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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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Stellantis reforça-se no domínio da condução autónoma

A Stellantis N.V. anunciou hoje a assinatura de um contrato para aquisição da aiMotive, start-up ligada ao desenvolvimento de inteligência artificial avançada e de software de condução autónoma.

De acordo com o comunicado, esta aquisição permitirá à Stellantis aumentar o seu potencial tecnológico nos domínios da inteligência artificial e da condução autónoma e impulsiona o desenvolvimento, a médio prazo, da plataforma de software STLA AutoDrive.

A aiMotive está sedeada em Budapeste, na Hungria, com escritórios na Alemanha, Estados Unidos e Japão. Contam com mais de 200 funcionários qualificados, incluindo engenheiros com especialização em inteligência artificial avançada e em condução autónoma.

O portefólio de produtos tecnológicos da aiMotive concentra-se em quatro áreas principais, no âmbito da inteligência artificial e da condução autónoma: software incorporado para condução autónoma (aiDrive), software de simulação para desenvolvimento da condução autónoma (aiSim), operações de inteligência artificial e ferramentas de dados (aiData) e experiência e propriedade intelectual para microchips de silício (aiWare).

A empresa irá operar como subsidiária da Stellantis, mantendo a independência operacional e a “cultura de start-up“, com “mentalidade de rápida inovação”, mas supervisionada por um Conselho de Administração estabelecido para o efeito. O fundador László Kishonti mantém-se como CEO e a empresa continuará a fornecer produtos a outros clientes exteriores ao grupo, apesar da equipa da aiMotive se tornar parte integrante das equipas de condução autónoma e inteligência artificial da Stellantis.

“A aquisição da tecnologia de inteligência artificial e de condução autónoma, de classe mundial, da aiMotive representa um contributo importante para a nossa transformação numa empresa de tecnologia de mobilidade sustentável”, disse Yves Bonnefont, Chief Software Officer da Stellantis. “A experiência avançada e o espírito de start-up da aiMotive irão permitir-nos alcançar ainda mais rapidamente as metas definidas no plano ‘Dare Forward 2030’”.

As equipas de software da Stellantis estão a desenvolver três plataformas de software – STLA Brain, STLA SmartCockpit e STLA AutoDrive –, que serão integradas em grande escala nas quatro novas plataformas de veículos elétricos a bateria STLA, a partir de 2024: três plataformas monobloco – STLA Small autonomia até 500 km), STLA Medium (700 km) e STLA Large (800 km) – e um conjunto de carroçaria sobre chassis – STLA Frame (800 km).

Conforme anunciado durante o ‘Software Day’ do grupo, em dezembro de 2021, a Stellantis espera que esta estratégia de software gere cerca de 20.000 milhões de volume de negócios anual adicional até ao final da década, como parte dos objetivos do plano estratégico ‘Dare Forward 2030’, que por sua vez é apoiado por um investimento superior a 30.000 milhões de euros em eletrificação e software.

A conclusão da aquisição está sujeita às condições de encerramento habituais, incluindo a satisfação dos requisitos das leis da concorrência.

BMW garante fornecimento de aço com emissões de CO2 reduzidas

O BMW Group anunciou que estabeleceu novos acordos para o fornecimento de aço produzido com emissões de CO2 reduzidas, para as suas unidades de produção na China e na América do Norte. Estes acordos surgem após acordos semelhantes com fornecedores europeus.

“O aço é uma das principais fontes de emissões de CO2 na nossa cadeia de fornecimento. É por isso que estamos a reorganizar, de forma abrangente, o nosso portefólio de aço – para que possamos fornecer à nossa rede de produção global mais de um terço do aço com redução de CO2 a partir de 2026. Isto reduzirá a pegada de carbono da nossa cadeia de fornecimento em 900.000 toneladas por ano, impulsionando ao mesmo tempo a transformação da indústria do aço”, disse Joachim Post, membro do Conselho de Administração da BMW AG responsável pela Rede de Compras e Fornecedores.

Em comunicado, o BMW Group afirmou que, a médio prazo, aumentará a economia de CO2 por meio de acordos adicionais com fornecedores de aço e impulsionará assim, de forma consistente, a descarbonização da sua rede de fornecedores. Cerca de 20% das emissões de CO2 da cadeia de fornecimento para um veículo totalmente elétrico de tamanho médio estão relacionadas com o aço – surge em terceiro lugar, depois das células de bateria e do alumínio. A BMW explica que, no entanto, a versatilidade do aço torna-o num dos principais materiais na produção de automóveis e, por esta razão, continuará a ser um elemento central em futuros conceitos e gerações de veículos.

