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Como vender automóveis com Ciência e não com 'achismo'! - José Carlos Pereira

Como vender automóveis com Ciência e não com ‘achismo’!

Opinião de José Carlos Pereira

Uma das bases do Marketing e das Vendas é entender que o que as pessoas dizem é diferente daquilo que pensam e da forma como agem num processo de decisão de compra de um carro. Já pensou a sério nisto?

É este o desafio que me proponho neste breve artigo de opinião – dar mais inteligência às vendas e menos força ao chamado freestyle na venda de automóveis, pois perceber o comportamento de quem compra é ciência e não ‘achismo’ ou dom.

Outros dados relevantes para kick-off são estes: sabemos, hoje, que “95% das tomadas de decisão diárias são de motivação inconsciente” e que “85% das tomadas de decisão de compra são emocionais e apenas 15% são racionais” (Gerald Zaltman).

Acredito que, no limite, até tomamos decisões puramente emocionais na compra de um carro e que, por mais irracionais que sejam, tentamos justificá-las racionalmente mais à frente, mesmo que se apresentem como desastrosas. A decisão é muito egocêntrica!

Para mais detalhe sobre o cérebro decisor, aconselho a explorar a Teoria do Cérebro Trino (divido em 3), de Paul MacLean. Esta teoria diz-nos que o nosso cérebro, embora funcione como único, é tripartido ao nível de estruturas e funções: (1) Neocórtex, (2) Sistema Límbico e (3) Cérebro Reptiliano, ou seja, respetivamente, a parte racional, emocional e instintiva. A principal questão é que, quase sempre, quem decide é o cérebro reptiliano ou primitivo. E é especialmente sobre esse que temos de atuar para sermos mais efetivos numa venda, não descuidando as emoções e a racionalidade, mas prestando particular atenção a este.

Em resumo, e de acordo com a Teoria do Cérebro Trino (divido em 3), de Paul MacLean, o cérebro racional (neocórtex) pensa – processa os dados racionais e partilha as suas deduções com os outros dois cérebros. O cérebro intuitivo sente – processa as emoções e os sentimentos profundos e partilha, igualmente, as suas descobertas com os outros dois cérebros. E o cérebro primitivo decide – considera a informação proveniente dos outros dois cérebros, mas controla o processo de tomada de decisão. Já tinha pensado nisto? 

Imagine, então, que o cliente e as suas decisões passam a estar no centro em vez do automóvel – nunca esteve tão presente o conceito de customer centric em todo o caminho de compra. E julgo que esta mudança de paradigma permite hoje trabalhar essencialmente na experiência de quem compra, com abordagens mais relacionais, em que a compra deixa de ser uma transação e passa a ser uma experiência.

De forma resumida, aqui na revista, deixo 6 estímulos para fazer uma abordagem bem feita ao ‘cérebro decisor’, para além de ajudar a fazer o que tem de ser feito:

#1 CONTRASTE: Algumas comparações ou contrastes são eficazes – lento/rápido, seguro/inseguro, com/sem… Basicamente, queremos tomar decisões sem risco. Note-se que, no limite, sem oposições podemos mesmo adiar ou não tomar uma decisão. Vejamos o ‘preço’ num automóvel, por exemplo: como o cérebro é preguiçoso, considera apenas uma variável – como atalho para ‘qualidade’ – e perceciona que quanto mais caro melhor; quando um segundo preço for apresentado, vai parecer mais diferente ainda após a comparação; logo, a ancoragem, numa estratificação de automóvel/preço, deve começar no preço mais elevado.

#2 EGOCÊNTRICO: É uma espécie do ‘centro do eu’; só nutre interesse e simpatia por aquilo que tem diretamente a ver com o seu bem-estar e a sua sobrevivência, nada mais. Exemplo: numa situação de perda ou má decisão, fica satisfeito de não ser com ele – claro que há reações emocionais e racionais sobre este facto, mas não neste cérebro.

