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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Elétricos a bateria começam o ano ‘a abrir’

O início de 2023 continua a trazer boas notícias para o mercado dos veículos eletrificados em Portugal. De acordo com dados da ACAP, as vendas de ligeiros de passageiros e ligeiros de mercadorias registaram, em janeiro, crescimentos homólgos superiores a 50%, com especial destaque para os automóveis elétricos a bateria.

A Associação Automóvel de Portugal regista 6.270 novas matrículas de automóveis ligeiros de passageiros no primeiro mês do novo ano, um crescimento de 58,4% face a janeiro de 2022 – ainda antes da invasão da Ucrânia –, sustentado, em grande medida, pelo crescimento de 134,7% dos elétricos a bateria (BEV), com 2.258 novas matrículas.

As vendas de híbridos plug-in (PHEV) ascenderam a 1.575 unidades (mais 23,5% do que em janeiro de 2022). Os híbridos convencionais (HEV) registaram 2.437 novas matrículas (crescimento de 41,5%), mantendo-se ainda, por uma pequena margem, como a opção mais popular entre os veículos eletrificados.

No segmento dos ligeiros de mercadorias, 165 das 166 novas matrículas registadas em janeiro são de veículos elétricos a bateria, um crescimento de 57,1% relativamente ao mesmo mês do ano anterior.

Finalmente, foram matriculados 3 pesados elétricos a bateria, uma quebra de 70% face a janeiro de 2022.

Mercedes-Benz GLE e GLE Coupé: ‘facelift’ traz eletrificação total da gama

A Mercedes-Benz atualizou o exterior, o interior, a tecnologia e o equipamento do GLE e do GLE Coupé, com destaque para a eletrificação total da gama de motores.

O Mercedes-Benz GLE e a vertente desportiva GLE Coupé têm agora, na Europa, três versões híbridas e duas versões híbridas plug-in, a maioria das quais com mais potência comparativamente às versões anteriores. Todas as versões incluem o sistema 4MATIC, equipamento de série no mercado europeu.

As duas versões híbridas plug-in – GLE 400 e (gasolina) e GLE 350 de (diesel) – foram atualizadas para a quarta geração. Estão equipadas com motor/alternador elétrico síncrono de excitação permanente de 100 kW, que complementa os motores térmicos para uma potência total de sistema de 280 kW (380 cv) e 245 kW (333 cv), respetivamente. O binário atinge 600 Nm e 750 Nm nas respetivas versões.

A bateria de 31,2 kWh permite uma autonomia elétrica até 109 km (WLTP), podendo agora esta função ser utilizada também fora de estrada, graças ao programa de transmissão Off-Road.

Estas versões híbridas plug-in estão equipadas com um carregador de 11 kW para carregar a bateria de alta tensão a partir de uma tomada elétrica AC residencial ou através da wallbox trifásica. Existe também um carregador rápido DC de 60 kW opcional.

As versões híbridas, por seu lado – GLE 450 a gasolina e os diesel GLE 300 d e GLE 450 d – incluem o sistema elétrico de 48 V e o motor de arranque/alternador integrado (ISG), que oferecem potência e binário suplementares de, 15 kW (20 cv) e 200 Nm, respetivamente.

A nível de design exterior, a Mercedes-Benz operou algumas mudanças, nomeadamente a nível de para-choques frontal, faróis (novas luzes diurnas) e novas cores.

Já no interior, o destaque vai para o novo volante com sensores táteis, que permitem ao condutor operar o seu ecrã e o ecrã central sem retirar as mãos, e a inclusão da segunda geração do sistema MBUX (Mercedes-Benz User Experience), com melhorias a nível de hardware e software.

