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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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Dacia Spring para democratizar a mobilidade elétrica

A Dacia estreou-se no mundo dos automóveis movidos a bateria e lançou o seu primeiro modelo 100% elétrico – o novo Spring –, que a marca garante ser uma verdadeira r-EV-olução.

Apresenta-se como o automóvel elétrico mais acessível do mercado europeu (a partir de 16.800 euros em Portugal), com o objetivo de tornar a mobilidade elétrica acessível a um maior leque de consumidores.

Com linhas de SUV, o novo Spring tem uma “essência urbana”, espaço para quatro ocupantes e está equipado com um motor elétrico simples, mas “muito fiável”. Com 33 kW (equivalentes a 44 cavalos) de potência, o motor é alimentado por uma bateria com 27,4 kWh de capacidade, possibilitando uma autonomia de 230 quilómetros (WLTP combinado) ou 305 quilómetros em ambiente 100% urbano (ciclo WLTP cidade).

O novo Spring atinge 80% de carga em menos de uma hora, num terminal de 30 kW DC e os 100% em menos de uma hora e meia. Através de uma wallbox de 7,4 kW, pode ser totalmente carregado em menos de cinco horas, enquanto numa de 3,7 kW demora cerca de oito horas e meia para chegar aos 100%. Se a opção passar por carregar totalmente a bateria numa tomada doméstica de 2,3 kW, os 100% são atingidos em menos de catorze horas.

Determinadas versões têm disponível o sistema multimédia Media Nav, que inclui um ecrã tátil de 7”, navegação, rádio DAB (digital), compatibilidade sem fios para Apple CarPlay e Android Auto, Bluetooth, ligação USB e saída Auxiliar. A ativação do sistema de reconhecimento de voz (através do smartphone) está localizada no volante. Com este, os condutores podem ativar por voz e controlar os sistemas iOS ou Google a partir do smartphone.

Este primeiro modelo 100% elétrico da Dacia está disponível em três versões: uma versão de vendas a clientes particulares, cujas pré-reservas começaram em março e as primeiras entregas estão previstas para o outono de 2021; uma versão para empresas, já disponível para o mercado de rent-a-car, frotas e empresas de car sharing e, por fim, estará disponível uma variante comercial ‘cargo’, sem bancos traseiros, ideal para as entregas de último quilómetro e que será lançada no início de 2022.

Coreia do Sul desenvolve plataforma de testes para embarcações ‘verdes’

O Ministério dos Oceanos e Pescas da Coreia do Sul anunciou que o país desenvolverá a primeira plataforma completa de testes do mundo para sistemas alternativos de propulsão marítima, incluindo aplicações elétricas e de hidrogénio. 

O projeto é apoiado por um investimento de cerca de 26 milhões de euros e deve estar concluído até 2025, contando com o Instituto Marítimo da Coreia e o Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia como parceiros de pesquisa.

Após a Organização Marítima Internacional (IMO) ter imposto regulamentos mais estritos sobre a emissão de gases de efeito de estufa e a implementação do próximo Sistema de Comércio de Emissões da UE (EU-ETS), as autoridades coreanas afirmam que os mercados marítimos globais precisam de mudar as formas tradicionais e existentes de propulsão para opções mais ecológicas.

Gu Do-yung, diretor do Ministério dos Oceanos e Pescas espera que “este projeto melhore muito as condições para o desenvolvimento de tecnologias ecológicas relacionadas com embarcações”, anunciando também o comprometimento da Coreia do Sul no desenvolvimento de cidades neutras em carbono. 

Com o projeto definido para começar já este mês, os institutos de pesquisa promoverão o desenvolvimento de tecnologias práticas através da construção de uma plataforma de teste ecológica juntamente com o desenvolvimento de combustíveis mistos de GNL-amoníaco para navios.

Ao lado da plataforma, existem planos para um centro de teste e pesquisa de 5.000 m2 no Porto Sul de Mokpo. Após a conclusão do projeto em 2025, empresas de transporte marítimo sustentável ​​e institutos de investigação poderão testar as sua próprias tecnologias no local.

BMW e Ford investem em baterias de estado sólido

A Solid Power, líder na indústria de baterias de estado sólido para veículos elétricos, anunciou uma ronda de investimento, de Série B, de cerca de 106 milhões de euros, liderada pelo Grupo BMW, Ford Motor Company e Volta Energy Technologies. A Ford e o Grupo BMW também expandiram os acordos de desenvolvimento conjunto existentes com a Solid Power para garantir baterias de estado sólido para futuros veículos elétricos.