#3 TANGÍVEL: Gosta de informações tangíveis e busca permanentemente o familiar e o amistoso, o rapidamente reconhecível, o concreto e imutável. Tem muita dificuldade em reconhecer, por exemplo – e com grande utilização em alguns argumentos –, um ‘consumo flexível’, uma ‘integração de sistemas autónomos’ ou uma ‘performance evolutiva’. Deve, por isso, ser referida uma ideia bem definida, simples e fácil de apreender, como ‘maior velocidade’, ‘menos custos manutenção’, ‘fácil condução’ ou ‘entregue em poucas horas’.

#4 INÍCIO E FIM: Numa mensagem, não se lembra do meio, só do início e do fim; logo, a informação mais importante deve estar no início e ser repetida no fim, pois pelo meio é quase tudo esquecido. Isto serve para um email ou mesmo para uma reunião ou test-drive. Esta faculdade de atenção bastante reduzida tem um enorme impacto na forma como comunicamos ou apresentamos a oferta presencialmente num stand.

#5 VISUAL: O nervo ótico está ligado ao cérebro primitivo, transmitindo 25 vezes mais informação que o nervo auditivo; assim se dá corpo a “uma imagem vale mais que mil palavras”, pois o canal visual procura uma ligação rápida e eficaz ao verdadeiro decisor. Infográficos de performance e imagens com contrastes/comparações ajudam a precipitar uma decisão.

#6 EMOCIONAL: As neurociências demonstram claramente que uma emoção provoca uma reação química no cérebro, que influencia diretamente a maneira como processamos e memorizamos as informações; só se lembra de acontecimentos e informações de curto prazo, a não ser que experimente um forte cocktail emocional – isto pode ter utilidade na memorização quando comunicamos e vendemos experiências que apelam aos sentidos (o enquadramento e contexto num test-drive pode conseguir isso).

Agora imagine-se a utilizar estes estímulos em todo o seu storyselling a vender um automóvel – toda uma equipa orientada para abordagens mais eficazes; e também, em termos processuais, a ter um modelo de abordagem com esta estrutura: (1) diagnóstico das dores do seu cliente (problema que resolve de mobilidade); (2) identificação dos automóveis/gamas e benefícios que a marca entrega ao mercado (nicho ou segmento); (3) demonstração dos ganhos e uma proposta de valor robusta; terminando com (4) um bom impulso e ‘chamada para a ação’ na tomada de decisão de compra (condições comerciais e pós-venda). É possível, é fácil? Não é fácil e obriga a trabalho, mas é simples e possível quando a abordagem segue um modelo bem estruturado.

Em jeito de remate final, estou certo de que uma das soluções para algumas marcas passa mesmo pela (trans)formação das equipas de vendas para que estejam mais musculadas amanhã. Só me acredito em resultados com treino, com muito treino numa boa direção! “Treino duro, venda fácil”. Desafie-se a atingir melhores e maiores resultados!

Fiat dá prémios aos melhores condutores do Novo 500

O projecto Kiri, lançado pela Fiat juntamente com a start-up Kiri Technologies e desenvolvido com a Stellantis e-Mobility, é o primeiro programa de incentivo a um estilo de condução mais ‘eco-virtuoso’ do setor automóvel e premiou os 100 condutores mais talentosos de Itália, França, Alemanha, Reino Unido e Holanda com vouchers no valor de 100 euros para compras nas plataformas Amazon, Zalando e Apple Music.

Lançada em março passado, a iniciativa Kiri, que chegou agora ao fim, foi criada para estimular um estilo de condução amigo do ambiente, que permita otimizar o consumo de energia do veículo, atribuindo prémios aos condutores capazes de alcançar o melhor eco:Score. 

O Eco:Score é uma função da Uconnect Services que avalia, com uma pontuação de 0 a 100, o nível de eficiência do estilo de condução, ajudando o condutor a melhorar o consumo de energia em tempo real e, consequentemente, aumentando a autonomia.

