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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

‘Buggy’ lendário regressa em versão elétrica

Depois do Moke, é agora a vez de mais um ícone de praia dos anos 60 regressar como veículo elétrico: o lendário buggy Meyers Manx.

O Manx original, o primeiro ‘buggy de dunas’ californiano, não era mais do que um simples chassis de Volkswagen Beetle modificado com uma carroçaria de fibra de vidro. Muito popular nos anos 60, foram fabricadas cerca de 6.000 unidades até 1971, ano em que a empresa que o produzia fechou portas. Nos anos seguintes, a ideia simples de Bruce Meyers foi profusamente copiada, e vários buggys similares apareceram um pouco por todo o mundo.

Em 1999, Meyers recuperou a empresa, que, quinze anos mais tarde, mostrou um protótipo elétrico. Em 2020, a empresa foi adquirida pelo fundo de capital de risco Trousdale e agora, a Meyers Manx LLC acaba de apresentar uma versão atualizada e totalmente elétrica do icónico buggy, o Meyers Manx 2.0, que Bruce Meyers pretende levar à fase de produção.

O novo veículo já não é um kit car. Desta vez, virá do fabricante totalmente montado, com uma estética similar à do Meyer Manx original mas modernizada para o século XXI. O automóvel foi desenhado por Freeman Thomas, responsável por automóveis como o Audi TT e o Volkswagen New Beetle.

O novo Meyers Manx deverá ser disponibilizado com duas opções de bateria, de 20 kWh e 40 kWh. Uma vez que o Meyers Manx é bastante mais pequeno e leve do que um automóvel elétrico convencional – dependendo da bateria, o buggy pesará entre 680 kg e 750 kg, cerca de um terço do peso de um veículo elétrico de dimensões normais –, deverá ser mais eficiente, pelo que as autonomias previstas atingem 240 km e 480 km, respetivamente.

Poderá ser carregado a 6 kW com alimentação AC ou 60 kW com um carregador rápido CC. Uma vez que as baterias são relativamente pequenas, o Meyers Manx 2.0 também deverá superar os elétricos convencionais a nível da rapidez de carregamento.

O veículo será impulsionado por dois motores nas rodas traseiras, e a versão com bateria de 40 kWh, com cerca de 200 cv, acelerará dos 0 aos 100 km/h em cerca de 4,5 segundos.

A Meyers Manx pretende entregar 50 unidades do buggy elétrico já em 2023, num ‘programa beta’ que se destina a reunir as sugestões e comentários dos primeiros clientes para atualizar a versão definitiva, que começará a ser comercializada em 2024.

Siemens e MAHLE formam parceria para desenvolver carregamento por indução

A Siemens e a MAHLE pretendem colaborar no desenvolvimento do carregamento de veículos elétricos por indução e, para o efeito, as duas empresas assinaram uma carta de intenções, de forma a dar início a esta parceria.

Os planos passam por um intercâmbio próximo de ideias para desenvolver um sistema completo de carregamento indutivo para veículos elétricos, com a MAHLE a aportar a sua experiência como um dos principais fornecedor da indústria automóvel, e a Siemens a trazer a sua experiência no domínio das infraestruturas de carregamento.

“O carregamento sem fios de veículos elétricos está a emergir como um dos mais importantes mercados para o futuro. Além de facilitar consideravelmente a vida dos condutores, que já não têm de lidar com cabos e conectores, é um requisito crucial para a mobilidade autónoma do amanhã. A eficiência de transferência de carga indutiva sem fios é comparável aos sistemas com fios”, afirmou Stefan Perras, diretor de Pré-desenvolvimento e Inovação para Infraestruturas de Carregamento na Siemens AG.

Um dos aspectos previstos nesta colaboração entre a Siemens e a MAHLE inclui esforços de normalização, em coordenação com os organismos de normalização relevantes, com o objetivo de assegurar a interoperabilidade plena entre os veículos e a infraestrutura de carregamento.

As duas partes estão também a planear uma interoperabilidade alargada e testes cruzados entre o equipamento de carregamento no veículos (bobina secundária do circuito) e a infraestrutura de carregamento (bobina primária). Isto permitirá melhorias técnicas e a validação dos sistemas de carregamento indutivo para veículos elétricos, além de garantir a interoperabilidade. O comunicado anuncia que alguns destes testes serão realizados como parte de projetos financiados com fundos públicos.

