O IAA International Motor Show, em Munique, foi o palco escolhido pela CUPRA para apresentar os seus planos de eletrificação. O seu mais novo protótipo, CUPRA UrbanRebel Concept, fez também a sua primeira aparição pública, na pré-inauguração do novo CUPRA City Garage em Munique.

No evento, o CEO da CUPRA, Wayne Griffiths, referiu a ambição de tornar a marca totalmente elétrica até 2030.

Griffiths refere que o carro elétrico urbano é um pilar estratégico para a empresa e que a SEAT S.A., juntamente com o Grupo Volkswagen, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do projeto elétrico urbano. A SEAT S.A. está a desenvolver os carros da família elétrica urbana, enquanto a Volkswagen está a desenvolver a plataforma e o software. A ambição é produzir mais de 500.000 veículos por ano em Espanha para diferentes marcas do Grupo a partir de 2025.

Com base neste projeto, a empresa tem um plano ambicioso em Espanha, denominado Future: Fast Forward. O principal motor desse plano é a produção do veículo elétrico urbano em Espanha, que poderá tornar-se o motor da transformação da indústria automotiva espanhola, a segunda maior da Europa.

No evento de pré-abertura, Griffiths explicou como a CUPRA continua a crescer além de todas as expectativas iniciais. Desde o seu lançamento, há três anos, a marca vendeu mais de 100.000 carros. Impulsionada pelo sucesso da Formentor, que representa dois em cada três carros vendidos pela marca entre janeiro e agosto deste ano, a CUPRA registou um crescimento de três dígitos em relação ao mesmo período de 2020. A marca também superou a sua meta inicial e alcançou uma faturação de 1.000 milhões de euros em 2021. A CUPRA conseguiu estabelecer uma forte presença na Europa em mercados como Alemanha, Espanha, Reino Unido, Itália e França, e expandiu-se no exterior para países como México, Israel e Turquia.

Como parte da sua estratégia de globalização, a CUPRA escolheu Munique para inaugurar a sua mais recente City Garage. Madrid, Roterdão, Lisboa e Berlim estão também no mapa para os próximos espaços. Em 2022, a CUPRA dará um salto até Sydney, garantindo, desta forma, que se torna uma marca com presença global.

A CUPRA iniciou a produção das primeiras unidades do seu primeiro carro totalmente elétrico, o CUPRA Born, na fábrica de Zwickau na Alemanha. Este carro nasceu para ser o impulso de uma nova geração e tem como objetivo provar que desempenho e eletrificação combinam perfeitamente, de acordo com a marca espanhola.

O CUPRA Born ajudará a empresa a cumprir as metas europeias e contribuirá para a redução das emissões globais de CO2. Ao mesmo tempo, abrirá portas para novos mercados internacionais e aumentará a presença da marca nos países mais eletrificados. Além disso, a CUPRA espera que o Born equilibre a base de clientes da marca em termos de género, e também será oferecido por meio de contratos de assinatura com uma mensalidade.

A empresa apresentou em Munique o CUPRA UrbanRebel Concept, a interpretação mais radical do carro elétrico urbano, com lançamento previsto para 2025. O CUPRA UrbanRebel Concept é baseado nos fundamentos do design do veículo urbano 100% elétrico. A versão de estrada será baseada na plataforma curta MEB do Grupo Volkswagen.

A maior máquina do mundo projetada para absorver dióxido de carbono da atmosfera e capturá-lo no subsolo já está a funcionar na Islândia.

A máquina, batizada de Orca em homenagem à palavra ‘orka’, que significa ‘energia’ em islandês, é composta por quatro unidades, cada uma constituída por duas caixas de metal que se assemelham a contentores de transporte. Para recolher o dióxido de carbono, a planta usa ventiladores para puxar o ar para um coletor, que possui um filtro. Quando o filtro está cheio com CO2, o coletor é fechado e a temperatura é elevada para libertar o CO2, após o qual o gás altamente concentrado pode ser recolhido. O CO2 é, então, misturado com água antes de ser injetado a uma profundidade de 1.000 metros na rocha basáltica, onde é mineralizado.

As empresas Climeworks da Suíça e Carbfix da Islândia, encarregues do projeto, afirmam que, quando operar a 100% da sua capacidade, a máquina extrairá 4.000 toneladas de dióxido de carbono do ar todos os anos, o equivalente às emissões de 870 carros, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. 