A análise dos estilos de condução, utilizando o eco:Score, mostrou que os utilizadores registados no Kiri em Itália atingiram um índice 10 pontos melhor do que o dos utilizadores não registados. Além disso, os condutores mais virtuosos do concurso mostraram um ganho adicional de 10 pontos em relação à média da comunidade Kiri. Assim, os melhores condutores da comunidade ganharam cerca de 20 pontos no total, em comparação com o condutor médio não registado. Isto traduz-se num impacto análogo em termos da autonomia e dos custos de carregamento.

Nos treze países onde a iniciativa Kiri está disponível, foram acumulados um milhão e meio de KiriCoins, uma moeda virtual que pode ser utilizada num mercado dedicado para os condutores do 500 com um estilo de condução mais eco-sustentável. 

Quanto mais elevada for a pontuação ecológica, maior é o número de KiriCoins acumuladas. No trânsito urbano, com um eco:pontuação intermédia e uma quilometragem de cerca de 10.000 quilómetros por ano, podem ser acumulados até 150 euros sob a forma de KiriCoins.

A análise ao estilo de condução dos clientes do Novo 500, através do índice eco:Score, mostrou que os melhores participantes no concurso têm uma eficiência de condução que pode ser até 20% melhor do que a média. Isto tem um impacto positivo direto de 20% nos custos de carregamento e na autonomia do Novo 500.

Veículo elétrico vs. veículo de combustão. Qual polui mais?

Um novo estudo realizado pelo International Council on Clean Transportation (ICCT) desfaz o mito persistente de que os carros elétricos poluem tanto ou mais do que os carros equipados com motores de combustão interna. 

Ao contrário dos veículos a combustão, os elétricos não emitem gases com efeito de estufa para a atmosfera durante a sua utilização, no entanto não significa que não sejam poluentes. Ou seja, tal como qualquer outro produto, o fabrico de veículos elétricos envolve energia, assim como o seu carregamento e estas fases são poluentes (exceto se a energia utilizada para carregar for de origem renovável).

Mesmo assim, constata-se que os veículos elétricos são mais eficientes ao longo de todo o seu ciclo de vida, apesar das emissões envolvidas no processo de produção, sobretudo das baterias.

Há quem teime, no entanto, a afirmar que essas fontes de emissões tornam os carros elétricos mais poluentes do que aqueles que consomem gasolina ou gasóleo.  Esta ideia é desmentida pelo estudo do ICCT, onde é feita uma comparação global das emissões de gases com efeito estufa do ciclo de vida de motores a combustão e carros elétricos de passageiros.

O ICCT analisou todo o ciclo de vida, desde a obtenção dos materiais da bateria até à produção do veículo (elétricos e a combustão interna) e então recolheu dados de condução em diferentes mercados para obter uma emissão média do ciclo de vida do uso dos veículos. O grupo também usou o mix de eletricidade de cada região (Europa, EUA, China e Índia) para desenvolver as emissões médias de vida.

As conclusões mostram que os veículos elétricos a bateria poluem menos do que os carros movidos a gasolina, em todos os mercados analisados. Os resultados estão ilustrados na imagem abaixo.

Os resultados mostram que os veículos elétricos de batería (BEV) apresentam claramente as mais baixas emissões de gases de efeito de estufa, durante o ciclo de vida. A emissões médias ao longo da vida útil dos BEV de tamanho médio, registradas atualmente são mais baixas do que as dos automóveis a gasolina comparáveis em 66%-69% na Europa, 60%-68% nos Estados Unidos, 37%-45% na China e de 19% a 34% na Índia. Adicionalmente, à medida que o mix de eletricidade é descarbonizado, a diferença entre as emissões dos BEV e dos veículos com motores de combustão aumenta substancialmente.

Oracle compromete-se a utilizar apenas energia renovável a partir de 2025

A Oracle anunciou que, até 2025, o seu consumo total de energia em todo o mundo passará a ser suportado exclusivamente por fontes de energia renováveis, tanto suas instalações, como na sua cloud.