O investimento possibilita à Solid Power iniciar a produção de baterias em grande escala, bem como o aumento da produção de material associado e ainda a expansão das capacidades de produção interna para futura integração de veículos. O Grupo BMW e a Ford pretendem utilizar a tecnologia de bateria de estado sólido de baixo custo e alta densidade energética da Solid Power nos próximos veículos elétricos.

Doug Campbell, CEO e cofundador da Solid Power afirma que a “BMW e a Ford agora partilham posições de liderança na corrida de veículos elétricos movidos a bateria de estado sólido” e acrescenta que, por sua vez, “a Solid Power planeia começar a produzir baterias em escala automobilística na linha de produção piloto da empresa no início de 2022, como resultado do compromisso contínuo dos nossos parceiros com os esforços de comercialização da Solid Power”.

A Solid Power demonstrou a sua capacidade na produção de baterias de estado sólido de última geração, projetadas para fornecer energia a veículos elétricos de maior autonomai, com um custo menor e mais seguras, usando a infraestrutura existente de fabrico de baterias de ião lítio.

Ted Miller, gerente de Subsistemas de Eletrificação e Pesquisa de Fornecimento de Energia da Ford reconhece que “a tecnologia de bateria de estado sólido é importante para o futuro dos veículos elétricos e é por isso que investimos diretamente”, acrescentando que “ao simplificar o projeto de baterias de estado sólido versus baterias de ião lítio, seremos capazes de aumentar a autonomia do veículo, melhorar o espaço interior e o volume de carga, entregar custos mais baixos e melhor valor para os clientes”.

Esquema ilustrativo das diferenças entre uma bateria de ião lítio convencional, com eletrólito líquido, e uma bateria de estado sólido

A Solid Power está a produzir atualmente baterias de estado sólido de 20 amperes-hora (Ah) na linha de produção contínua da empresa, que utiliza exclusivamente processos e equipamentos de produção de ião lítio, padrão da indústria.

Tanto a Ford quanto o Grupo BMW receberão células de 100 Ah em escala real para testes de qualificação automobilística e integração de veículos a partir de 2022. A tecnologia de plataforma de estado sólido da Solid Power permite a produção de designs de células exclusivos que devem atender aos requisitos de desempenho de cada parceiro automotivo. Os designs de células verdadeiramente sólidas da Solid Power atingem densidades de energia mais altas, são mais seguros e devem custar menos do que as células de bateria de íon-lítio de melhor desempenho disponíveis atualmente.

Novo design de motor elétrico promete revolucionar a indústria dos veículos elétricos

Novo design de motor promete revolucionar a indústria dos veículos elétricos

Uma startup israelita revelou um novo motor elétrico que promete um melhor desempenho para os veículos elétricos e com custos mais baixos de produção.

O motor elétrico desenvolvido pela empresa EVR Motors é baseado numa nova topologia designada TSRF (Trapezoidal Stator Radial Flux). De acordo com os testes da entidade, o novo motor tem menos de metade do tamanho e é mais leve do que os motores RFPM (Radial Flux Permanent Magnet) de última geração com potência semelhante já existentes.

Opher Doron, CEO da EVR Motors, orgulha-se de terem conseguido “melhorar o design básico do motor elétrico, que permaneceu praticamente o mesmo nas últimas décadas, mantendo as vantagens tradicionais dos motores de fluxo radial”

A EVR Motors pode adaptar a solução TSRF à maioria dos veículos, quer sejam veículos de duas rodas, automóveis e/ou camiões, quer sejam veículos elétricos ou híbridos. Isto é possível graças à voltagem compreendida entre os 48 V e os 800 V, adequada para diferentes níveis de potência e para uma ampla faixa de velocidades.

A transformação da indústria colocou uma enorme pressão sobre os fabricantes de automóveis para combinar o desempenho e o custo do motor de combustão interna com motores pequenos, leves e de preços competitivos. Doron afirma que os “nossos motores pequenos e leves fornecerão aos fabricantes de veículos um desempenho aprimorado, aumentando a flexibilidade de instalação e reduzindo os custos.”

A empresa israelita conduziu recentemente testes num motor de tração protótipo projetado para veículos elétricos de duas e três rodas. O motor refrigerado a ar conseguiu o melhor pico de potência da classe de 17 kW e 40 Nm de binário, a partir de um volume de 2 litros – pesando apenas 9 quilogramas –, superando de longe outros pequenos motores de fluxo radial. Versões adicionais do motor serão testadas nos próximos meses, incluindo versões com diferentes tensões, versões refrigeradas a líquido e versões baseadas em íman de ferrite.