Esta maior capacidade do sistema permitiu à Mercedes-Benz incluir novas funcionalidades. No modo Off-Road, a atual geração do MBUX transforma conteúdos como o gradiente, ângulo de adornamento, bússola e ângulo da direção numa experiência visual, e os condutores que escolham o pack Parking opcional, com câmara de 360º, tem disponível uma nova função ‘capot transparente’, que gera uma visão virtual da zona abaixo da dianteira do veículo, incluindo as rodas dianteiras e a posição da direção, permitindo-lhesd detetar mais facilmente obstáculos no percurso, como pedras de grandes dimensões ou buracos profundos, bem como facilitar a entrada e saída de rampas.

Os novos Mercedes-Benz GLE e GLE Coupé têm também uma maior capacidade de reboque – até 3.5 toneladas, com o gancho a suportar pesos verticais até 140 kg. Uma outra novidade do sistema MBUX é o planeador de percurso com reboque, que considera, entre outros fatores, as larguras da estrada e as alturas das estruturas por onde o veículo irá passar, bem como as restrições de peso, otimizando assim os percursos de forma a evitar surpresas e desvios desnecessários.

Os modelos atualizados do GLE e GLE Coupé chegam aos concessionários na Europa a partir de julho de 2023.

Como aumentar as suas ‘skills’ em vendas de automóveis…mesmo não sendo VENDEDOR!

Opinião de José Carlos Pereira

Todos sem exceção, em algum momento da nossa vida e carreira profissional, tivemos de fazer uma venda, ou vamos ter de a fazer. Seja uma ideia, uma proposta, um projeto, ou nós mesmos como pessoa. Ou melhor, alguém nos comprou alguma coisa. E para existir uma venda alguém teve de comprar!

E outro dado relevante é que as skills em vendas automóveis são todas passiveis de serem desenvolvidas com treino. E só vai a jogo quem treina. E treinando muito com uma boa direção podemos nos tornar especialistas em vendas.

Deixo o exemplo de um empresário (dono de um concessionário ou marca) que tem de fazer todos os dias 3 vendas – para a sua equipa, para o mercado (clientes) e para ele próprio. Julgo que a grande questão é ter ficado, infelizmente, enraizado ao longo do tempo na cabeça das pessoas, que quem vende está a obrigar alguém a comprar algo que não precisa. E essa é uma falsa questão. Isto quando a venda é integra, honesta e está a ajudar alguém a tomar uma melhor decisão, mais acertada e ajustada às suas necessidades. Um vendedor de automóveis é um consultor de compras que ajuda no processo de decisão de quem tem uma necessidade. E por incrível que pareça todas as várias interações que temos num dia envolvem de alguma forma uma venda.

Como faz parte do meu modelo de abordagem, aqui na revista Green Future e para arrumar melhor as ideias, vou separar alguns temas em 7 ‘gavetas’.

#1 Agir como um vendedor, mas pensar como um cliente: as pessoas compram um carro por duas razões. Ou têm uma necessidade de mobilidade que precisa de ser resolvida, ou têm uma necessidade pessoal que precisa de ser satisfeita (status). A tarefa de quem vende é saber o que está por trás dessa motivação e o que os levará a decidir. Quem se envolver nessa compra e decisão é estudado antes mesmo de preparar uma proposta? Quais as necessidades latentes e escondidas na compra de um carro? Quais são os vários perfis envolvidos na compra (quem compra, decide, paga, influencia, utiliza ou mesmo sabota)? Que perguntas eu posso elaborar para as descobrir? E como posso avaliar aquilo que não é visível, mas vai influir na decisão?

#2 Treinar algumas competências funcionais: quais as pessoas experts em vendas de automóveis que está a seguir como inspiração (outros vendedores)? Que pessoas realmente excelentes em comunicação são referências e que podem ser modeladas a si? Será possível desenvolver competências funcionais, do tipo ir ao ginásio todos os dias com boas práticas, para ganhar músculo em vendas? O treino funcional num ginásio depende de exercícios que imitam as ações em que nos podemos envolver durante o nosso dia-a-dia. Da mesma forma, no treino de vendas podemos procurar atividades nas quais já estamos envolvidos, como sessões práticas, para desenvolver competências em vendas. Já pensou nisto? Será que podemos, então, treinar interação para a relação, empatia para a ‘ligação’, criatividade para encontrar soluções e comunicação para ser mais eficaz? Sim, com um foco intencional e um pouco de planeamento no treino para desenvolver estas skills todos os dias.