Na região das Américas, o BMW Group firmou acordos com as siderúrgicas Steel Dynamics (SDI) e a Big River Steel, uma unidade siderúrgica dos EUA que utiliza fontes de energia renováveis ​​nas produção local de aço.

Nos EUA e no México, cerca de metade das necessidades de aço do grupo são supridas pelo processo de fabricação de aço em forno elétrico a arco (FEA), que depende de energia elétrica para derreter ferro e sucata de aço. Este processo de fabricação tem um potencial significativo de economia de CO2, em comparação com a produção de aço à base de carvão em altos-fornos. O aço com emissões reduzidas de CO2 é então utilizado nas fábricas do BMW Group em Spartanburg (EUA) e San Luis Potosí (México) para criar as carroçarias para veículos BMW. Devido às suas propriedades, o aço proveniente de fornos elétricos a arco é particularmente adequado para componentes estruturais, como a parte inferior da carroçaria.

Na China, o BMW Group assinou um acordo com o fabricante de aço HBIS Group, em agosto último, que fornecerá aço com emissões reduzidas de CO2 às fábricas do BMW Group em Shenyang a partir de 2023. O Grupo HBIS está a realizar a transição gradual para um método baseado em hidrogénio, em combinação com produção de aço em forno elétrico a arco, para permitir maiores economias de CO2 a partir de 2026. O BMW Group será o primeiro fabricante automóvel na China a usar aço com emissões de CO2 reduzidas do Grupo HBIS na produção em série.

Na Europa, o BMW Group havia assinado um acordo com a Salzgitter AG para a entrega de aço com baixo teor de CO2. O plano é usar o aço na produção em série de carros nas fábricas europeias do BMW Group a partir de 2026. O BMW Group estabeleceu ainda um acordo com a startup sueca H2 Green Steel em outubro de 2021, que prevê que esta forneça aço produzido exclusivamente com hidrogénio e eletricidade renovável às fábricas europeias do BMW Group, ​​a partir de 2025.

A BMW pretende que o aço com emissões reduzidas de CO2 represente 40% da procura das suas fábricas europeias até 2030, reduzindo assim as emissões de CO2 em cerca de 400.000 toneladas por ano.

O BMW Group também estabeleceu circuitos fechados para resíduos de chapas de aço com vários fornecedores. Quando entregam bobinas de aço às fábricas da BMW, os fabricantes levam consigo os restos de aço – por exemplo, aquele que resulta da perforação das portas, nas prensas – e utilizam esse material para produzir aço novo. Este é então enviado de volta para as fábricas do BMW Group, com as matérias-primas a serem potencialmente usadas várias vezes, em regime de economia circular.

Além de adquirir aço obtido com emissões reduzidas de CO2, o BMW Group também investiu – através do seu fundo de capital de risco, BMW i Venturesnum – num novo método para produção de aço sem CO2, desenvolvido pela startup americana Boston Metal. A empresa utiliza eletricidade e, por meio de uma célula de eletrólise, produz ferro fundido que posteriormente é transformado em aço. Se a eletricidade de energias renováveis ​​for usada para este processo, a produção de aço é praticamente isenta de CO2. Nos próximos anos, a Boston Metal planeia expandir o novo método de produção de aço numa escala industrial.

Apoiar a Seleção Nacional a pensar na transição energética

A Galp, patrocinadora principal da Seleção Nacional de Futebol, anunciou que vai compensar as emissões de CO2 da comitiva portuguesa na deslocação ao Mundial.

Para alavancar a sustentabilidade e a transição energética ao longo da sua cadeia de valor, a Galp irá compensar as emissões associadas à deslocação da Seleção Nacional para a competição, incluindo as viagens de avião e as deslocações entre o centro de estágio e os vários estádios onde decorrerão os jogos.

 A compensação destas emissões será realizada através do apoio a dois projetos que promovem a captura e redução de emissões de carbono em regiões em que a Galp exerce a sua atividade, nomeadamente em Portugal e em Moçambique.

Em Portugal, a Galp vai reforçar o apoio ao projeto de reflorestação associado aos Passadiços do Paiva, que alia o sequestro de carbono a uma gestão florestal efetiva, que garante o restauro, conservação e valorização dos recursos naturais.

