam a confiança necessária para conduzir com confiança

O novíssimo SANTA FE está bem equipado com uma série de características de assistência à condução e de segurança que reduzem o envolvimento do utilizador e proporcionam uma experiência de condução confortável e confiante, quer seja apenas uma deslocação para o trabalho ou uma aventura de fim de semana.

A Travagem Autónoma de Emergência pode fornecer um aviso e uma travagem de emergência se o veículo que o precede abrandar subitamente ou se for detetado um risco de colisão dianteira.

O Assistente de Acompanhamento da Faixa de Rodagem (LFA) utiliza uma câmara montada no para- brisas para ajudar a reconhecer a deriva do veículo e ajuda a fornecer ligeiras indicações de direção para que o veículo regresse ao centro da sua faixa de rodagem.

O novo sistema de Aviso de Atenção ao Condutor (DAW) analisa a atenção do condutor e pode fornecer avisos quando necessário. O Sistema de Monitorização do Condutor (DMS), analisa os sinais vitais do condutor para ajudar a garantir uma condução segura.

O Cruise Control Inteligente baseado na navegação, ajuda a manter uma velocidade segura ao fazer curvas na secção principal de uma autoestrada. O Assistente de Condução Autónoma em Autoestrada (HDA 2.0) ajuda a manter uma velocidade e uma distância definidas em relação ao veículo da frente. Também auxilia nas mudanças de faixa durante a condução na secção principal de uma autoestrada e ajuda a centrar o veículo na faixa de rodagem durante a condução.

Entre as outras características de assistência ao condutor e de segurança do SANTA FE encontram-se o Assistente Inteligente de Limite de Velocidade, Monitor de Ângulo Morto, Sistema de Prevenção de

Colisão de Cruzamento na Traseira do Veículo (RCCA), Sensores de Estacionamento Dianteiros/Laterais/Traseiros (PDW), Câmara 360o, Sistema Inteligente de Estacionamento Controlado à Distância (RSPA), Travagem Autónoma de Emergência 2.0 e Assistente à Saída da Viatura em Segurança.

Potência com baixo consumo de combustível para deslocações urbanas e aventuras ao ar livre

O novíssimo SANTA FE está disponível com duas opções de motorização, ambas com caixa automática de 6 velocidades:

  • 1.6 TGDi (híbrido com turbocompressor), com potência máxima de 215 cavalos (158 kW) e binário máximo de 367 NM;
  • Híbrido Plug-in (PHEV) de 1,6 L turbo com potência máxima de 253 cavalos (186 kW) e binário máximo de 367 Nm.O Hyundai SANTA FE PHEV tem uma bateria de 13,8 kW de capacidade, permite uma autonomia de até 65 km (ciclo WLTP), realizando um consumo de 19,2 kWh e com o carregador de 3,6 KW carrega dos 0 aos 100 por cento em 3h50.SANTA FE revela conceito “Open for More” desenvolvido pela Hyundai após estudo de necessidades e estilos de vidaQuando a Hyundai Motor se propôs desenvolver o novo modelo, realizou um inquérito aos jovens adultos sobre as suas necessidades em termos de veículos e estilos de vida e descobriu um elevado interesse em atividades ao ar livre. Os Millennials, em particular, passam mais tempo ao ar livre e gastam mais dinheiro em produtos para atividades ao ar livre do que a média dos consumidores de estilos de vida ao ar livre.De acordo com a Outdoor Industry Association , a participação em atividades ao ar livre aumentou para um recorde de 168,1 milhões de pessoas, ou seja, 55% da população dos EUA em 2022. Entretanto, a Europa está a registar um crescimento semelhante, prevendo-se que o número de participantes em atividades ao ar livre atinja os 223 milhões de utilizadores em 2027. Na Coreia do Sul, o interesse por estilos de vida ao ar livre é exemplificado pela popularidade do “Chabak” (campismo de carro), com os registos de caravanas a quadruplicarem entre 2015 e 2020.