Mercedes EQS já disponível para encomenda

A Mercedes-EQ anunciou a abertura das encomendas na Europa do seu primeiro SUV totalmente elétrico, o EQS. A gama engloba três versões: EQS 450+ e EQS 450 4MATIC, ambos com potência de 265 kW; e o EQS 580 4MATIC, com 400 kW.

O EQS será produzido na fábrica da Mercedes-Benz em Tuscaloosa, nos Estados Unidos, de forma neutra em carbono, e as primeiras entregas estão agendadas para dezembro.

Para além das três motorizações disponíveis, existem também duas linhas de design, que diferem em vários detalhes no exterior e interior do veículo: Electric Art (de série) e AMG.

Estas linhas são complementadas pelos diferentes conjuntos de equipamentos – Advanced Plus, Premium, Premium Plus e Business Class – mas estão também disponíveis vários equipamentos opcionais individuais.

Entre estes equipamentos, a Mercedes-EQ destaca a Realidade Aumentada MBUX no head-up display, a grelha frontal com o padrão Mercedes-Benz, os airbags laterais no banco traseiro, o sistema de filtragem de ar do habitáculo Energizing Air Control Plus, a assistência de manobras com reboque acoplado (controla automaticamente o ângulo da direção do veículo até uma velocidade de 5 km/h e um gradiente de 15%), e o assistente interior MBUX, que reconhece a direção da cabeça, os movimentos das mãos e a linguagem corporal, reagindo com as funções correspondentes do veículo.

De acordo com a marca germânica, o EQS SUV “oferece amplo espaço, conforto e conectividade”. Os bancos da segunda fila estão equipados de série com regulação elétrica e, como equipamento opcional, está disponível uma terceira fila de bancos com dois bancos individuais adicionais, alojados no piso do compartimento de carga e colocados mecanicamente – i.e., manualmente – na posição de utilização. Com os bancos rebatidos, o piso do compartimento de carga fica plano. Em combinação com a terceira fila de bancos, uma função designada por Easy Entry é fornecida de série na segunda fila de bancos.

Os preços do EQS iniciam-se em 129.200 euros, para o EQS 450+. As versões EQS 450 4MATIC e EQS 580 4MATIC têm um preço de 134.350 e 165.450 euros respetivamente.

Mercedes me Charge

Desde junho de 2022, o serviço Mercedes me Charge disponibiliza três novos tarifários na Europa. Todos os clientes de adquiram o EQS SUV que tenham registado o veículo no Mercedes me Charge aderem inicialmente ao tarifário Mercedes me Charge L, destinado aos condutores que percorrem longas distâncias com os seus veículos. No primeiro ano, estes clientes não pagam a tarifa básica, com uma mensalidade de 16,90 euros a partir do segundo ano.

De acordo com a Mercedes-Benz, os preços por kWh são particularmente interessantes para carregamentos frequentes. Um carregamento AC custa 0,30€/kWh, acrescido de uma “taxa de bloqueio” de 0,04€ por minuto. O carregamento DC tem um custo de 0,30€/kWh, estando sujeito a uma taxa de bloqueio de 0,29€ por minuto.

Com o IONITY Unlimited, os condutores dos EQS podem utilizar gratuitamente os postos de carregamento Ionity durante um ano após a data de ativação através do Mercedes me Charge.

Para permitir a utilização do Mercedes me Charge dos serviços Mercedes me connect, é necessário estabelecer um contrato de carregamento separado com um fornecedor terceiro selecionado, para fins de pagamento e emissão de fatura do carregamento. Para a utilização dos serviços Mercedes me connect, será necessário criar uma conta de utilizador Mercedes me e aceitar os respetivos Termos de Utilização.

Novo DS 7 já pode ser encomendado em Portugal

A DS Automobiles anunciou a abertura das encomendas do novo DS 7, que será lançado no mercado no próximo mês de outubro. Oficialmente revelado em junho, a nova geração do DS 7 abandona a designação ‘Crossback’ e inclui novos acabamentos exteriores, novos interiores, novos equipamentos e três motorizações E-Tense híbridas plug-in.