Em Moçambique, a Galp irá apoiar o fornecimento de água potável nas províncias de Manica, Sofala e Tete. Ao fornecer água potável, o projeto permite que as famílias consumam menos lenha durante o processo de purificação da água, reduzindo assim as emissões de carbono.

A campanha, que conta com um plano de meios que inclui televisão, rádio, imprensa e conteúdos patrocinados, pretende sensibilizar os portugueses, particulares ou empresas para a importância de desempenharem um papel ativo no processo de transição energética, seja através da redução das nossas emissões, associadas aos produtos e serviços consumidos no quotidiano, incluindo os que se referem ao futebol, mas também da procura por créditos de carbono que permitam compensar uma parte dessas emissões.

A compensação de emissões é um compromisso já assumido pela Galp em outros projetos nos quais a energética está envolvida, nomeadamente o Rock in Rio, sendo, de acordo com a empresa, parte integrante do processo de transformação que a levará a ser neutra em emissões de carbono até 2050.

Allianz desenvolve soluções específicas para veículos elétricos

A Allianz Partners desenvolveu soluções de assistência específicas para veículos elétricos, que facilitam a instalação e proteção dos sistemas de carregamento, bem como soluções para mobilidade regular ou ocasional.

A primeira destas soluções é a assistência na estrada para veículos elétricos, que responde, entre outras, a duas das necessidades: ‘carregamento in-situ‘ (desde que existam recursos na zona em que o veículo se encontra parado) e reboque até ao ponto de carregamento mais próximo sem passar pela oficina, proporcionando assim “uma solução responsável para evitar viagens desnecessárias e emissões de CO2”.

Relativamente ao carregamento em casa, que segundo a Allianz é um dos aspetos que mais preocupa os consumidores quando consideram a possibilidade de adquirir um veículo elétrico, a seguradora disponibiliza Assistência Jurídica e Administrativa, com atendimento telefónico, sobre os procedimentos a realizar para instalar um ponto de carregamento doméstico.

Desenvolveu ainda uma solução para proteger os carregadores contra a tentativa de furto e vandalismo, indemnizando o proprietário pelos danos, até um limite de 1.000 euros, acumulados anualmente.

Finalmente, tendo em conta a autonomia média do atuais veículos elétricos, a Allianz Partners criou também uma ‘Solução Férias’, que permite ao segurado solicitar um veículo a combustão para as viagem de longo curso, superiores a 450 km.

A Allianz Partners justifica a aposta em soluções específicas para veículos elétricos pelo receio que muitos consumidores têm de não contarem com as infraestruturas de carregamento necessárias ou as ferramentas que proporcionam segurança face a qualquer imprevisto com impacto num veículo elétrico, aliadas à dúvidas sobre autonomia das baterias. Estes fatores, segundo a seguradora, tornam difícil, para indivíduos e empresas, a tomada a decisão de trocarem os seus veículos por um elétrico, apesar de reconhecer que a tendência para a adoção de veículos elétricos está em crescimento, à medida que a sociedade toma consciência do impacto gerado pelas emissões de CO2 dos veículos.

Mário Solano, Head of Automotive Business da Allianz Partners Portugal, afirma que “face ao número de viaturas elétricas vendidas em Portugal, quer pela necessidade de atingir as metas para a neutralidade carbónica, quer pelas medidas de incentivos estatais à sua aquisição ou pelo esforço das empresas e dos particulares nesta transição, tornou-se importante disponibilizar meios de assistência adaptados a esta realidade. A forma como nos deslocamos está claramente a mudar e, por isso, há que incluir nos nossos produtos de assistência novas formas de mobilidade que permitam uma tranquilidade e segurança aos condutores, que têm hoje uma preocupação com as infraestruturas existentes, bem como com a questão da autonomia e da longevidade das baterias. Esta alteração é inevitável e estamos certos de que continuaremos a trabalhar para disponibilizar novas soluções de mobilidade para minorar estes constrangimentos e a apoiar os nossos clientes nesta transição”.

SEAT Mó 125 chega às cem matrículas

Menos de seis meses após o seu lançamento no mercado nacional, a scooter 100% elétrica SEAT Mó 125 atingiu a primeira centena de matrículas. Desde a sua chegada a Portugal, esteve sempre no pódio de vendas nacional do segmento de motociclos elétricos.