#3 Saber esperar por resultados e não procrastinar: mesmo com um bom treino e uma boa direção (aconselhamento, formação e apoio de outros) por vezes os resultados demoram. Por vezes falhamos pois não lemos mais um livro, não visualizamos mais um vídeo ou mais um artigo. A linguagem corporal, por vezes ignorada e com um peso de 60% na nossa comunicação em vendas, é de extrema relevância em todo o processo – vale 4 vezes mais que o conteúdo, as palavras e argumentação. Escutar, mais do que simplesmente ouvir, é uma arte, logo espere pacientemente pela sua vez de entrar em jogo em termos de comunicação num processo de compra. Durante o discurso do comprador estar atento à sua linguagem corporal é muito importante, pois transmite informações para além das palavras. E ter sempre presente que a as palavras podem mentir, mas o corpo não.

#4 Fecho sempre em mente: a venda de um automóvel é um processo de várias etapas, e o fecho é uma delas. O fecho deve ser um processo natural de influência e não uma persuasão bruta. Logo, é uma consequência do processo depois de percorrido um caminho. Interpretar os sinais de compra ajuda a descobrir o momento certo para fechar. Vender é namorar, é flirting entre ambas as partes, e o que melhor dominar as regras à partida vai ter resultados (que devem ser divididos por ambas as partes no processo). A pressão e a força levam ao afastamento e à resistência, e não à aproximação desejada.

#5 Pensar no médio e longo prazo: os números de negócios não fechados será umas 10 vezes superior ao número de negócios realmente conseguidos (10 carros em processo de compra para vender 1, ou menos). A consistência dos resultados é o segredo, mas nem sempre conseguimos estar em cima, para mais quando o enquadramento não nos favorece (caso atual de potencial retração económica e consumo de bens duradouros como os automóveis). A diferença é que vendedores que não conhecem os ciclos facilmente vão abaixo e não têm capacidade de recuperar dos maus resultados emocionalmente, provocando ainda piores performances. Sem confiança não há venda. E estamos em tempos de ‘aguçar’ o engenho. As vendas também obedecem a ciclos, a altos e baixos… o segredo está em ser consistente e tentar estar quase sempre ‘em cima’, pois sempre é utópico.

#6 Mostrar empatia e entender as necessidades: somos energia, e a atitude vale bem mais que as aptidões e o conhecimento. Na compra de um carro as pessoas compram benefícios, sejam eles funcionais, emocionais ou sociais (mais que as características puramente técnicas). Vender é encontrar algo com que as pessoas se importem e beneficiá-las; logo, pense e aja como pessoa – humanize a relação comercial e fale sempre ao coração e às ‘dores’ do seu cliente. Esqueça o que o carro é, e pense mais no que o carro faz (ou que vai fazer pelo cliente…qual será a sua melhor versão, como pessoa, depois de o adquirir?).

#7 Princípios básicos a ter sempre presente: um dos fatores críticos de sucesso em vendas é a capacidade de recolher e fornecer informações num formato tal que o cliente, em potencial, deseje fazer negócios connosco, porque simplesmente reconhece a nossa autoridade no ecossistema automóvel. A nossa proposta de valor, o preço e os benefícios do que oferecemos são relevantes, mas nada disto importa, a menos que consigamos comunicar e nos façamos ouvir por quem compra (de que serve comunicar quando não atingimos quem queremos atingir?). Logo, temos de estar incrivelmente sintonizados (rapport) com o potencial comprador e entender o que ele quer efetivamente quando nos diz algo, ou quando mesmo nada nos disser (por vezes, ler aquilo que não é dito é relevante)! Precisamos de saber como eles se movimentam no processo de decisão, com o que eles realmente se importam da nossa proposta de valor.