Exteriormente, o novo DS 7 apresenta uma frente completamente nova, de traços mais angulares, com novos faróis DS Pixel LED Vision 3.0 e luzes diurnas LS Light Veil. As ‘asas’ laterais e a grelha cresceram e o painel inferior foi redesenhado.

Na secção traseira, as luzes LED, foram também redesenhadas com um acabamento metálico escuro. O portão da bagageira e o símbolo foram redesenhados e ‘DS Automobiles’ passa a figurar na traseira em substituição da expressão ‘Crossback’, agora abandonada.

A DS Automobiles afirma que, o interior do novo DS 7 é “o espelho das maiores casas de moda parisienses”, com atenção especial para a escolha e tratamento dos materiais. A marca destaca os bancos em couro nappa inspirados nas braceletes de um relógio de luxo e criados a partir de uma peça única de couro, abdicando de costuras para maior conforto.

O sistema de infotainment é uma das maiores alterações no novo DS 7, com a inclusão do DS Iris System, uma solução que introduz uma interface totalmente renovada, configurável e suportada por reconhecimento de voz natural.

O ecrã tátil de 12 polegadas de alta resolução foi redesenhado e apresenta um menu constituído por widgets para aceder às diferentes funções: navegação conectada, ventilação, áudio digital e a informação de viagem. O novo painel de instrumentos digital, também de 12 polegadas, inclui ecrãs que podem ser alterados e personalizados.

Três motorizações híbridas plug-in

A gama do novo DS 7 inclui – além de uma versão térmica – três motorizações híbridas plug-in com 225, 300 ou 360 cavalos.

O DS 7 E-Tense 225, de tração dianteira, dispõe de um motor a gasolina PureTech 180 e de um motor elétrico de 110 cavalos, acoplados a uma caixa automática de oito velocidades,

O DS 7 E-Tense 4×4 300 e o novo DS 7 E-Tense 4×4 360 introduzem tração integral, com um motor PureTech 200 combinados, respetivamente, com motores elétricos de 110 e 112 cavalos em cada um dos eixos.

A DS Automobiles afirma que a versão topo-de-gama DS 7 E-Tense 4×4 360 goza de uma afinação especial da DS Performance e da otimização da gestão da energia. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 5,6 segundos e percorre os 1.000 metros em 25,4 segundos.

A bateria de 14,2 kWh permite uma autonomia elétrica de 65 quilómetros no ciclo misto WLTP e até 81 quilómetros no ciclo urbano. O tempo de carregamento é de cerca de duas horas num carregador de 7,4 kW.

As versões E-Tense do novo DS 7 têm preços a partir de 56.130€.

Primeiros aerogeradores com pás recicláveis já produzem energia

A Siemens Gamesa instalou as primeiras pás recicláveis em aerogeradores do parque eólico offshore de Kaskasi, na Alemanha, naquela que é a primeira instalação comercial do mundo da tecnologia.

Simplificadamente, as pás dos aerogeradores são construídas com diversos materiais – fibra de vidro, madeira, entre outros – agregados através de resina, para formar uma estrutura leve e flexível, capaz de suportar a força dos ventos a que estão sujeitas.

Vários componentes de uma aerogerador, como os componentes da torre e da nacele, são já reciclados no final do ciclo de vida. Contudo, para os materiais compósitos usados nas pás das turbinas eólicas, o processo era, até agora, mais complexo.

A RecyclableBlade da Siemens Gamesa, anunciada inicialmente em setembro de 2021, utiliza um tipo de resina com uma estrutura química que torna possível separá-la eficientemente dos restantes elementos através de uma solução ácida suave, que protege as propriedades destes últimos.

Os materiais das pás dos aerogeradores podem assim entrar num ciclo de economia circular, sendo reaproveitados para fabricar novos produtos e assim evitar a utilização de novos recursos.

A tecnologia RecyclableBlade foi desenvolvida em Aalborg, Dinamarca, e as pás de 81 metros foram fabricadas manualmente em Hull, no Reino Unido. As naceles, por sua vez, foram produzidas em Cuxhaven, na Alemanha.