Estes conhecimentos serviram de base ao conceito “Open for More” do novo SANTA FE para ligar o interior ao exterior, expandindo as experiências quotidianas dos consumidores.

O novíssimo SANTA FE acomoda as atividades ao ar livre, oferecendo um espaço de vida na traseira semelhante a um terraço, líder na sua classe, possibilitado pela sua distância entre eixos alargada e pela abertura alargada da porta traseira. Esta distância entre eixos mais longa também facilita o aumento do número de lugares na terceira fila, assegurando uma viagem confortável.

O novo Hyundai SANTA FE com 7 lugares está disponível nas versões HEV Vanguard e HEV Calligraphy Pack, irá manter o posicionamento de preço bastante competitivo e estará disponível nos concessionários durante o mês de agosto, altura em que serão divulgados os preços para o mercado nacional.

Baterias para veículos elétricos – Uma luta global pela soberania regional

É evidente que a eletrificação é a solução a longo prazo para a mobilidade – mesmo que a trajetória de crescimento não seja linear, como se observa atualmente. Os veículos eléctricos desempenham um papel importante na luta contra o aquecimento global e proporcionam benefícios significativos aos consumidores. Por conseguinte, a cadeia de abastecimento de baterias para veículos eléctricos deve ser desenvolvida em grande escala de forma a salvaguardar a soberania económica de cada região.

O domínio da China na cadeia de abastecimento de baterias está bem documentado. As empresas chinesas detêm o controlo de muitas minas importantes em todo o mundo e dominam o processamento destes minerais na China. São também os líderes incontestáveis na produção de baterias para veículos eléctricos, com mais de 80% dos volumes globais em 2023.

Esta potência económica também provou que a sua indústria pode produzir veículos eléctricos com uma enorme vantagem em termos de custos em relação aos seus homólogos americanos e europeus. Tal como analisado no meu recente artigo China’s Global EV Ambitions – The West Must Act, a China começou a tirar partido do seu grande excesso de capacidade de produção de veículos eléctricos para conquistar quotas de mercado significativas no estrangeiro, concentrando-se na Europa. A mesma estratégia pode e será aplicada às baterias para veículos eléctricos, exigindo uma reação enérgica da Europa e dos EUA.

O excesso de capacidade da China está a conduzir a uma guerra de preços
A capacidade instalada de baterias de iões de lítio na China ascendia a 905 GWh no final de 2023. Este valor é suficiente para equipar aproximadamente 14 milhões de veículos eléctricos a bateria, ou seja, 40% mais do que o volume vendido no mundo em 2023. Em comparação, a Europa e os EUA ficam muito atrás, com cerca de 50 GWh cada.

Isto deixa a indústria global com um excesso de capacidade significativo combinado com um perigoso desfasamento regional. Além disso, é muito provável que o problema se agrave com a capacidade de produção de células planeada, que deverá atingir, até ao final de 2025, mais de cinco vezes a procura global de 1,5 TWh para esse ano, de acordo com a BNEF.

A China parece disposta a repetir a tática utilizada com os painéis solares há mais de uma década. A sobrecapacidade das baterias para veículos eléctricos na China já desencadeou uma guerra de preços a nível interno. Os relatórios indicam que os produtores chineses estão a fixar o preço das suas células LFP a uns espantosos 47 dólares por kWh. Esta situação conduzirá a uma consolidação interna, bem como a uma forte pressão sobre os preços nos mercados mundiais. Naturalmente, esta situação pode ser um fator dissuasor dos investimentos em novas capacidades na Europa ou nos EUA.

A Europa e os EUA correm para se tornarem independentes do domínio da China
As crescentes tensões comerciais entre os EUA e a Europa, por um lado, e a China, por outro, aceleram a adoção de medidas destinadas a facilitar a instalação de novas capacidades de produção de baterias no Ocidente. Estas medidas incluem tanto paus como cenouras.