Os defensores da chamada captura e armazenamento de carbono acreditam que estas tecnologias podem tornar- se uma importante ferramenta no combate às mudanças climáticas. Já os críticos argumentam que a tecnologia ainda é muito cara e pode levar décadas para operar em escala – a tecnologia instalada na Islândia custou entre 10 e 15 milhões de dólares americanos, segundo a Bloomberg. 

Conversamos com Bruno Dias, membro parlamentar do PCP com vista a saber as perspetivas e visão do partido em matéria de sustentabilidade, mobilidade e energia.

A Huawei anunciou o Augmented Reality Head-Up Display (AR-HUD), a mais recente solução no campo da realidade aumentada aplicada aos smart vehicles que disponibiliza funções de segurança e info-entretenimento, transformando o para-brisas dianteiro do automóvel num First-Person View (FPV), criando uma nova experiência de condução.

Em termos de funcionalidades, tendo em conta que se trata de um pequeno dispositivo (apenas 10 L de volume total) com uma grande tela Ultra High Definition, o Huawei AR-HUD adapta-se a uma variedade de contextos – além de fornecer conteúdo de entretenimento, disponibiliza informações no painel de controlo e possibilita navegação AR.

O AR-HUD lançado pela Huawei oferece um campo de visão de 13° x 5°, o que significa que uma imagem virtual com uma dimensão aproximada de 180 cm é projetada 7,5 metros à frente do condutor. O AR-HUD exibe informações do painel de controlo na parte inferior sem bloquear a visão de quem vai ao volante e permite uma condução assistida completamente segura. Esta nova solução da Huawei também disponibiliza informações de navegação AR que se ajustam à superfície da estrada e, sempre que necessário, cobrem várias faixas de rodagem. Por exemplo, num cruzamento de três faixas, o AR-HUD pode dar sugestões de navegação precisas, tendo ainda a capacidade de detetar, com elevada exatidão, veículos e peões nas proximidades em condições de visão noturna, com nevoeiro ou chuva.

Há mais de duas décadas a apostar em Investigação & Desenvolvimento (I&D) na área da óptica associada às Tecnologias e Informação e Comunicação (TIC), a Huawei está, agora, a introduzir tecnologias de ponta para veículos inteligentes, tendo desenvolvido a área de Intelligent Automotive Optics Solution, na qual o AR-HUD da Huawei contribui para “uma experiência totalmente nova para uma condução segura”, afirma Kevin Huang, Presidente da General Optical Applications Product Line da Huawei.

A fábrica da Siemens, em Corroios, Lisboa, vai produzir 45 unidades de carregamento para autocarros elétricos, para a cidade de Zurique, na Suíça.

Até 2040, a cidade suíça estabeleceu a meta de reduzir para zero as emissões diretas de gases com efeito de estufa na área metropolitana. O plano prevê, até 2030, uma redução de pelo menos 50% dos níveis registados em 1990.

Para ajudar a atingir este objetivo, o terminal de autocarros de Hardau vai ser equipado com 45 estações de carregamento Sicharge UC, das quais 30 terão uma capacidade de carregamento de 100 kW e 15 uma capacidade de 150 kW. Os veículos serão carregados por cabos e conectores (padrão CCS), principalmente durante a paragem noturna. Esta instalação tem a particularidade de ter os cabos de carga suspensos no teto, deixando os acessos livres e facilitando a entrada e saída de veículos.

Recentemente, também a autoridade de transportes públicos em Berna adjudicou à Siemens outro projeto de infraestruturas de carregamento para autocarros elétricos. O projeto inclui o fornecimento de unidades de carregamento rápido para três estações terminais, bem como a infraestrutura de carregamento para o terminal de autocarros de Eigerplatz. Estes equipamentos também serão produzidos na fábrica de Corroios.

Através de um sistema de gestão baseado na cloud, estará garantida a otimização dos ciclos de carregamento em função da operação planeada e real, oferecendo, assim, um melhor serviço ao cliente.

A Galp chegou a acordo para a compra da totalidade do capital da Mobiletric, um dos principais operadores do setor da mobilidade elétrica em Portugal, em particular na área do carregamento elétrico rápido e ultrarrápido.

Com esta aquisição, a Galp adiciona à sua rede no curto prazo 280 pontos de carregamento, a maioria dos quais já em operação, para além de uma sólida carteira de pontos de carregamento projetados que assegura perspetivas de crescimento imediatas.