Com um motor elétrico de 7 kW (potência máxima de 9 kW), equivalente a uma scooter de 125 cc, a SEAT Mó 125 apresenta-se com uma bateria de iões de lítio de 5,6 kWh, que permite uma autonomia máxima de 133 km. Além da economia – o carregamento completo tem um custo inferior a 1 euro –, a bateria tem a particularidade de ser retirada e transportada de forma simples, podendo ser carregada em qualquer local com uma tomada de eletricidade convencional.

“A SEAT Mó 125 chegou para mudar o panorama atual da mobilidade elétrica das cidades. Estamos perante uma scooter que garante pura diversão, muito ágil no trânsito sendo a mais rápida nos semáforos no seu segmento, sem complicações para estacionar, bastante económica, com zero emissões, com a bateria removivel e com possiblidade de carregamento em qualquer lugar. Estas são as principais vantagens que levam à grande procura pela mesma, traduzindo-se numa posição de destaque no panorama de vendas nacional das motos elétricas, já com cem matrículas em menos de 6 meses e uma quota de mercado de 15,9%”, explicou Diogo Ramos, responsável pela SEAT Mó Portugal.

Recentemente, foi apresentada uma nova versão, a SEAT Mó 125 Performance, com um motor elétrico de 7,5 kW (com um pico de potência máxima de 11,5 kW). Inclui uma função eBoost, que permite aumentar a velocidade máxima até 105 km/h (em comparação com os 95km/k da SEAT Mó 125) durante 30 segundos e pode ser ativada novamente após dois minutos. Também ajuda a aceleração, reduzindo o tempo para chegar aos 50 km/h para 2,9 segundos (3,9 segundos para a versão padrão).

Para compensar o aumento de desempenho, a SEAT Mó 125 Performance tem maior capacidade de travagem e um sistema de suspensão atualizado, desenhado especificamente para esta eScooter: o amortecedor traseiro e ajustável é fornecido Öhlins permite que os utilizadores ajustem a suspensão ao seu estilo de condução, ajustando a compressão e extensão do amortecedor, regulando também a pré-carga da mola.

A possibilidade de remover a bateria permitiu à SEAT Mó 125 Performance receber recentemente dois títulos do Guinness World Records. No dia 6 de outubro, no Circuito Internacional de Zuera, em Saragoça, registou a maior distância percorrida em 24 horas numa scooter elétrica, por uma equipa de estafetas, com 1.430 km. No dia seguinte, alcançou também a maior distância percorrida individualmente numa scooter elétrica em 24 horas, registando 1.158 km.

“A SEAT Mó 125 já é uma opção de mobilidade muito apelativa para o ambiente urbano e extraurbano, que disponibiliza uma solução ecológica e sustentável, e que agora também é uma recordista mundial”, disse Lucas Casanovas, diretor da SEAT Mó. “A versão Performance, testada na pista durante o seu desenvolvimento, acrescenta ainda mais emoção à gama graças ao seu contributo tecnológico e carácter premium, melhorando o desempenho, dinâmica, segurança e conforto”.

As entregas da SEAT Mó 125 Performance deverão começar no primeiro trimestre de 2023.

Toyota prepara-se para revelar o novo Prius

A Toyota vai revelar a quinta geração do icónico híbrido Prius na quarta-feira, 16 de novembro, num evento global transmitido a partir do Salão Automóvel de Los Angeles.

O Prius foi o primeiro modelo híbrido da Toyota produzido em grande escala. Lançado em 1997, tornando-se rapidamente reconhecido, tanto pela economia de combustível possibilitada pela eletrificação do sistema propulsor, como pelo seu design original. A segunda geração surgiu em 2003, seguindo-se a terceira em 2009 e a atual quarta geração em 2015. Esta última versão foi um dos primeiros veículos da Toyota a usar a arquitetura global de veículos TGNA, que também deverá ser a base do automóvel que será lançado na quarta-feira.

Apesar do sucesso do modelo, nos últimos anos, a Toyota tem vindo a incluir motorizações híbridas na maioria dos seus veículos na Europa, o que levou a que as vendas do Prius caíssem para níveis baixos, na região: no ano passado, foram vendidas apenas 2.291 unidades – o Corolla vendeu 101.417 –, motivando a retirada do modelo do mercado europeu, já este ano.

A Toyota explicou que a queda da popularidade do Prius se deve ao declínio das vendas na categoria de veículos de média dimensão, bem como ao seu design “desafiador”, não obstante o maior espaço interior e maior economia de combustível da quarta geração do modelo.