Safra Catz, CEO da Oracle, vê na adoção do consumo de energia renovável “um passo muito importante para se alcançar um futuro mais sustentável” e acrescenta que “[a] Oracle continuará a envidar todos os esforços para proteger o meio ambiente e para oferecer aos seus clientes tecnologias que lhes permitam reduzir as suas emissões de carbono”.

O objetivo da Oracle de consumo exclusivamente energia de fontes renováveis baseia-se nas prioridades que a empresa já tinha estabelecido a nível da sustentabilidade e que incluem uma Clean Cloud (os seus data centres adotarão o consumo exclusivo de energia renovável até 2025), reciclagem de hardware (em 2020 a Oracle recolheu 1.100 milhões de quilos de dispositivos de hardware obsoletos, 99,6% dos quais foram reutilizados ou reciclados), redução de resíduos (desde 2015, a Oracle reduziu em 25% a quantidade de resíduos que produz) e compras responsáveis (a Oracle espera que, até 2025, todos os seus principais fornecedores tenham um programa de sustentabilidade ambiental em vigor). 

Atualmente as regiões europeias da cloud da Oracle e 51 dos seus escritórios em todo o mundo já são totalmente alimentados com energias renováveis. 

MOBI.E lança concurso público para nova plataforma de gestão da rede de carregamento

A MOBI.E S.A. lançou um concurso público internacional para o desenvolvimento e implementação de uma nova plataforma de gestão da rede Mobi.E.  O anúncio prevê ainda a contratação dos serviços de gestão e manutenção e totaliza um investimento de 1,8 milhões de euros durante 3 anos, cofinanciado pelo POSEUR. 

A nova Plataforma de Gestão visa tornar a gestão da rede Mobi.E mais eficiente derivado do rápido crescimento da rede de carregamento de veículos elétricos em Portugal e na Europa e terá capacidade de absorver o crescimento da utilização da rede nos próximos anos.

Para o presidente da MOBI.E, Luís Barroso, este concurso “espelha a importância do crescimento da rede Mobi.E para o cumprimento das metas ambientais estabelecidas pelo Governo”, reforçando “a importância do papel da MOBI.E enquanto Entidade Gestora da rede de Mobilidade Elétrica, no respeito pelas características que estiveram na base da criação do modelo Mobi.E como a centralidade no utilizador através do acesso universal, já que o utilizador, ao ter acesso a um ponto, tem acesso a todos os mais de 3.900 pontos que constituem uma rede em franco crescimento”.

De acordo com as condições deste Concurso Público Internacional, disponível na plataforma eletrónica acinGov, os concorrentes dispõem de 60 dias para entregar as suas propostas, ou seja, até ao dia 12 de setembro, devendo a solução vencedora dispor de 15 meses para a sua implementação.

Desta forma, prevê-se que a nova plataforma venha substituir a atual em 2023, mantendo os protocolos e fluxos de informação e comunicação existentes de forma a minimizar os impactos desta migração nos parceiros, nomeadamente, nos Comercializadores de Energia para a Mobilidade Elétrica (CEME), nos Operadores de Pontos de Carregamento (OPC) e nos Detentores de Pontos de Carregamento (DPC).

Porto de Leixões vai descarbonizar e melhorar resiliência a fenómenos climáticos extremos

Foi aprovada, no passado dia 15 de julho, a candidatura da Administração do Porto de Leixões ‘Studies for the Sustainable Development of the Port Cluster of Leixões’, a única candidatura portuguesa a merecer aprovação na CALL 2020, do Connecting Europe Facility – Transport.

A Ação, com um valor de investimento aprovado de 990 mil euros e uma taxa de comparticipação de 50% (correspondendo a um co-financiamento de 495 mil euros), consiste em estudos preparatórios para intervenções nas áreas de resiliência das infraestruturas de proteção marítima e transição energética no Porto de Leixões e Cais da Arrábida, na Via Navegável do Douro.