O importante para quem quer vender um automóvel não é ter razão, mas sim atingir um certo objetivo. Estando certo que um ‘não’ nunca é pessoal, mas sim circunstancial. Quando não sabemos o que queremos atingir numa venda ou negociação, qualquer caminho serve. Interessante é concentrar a nossa energia naquilo que queremos que aconteça e não naquilo que não queremos, pois grande maioria das pessoas é hábil em nos apresentar uma grande lista do que não quer. Para isso, e para quem ainda não se sentir vendedor antes de o realmente ser, colocar a si mesmo estas questões pode ajudar: O que é que eu quero? Onde é que estou relativamente ao que quero? Como eu chego lá?

José Carlos Pereira é engenheiro do ambiente, com MBA Executivo em Gestão Empresarial. É business expert, consultor, formador e speaker na área comercial e de negócios internacionais.

Citroën C5 X troca versão térmica por novo híbrido plug-in

A Citroën abre este mês as encomendas para o C5 X equipado com a nova motorização híbrida plug-in 180 ë-EAT8. Esta versão oferece uma alternativa mais acessível à já existente motorização híbrida plug-in 225 e-EAT8, e substitui a versão a gasolina PureTech 180, contribuindo assim para a transição energética da marca francesa.

O C5 X Híbrido Plug-In 180 ë-AT8 combina um motor a gasolina 1.6 PureTech de 150 cv com um motor elétrico de 81 kW, para uma potência total de 180 cv e 360 Nm. Está acoplado à caixa automática ë-EAT8.

Este propulsor está associado a uma bateria de 12,4 kWh (11,3 kWh de capacidade útil) composta por 84 células (41 Ah), que confere ao C5 X uma autonomia de 62 km (WLTP) em modo elétrico, que chega aos 71 km no ciclo urbano.

A bateria é recarregada em cerca de 1 hora e 40 minutos com um carregador de 7,4 kW.

Tal como na versão 225, o C5 X 180 está equipado com a suspensão ativa Citroën Advanced Comfort, que se combina com a tecnologia de Batentes Hidráulicos Progressivos e com os amortecedores de controlo eletrónico, o que permite que a suspensão de cada roda seja controlada independentemente e em tempo real.

As mudanças na gama C5 X não se limitam à introdução de uma nova motorização híbrida plug-in mais acessível. A Citroën introduz também, nas duas versões, o Highway Driver Assist 2.0, um sistema que, nas palavras da marca francesa, representa “mais um passo rumo à condução semiautónoma de nível 2” ao acrescentar as funções de mudança semiautónoma de faixa, sugerindo ao condutor a ultrapassagem do veículo que circula à sua frente e regresse depois à sua faixa de rodagem, entre os 70 e os 180 km/h; a recomendação antecipada de velocidade, que sugere a adaptação da velocidade em função da leitura dos limites do troço; e o sensor de aderência no volante, que determina permanentemente a atenção do condutor.

Estas funcionalidades juntam-se às já presentes no pack Highway Driver Assist, o Active Safety Brake 2.0 (que opera de 7 a 140 km/h), a Assistência à Manutenção na Faixa de Rodagem (de 0 a 180 km/h), o Alerta de Tráfego na Retaguarda, o Controlo de Velocidade de Cruzeiro Adaptativo com função Stop & Go e a Monitorização de Pontos Cegos de Longa Distância.

O sistema Highway Driver Assist é proposto de série no nível Shine e o Highway Driver Assist 2.0 é proposto de série no nível Shine Pack.

Citroën ë-C4 com novo sistema de infotainement

A par das mudanças na gama C5 X, também o Citröen C4 – e a versão 100% elétrica ë-C4 – é alvo de atualizações. Adota agora o sistema de infotainment My Citroën Drive Plus, que substitui o sistema de navegação conectada My Citroën Drive. O novo interface utiliza um ecrã de 10 polegadas e é, de acordo com a Citroën, mais intuitivo graças à compatibilidade com widgets, mais fluido e rápido, e apresenta maior qualidade gráfica.