Nas últimas semanas, os EUA e a Europa anunciaram aumentos significativos das tarifas aplicadas aos produtos chineses. Nos EUA, a taxa de direitos aduaneiros aumentará este ano de 7,5% para 25% no caso das baterias de iões de lítio para veículos eléctricos e de 27,5% para 102,5% no caso dos veículos eléctricos. Do mesmo modo, a UE anunciou um aumento da sua taxa de direitos aduaneiros de 10% para 48% para os veículos eléctricos, embora até agora não tenha havido alterações para as baterias.

Estas tarifas juntam-se a um conjunto de incentivos destinados a impulsionar a produção local de baterias. Ao abrigo do IRA dos EUA (secção 45X), as células de VE produzidas localmente beneficiam de um subsídio de 35 dólares por kWh. Além disso, os incentivos federais à venda a retalho de novos veículos eléctricos dependem da origem das células das baterias e dos respectivos componentes, com um máximo de 7 500 dólares por veículo.

Tanto os EUA como a Europa criaram fundos maciços com dezenas de milhares de milhões de dólares para promover o desenvolvimento de cadeias de abastecimento de baterias independentes e regionais, desde a extração de minerais até ao fabrico de células.

As duas regiões estão agora mesmo a competir por projectos de gigafábricas. A melhor prova disso foi o movimento de ida e volta da Northvolt, sediada na Suécia, que opôs a Alemanha aos EUA para maximizar os subsídios, acabando por obter 900 milhões de euros da Alemanha.

Uma luta pelo domínio regional
A CATL e a BYD FinDreams da China são atualmente a primeira e a segunda empresas a nível mundial, com 37% e 16% de quota de mercado, respetivamente, em 2023. Estão a planear investimentos maciços no estrangeiro para manter a sua liderança global. Por exemplo, a CATL criou ou anunciou unidades de produção de células na Alemanha, Tailândia, Hungria, Indonésia e Espanha (com a Stellantis), bem como acordos de licenciamento nos EUA. A empresa acaba de remodelar a sua equipa de gestão para acelerar a sua implantação global.

Do mesmo modo, o produtor chinês Gotion (8º maior operador mundial) está a planear construir novas capacidades nos EUA e em Marrocos. A empresa tem como objetivo uma capacidade instalada total de 300 GWh até 2025, um terço da qual será instalada fora da China.

No entanto, esta implantação será objeto de uma luta com os produtores locais. Na Europa, por exemplo, os operadores chineses enfrentam a Northvolt, sediada na Suécia, e a Verkor, sediada em França, que angariaram, respetivamente, 14 mil milhões de euros e cerca de 4 mil milhões de euros como empresas independentes. A ACC, a empresa comum entre a Stellantis, a Mercedes e a TotalEnergies, também deve ser mencionada.

Os fabricantes coreanos e japoneses de baterias representam outro conjunto de concorrentes. A LG Energy Solutions, a Panasonic, a SK On e a Samsung SDI ocupavam as posições #3, 4, 5 e 7 a nível mundial em 2023, com 14%, 6%, 5% e 5% de quota de mercado global, respetivamente. Estas empresas estão a desenvolver capacidades em todo o mundo, muitas vezes em parceria com os seus OEM, como a Panasonic com a Tesla e a GM, a SK On com a Ford ou a Samsung SDI com a Stellantis. No entanto, os fabricantes coreanos estão atrasados no segmento das LFP.

A tecnologia das pilhas desempenha um papel fundamental na concorrência global
A estratégia da China não consiste apenas em dominar a produção global, mas também em liderar as novas tecnologias de células para manter o seu domínio.

Os OEM europeus e norte-americanos continuam a utilizar esmagadoramente células de níquel-manganês-cobalto nos seus veículos eléctricos. As células de níquel-manganês-cobalto oferecem um desempenho superior (por exemplo, densidade energética), mas são mais caras do que as células de fosfato de lítio e ferro (LFP). Estas últimas representavam mais de 60% da capacidade instalada na China contra menos de 10% na Europa e nos EUA em 2023, de acordo com a AIE.