Paralelamente, estão em desenvolvimento motores de maiores dimensões, adequados a veículos comerciais e de passageiros convencionais.

A EVR espera que a sua nova arquitetura de motorização seja adaptada a uma ampla gama de veículos em cooperação com os fabricantes automóveis. A introdução deste novo motor no mercado está prevista ainda para o presente ano.

Barcelona instala o primeiro pavimento fotovoltaico de Espanha

O primeiro pavimento fotovoltaico de Espanha foi recentemente instalado em Barcelona, como parte do esforço da cidade para se tornar neutra em carbono até 2050.

A maioria da energia solar de Espanha provém de quintas em áreas remotas onde, onde o preço dos terrenos é reduzido, mas que ficam muito longe dos centros populacionais. A mudança tem o objetivo de aumentar a capacidade de geração nas cidades, local onde a energia é mais necessária.

Assim, instalaram-se 50 metros de painéis solares antiderrapantes, num parque da zona de Glòries, que irão gerar 7.560 kWh por ano, o suficiente para abastecer três habitações.

Apesar do esforço, a alta densidade populacional de Barcelona dificulta a possibilidade de gerar eletricidade suficiente dentro dos limites da cidade para que esta se torne autossuficiente.

Eloi Badia, responsável pela área de emergência climática e transição ecológica no município de Barcelona, refere que para “atingir a meta de emissões zero, teremos que pensar em fornecer eletricidade para prédios, mas também teremos que pensar em usar parques eólicos e fotovoltaicos fora da cidade”, mas reconhece que “instalações no terreno como esta abrem novas possibilidades, e não apenas para Barcelona.”

Badia alerta ainda para o facto de ser necessário “avaliar o desgaste, porque obviamente não é o mesmo que colocar painéis num telhado, embora sejam altamente resistentes”.

A cidade contribuiu com 30.000 euros para o projeto, sendo o restante suportado pelo fabricante, a empresa Platio Solar. A viabilidade do esquema será avaliada após seis meses. 

Quanto aos lucros, um projeto piloto desta natureza não permite prever exatamente quanto seria possível poupar se a área de painéis fosse maior. No entanto, Badia abre a possibilidade de, caso este esquema seja bem-sucedido, “fornecer energia à iluminação e outras instalações públicas”.

O esquema de Barcelona segue a instalação de um espaço de 25 metros de ciclovia fotovoltaica na cidade holandesa de Utrecht, no ano passado. A eletricidade gerada é usada para alimentar a iluminação e também para aquecer o piso no inverno, para evitar a formação de gelo.

Hidrogénio sim, mas apenas para produzir eletricidade

De acordo com uma análise científica publicada na revista Nature Climate Change, o uso de combustíveis à base de hidrogénio para carros e aquecimento doméstico aumenta o risco de dependência de combustíveis fósseis. Por esta razão, os cientistas afirmam que a eletrificação de automóveis e de caldeiras domésticas é a melhor escolha para combater a crise climática.

Os combustíveis produzidos a partir de hidrogénio podem ser usados ​​como substitutos diretos do petróleo e do gás e podem ter baixo teor de carbono, se a eletricidade utilizada para produzir esses ‘e-combustíveis’ for renovável. No entanto, o estudo descobriu que usar a eletricidade para alimentar diretamente carros e aquecer casas era muito mais eficiente. 

A estimativa desta análise recente é que os combustíveis à base de hidrogénio sejam muito caros e escassos na próxima década. Portanto, equipamentos como caldeiras ‘prontas para hidrogénio’ podem acabar por depender do gás fóssil e continuar a produzir as emissões de carbono que impulsionam o aquecimento global. Por outro lado, alguns setores como a aviação, o transporte marítimo ou produção de aço e de alguns produtos químicos são extremamente difíceis de eletrificar.

A pesquisa calculou que a produção e a queima de combustíveis à base de hidrogénio em caldeiras domésticas a gás exigiam entre 6 a 14 vezes mais eletricidade do que as bombas de calor, para o mesmo nível de aquecimento. Isto ocorre porque a energia é desperdiçada na criação do hidrogénio, depois no e-combustível e depois na sua queima. Nos automóveis, o uso de e-fuels requer cinco vezes mais eletricidade do que o necessário para carros movidos a bateria.