O novo interface também conta reconhecimento de voz natural, assistente digital que pode ser ativado pelos ocupantes do veículo com o comando ‘Olá Citroën‘. O sistema é capaz de compreender 20 línguas, fornece feedback visual e permite controlar várias funcionalidades do veículo, como climatização, media, telefone e serviços de voz conectados.

O sistema permite ainda a à replicação, sem fios, do smartphone no ecrã de 10 polegadas, com compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto, e serviço de atualização mensal de mapas em tempo real via TomTom, gratuito durante três anos.

As alterações aos modelos Citroën C5 X e Citroën C4 ficam disponíveis para encomenda em Portugal durante este mês.

Novo DS 3 E-Tense chega a Portugal

Apresentado mundialmente no Salão Automóvel de Paris, o novo DS 3 tem o seu lançamento em Portugal agendado para este mês de fevereiro. Além de ‘perder’ a designação ‘Crossback’, as novidades incluem uma nova secção frontal, uma gama reestruturada, a inclusão de novas tecnologias e a estreia de um novo conjunto motor elétrico e bateria para a versão 100% elétrica E-Tense.

A DS destaca, em primeiro lugar, as evoluções na parte frontal do automóvel, com novos para-choques e uma grelha redesenhada para “otimizar o desempenho aerodinâmico”, bem como novos projetores LED de série em toda a gama – o sistema de iluminação inteligente DS Matrix LED Vision é opcional.

As jantes também apresentam um novo design, que se traduz em ganhos de eficiência. Estão disponíveis em versões de 17 e 18 polegadas, e em diferentes temas e tons. Na versão E-Tense 100% elétrica, o novo DS 3 está disponível com novas jantes Toulouse de 18 polegadas, equipadas com pneus Tall & Narrow Class A+.

Esta versão E-Tense tráz também inovações a nível de arquitetura, quando comparado com o anterior DS 3 Crossback E-Tense, lançado em 2019. A nova máquina elétrica síncrona híbrida (HSM) fornece uma potência de 115 kW (156 cv) e um binário de 260 Nm a uma tensão de 400 V. A DS explica que este motor dispõe de tecnologia de seis polos e uma bobine de múltiplo enrolamento, para melhorar a relação entre potência e eficiência.

A estrutura do bloco é composta por uma tecnologia de fundição por cera que permite integrar o circuito de arrefecimento, obtendo-se, assim, uma maior compacidade e uma total ausência de juntas, que se traduz em ganhos a nível de fiabilidade.

A capacidade total da bateria aumenta para os 54 kWh, com uma capacidade útil de 51 kWh. Compacta e colocada sob os bancos e no túnel central, permite que a versão 100% elétrica do DS 3 apresente a mesma habitabilidade das versões térmicas. O automóvel alcança uma autonomia máxima de 404 km, de acordo com o ciclo combinado WLTP, e mais de 500 km em condições urbanas.

A bateria tem agora uma composição NMC811 (80% níquel, 10% manganésio e 10% cobalto) distribuída por 102 células e 17 módulos, e beneficia de regulação térmica por circulação de líquido e de uma bomba de calor. O carregador de bordo, de série, recebe 100 kW em corrente contínua (0 a 100% em 30 minutos) e 11 kW em corrente alternada (0 a 100% em 5 horas e 15 minutos).

A nível de tecnologias embarcadas, o destaque recai no sistema de head-up display e o novo sistema de infotainment, composto pelo ecrã central de 10,3 polegadas, que se divide em 12 caixas para acomodar widgets, bem como um cluster que se divide em duas áreas distintas e igualmente personalizáveis. Em paralelo, as funções podem ser controladas através do sistema de reconhecimento de voz ou graças aos botões de toque do painel central.

Equipado de série com uma câmara colocada por detrás do para-brisas, o novo DS 3 inclui vários auxiliares de condução também de série, como assistência ativa à manutenção na faixa de rodagem, leitura de painéis de velocidade com feedback de informação no cluster e travagem automática de emergência.