A marca nipónica não comunicou ainda quaisquer detalhes significativos da quinta geração do Toyota Prius, antes da apresentação de quarta-feira, tendo apenas revelado algumas imagens do perfil do veículo. Apesar da continuidade com a silhueta das versões anteriores ser notória, espera-se que a Toyota tenha procurado aumentar o apelo visual do novo Prius, tal como fez com a segunda geração do Mirai, o seu automóvel a pilha de combustível de hidrogénio.

Audi Q8 e-tron: mais aerodinâmico, eficiente e autónomo

Quatro anos após o lançamento– e 150.000 unidades vendidas –, a Audi renovou o e-tron, o modelo pioneiro na sua transição para a mobilidade elétrica.

A marca alemã rebatizou o automóvel como Audi Q8 e-tron, para “fazer uma declaração clara” de que este é um modelo de topo entre os seus SUV e crossovers de luxo. Adicionalmente, dotou-o de um sistema de transmissão otimizado, maior aerodinamismo, maior capacidade de bateria e autonomia e capacidade de carregamento atualizada.

O novo Audi Q8 e-tron inclui assim três variantes de transmissão. Acionados por dois motores elétricos, os modelos básicos do Audi Q8 50 e-tron e do Audi Q8 Sportback 50 e-tron geram uma potência de 250 kW (340 cv) e 664 Nm de binário.

Integrando também dois motores elétricos, o Audi Q8 55 e-tron e o Audi Q8 Sportback 55 e-tron geram, por sua vez, uma potência de 300 kW (408 cv) e os mesmos 664 Nm de torque. A velocidade máxima está limitada a 200 km/h.

Já os topo-de-gama Audi SQ8 e-tron e o Audi SQ8 Sportback e-tron são acionados por três motores – a primeira vez que a Audi utiliza este conceito num veículo de produção em série: um motor elétrico de 124 kW (168 cv) no eixo dianteiro e dois motores elétricos no eixo traseiro, cada um acionando uma roda, com 98 kW (133 cv). A potência máxima combinada do sistema é de 370 kW (503 cv), com 973 Nm de binário.

O motor assíncrono no eixo traseiro possui duas bobinas adicionais, o que significa que agora existem 14 bobinas a gerar o campo eletromagnético, que é, consequentemente, mais forte, utilizando a mesma quantidade de energia, o que permite gerar mais binário. Se este acréscimo de binário não for necessário, o motor elétrico consome menos energia, reduzindo o consumo e aumentando a autonomia.

O Q8 e-tron tem uma autonomia WLTP de 541 km, na versão SUV, e 552 km na versão Sportback. A bateria do Q8 50 e-tron tem uma capacidade de armazenamento de 89 kWh. Nas versões mais potentes – Q8 55 e-tron e SQ8 e-tron – a capacidade sobe para 106 kWh.

Numa estação de carregamento alta potência, o Audi Q8 50 e-tron é capaz de carregar a um máximo de 150 kW, que aumenta para 170 kW no Q8 55 e-tron e no SQ8 e-tron. A bateria maior pode ser carregada de 10% a 80% em 31 minutos, o que corresponde, em teoria, a uma autonomia de 386 km.

Já numa estação de carregamento AC ou wallbox, o Audi Q8 e-tron carrega até 11kW, mas a marca oferece uma atualização de carregamento AC opcional até 22 kW. Em condições ideais, o Audi Q8 50 e-tron pode ser totalmente carregado em cerca de nove horas e 15 minutos com uma fonte de energia de 11 kW; e quatro horas e 45 minutos com uma fonte de alimentação de 22 kW. A bateria maior do Q8 55 e-tron será carregada em cerca de onze horas e 30 minutos a 11 kW e seis horas a 22 kW.

“No novo Q8 e-tron, conseguimos aumentar significativamente a capacidade da bateria e o desempenho de carregamento. Isto permitiu-nos alcançar um equilíbrio ideal entre densidade de energia e capacidade de carregamento, bem como aumentar a eficiência”, explicou o diretor de desenvolvimento técnico da Audi, Oliver Hoffmann.

A nível aerodinâmico, a Audi reduziu o coeficiente de resistência dos veículos de 0,26 para 0,24 cw (Sportback) e de 0,28 para 0,26 cw (SUV). Os spoilers montados na parte inferior da carroceria ajudam a desviar o fluxo de ar em redor das rodas. Os spoilers no eixo dianteiro foram ampliados e o Audi Q8 Sportback e-tron agora também tem spoilers nas rodas traseiras. Já no o SQ8 Sportback e-tron, os spoilers são montados apenas no eixo traseiro. O Q8 e-tron inaugura também um sistema de ‘persianas’ automáticas que selam a grelha frontal, otimizando o fluxo de ar na parte dianteira do veículo.