Usar a eletricidade para criar hidrogénio a partir da água e então usar dióxido de carbono para fabricar outros combustíveis pode reduzir o uso de combustíveis fósseis. Mas o novo estudo conclui que pode não funcionar numa escala suficientemente grande para lidar a tempo com a emergência climática.

Os cientistas reconheceram ser necessário recorrer a combustíveis à base de hidrogénio para alcançar a neutralidade carbónica até 2050, contudo alertaram para os enormes investimentos necessários em tecnologia e taxas de carbono, para que isto seja possível. 

Falko Ueckerdt, do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático (PIK), na Alemanha, que liderou a pesquisa, afirma que “devemos priorizar os preciosos combustíveis à base de hidrogénio para aplicações às quais são indispensáveis: aviação de longa distância, matérias-primas na produção de produtos químicos e produção de aço”, caso contrário corremos o risco de gastar mais petróleo e gás, reconhece.

Neste sentido, o professor Gunnar Luderer, também do PIK e membro da equipa do estudo, reconhece que “como as metas climáticas exigem reduções imediatas de emissões, a eletrificação direta deve vir em primeiro lugar para garantir um futuro seguro”.

Entrevista: Luís Estrela, Coordenador da Fundação do Futebol - Liga Portugal

Entrevista: Luís Estrela, Coordenador da Fundação do Futebol – Liga Portugal

A Green Future AutoMagazine foi conhecer junto de Luís Estrela, Coordenador da Fundação do Futebol – Liga Portugal, os projetos promovidos pela instituição, bem como todo o trabalho desenvolvido em matéria de sustentabilidade ecológica.

O Luís Estrela é Coordenador da Fundação do Futebol da Liga Portugal. Como e quando é que surgiu esta Fundação? Qual o seu principal propósito?

A Fundação do Futebol – Liga Portugal está prestes a comemorar o seu terceiro aniversário, dia 18 de julho, pelo que é ainda um projeto jovem. A Fundação do Futebol nasce de um antigo desígnio do presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, que desde sempre defendeu e defende que a notoriedade do Futebol deverá estar ao serviço da sociedade e do bem comum. A Fundação do Futebol, além de defender e propagar os valores inerentes ao Futebol – como igualdade, equidade, justiça, fair-play, respeito, inclusão, e de abraçar e amplificar causas nobres, tem ainda o vincado papel de influenciar e ajudar as Sociedades Desportivas a promoverem ações de Responsabilidade Social que, no terreno, contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos seus adeptos e das suas comunidades.

Será possível revelar aos leitores da Green Future AutoMagazine quais os desafios e motivações que um Coordenador da Fundação do Futebol enfrenta?

A motivação é imensa e renovada diariamente, pois fazer da Responsabilidade Social um instrumento de trabalho cimentando-a na narrativa do Futebol Profissional, esse fenómeno de massas que faz vibrar milhões e que tem a capacidade de influenciar transversalmente toda a sociedade, pelo seu exemplo. Os maiores desafios, a curto prazo, passam por solidificar o posicionamento da Fundação do Futebol, contagiando todas as Sociedades Desportivas do Futebol Profissional a usarem o seu nome, a sua força, os seus ativos para reforço e construção de uma sociedade mais equitativa e feliz, sendo, igualmente, desafiante incutir nos emblemas do Futebol Profissional o projeto de também eles criarem uma Fundação. O desafio para os tempos vindouros é ajudar a concretizar a ideia de um Clube, uma Sociedade Desportiva, uma Fundação. 

A responsabilidade social e a sustentabilidade ecológica são valores importantes para a Fundação de Futebol e para a Liga Portugal. De que forma é que ambas as entidades tentam melhorar a igualdade social e a promoção para a adoção de práticas mais amigas do ambiente?

Primeiro praticamos o que defendemos – reciclamos, poupamos águas e energia, reduzimos os desperdícios. Depois amplificamos e enfatizamos causas que visem a preservação ambiental e todos os cuidados com o planeta de amanhã. Criamos já- fruto de várias reuniões com os Grupos de Trabalho da Responsabilidade Social da Liga Portugal – um manual de sustentabilidade ambiental, em conjunto com a Sociedade Ponto Verde. Um manual com dicas e diretrizes ambientais, a implementar nos estádios, nos centros de treinos e nos edifícios administrativos das Sociedades Desportivas, e com exemplos de emblemas preocupados com o meio ambiente – clubes como o Estoril Praia, que instalou painéis solares, como o CD Mafra e o FC Paços de Ferreira que faz o reaproveitamento das águas. É missão da Fundação do Futebol instigar a boas práticas ambientais no Futebol Profissional, mediatizando e divulgando grandes iniciativas que contagiem e sirvam de exemplo aos demais. 