Em Portugal, a abertura de encomendas do novo DS 3 ocorreu no início de outubro. Os clientes têm à disposição cinco níveis complementares de equipamento, com preços da versão 100% elétrica E-Tense a partir de 43.150 euros.

Empresa portuguesa é um dos novos parceiros do projeto Polestar 0

A Polestar está a levar a cabo o projeto Polestar 0, com o objetivo de criar um automóvel verdadeiramente neutro, em termos ambientais, até 2030. A empresa sueca anunciou agora que o esforço conta com oito novas colaborações, entre as quais se inclui a empresa portuguesa TMG Automotive.

O projeto Polestar 0 foi lançado em 2021, partindo do pressuposto que, apesar da transição para a mobilidade elétrica eliminar as emissões de escape na fase de utilização, é necessário e urgente abordar a questão das emissões que decorrem da fase de produção. O objetivo do projeto passa assim por eliminar todas as fontes de CO2 na totalidade da cadeia de fornecimento, desde a extração de matérias-primas até a produção dos materiais e dos veículos, utilização e fim de vida dos mesmos, sem recurso a esquemas de compensação.

Além da TMG Automotive, empresa sediada na região de Guimarães que é um dos maiores fornecedores europeus de têxteis e revestimentos para a indústria automóvel, os novos colaboradores do projeto Polestar 0 incluem Vitesco Technologies, Schloetter, Autoneum, Stora Enso, Gränges, Borgstena e Stena Aluminium, fornecedores em áreas que incluem inversores elétricos, galvanoplastia, soluções de embalagem, biomateriais e construção em madeira e alumínio reciclado.

Hans Pehrson, diretor do projeto Polestar 0, comentou: “A minha convicção no sucesso do projeto Polestar 0 é reafirmada de cada vez que nos encontramos com novos colaboradores. É claro que há um imenso potencial a ser explorado em todo o mundo. Alcançar aquilo que é aparentemente impossível nunca é um esforço isolado. É apenas através da ação coletiva que podemos alcançar as inovaçõers que realmente fazem a diferença e encontrar as soluções transformadoras que vão além da indústria automóvel”.

A Polestar afirma que a investigação em materiais de base é fundamental para o sucesso do projeto, tanto a nível de materiais biológicos e mineração, com das atividades de refinação e desenvolvimento de materiais sintéticos, sendo assim necessário envolver um número crescente de parceiros, tanto da área académica como da área empresarial.

Empresa suíça faz viagem de 3.000 km em camião elétrico

No final de janeiro, um camião Volvo FH Electric de 40 toneladas completou uma viagem de 3.000 km, entre Suíça e Espanha, registando a maior distância alguma vez percorrida numa viagem efetuada por um camião elétrico comercial.

O veículo da empresa suíça de logística Krummen Kerzers, conduzido por Valentin Schnell, partiu de Küsnacht, localidade situada nas margens do Lago de Zurique, no dia 16 de janeiro, com destino a Canals, na Comunidade Valenciana, em Espanha, onde carregou 20 toneladas de laranjas nas instalações do produtor Casa del Mas, regressando depois ao país de origem.

Esta foi a primeira viagem de Valentin Schnell num camião elétrico, que afirma que não sabia, à partida, se seria capaz de chegar ao destino. O planeamento foi parte do desafio, uma vez que, além de respeitar os tempos de condução, havia que coordenar os períodos de descanso obrigatórios com o carregamento das baterias.

A viagem durou uma semana – num camião a diesel seriam necessários quatro dias – e incluiu cerca de 20 paragens para descanso e carregamentos.

Uma vez que a infraestrutura de carregamento ao longo da rota não está otimizada para camiões elétricos, Schnell teve de recorrer às estações de carregamento convencionais para automóveis elétricos, não podendo frequentemente contar com a potência total: “Assim que uma estação era utilizada por outros veículos, a velocidade de carregamento diminuía enormemente”, explica. Schnell viu-se assim frequentemente obrigado a efetuar pausas de três horas em situações em que apenas uma seria necessária.