O Audi Q8 e-tron será certificado como neutro em carbono na Europa e nos EUA. Simultaneamente, a Audi também utiliza materiais reciclados para alguns componentes do veículo: no interior estes materiais são usados para isolamento e redução da vibração, bem como nos tapetes. O friso decorativo sobre o ecrã central, chamado Tech Layer, está disponível com um novo material técnico que é parcialmente composto por garrafas PET recicladas. Em algumas especificações, os bancos desportivos são estofados em couro sintético e com microfibra Dinamica, elaborada sem recurso a solventes com até 45% de fibras de poliéster obtidas a partir de garrafas PET recicladas, tecidos usados ​​e resíduos de fibras.

As fivelas dos cintos de segurança são parcialmente compostas por resíduos plásticos da indústria automóvel, tratados por meio de um processo de reciclagem química – uma novidade absoluta. Neste processo, implementado em conjunto com o fabricante de plásticos LyondellBasell, os componentes dos veículos dos clientes que não podem ser reparados são desmontados e separados de materiais estranhos, antes de serem triturados e transformados em óleo de pirólise por meio da reciclagem química, que é então usado como matéria-prima na produção de novos plásticos.

A nível de segurança, o Audi Q8 e-tron inclui cerca de 40 sistemas de assistência ao condutor, nomeadamente até cinco sensores de radar, cinco câmeras e doze sensores ultrassónicos, que fornecem informações sobre o entorno do veículo que são analisadas pela unidade central de controlo.

Os novos Audi Q8 e-tron e Audi Q8 Sportback e-tron estarão disponíveis para encomenda ainda este mês. As primeiras entregas estão previstas para o final de fevereiro de 2023 na Alemanha e nos mercados europeus mais importantes. Nos EUA, o modelo deve chegar ao mercado no final de abril. O preço base do Audi Q8 e-tron na Alemanha será de 74.400 euros.

Citroën facilita acesso a peças usadas para promover economia circular

A Citroën tem vindo a posicionar-se como uma das marcas mais ativas no domínico da economia circular e consumo responsável.

Além da recente apresentação Citroën oli, um concept car desenvolvido em torno da utilização de materiais leves e reciclados, processos de produção sustentáveis, e reciclabilidade em final de vida, a marca francesa lançou a iniciativa Citroën B Parts, com o objetivo de facilitar o acesso a peças sobressalentes de origem, provenientes de veículos em fim de vida (VFV), e a preços competitivos, garantidas pelo fabricante e que podem ser montadas pelo cliente ou pela rede Citroën.

“Situação extensível a toda a Europa, o parque automóvel está a envelhecer e precisa de ser mantido para poder durar. As peças usadas são essenciais, nomeadamente quando as mesmas deixam de ser fabricadas dez anos após o final da produção de um veículo ou quando os preços e os prazos de entrega das peças novas dificultam as expectativas dos automobilistas”, explicou Laurent Barria, Diretor de Marketing e Comunicação da Citroën.

A oferta de peças usadas Citroën inclui mais de 200.000 referências em stock, divididas por sete famílias de produtos: carroçaria, iluminação, peças elétricas e eletrónicas, interiores, motor, transmissão e suspensão. A oferta consta do catálogo da B-Parts, empresa de origem portuguesa que é líder europeia na distribuição online de peças de substituição para automóveis, na qual o grupo Stellantis investiu em 2020. Todas as peças do catálogo são originais e provêm de VFV, desmantelados por uma rede europeia de parceiros certificados, sendo comercializadas em mais de 155 países.

Acessíveis online desde o início de setembro em vários países europeus, incluindo Portugal, a oferta de peças originais sobresselentes da marca provenientes da economia circular têm garantia de 12 meses.

A procura das peças faz-se através da indicação da matrícula do veículo ou da referência da peça de origem. É também possível fazer uma seleção por modelo de veículo, permitindo mostrar todas as peças de substituição disponíveis em todas as famílias de produtos do catálogo, com prazos de entrega entre um e quatro dias.