Entre as muitas áreas de atuação da Fundação do Futebol, encontram-se algumas relacionadas com a sustentabilidade, cuja missão é difundir a política dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar). O que é que a Fundação tem feito para seguir este princípio? 

Nos próprios edifícios da Liga Portugal – tanto no Porto como em Lisboa, levamos a reciclagem a sério, separando o lixo em contentores apropriados. Inclusivé quer a Liga Portugal quer a Fundação do Futebol foram distinguidas com a certificação 3R6, atribuída pela Sociedade Ponto Verde. Já trabalhamos em conjunto para sensibilizar as Sociedades Desportivas a adotarem estas boas práticas nos seus estádios e recintos. Para mais estamos sempre disponíveis para nos associarmos a campanhas que visem esta prática – há muito tempo que assinalamos o 17 de maio – dia internacional da reciclagem.

Na edição de 2019-2020 da Allianz Cup, a Fundação do Futebol – Liga Portugal celebrou uma parceria com a Sociedade Ponto Verde, com vista à promoção de boas práticas ambientais. Considerando o peso que o futebol tem na sociedade portuguesa, acredita ser este o melhor veículo para o fomento de comportamentos mais sustentáveis? Estão previstas mais parcerias como esta?

As parcerias são enorme exemplo de Responsabilidade Social. São aconselhadas pela agenda 2030 e temos sempre muito a aprender e a amadurecer com o trabalho em conjunto. Quem há muito trabalha nesta área verde, chamemos-lhe assim, sabe bem os terrenos que pisa e pode sempre guiar-nos a fazer mais e melhor. A Sociedade Ponto Verde é um grande amparo da Fundação do Futebol, agradecendo-lhe, desde já, por todas as partilhas e colaborações para connosco e para com o Futebol Profissional. 

Focando o nosso assunto em matéria de ambiente e sustentabilidade, como é que o futebol no geral e a Liga em particular (sendo que ambos dispõem de muita visibilidade e influência junto dos cidadãos) podem contribuir para a sensibilização da sociedade para a necessidade de mudanças de hábitos em prol do ambiente? 

Exatamente usando da melhor forma o seu mediatismo e notoriedade. Ainda há pouco tempo, a mascote da Liga Portugal – O Ligas – foi plantar árvores com jogadores do Estoril Praia num parque de Cascais. O CD Feirense tem rubrica bi-semanal, usando também a sua mascote – o Billas – a sugerir boas práticas ambientais. É o projeto Eco-Billas! Campanhas e ações que saudamos, incentivamos e amplificamos. O mundo em que vivemos é responsabilidade nossa. É Responsabilidade Social. É essa a nossa essência e missão! O Futebol Profissional dá o exemplo, ganha jogos e seguidores neste campo!

Entre os objetivos estratégicos mencionados no Plano de Atividades da Fundação (2019-2020) encontra-se a promoção da consciencialização para a responsabilidade ecológica no futebol. Esse objetivo foi alcançado? De que forma?  

Este é um objetivo que não se esgota, sendo transversal a todas as temporadas e tempos. Vamos conseguido baby steps, pequenas conquistas que se revelam enormes no grande foco que é a consciencialização ambiental. Tudo o que façamos pelo ambiente é sempre pouco, pelo que o objetivo e as suas estratégias se vão, também ele, renovando, reciclando. 

Em 2019/2020 desenvolveram a Liga Ambiente. Qual é o seu propósito e que alcance teve?

A Liga Ambiente, com o apoio da Sociedade Ponto Verde, permitiu-nos fazer um levantamento das preocupações e ações das Sociedades Desportivas em termos ambientais. Possibilitamos a todos os emblemas profissionais uma consultoria com a Sociedade Ponto Verde que, em contacto direto com as Sociedades Desportivas, deixou-lhes sugestões para melhorarem o seu quotidiano ambiental. Foi-lhes, inclusive, mostrado que, em termos de poupança de energia e águas, podem chegar a reduzir-se faturas com a adoção de boas práticas ambientais. Esses mesmos emblemas receberam um selo por nós instituído atribuindo-lhes o estatuto de emblema exemplo nesta área da sustentabilidade ambiental. O alcance foi bom, já que, estas questões ambientais, e parafraseando expressão conhecida, primeiro estranham-se e depois entranham-se. A adesão foi boa pelo que só podemos estar satisfeitos e orgulhosos.  