A transação permitirá que a rede de pontos de carregamento geridos pela empresa em Portugal duplique até ao final de 2021 para mais de 1.000 pontos, face aos 513 que operava no final do ano passado.

No âmbito do seu plano de crescimento alinhado com a transição para um modelo energético mais sustentável, a aquisição da Mobiletric constitui assim um passo relevante na prossecução da meta da Galp de 10 mil pontos de carregamento na Península Ibérica até ao final de 2025.

Testes realizados em Barcelona e Madrid mostraram que quase um terço dos camiões em Espanha excede os limites legais de emissões da UE. As altas emissões provindas do transporte rodoviário ainda são um sério problema de saúde pública, causando a morte prematura de 50.000 europeus todos os anos.

Ao longo de três anos (2017-2019), testes remotos de emissões de camiões Euro VI – os mais recentes padrões de poluição do ar da UE – mostram que 29% dos 587 camiões são altos emissores de óxido de nitrogénio.

Anna Krajinska, engenheira de emissões da T&E chamou à atenção para os níveis letais de poluição de ar emitidos pelos camiões que circulam dentro e à volta das cidades da Europa e acrescentou: “Os padrões de transporte rodoviário da UE não fazem o suficiente para proteger o ar que respiramos, colocando em risco a saúde dos cidadãos europeus”.

De acordo com a especialista, os testes oficiais são inadequados, pois duram apenas duas horas e meia e muitas vezes não têm em consideração as emissões produzidas nas condições do dia-a-dia, como condução em baixa velocidade e arranques a frio (emissões de quando o motor é ligado pela primeira vez). O teste Euro VI também falha em garantir a durabilidade das emissões e em evitar adulteração onde os sistemas de redução de emissões são desligados pelo que é conhecido como dispositivos manipuladores.

Anna Krajinska concluiu: “A Comissão Europeia deve melhorar os testes dos camiões para cobrir todas as condições de condução na estrada e introduzir medidas rígidas anti adulteração. No entanto, no final, do que realmente precisamos é de uma mudança de motores de combustão poluentes para camiões com emissões zero. A União Europeia deve, portanto, determinar que pelo menos metade das vendas de camiões tenham emissões zero até 2030”.

O estudo finaliza com a sugestão de que os padrões de CO2 para camiões da UE devem ser revistos em 2022, dando à Comissão Europeia a oportunidade de definir metas mais ambiciosas e encerrar a venda da maioria dos camiões de combustão interna até 2035.

A empresa de transportes Verkerhrsbetriebe Bachstein, com sede em Celle, na Baixa Saxónia, Alemanha, realizou uma viagem recorde em julho passado com um Iveco Bus E-Way. No total, foram 543 quilómetros percorridos pelo autocarro totalmente elétrico durante 48 horas e com apenas uma carga, certificado pela TÜV Nord.

Com 12 metros de comprimento, o Iveco Bus E-Way proporciona um novo tipo de desempenho em condições reais de funcionamento, demonstrando todos os benefícios dos transportes de zero emissões, bem como a fiabilidade e o desempenho oferecido por este modelo 100% elétrico.

Este teste, realizado por iniciativa da empresa Verkerhrsbetriebe Bachstein no passado mês de julho, decorreu durante dois dias, entre as 5h30 e as 16h00. O E-WAY, equipado com uma bateria de 335 kWh, percorreu 543 quilómetros. Com 3% de carga residual no final do teste, o Iveco Bus E-Way poderia ter ido ainda mais longe, graças ao seu baixo consumo: 0,61 kWh/km.

Stéphane Espinasse, Diretor da marca IVECO BUS refere que já tinham sido feitos testes em pistas de ensaios, tendo percorrido 527 quilómetros com uma única carga e sobre os mais recentes resultados declara: “Estamos muito satisfeitos com este novo recorde, desta vez realizado por um cliente em condições reais de funcionamento. Isto comprova a capacidade do Iveco Bus E-Way de ir ainda mais longe”.

Para Jan Behrendt, CEO da Verkerhrsbetriebe Bachstein, este é um verdadeiro desafio para os motoristas: “São eles que estão ao volante e gerem todo o veículo. Graças à telemática de bordo, eles sabem sempre o que conseguem e o que não conseguem fazer. Para mim, este recorde é um bom prenúncio do futuro da mobilidade eléctrica”.

O Iveco Bus E-Way oferece soluções com uma ampla variedade de comprimentos (9, 5, 12 e 18 metros) e modos de carregamento (carregamento lento durante a noite, ou carregamento rápido com ou sem pantógrafo).