Os aerogeradoes fazem parte do parque eólico offshore Kaskasi, de 342 megawatts, detido pela empresa alemã de energia RWE, que está localizado cerca de 35 km a norte da ilha de Helgoland, no Mar do Norte alemão.

A Siemens Gamesa pretende tornar todas as suas pás de aerogeradores recicláveis ​​até 2030 e todas as suas turbinas eólicas totalmente recicláveis ​​até 2040.

“É nossa aspiração produzir aerogeradores que possam gerar eletricidade renovável durante 20 a 30 anos. Quando chegam ao final da sua vida útil, podemos separar os materiais e utilizá-los para novas aplicações relevantes. A RecyclableBlade é um grande passo nessa direção e muito antes da nossa meta de 2040”, disse Gregorio Acero, diretor de Gestão de Qualidade e Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Siemens Gamesa.

Volvo vai construir fábrica de baterias para os seus camiões elétricos

O Volvo Group anunciou o início do processo para construir uma fábrica de células de bateria em grande escala, na Suécia, para satisfazer a crescente procura por veículos e máquinas pesadas com bateria elétrica.

“O nosso objetivo é liderar a transição para um sistema de transporte descarbonizado e temos a ambição de, a longo prazo, oferecer aos nossos clientes soluções 100% livres de combustíveis fósseis. Já existe uma procura forte, por parte dos nossos clientes e, para 2030, é nossa ambição que pelo menos 35 % dos produtos que vendemos sejam elétricos. Este aumento requererá grandes volumes de baterias de alto rendimento, produzidas com energia livre de combustíveis fósseis e é um próximo passo lógico, para nós, incluir a produção de baterias no nosso futuro plano industrial”, explicou Martin Lundstedt, presidente e diretor executivo do Volvo Group.

De acordo com o comunicado, estudos indicam que a região sueca de Skaraborg é a “localização ideal” para a nova fábrica, beneficiando da proximidade da fábrica de grupos propulsores do Volvo Group em Skövde e do acesso a energia de fontes renováveis. Os centros de Investigação & Desenvolvimento do Grupo, em Gotemburgo, estão também a duas horas de distância.

O projeto está sujeito à aprovação das autoridades relevantes, e a localização final da fábrica será determinada após consulta pública e obtenção das necessárias autorizações de cariz ambiental.

Os planos do Volvo Group para o novo centro prevêem um aumento gradual da capacidade para alcançar a produção em grande escala em 2030. As células de bateria aí produzidas serão especificamente desenvolvidas para aplicações em veículos comerciais, de forma a apoiar o fornecimento global de camiões, autocarros e equipamentos de construção elétricos, bem como sistemas de transmissão elétricos para diferentes aplicações.

Sete empresas alemãs começam a operar camiões a hidrogénio da Hyundai

A Hyundai acaba de anunciar a chegada dos seus camiões de mercadorias pesadas XCIENT Fuel Cell à Alemanha, o maior mercado de veículos comerciais da Europa. 

Sete empresas alemãs de logística, indústria e retalho vão incorporar os 27 camiões movidos a hidrogénio nas suas frotas, usufruindo do financiamento para veículos comerciais ecológicos aprovado pelo Governo alemão.

Lançado em 2020, o Hyundai XCIENT Fuel Cell é o primeiro camião pesado de mercadorias movido a hidrogénio a ser produzido em série no mundo. A empresa já tinha disponibilizado 47 unidades na Suíça, que até à data percorreram mais de 4 milhões de quilómetros ao serviço de 45 clientes e 23 marcas.

O XCIENT Fuel Cell está equipado com um sistema fuel cell de 190 kW, com duas pilhas de 90 kW. Tem uma potência de 350 kW, com binário máximo de 2.237 Nm.

Sete tanques de hidrogénio proporcionam uma capacidade de armazenamento de 31 kg de combustível, e três baterias de alta voltagem de 72 kWh proporcionam uma fonte adicional de energia. A autonomia máxima é de aproximadamente 400 quilómetros. 

“Com a entrada no mercado alemão de veículos pesados queremos aproveitar esta oportunidade para expandir o nosso negócio para o mercado europeu de uma forma mais alargada, apoiando os esforços da Alemanha para atingir os seus objetivos de neutralidade carbónica”, afirmou Mark Freymueller, vice- presidente e diretor da Divisão de Inovação Empresarial de Veículos Comerciais da Hyundai Motor Company. 