Com o objetivo de cumprir os objetivos do Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal) de neutralidade climática no cluster portuário gerido pela APDL e fortalecendo os esforços de proteção ao clima e construção de resiliência, a Ação visa descarbonizar os sistemas energéticos do cluster portuário gerido pela APDL, além de resistência ao clima, construção de resiliência e prevenção e preparação de infraestruturas marítimas e portuárias.

De acordo com a APDL, a Ação permitirá ainda melhorar a resiliência das infraestruturas de proteção marítima, permitindo às infraestruturas de proteção resistir aos impactos de condições climáticas extremas, mantendo o porto operacional em todas as condições meteorológicas e contribuindo para a proteção da orla costeira e da entrada da barra do Douro, além de reduzir a poluição atmosférica e sonora e as emissões de GEE no cluster portuário, promovendo a transição energética através do fornecimento de energia elétrica em terra e melhorando métodos, equipamentos e regulamentos dentro das áreas portuárias, em cooperação com a comunidade portuária.

A APDL iniciou o Projeto Roadmap para a transição energética e descarbonização da atividade, que levará a alcançar a neutralidade carbónica e a autossuficiência energética em 2035, o que significará fazê-lo 15 anos mais cedo do que o estipulado no European Green Deal.

Frota automóvel da Capgemini passa a ser 100% híbrida e elétrica

A Capgemini acaba de anunciar que, a partir de agora, apenas vai encomendar carros ligeiros e comerciais híbridos e elétricos para a sua frota mundial, composta atualmente por 12.000 veículos.

A suspensão imediata das encomendas de novos veículos 100% a gasóleo ou gasolina é uma medida que está enquadrada na estratégia do grupo e que visa promover a transição para uma frota totalmente elétrica até 2030. De acordo com a Capgemini, esta iniciativa corrobora o empenho em que as operações alcancem a neutralidade carbónica até 2025 e em atingir as zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2030.

O Grupo Capgemini também aderiu à iniciativa mundial EV100, que reúne as empresas que optam por veículos elétricos (EV), para reforçar o seu compromisso de acelerar a transição a nível global para frotas 100% elétricas. Antes da pandemia da Covid-19 as viagens de negócios eram responsáveis por mais de 10% das emissões poluentes da Capgemini, pelo que se espera que a transição para frotas automóveis mais verdes tenha um impacto significativo.

O compromisso com a adoção de veículos elétricos faz parte de um processo de transformação mais abrangente  a favor de viagens mais sustentáveis, incluindo a introdução de uma nova política que tem como objetivo reduzir as viagens de negócios sempre que possível, orientando os colaboradores para alternativas menos poluentes e para preferirem as formas de deslocação mais  amigas do ambiente.

O Grupo assinou novos contratos com empresas de leasing automóvel e com fabricantes automóveis que disponibilizam carros elétricos e híbridos. Segundo o comunicado da empresa, esta política de suspensão de todas as encomendas de automóveis movidos a energia 100% fóssil (diesel ou/e a gasolina) com motores de combustão interna (MCI) já começou a produzir resultados: cerca de 13% dos veículos mais poluentes que integram a frota da Capgemini irão desaparecer já este ano e mais 24% em 2022. Até ao final de 2022 mais de 50% da frota do Grupo passará a ser híbrida ou elétrica, e esta percentagem irá aumentar para os 100% até ao final de 2025. 

Vincent Moreau, diretor de Real Estate and Fleet Management da Capgemini, afirma: “À medida que o impacto das emissões de carbono nas alterações climáticas ganha cada vez mais terreno na agenda das preocupações em todo o mundo, a Capgemini enquanto líder global está empenhada em tomar medidas ousadas e concretas, que permitam acelerar a transição para modelos de viagens e deslocações mais sustentáveis e amigas do ambiente. Esta iniciativa é um passo decisivo na nossa estratégia de transição para uma frota de veículos elétricos. Estamos ansiosos por fazer parcerias com outras organizações através do EV100, de modo a partilharmos as melhores práticas e a ganharmos a escala e a velocidade necessárias para alcançarmos o nosso objetivo de zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2030”.