As empresas chinesas foram as primeiras a produzir células LFP em grande escala. Atualmente, a CATL e a BYD detêm um quase monopólio, enquanto quase todos os OEM pretendem utilizar esta química. Note-se que a tecnologia foi inicialmente desenvolvida no Ocidente, onde se considerou que o seu desempenho era insuficiente. Atualmente, a Europa e os EUA estão a apressar-se a utilizar a LFP para reduzir o custo dos seus veículos eléctricos.

Outros produtos químicos de nova geração parecem apresentar um balanço mais equilibrado entre as regiões. É o caso, por exemplo, das células de iões de sódio, que oferecem uma densidade energética inferior, mas custam ainda menos do que as células LFP. No Salão Automóvel de Xangai de 2023, a BYD apresentou uma opção de pack de 30 kWh utilizando as suas próprias células de iões de sódio instaladas num Seagull, um pequeno automóvel a partir de cerca de 10 mil dólares – o pack ainda não foi lançado. No que respeita a esta tecnologia, as empresas ocidentais não parecem estar tão atrasadas como no caso das LFP.

Para que os OEM ocidentais possam recuperar o atraso / manter-se a par da tecnologia, estão a investir e a estabelecer parcerias com empresas em fase de arranque. É o caso, por exemplo, da Stellantis com a Tiamat (iões de sódio), a LytEn (enxofre de lítio) e a Fatorial (estado sólido).

A deslocalização da produção de células e o desenvolvimento de cadeias de abastecimento independentes representam imperativos estratégicos para a Europa e os EUA, uma vez que a mobilidade será eléctrica e as tensões comerciais não mostram sinais de abrandamento.

No entanto, a rápida mudança de tecnologia de NMC para LFP – e eventualmente para iões de sódio e estado sólido – juntamente com a rápida descida dos preços das células chinesas e alguma instabilidade no crescimento da procura de VE levaram ao recente atraso de vários projectos de baterias na Europa e nos EUA. Todas as partes interessadas devem continuar a planear a longo prazo, reforçando simultaneamente a sua capacidade de ajustar os planos a curto e médio prazo. É mais fácil falar do que fazer com projectos de vários milhares de milhões de dólares!

O último teste do Audi RS Q e-tron

O último grande teste antes do Rali Dakar 2024: a equipa Audi Sport submeteu o Audi RS Q e-tron ao seu último teste no sul de França. As três equipas de pilotos da Audi, Mattias Ekström/Emil Bergkvist, Stéphane Peterhansel/Edouard Boulanger e Carlos Sainz/Lucas Cruz, realizaram a afinação final. Antes da terceira participação da Audi no Rali Dakar, a prioridade dos engenheiros era aumentar ainda mais a resistência de todos os componentes.

As três equipas de pilotos percorreram uma distância total de mais de 900 quilómetros durante os cinco dias de testes realizados no Château de Lastours. “Cumprimos, assim, as nossas tarefas de desenvolvimento e estamos agora a concentrar-nos no restante trabalho logístico antes de janeiro”, diz Rolf Michl, Diretor da Audi Motorsport. “Preparámo-nos tão bem quanto possível, mas o Rali Dakar continua a ser a tarefa mais ambiciosa e de longe a mais difícil do calendário. E nós abordamo-lo com grande respeito. Um grande obrigado também a toda a equipa, bem como aos nossos pilotos e co-pilotos pelo trabalho até agora realizado para este desafio tão exigente.”

Sob a liderança do Diretor Técnico Dr. Leonardo Pascali, os engenheiros focaram-se na confirmação dos padrões de qualidade. O inovador Audi RS Q e-tron demarca-se pelo seu sistema de tração elétrico com uma bateria de alta tensão. O sistema de bateria e outros componentes deste conceito altamente eficiente e de baixas emissões submeteram-se a exigentes testes finais de resistência entre Narbonne e Perpignan, na costa mediterrânica francesa. “Logisticamente, este local era ideal para nos deslocarmos e permitia tempos de reação curtos se precisássemos de algo da Alemanha”, resumiu Pascali. “Analisámos todas as montagens e sistemas, tanto as peças herdadas do modelo anterior como as desenvolvidas de novo. Tratava-se de cumprir os padrões de qualidade especificados para todas as áreas.” Ao mesmo tempo, os pilotos puderam confirmar mais uma vez a configuração do RS Q e-tron para o Rali Dakar que tinham já desenvolvido e apurado em diferentes condições de teste ao longo da época.