Por último, e abordando o tema do momento da Super Liga Europeia, considera que a sustentabilidade do futebol passa por uma transformação da competição? O que crê ser preciso para melhorar a sustentabilidade económica dos clubes?

A Fundação do Futebol pauta o seu percurso e a sua implementação num contexto solidário, de compromisso com o futebol e a sua comunidade, onde todos os parceiros têm um enquadramento igualitário, sem sectarismos ou divisões. O futebol tem de ser, cada vez mais, união, cooperação, inclusão e emoção. A criação de uma Super Liga Europeia contraria esses pilares, sendo apresentada como uma competição exclusiva. A festa do futebol é global, multigeracional, socialmente transversal, inclusiva e agregadora, distante do conceito de uma festa privada com convite e dress-code.

O futebol, tal como a sociedade, é mutável, todos os dias testa a sua capacidade de evolução. Deste modo, as suas competições também carecem dessa abordagem humilde de melhoria e adaptabilidade, sendo que o principal ativo terá de ser os adeptos, no final de cada equação, bem como o produto que lhe é apresentado.

A sustentabilidade económica dos clubes é, cada vez mais, uma preocupação constante de quem os dirige. Olhando para a captação de novos públicos, da criação de um conceito de espetáculo desportivo face ao simples jogo, a afirmação de fidelização do adepto, na amplitude do papel do associado, e na relação que cada instituição desportiva deverá ter na sua comunidade, malha empresarial, de intercâmbio potenciação regional e nacional. 

Bentley com SUV totalmente elétrico em 2025

O primeiro Bentley totalmente elétrico chegará ao mercado em 2025, prevendo-se que seja um SUV baseado na plataforma Artemis, do Grupo Volkswagen, um projeto liderado pela Audi.

O CEO da Bentley, Adrian Hallmark, vê o ano de 2025 como “a altura certa” para o lançamento do primeiro elétrico da marca. Segundo Hallmark, e apesar de não liderar, a fabricante inglesa beneficiará da parceria com a Artemis, afirmando que as “sinergias com a Audi serão mais estreitas”.

“O peso é uma preocupação”, admitiu ainda Hallmark, acrescentando contudo: “Mas estamos a ver uma evolução rápida na densidade de energia da baterias e estamos empenhados em tornar as coisas mais leves e aerodinâmicas. E os veículos com baterias elétricas são adequados para a Bentley: silenciosos, fáceis, com binários elevados e rendimento refinado”.

A Bentley apresentou pela primeira vez uma versão híbrida plug-in do SUV Bentayga em 2019, contudo ainda não existe a informação se o novo modelo também fará parte desta linha ou de uma outra totalmente diferente.

Por fim, perspetivam-se que sejam lançados outros modelos híbridos plug-in antes deste primeiro automóvel totalmente elétrico ser revelado pela marca.

NIO chega à Europa

O fabricante chinês NIO vai expandir-se para a Europa, começando com o lançamento dos seus veículos elétricos na Noruega.

Desde a sua fundação que a NIO tem ambições globais mas, no entanto, deparou-se com as dificuldades que envolvem colocar um carro elétrico no mercado e, por isso mesmo, concentrou-se em acelerar as coisas na China. Nesta altura é reconhecida como um dos melhores fabricantes de automóveis EV no seu país de origem. 

Poucos anos depois de ter começado as vendas na China, a empresa alcança agora o mercado europeu. Este ano começarão a comercializar o SUV elétrico. No próximo ano seguir-se-á o novo ET7.

Além de trazer estes veículos para a Noruega, a NIO também anunciou o seu plano de infraestruturas para o mercado, começando com lojas, centros de serviços, estações de carregamento e estações de troca de baterias.

O primeiro centro de serviços e de entrega da NIO em Oslo será inaugurado em setembro. Em 2022, a sua rede de serviços pós-venda expandir-se-á em todo o país. Para oferecer aos utilizadores uma experiência de serviço premium na Noruega, a NIO fornecerá serviço móvel e serviços de recolha e entrega de automóveis.

A NIO também trará seu sistema holístico de carregamento e troca de baterias para o país escandinavo. A empresa chinesa pretende estabelecer um mapa de carregamento na Europa e apresentar as suas primeiras quatro estações NIO Power Swap. Até o final de 2022, a NIO estima ter estações de troca de bateria na Noruega em cinco grandes cidades e principais eixos rodoviários.

Apesar da empresa não ter referido, espera-se que a empresa alargue as suas atividades a outros mercado europeus num futuro próximo.