Em paralelo com a transição da sua frota automóvel, a Capgemini aumentou também os investimentos nos pontos de carregamentos dos veículos elétricos e prevê passar as suas operações para a eletricidade 100% renovável até 2025, no âmbito do seu compromisso RE100.

De acordo com a Capgemini, a adesão ao EV100 reforçará a capacidade do grupo para evoluir para as zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa através do acesso à aprendizagem mútua e ao diálogo, conjuntamente com os compromissos públicos assumidos com os EV. Os membros do EV100 estão a trabalhar em conjunto para promover ainda mais esta transformação sustentável e para inspirarem a mudança das políticas públicas relativas à adoção de veículos elétricos. 

I. FST Lisboa: A Equipa

I. FST Lisboa: A Equipa

A FST Lisboa é um núcleo de estudantes do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa que projeta, constrói e testa veículos do tipo fórmula, com o objetivo final de representar Portugal nas competições internacionais de Formula Student.

Esta é a maior competição para estudantes de engenharia a nível mundial e é palco de estreia de muitos avanços na tecnologia de motorsports. É considerada, por muitos, como a competição mais inovadora após a Fórmula 1.

Criada em 2001, a FST Lisboa é uma das equipas de Formula Student mais ativas em Portugal. Contando já com 10 protótipos, a equipa é pioneira neste tipo de projetos e, como tal, um símbolo de inovação em Engenharia.

Em 2010, já com 3 carros a combustão construídos,  concluímos a produção do FST 04e, o primeiro carro elétrico de alta performance desenvolvido em Portugal, que marcou o início do envolvimento da Novabase enquanto patrocinador principal.

Em 2012, a construção do FST 05e trouxe uma mudança de paradigma, tendo sido este o primeiro chassis monocoque de fibra de carbono desenvolvido em Portugal e o primeiro protótipo da equipa com pacote aerodinâmico. 

O FST 06e foi um carro muito fiável, que foi resultado de um período de testes longo que conduziu a uma excelente optimização dos vários sistemas, permitindo ao FST 06e atingir o melhor resultado da equipa em competições até 2019. 

Em 2017, o FST 07e foi o primeiro protótipo com motor em 4 rodas completamente desenvolvido em Portugal e em 2018 a equipa produziu o FST 08e em apenas um ano. 

Em 2019, o FST 09e veio colocar a equipa entre as melhores performances em competições, tendo obtido o 9º lugar na Formula Student Germany e batido vários recordes da equipa. 

Esta época, a equipa é constituída por quase 60 estudantes de diversos cursos, como Engenharia Mecânica, Eletrotécnica, Aeroespacial e Informática, e ainda Gestão. Terminámos recentemente a manufatura da 10ª geração de carros da equipa, os FST 10. 

O FST 10e é o 10º carro da equipa e o 7º carro elétrico. Conta com um chassis monocoque de fibra de carbono,  pacote aerodinâmico e um motor em cada roda. A  bateria é totalmente desenvolvida pela equipa com uma potência de 80 kW e menos 20 quilogramas que a anterior. Tem um sistema de telemetria melhorado e controladores que correm um algoritmo de vetorização de potência de cada um dos motores, otimizando a performance do carro em curva. 

O FST 10d é a adaptação do FST 09e a uma versão driverless (sem piloto). Conta com sistemas autónomos que substituem a visão e sensações do piloto através da integração de tecnologias de visão computacional, fazendo uso de uma câmara, um LiDAR, um AHRS (attitude and heading reference system) e uma unidade de processamento. Tudo isto associado a sistemas de segurança complexos e inovadores.

Novo CEO da Honda anuncia eletrificação total em 2040

A Honda é o primeiro dos grandes fabricantes automóveis do Japão a avançar com uma data oficial para abandonar os veículos alimentados por combustíveis fóssieis. O novo CEO da marca, Toshihiro Mibe, anunciou que a Honda será totalmente elétrica em 2040.