“Conseguimos trabalhar em todos os pontos necessários da nossa lista de verificação”, afirma Sven Quandt, Diretor de Equipa da Q Motorsport. “Os nossos pilotos e engenheiros puseram os carros à prova para o Rali Dakar. O Carlos, o Mattias e o Stéphane estão satisfeitos. Eles até testaram algumas das peças sobressalentes nos seus carros. Vamos para o Rali Dakar com entusiasmo, mas também com paz de espírito. Todos mostraram que são verdadeiros membros da equipa. Abordam as suas tarefas de forma objetiva e consistente. Isto aumenta a nossa confiança para o Rali Dakar”.

Do DS E-TENSE FE23 ao novo DS 7 E-TENSE 4X4 360

Desde a abertura do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E aos construtores, a DS Automobiles é a única marca que venceu pelo menos uma corrida em cada temporada. Na América, Ásia, Europa e África – com três gerações de monolugares – a DS Performance conquistou quatro títulos de campeões, 47 pódios e 16 vitórias, num total de 98 corridas.

Os conhecimentos e a experiência adquiridos ao competir com alguns dos mais famosos construtores do mundo, num campeonato particularmente disputado, constituem uma enorme motivação para a DS Automobiles. A competição constitui um verdadeiro laboratório ao ar livre para a DS Performance, contribuindo para a inovação.

A DS Performance produziu uma série de estruturas físicas dos DS E-TENSE FE23 conduzidos por Jean-Éric Vergne e por Stoffel Vandoorne – tais como a unidade motriz traseira, incluindo o sistema de recuperação de energia e a transmissão, o sistema de arrefecimento, o sistema elétrico e a suspensão traseira – bem como o software e os algoritmos que optimizam a gestão da energia. Tudo o que a DS Performance aprende na Fórmula E representa um conhecimento útil para as equipas que fabricam os modelos de estrada E-TENSE da DS Automobiles.

O novo DS 7 E-TENSE 4×4 360 utiliza um sistema de recuperação de energia herdado da Fórmula E. É ainda mais eficaz do que o sistema dos modelos anteriores e otimiza a gestão através da análise da pressão exercida sobre o pedal do travão, oferecendo uma qualidade de travagem sem precedentes.

Pioneiros da transição energética, homens e mulheres da DS Automobiles acompanharam o desenvolvimento da eletrificação graças às evoluções regulares de software e hardware. Com os quatro títulos já conquistados na Fórmula E, a DS Automobiles aponta já a um futuro sem emissões de CO2 nas estradas. A partir de 2024, todos os automóveis novos da DS Automobiles serão 100% elétricos.

Béatrice Foucher, CEO da DS Automobiles:

“A partir da altura em que o campeonato de Fórmula E foi aberto aos construtores, tomámos a decisão de entrar nesta inovadora competição com o objetivo de acelerar o desenvolvimento da nossa gama eletrificada e incrementar a reputação da DS Automobiles. A experiência que acumulámos desde 2015, sublinhada pelos nossos quatro títulos e pelas numerosas vitórias obtidas em todos os continentes visitados pelo campeonato, beneficia diretamente os nossos clientes graças à implementação continua de transferência de tecnologias. Porque são os nossos clientes os verdadeiros vencedores dos nossos sucessos no campeonato 100% elétrico mais importante do mundo”.