O Cascais Smart Pole by Nova SBE é o primeiro laboratório vivo de descarbonização de Cascais, que tem inauguração marcada para o dia de hoje às 18 horas, no Navigator Park na Nova SBE.

Este projeto será um espaço urbano de experimentação living lab, em que a interação e participação de todos permitirá caminhar no sentido da neutralidade carbónica. Será promovido num consórcio liderado pela Fundação Alfredo de Sousa, juntamente com a Câmara Municipal de Cascais, a academia e empresas de referência a nível nacional e internacional.

Financiado pelo Programa ‘Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono’ dos EEA Grants (no âmbito do concurso ‘Implementação de projetos piloto de laboratórios vivos de descarbonização e mitigação às alterações climáticas’),  irá desenvolver um living lab inovador ao longo de 36 meses onde a economia circular, a biodiversidade, as energias renováveis, a mobilidade sustentável e a cultura local estão em comunhão e formam um polo centrado nas pessoas com vista a um futuro neutro em carbono e resiliente às alterações climáticas.

O objetivo último deste laboratório é analisar e atuar de forma a que todos os que dele fazem parte (residentes, turistas, alunos e visitantes) reconheçam o impacto das suas ações. Para tal, é importante o envolvimento de todos os cidadãos e partes interessadas na tomada de decisão e na implementação de projetos piloto, que resultarão na redução da pegada de carbono individual e da comunidade, quer através da mudança de comportamentos, quer pela participação em soluções que direcionem a comunidade para a neutralidade carbónica.

A Hyundai Motor Company anunciou, no IAA Mobility 2021, o compromisso de se tornar uma marca neutra em carbono até 2045.

A estratégia da Hyundai para atingir a neutralidade carbónica é baseada em três pilares: mobilidade ecológica, plataformas de nova geração e energia verde. 

No âmbito da mobilidade ecológica, a Hyundai compromete-se a aumentar gradualmente as vendas de veículos livres de emissões (ZEV’s) nos próximos anos. Até 2030 a Hyundai tem como objetivo garantir que 30% das suas vendas globais são ZEV’s e até 2040 a marca espera que os veículos elétricos (BEV’s) e veículos Fuel Cell (FCEV’s) irão representar 80% do seu total de vendas.

A partir de 2035 a Hyundai planeia comercializar apenas ZEV’s, na Europa. Até 2040, a Hyundai irá descontinuar de forma gradual todos os seus veículos a combustão nos mercados principais.

No que toca ao segundo pilar da estratégia, a Hyundai Motor foi líder em investimentos no campo de plataformas de transporte de nova geração. Isto inclui novas opções de mobilidade para chegar do local A ao B, como, por exemplo, a mobilidade aérea urbana (UAM) e veículos autónomos, oferecendo uma maior liberdade de deslocação sem pegada carbónica. Assim, a Hyundai revela, pela primeira vez, o seu pioneiro modelo robotáxi no IAA Mobility 2021, um veículo autónomo de nível 4 com base no Hyundai IONIQ 5.

A estratégia da neutralidade carbónica da Hyundai Motor tem também como objetivo proporcionar soluções ecológicas e de energia verde para todos. Isto inclui não só a utilização de energias renováveis nas instalações da marca, mas também investimentos em hidrogénio verde baseado em energia renovável, Vehicle-to-Grid (V2G) e o Second Life Battery Energy Storage System (SLBESS).

A Hyundai Motor tem vindo a reduzir a quantidade de carbono e outros gases emitidos pelos seus processos de produção. As ações da marca incluem continuar com as suas atividades de redução de energia e construir fábricas ecológicas, ao convertê-las em energias renováveis como, por exemplo, energia fotovoltaica.

V2G é a mais recente tecnologia que permite que a energia seja diferida para a rede elétrica da bateria de um EV. Permite uma gestão eficiente da procura de energia, especialmente durante as horas de ponta, diminuindo a dependência dos combustíveis fósseis.

A Hyundai está a executar atualmente vários programas piloto V2G com vários acionistas do mercado. A marca pretende implementar a tecnologia nos seus próximos modelos BEV.

Por fim, o fabricante está, também, a procurar como recuperar e transformar o fim de vida das baterias num novo negócio de sistema de armazenamento de energia. A Hyundai está atualmente a trabalhar com vários parceiros de energias locais para lançar projetos piloto que consistem em comercializar baterias EV reutilizadas.