As peças reutilizáveis também podem ser encomendadas pela rede de reparadores da Citroën – através de um acesso dedicado Service Box –, que poderão realizar os serviços de montagem associados ao pedido do cliente.

Volvo EX90: o automóvel mais seguro e conectado da marca sueca

A Volvo Cars apresentou hoje o novo Volvo EX90, um SUV 100% elétrico de sete lugares e bagageira, que a marca afirma reforçar o seu compromisso de segurança e apelar a “um estilo de vida mais sustentável”.

De acordo com a Volvo, o novo modelo representa também o início de uma nova era, rumo ao seu futuro totalmente elétrico: o Volvo EX90 é o primeiro de uma série de modelos 100% elétricos que a empresa planeia apresentar, a um ritmo anual, com o objetivo de comercializar apenas automóveis com este tipo de propulsão, até 2030, e atingir a neutralidade climática uma década mais tarde.

O modelo vem juntar-se ao Volvo XC90, que continuará a ser produzido e será a alternativa híbrida plug-in da marca sueca, no segmento dos grandes SUV.

A Volvo descreve o EX90 como “um automóvel familiar versátil, elegante e com proporções modernas, capaz de combinar tecnologia avançada, conectividade e eletrificação para otimizar a segurança, a eficiência e a estética”.

“O Volvo EX90 representa não só onde estamos, mas também onde queremos estar. Um automóvel 100% elétrico com uma autonomia até 600 kms, desenvolvido para elevar, ainda mais, a fasquia da segurança. É o primeiro modelo da Volvo a ser verdadeiramente definido pelo seu nível de software e a fazer parte integrante de um ecossistema mais vasto, capaz de se conectar às casas e a outros aparelhos dos nossos clientes. O Volvo EX90 é, em muitos sentidos, o início de uma nova era para a Volvo Cars”, afirmou o CEO da empresa, Jim Rowan.

Segurança

A Volvo destaca, acima de tudo, o nível de segurança que o EX90 apresenta de série, afirmando que é superior ao de qualquer outro modelo da sua história. De acordo com a marca, o SUV foi desenvolvido para ser capaz de ‘entender’ o condutor e o espaço circundante, e criar permanentemente a situação mais segura para os passageiros e os outros utilizadores do espaço rodoviário.

O Volvo EX90 integra “um escudo de segurança invisível”, com tecnologia de deteção interior e exterior que inclui oito câmaras, dezasseis sensores ultrassónicos, radares e um sensor Lidar, conectados com tecnologia NVidia Drive.

O sistema Lidar faz uma estreia absoluta nos modelos Volvo – deteta a estrada à frente do automóvel e também pequenos objetos a uma distância de centenas de metros. Os sensores do automóvel contribuem também para melhorar o desempenho da função Pilot Assist, que no EX90 inclui um novo sistema de apoio a mudanças de faixa de rodagem.

No interior, o modelo apresenta tecnologia capaz de avaliar se o condutor está distraído ou desatento. Sensores especiais e câmaras, “suportadas pelos algoritmos desenvolvidos pela Volvo”, avaliam a concentração do olhar. O automóvel é então capaz de tomar as medidas adequadas para ajudar o condutor, se necessário: a assistência pode começar com um simples sinal de aviso que cresce conforme a gravidade da situação e, se não houver resposta a avisos cada vez mais óbvios, o automóvel poderá mesmo parar em segurança, ligando as luzes de perigo.

O Volvo EX90 será também o primeiro Volvo a integrar hardware que o prepara para condução totalmente autónoma, no futuro.

Tecnologia

O Volvo EX90 apresenta um sistema central onde se encontram as plataformas Xavier e Orin da Nvidia Drive, e Snapdragon Cockpit da Qualcomm Technologies. Em conjunto com o software desenvolvido pela Volvo, o sistema é responsável pela maior parte das funções-chave do automóvel, desde a segurança ao sistema de infotainment passando pela gestão da bateria. Está ainda dotado com capacidade de receber atualizações remotas, over-the-air (OTA).

A plataforma central da Snapdragon Cockpit, com as capacidades de visualização da Unreal Engine – ferramenta 3D desenvolvida em alguns dos vídeojogos mais famosos do mundo – permite um processamento central rápido e gráficos em alta-definição nos ecrãs e nos head-up displays do Volvo EX90.