Eugenio Franzetti, Diretor da DS Performance:

“O desporto motorizado sempre foi uma extraordinária ferramenta de investigação e de desenvolvimento. Isto é ainda mais verdadeiro no presente, uma vez que nos encontramos no centro de uma revolução elétrica na indústria automóvel. A Fórmula E representa um laboratório muito útil para acelerar e aperfeiçoar a eletrificação. Graças ao desporto motorizado, a DS Performance desenvolveu um ultra potente software de recuperação de energia, bem como componentes físicos, como o motor e o inversor, que se tornaram mais pequenos e mais eficientes com o passar do tempo. Toda esta experiência já foi incorporada na nossa atual gama eletrificada e estará presente nos próximos modelos 100% elétricos da marca”.

Palmarés da DS Automobiles desde a sua entrada na Fórmula E:

  • 98 corridas
  • 4 títulos de Campeões
  • 16 vitórias
  • 47 pódios
  • 22 pole-positions

Condutores de elétricos com wallboxes são os mais satisfeitos

A empresa norte-americana de estudos de mercado J.D. Power realizou um inquérito, junto de condutores de carros elétricos, para avaliar a sua satisfação com as diferentes soluções de carregamento.

O estudo, denominado ‘U.S. Electric Vehicle Experience’, confirmou que a maioria dos condutores dependem principalmente do carregamento doméstico – 88% dos inquiridos disse que carregavam os seus carros em casa “frequentemente” ou “sempre”.

O estudo analisou três tipos de carregamento doméstico: nível 1 portátil, nível 2 portátil e nível 2 através de soluções de carregamento permanentes (wallboxes). A pontuação foi ponderada com base em oito fatores: preço, comprimento do cabo, dimensões da estação de carregamento, facilidade de enrolar e armazenar o cabo, custo de carregamento, velocidade de carregamento, facilidade de utilização e fiabilidade.

Os proprietários que instalaram uma estação permanente de nível 2 foram aqueles que revelaram o maior nível de satisfação, com uma pontuação de 749 pontos, em 1.000 possíveis.

A satisfação geral entre os proprietários de carregadores portáteis de nível 2 está bastante próxima da dos utilizadores dos carregadores permanentes de nível 2, com 741 pontos. Já o carregamento de nível 1 atingiu uma pontuação de apenas 574 pontos. De acordo com a J.D. Power, este resultado menos positivo deve-se, em parte, à velocidade de carregamento: apesar de saberem que o carregamento seria mais lento do que com carregadores de nível 2, os utilizadores de nível 1 mostraram-se muito insatisfeitos com a velocidade.

O estudo afirma ainda que o carregamento portáteis de nível 2 é a melhor solução apenas para os utilizadores de veículos elétricos que sejam, simultaneamente, arrendatários de curto prazo com acesso a uma tomada de 240 V.

Por outro lado, os proprietários de estações de carregamento permanentes reportaram um elevado volume de problemas – 29% afirmou que suas boxes de carregamento deixaram de funcionar ou necessitaram de reparações; 22% aludiu a problemas da rede wi-fi.

Entre os construtores, os carregadores permanentes de nível 2 da Tesla obtiveram a melhor classificação, com uma pontuação de 798 pontos. A média do segmento foi de 749 pontos.

O inquérito revelou ainda que o nível de satisfação está intimamente relacionado com os preços da energia elétrica praticados, um aspeto que escapa totalmente ao controlo dos fabricantes automóveis e de infraestruturas de carregamento. Por exemplo, os condutores de elétricos que vivem no nordeste dos EUA – os estados da Nova Inglaterra e o estado de Nova Iorque são, a par da Califórnia e Alasca, aqueles em que o preço da eletricidade é mais elevado – estão entre os menos satisfeitos dos inquiridos.

Contudo, o estudo alerta também para a subutilização de iniciativas que permitiriam aos condutores diminuirem os custos de utilização. Planos de tarifas energéticas específicas para veículos elétricos, disponibilizadas por alguns operadores, têm baixos níveis de adesão. Muitos utilizadores revelaram também desconhecer os incentivos oferecidos por alguns estados e municípios para apoiar a aquisição de postos de carregamento doméstico.