O anúncio da Honda confirma os rumores dos últimos meses. Em 2020, a marca japonesa associou-se à GM para desenvolver dois novos automóveis elétricos, tendo por base as baterias Ultimum do fabricante norte-americano. A marca também anunciou que, a partir de 2022, apenas venderá veículos eletrificados na Europa.

Apesar de terem mostrado alguma resistência inicial à necessária transição para os veículos eletrificados, estratégia adotada mais rapidamente pelos fabricantes europeus, coreanos, chineses e norte-americanos, as marcas japonesas têm procurado recuperar o terreno perdido, com a apresentação de novos modelos BEV e HPHEV – além de modelos equipados com pilhas de combustível de hidrógénio.

Alguns críticos classificaram de tímido o objetivo 2040 da Honda, assinalando também que a declaração de Mibe não inclui nenhum anúncio de novos modelos ou novos investimentos. Mas para Yachiyo Tanaka, analista da empresa de investigação Fourin, este “é um objetivo muito audaz. A Honda comprometeu-se a se adiantar a outros fabricantes de automóveis mediante a introdução das últimas tecnologias”.

De acordo com a Bloomberg, alguns analistas questionam se o objetivo de 2040 é realista. No entanto, o novo CEO da Honda foi já elogiado pelos engenheiros da empresa por traçar uma estratégia clara e trazer um sentimento geral mais positivo. O próprio Mibe é engenhero de formação e está ligado à empresa há 34 anos.

Tomiji Sugimoto, antigo engenheiro da Honda, acredita que o êxito da empresa no novo mundo elétrico dependerá “do quão rápido possamos fazer com que o negócio dos veículos elétricos seja rentável. As empresas que forem capazes de o fazer rapidamente sobreviverão”.

Novo Hyundai IONIQ 5 já disponível em Portugal

Novo Hyundai IONIQ 5 já disponível em Portugal

A mais recente novidade da Hyundai já chegou a Portugal e não só representa um passo em direção à mobilidade sustentável como também redefine os padrões da mobilidade elétrica com um design interior inovador, construído com materiais sustentáveis, e uma performance “poderosa”, de acordo com a marca.

Este novo crossover urbano é o primeiro da marca IONIQ, dedicada em exclusivo à produção de veículos 100% elétricos e é também o primeiro modelo construído com base na Plataforma Modular Global-Elétrica (E-GMP) do Hyundai Motor Group, o que lhe confere uma capacidade de carregamento reforçada, traduzida numa carga mais rápida e numa maior autonomia.

Por via da tecnologia 800 V, o Novo Hyundai IONIQ 5 apresenta um carregamento dos 10 aos 80 por cento em apenas 18 minutos e, ainda, 100 quilómetros em apenas 5 minutos. O Hyundai IONIQ 5 possui uma autonomia de 686 quilómetros em condução urbana.

Uma das principais novidades é a tecnologia Vehicle to Load (V2L) que transforma o Novo IONIQ 5 num powerbank móvel, capaz de alimentar outros automóveis elétricos (EV ou PHEV) ou equipamentos elétricos (110/220 V), graças às entradas interior e exterior presentes neste CUV.

O novo IONIQ 5 surge equipado com tecnologia de ponta para oferecer, segundo a Hyundai, uma experiência digital avançada. Desenhado para projetar informação relevante na linha de visão do condutor, o head-up display de realidade aumentada é um dos principais destaques tecnológicos, a par do ecrã tátil de infotainment de 12,3 polegadas, que integra os sistemas de conetividade Android Auto, Apple CarPlay e Hyundai Bluelink. Está também incluído um sistema de carregamento sem fios e reconhecimento por voz.

O IONIQ 5 é o primeiro modelo a oferecer a Assistência à Condução em Autoestrada que combina Navegação com base no cruise control e Assistência de Acompanhamento da Faixa de Rodagem, e utiliza capacidades de condução autónoma nível 2.

O Hyundai IONIQ 5 já está disponível em Portugal, com preços a partir de 50.990 euros.