O ecrã central de 14,5 polegadas é o ponto de partida para aquele que é, segundo a Volvo, “um dos melhores sistemas de infotainment atualmente no mercado”, com integração Google para funcionalidades como o Google Assistant e o Google Maps, entre outras. O Volvo EX90 é também compatível com Apple CarPlay wireless. Estreia também o sistema áudio da Bowers & Wilkins com Dolby Atmos e colunas integradas nos apoios de cabeça, “para uma experiência de som mais envolvente”.

O Volvo EX90 virá ainda com tecnologia de chave através do telefone, de série – o smartphone serve como chave do automóvel, destrancando as portas de forma automática, iniciando uma sequência de boas-vindas personalizada sempre que o condutor se aproximar, e carregando o seu perfil pessoal, automaticamente, ao entrar no veículo.

600 kms de autonomia

De acordo com os testes WLTP, o Volvo EX90 atinge 600 kms com uma única carga da bateria de 111 kWh, que carrega de 10% a 80% em menos de 30 minutos. É também o primeiro modelo da marca sueca equipado com a tecnologia V2X, permitindo carregamentos bidirecionais – é possível, por exemplo, carregar aparelhos domésticos ou mesmo outro automóvel

Na sua versão de lançamento, apresenta-se com dois motores elétricos (tração integral), que disponibilizam até 380 kW (517 cv) de potência e 910 Nm de binário.

O Volvo EX90 recorre a vários materiais reciclados – 15% de aço e aproximadamente 25% de alumínio, bem como 48 kgs de plástico reciclado e materiais de base biológica, que correspondem a cerca de 15% do total de plástico utilizado no automóvel – o valor mais elevado de sempre num Volvo.

Com início de produção previsto para o próximo ano, nos Estados Unidos, o Volvo EX90 será também posteriormente produzido na China. As duas unidades produtivas serão, nessa altura, ambientalmente neutras.

A Volvo Car Portugal anunciará em breve os preços e as versões disponíveis no mercado nacional, adiantando, desde já, que a versão de lançamento “terá um nível de equipamento especial”.

Renault ‘parte-se’ em cinco

A Renault anunciou hoje uma grande reformulação, que verá o fabricante francês separar as suas atividades em cinco unidades de negócio distintas, com o objetivo de aumentar as suas margens operacionais e restabelecer o pagamento de dividendos aos acionistas, após um hiato de três anos.

O pilar central da estratégia da Renault passa por separar o negócio de motores de combustão e grupos propulsores híbridos – a partir de agora, alojado numa joint-venture detida em partes iguais com a empresa chinesa Geely, que detém também a Volvo Cars – da sua unidade de veículos elétricos.

Esta última, denominada Ampere, deverá abrir o seu capital a outros investidores no segundo semestre de 2023, em Paris, mas a Renault deverá manter uma “forte maioria”. A Qualcomm Technologies deverá ser um dos investidores estratégicos na nova unidade de veículos elétricos, com a colaboração tecnológica entre as duas empresas a ser aprofundada – os planos anunciados hoje prevêm o desenvolvimento de uma nova arquitetura de computação centralizada para a próxima geração de veículos definidos por software da Renault.

Conhecidas como plataformas SDV (Software Defined Vehicle), estas plataformas automóveis “de alto desempenho” serão baseadas nas soluções Snapdragon Digital Chassis da Qualcomm, suportando funcionalidades como cockpit digital, conectividade e sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS).

A Nissan, parceira de longa data da Renault, deverá também ter uma participação na Ampere – as negociações serão concluidas até 15 de novembro. A nova unidade de negócio deverá produzir 1 milhão de veículos para a marca Renault até 2031.

Além das unidades de negócio de veículos elétricos e motores térmicos, a Renault concentrará as suas aspirações desportivas na marca Alpine – que será exclusivamente elétrica – e a prestação de serviços financeiros nas áreas da nova mobilidade, energia e dados na unidade Mobilize. Finalmente, será também inaugurada uma nova unidade de negócio focada na reciclagem.

Com esta reestruturação – a terceira fase da sua iniciativa Renaulution – a marca francesa pretende atingir margens EBIT (antes de juros e impostos) acima de 8% em 2025, e acima de 10% cinco anos mais tarde, bem como um fluxo de caixa acima de 2 mil milhões de euros por ano de 2023 a 2025, subindo para mais de 3 mil milhões entre 2026 e 2030.

A Renault planeia ainda restaurar o pagamento de dividendos aos acionistas a partir de 2023, após um hiato de três anos, até 35% do lucro líquido do grupo. Pretende também aumentar a participação dos seus trabalhadores para 10% até 2030.