Apesar das dificuldades, Schnell afirma que apenas ficou verdadeiramente preocupado na última etapa do percurso, antes da chegada a Kerzers, onde está localizada a sede da empresa. “O camião já quase não tinha energia, nada funcionava na cabina”, recorda, tendo contado aí com o auxílio do diretor da empresa, Peter Krummen, que monitorizou remotamente os sistemas e aconselhou Schnell nos derradeiros quilómetros da ‘aventura’.

O condutor apenas percebeu que havia percorrido uma distância recorde em camião elétrico depois da chegada a Kerzers: “Foi um momento de emoção, quase chorei de alegria”.

Peugeot e-3008 chega depois do verão com 700 km de autonomia

A Peugeot realizou, na semana passada, o e-Lion Day, no qual apresentou o seu projeto e-Lion, a estratégia que norteará a transição para a eletrificação.

Durante este ano, a marca francesa concluirá a eletrificação de toda a sua gama de veículos, antes de, em 2025, ter no seu portefólio uma gama 100% elétrica. Finalmente, em 2050, todos os modelos Peugeot vendidos na Europa serão exclusivamente elétricos.

Assim, nos próximos dois anos, a Peugeot irá apresentar cinco novos modelos elétricos: e-308 e a variante station wagon e-308 SW, e-408, e-3008 e e-5008.

Os 308 e 308 SW elétricos serão alimentados por um novo motor elétrico, que desenvolverá uma potência de 115 kW (156 cv), e terá uma autonomia WLTP superior a 400 km, graças a um consumo médio de energia de 12,7 kWh.

O novo Peugeot e-3008 será apresentado publicamente na segunda metade de 2023. Será o primeiro automóvel construído sobre a plataforma STLA Medium da Stellantis, e a marca francesa promete já uma autonomia máxima de 700 km e a inclusão de uma versão de motor duplo.

O Peugeot e-5008 deverá ser apresentado apenas no próximo ano.

Para já, a Peugeot está a introduzir a nova tecnologia híbrida MHEV 48V, que será implementada a partir deste ano nos modelos 208, 2008, 308, 3008, 5008 e 408. O sistema é constituído por um motor PureTech de nova geração, com 100 cv ou 136 cv, associado a uma caixa de 6 velocidades eletrificada de dupla embraiagem (E-DCS6), e um motor elétrico de 21 kW.

A marca francesa explica que esta tecnologia gera um maior binário a baixa rotação e uma redução de 15% no consumo de combustível. Em ambiente urbano, um C-SUV equipado com este sistema híbrido pode funcionar mais de metade do tempo em modo 100% elétrico.

Além das motorizações eletrificadas, o plano da Peugeot abrange iniciativas e estratégias em outras áreas, incluindo na estrutura global do automóvel e materiais utilizados. Neste ponto, os planos da marca passam pela redução do peso e do desperdício através de diferentes técnicas, como, por exemplo, a substituição dos pretos e cromados por iluminação e vidro, assentos mais leves e menos espessos, com tecidos mais finos, e recurso a vários materiais reciclados, entre os quais a liga das jantes.

Repsol incorpora mais de 100.000 m3 de biocombustíveis em 2022

A Repsol anunciou que terminou o ano de 2022 com mais de 100.000 m3 de biocombustíveis incorporados nos combustíveis líquidos rodoviários da marca em Portugal, o que permitiu reduzir cerca de 264 quilotoneladas de CO2.

A empresa avança que a sua instalação no Terminal de Líquidos de Banática, no Porto de Lisboa, tem tido um papel crescente na introdução de biocombustíveis no mercado nacional. É nesta unidade, que conta com mais de um século de atividade, que é feita a incorporação de biocombustíveis, que se distinguem dos convencionais pela utilização de resíduos como óleos alimentares usados, gorduras animais e resíduos urbanos, entre outros.