Em agosto de 2021, o Governo alemão divulgou as suas diretrizes de financiamento para veículos comerciais com sistemas de condução alternativos, após aprovação da Comissão Europeia. O financiamento está disponível para veículos elétricos a bateria, fuel cell (hidrogénio) e híbridos, correspondendo a infraestruturas de reabastecimento/carregamento e estudos de viabilidade relacionados. O Governo alemão terá um orçamento de 1.6 mil milhões de euros disponíveis até 2024 para a aquisição de veículos comerciais amigos do ambiente. 

O Governo alemão disponibilizará até 15 milhões de euros a cada uma das empresas elegíveis durante os próximos quatro anos para promover a mudança para veículos comerciais amigos do ambiente. Adicionalmente, serão disponibilizados cerca de 7 mil milhões até 2025 para a construção de infraestruturas de reabastecimento e carregamento de veículos de passageiros e veículos comerciais. 

Para o primeiro programa de financiamento, a Hyundai entregará 27 camiões XCIENT Fuel Cell até à segunda metade de 2023. 

A empresa sul-coreana, juntamente com a H2 Energy, criou a Hyundai Hydrogen Mobility Germany GmbH (HHMG) para expandir a sua entrada no mercado de veículos comerciais movidos a hidrogénio na Alemanha.

De acordo com o comunicado da Hyundai, a HHMG irá operar no mercado local de vendas, estações de reabastecimento de hidrogénio e serviço ao cliente, bem como estabelecer parcerias especiais de veículos no mercado. A empresa planeia também participar ativamente no segundo programa de financiamento previsto para o segundo semestre deste ano.

Tesla Model S e Model X voltam finalmente à Europa

A Tesla começou a aceitar encomendas na Europa para os seus modelos Model S Plaid e Model X Plaid. As primeiras entregas dos topo-de-gama da marca norte-americana deverão acontecer entre os meses de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.

As versões ‘base’ dos dois modelos chegarão um pouco mais tarde, durante o próximo ano. Para já, pode ser efetuada apenas uma reserva; a marca comunica que o período de encomendas abrirá “numa data posterior”.

A Tesla deixou de produzir o Model S e Model X em janeiro de 2021, para efetuar uma série de atualizações aos dois modelos, nomeadamente a nível de design, interiores, grupo propulsor, sistemas térmicos, eletrónica e chassis.

As primeiras entregas do novo Model S aos clientes norte-americanos começaram em junho de 2021, seguindo-se o Model X em outubro. As primeiras entregas na Europa deveriam acontecer na segunda metade de 2022, mas vários problemas não permitiram aumentar a escala de produção de acordo com as previsões iniciais. Consequentemente, em dezembro do ano passado, a Tesla decidiu fechar as encomendas dos dois modelos fora da América do Norte.

Depois de quase dois anos de espera, os novos Model S e Model X voltam a estar disponíveis para os clientes europeus, começando pela versão Plaid, com os seus três motores elétricos – no eixo dianteiro e em cada uma das rodas traseiras – com rotores envoltos em carbono, que debitam uma potência combinada de 760 kW, ou 1.020 cv.

O Model S Plaid torna-se assim um dos carros de produção mais rápidos do mundo, acelerando dos 0 aos 100 km/h em 2,1 segundos e atingindo uma velocidade máxima de 322 km/h. A autonomia estimada (WLTP) é de 600 km.

O SUV crossover Model X Plaid, por sua vez, acelera dos 0 aos 100 km/h em 2,6 segundos e atinge 262 km/h de velocidade máxima. A autonomia (WLTP) é de 528 km.

As versões ‘base’, com dois motores elétricos, um em cada eixo, têm níveis de performance ligeiramente mais modestos, mas maior autonomia. O Tesla Model S cumpre o sprint clássico em 3,2 segundos, mas é o automóvel da marca norte-americana que maior distância percorre entre carregamentos: 634 km (WLTP).

Já o Tesla Model X acelera dos 0 aos 100 km/h em 3,9 segundos e tem uma autonomia (WLTP) de 560 km.

Vendas de elétricos continuam tendência de crescimento em julho

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal) divulgou os dados sobre as vendas de veículos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos (HEV) relativos ao mês de julho.