A Repsol afirma acreditar que, no futuro, a utilização de biocombustíveis e combustíveis sintéticos vai ser capaz de reduzir a pegada de carbono em 90% e 100%, respetivamente. Atualmente, são alternativas fundamentais para a redução de emissões de CO2 nos veículos de transporte de passageiros, nos veículos pesados de mercadorias, nos aviões e nas embarcações. De acordo com a empresa, a incorporação de biocombustíveis “está a permitir reduzir as emissões gradualmente, aproveitando a eficiência das soluções, o conhecimento já desenvolvido e o aproveitamento de infraestruturas existentes”. 

“Na Repsol, acreditamos que a transição energética deverá ser gradual, inclusiva e criteriosa. Somos uma empresa multienergética e temos de ser capazes de fornecer os meios necessários para que a sociedade faça essa transição, através de inovação e de várias fontes de energia”, afirma Armando Oliveira, administrador-delegado da Repsol Portuguesa.

A Repsol esclarece que, ao longo desta transição, já analisou mais de 40 tipos de resíduos e tecnologias para promover a produção de biocombustíveis avançados e materiais petroquímicos circulares. A empresa pretende produzir 2 milhões de toneladas de combustíveis com baixo teor de carbono até 2030. 

O ano de 2022 ficou também marcado pelo empréstimo de 120 milhões de euros à Repsol, concedido pelo Banco de Investimento Europeu (BEI), no passado mês de dezembro, para apoiar a construção e operação da primeira fábrica de produção de biocombustíveis avançados nas instalações da empresa em Cartagena, na região de Múrcia, em Espanha. A fábrica irá produzir biocombustíveis avançados e de segunda geração, através de vários tipos de resíduos, principalmente provenientes da indústria agroalimentar, tais como óleos alimentares usados. A construção deverá estar concluída na segunda metade de 2023. 

Segundo a Repsol, o seu Plano Estratégico 2021-2025, apresentado em novembro de 2020, reflete a sua estratégia de multienergia e de redução gradual das emissões. “A mobilidade sustentável requer múltiplas soluções. Temos o dever de continuar a trabalhar na criação de alternativas multienergéticas para uma mobilidade mais amiga do ambiente, inovadora e eficiente”, remata Armando Oliveira.

Galp Solar fecha 2022 com 10 mil instalações na Península Ibérica

A Galp Solar, a unidade de negócios da Galp dedicada às soluções para a produção e consumo descentralizado de energia, anunciou o fecho do ano de 2022 com 10 mil clientes em Espanha e Portugal, graças a uma aceleração das instalações nos últimos oito meses.  

De acordo com a empresa, o número total de instalações realizadas evitou a emissão de 7.200 toneladas de CO2 e permitiu uma poupança anual agregada de 4,8 milhões de euros aos consumidores. Em 2023, a Galp Solar pretende duplicar o número de instalações na Península Ibérica.  

O comunicado avança que a empresa prioriza a experiência do cliente, a necessidade de descarbonizar a economia e de acelerar a transição energética, quer através da instalação de painéis solares, mas também com a disponibilização de soluções integradas com baterias e, no futuro, outras soluções.

Em 2022, uma em cada cinco novas instalações incluiu a adoção de uma bateria, o que permite uma poupança média adicional de 267 euros por ano e por consumidor, proporcionando uma autonomia superior a 60% no consumo final.

“O aumento dos preços da energia representou um agravamento dos custos fixos do tecido produtivo e das famílias, o que fez com que o autoconsumo seja visto como uma oportunidade de reforço do compromisso de energia limpa através de uma gestão flexível, independente do sistema energético”, afirma Alfonso Ortal, CEO da Galp Solar.  

A Galp é o terceiro maior produtor de energia fotovoltaica na Península Ibérica, com uma capacidade instalada em funcionamento de 1,3 GW e uma carteira de projetos em desenvolvimento em Portugal, Espanha e Brasil que totaliza 9,6 GW.