Nesse período, foram matriculados em Portugal 4.614 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos, mais 17,9% do em julho de 2021.

As matrículas de veículos ligeiros de passageiros eletrificados somam assim, desde o início do ano, 31.655 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 17,3% relativamente ao período homólogo de 2021.

Destaque para as vendas de ligeiros de passageiros elétricos a bateria, que nestes primeiros sete meses de 2022 cresceram 60,6%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. De janeiro a julho, foram matriculados 8.892 novos automóveis de zero emissões.

Seguindo a tendência registada em vários países, os híbridos plug-in (PHEV) continuam a perder quota de mercado. Em julho, foram matriculados 1.212, um decréscimo de 13,1% face ao período homólogo. No acumulado no ano, este tipo de motorização regista uma quebra de 5%, relativamente aos primeiros sete meses do ano anterior, atingindo 8.792 unidades.

Finalmente, no caso dos híbridos elétricos, julho trouxe um aumento de 28,1% no número de matriculações, face ao mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros sete meses de 2022, o número de matrículas deste tipo de veículo cresceu 14,6%, totalizando 13.971 unidades.

Os veículos ligeiros de mercadorias eletrificados, por sua vez, cresceram 150%, em julho, relativamente ao mesmo mês do ano anterior, o que se traduz num total de 45 unidades – 43 elétricos a bateria, um híbrido plug-in e um híbrido elétrico.

No que diz respeito aos primeiros sete meses de 2022, o mercado deste tipo de veículos regista um crescimento de 213,5%, com um total de 395 unidades matriculadas, a maior parte das quais – 384 – elétricas a bateria.

Foi matriculado um pesado BEV, desde o início do ano, em Portugal.

Estudantes holandeses criam carro elétrico que captura CO2

Uma equipa de estudantes da Universidade Tecnológica de Eindhoven construiu o protótipo de um automóvel elétrico capaz de capturar e armazenar o dióxido de carbono da atmosfera quando circula.

Denominado Zem, o pequeno carro elétrico utiliza a tecnologia de captura direta de ar. Os estudantes explicam que o veículo está equipado com um sistema de filtros, desenvolvido e patenteado pela equipa, que retém e armazena CO2 quando o veículo avança pela estrada.

Além de ‘reduzir’ emissões quando é utilizado, o Zem foi desenvolvido com o objetivo de minimizar a pegada de carbono ao longo de todo o ciclo de vida. O monocoque e os painéis da carroçaria são construídos em impressoras 3D, de forma a obter exatamente as formas desejadas com o mínimo desperdício de material.

Estes componentes são impressos em plástico reciclado e podem ser reutilizados noutros processos. De facto, a maior parte dos materiais utilizados no Zem são sustentáveis, podendo ser reciclados ou reutilizados noutras aplicações, havendo somente uma pequena incorporação de novos materiais no ciclo de vida do automóvel.

Por exemplo, o diferencial foi reaproveitado de um velho Audi. As janelas são em policarbonato, material com menor impacto do que o vidro, e alguns dos revestimentos interiores são em couro sintético, obtido a partir de fibras de ananás. Os sistemas de infoentertenimento e iluminação são modulares, de forma a poderem ser reutilizados.

O Zem incorpora nove baterias modulares de 2,3 kWh, que alimentam um pequeno motor elétrico de 22 kW. O sistema de travagem regenerativa e os painéis fotovoltaicos montados no veículo ajudam a carregar as baterias. O automóvel incorpora ainda a tecnologia de carregamento bidirecional, podendo assim funcionar como unidade externa de armazenamento de energia de um edifício, por exemplo.

A equipa afirma que o Zem consegue eliminar 2 kg de CO2 por cada 20.600 km percorridos a uma velocidade média de 60 km/h. Uma quantidade mínima, mas mais do que construir um automóvel capaz de ‘limpar’ o ar, o objetivo primordial do projeto é o de “inspirar a indústria automóvel a olhar para a totalidade do ciclo de vida dos seus carros”. “Se é possível que 30 estudantes criem um carro sustentável num ano, porque é que a indústria não está a tomar nenhuma medida importante?”, questionam.

Fotos: Bart van Overbeeke